Natural do município paulista de Rio Claro, onde nasceu em 06 de outubro de 1916, o ex-deputado Ulysses Guimarães se vivo fosse, estaria comemorando dia 06 próximo o seu centenário.
Essa data será lembrada com um misto de tristeza e saudade pela maioria do povo brasileiro que tanto chorou a sua morte como o de sua esposa Mora, vitimas de um acidente aéreo em Niterói, em 12 de outubro de 1992.
Tristeza porque com a morte de Ulysses Guimarães o Brasil perdeu uma das suas principais lideranças políticas e o seu partido, o PMDB, um dos seus principais condutores.
Saudades porque Ulysses era uma das principais vozes ouvidas e aplaudidas no congresso e um político admirado e respeitado por toda a Nação. Professor e advogado, por vocação fez da política sua profissão de fé e do parlamento o estuário onde desenvolveu as mais formidáveis campanhas pelo aprimoramento dos nossos costumes políticos e do processo democrático.
Deputado estadual por São Paulo em 1946 elegeu-se depois, sucessivamente, deputado federal por 11 vezes, sendo que, por três vezes foi eleito presidente da Câmara, a última em 1988 quando presidiu a constituinte e promulgou a constituição cidadã.
Quando presidiu a Câmara foi convocado 21 vezes para assumir a presidência da Republica, substituindo o presidente titular que viajava.
Seu comportamento como presidente da republica interino foi elogiado por todos, pois, como defensor intransigente dos padrões éticos e morais da política, jamais praticou qualquer ato que beneficiasse parentes, amigos ou mesmo políticos do seu Partido.
Bradava em seus discursos que “A moral é o cerne da Nação” e que “a corrupção é o cupim da republica”.
Em 1973, Ulysses concorreu à presidência da republica, tendo escolhido Blumenau para o lançamento da sua candidatura e do seu vice, o eminente jornalista Barbosa Lima Sobrinho.
No dia 15 de novembro de 1991, poucos meses antes de falecer Ulysses Guimarães veio a Blumenau como convidado para inaugurar a nova sede do Diretório Municipal do PMDB, no edifício Tupi.
Em seu discurso disse da grande admiração que tinha por Blumenau e sua gente, tendo aqui permanecido por dois dias.
Por Álvaro Correia, ex-parlamentar
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