Senado vai analisar nesta semana a indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro licenciado da Justiça será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima terça-feira (21). Na quarta (22), a indicação deve passar pelo crivo do plenário.
Os senadores também devem votar o projeto que reabre o prazo para a regularização de recursos mantidos ilegalmente no exterior. A proposta foi aprovada pelos deputados na semana passada.
Já na Câmara, o ritmo será mais lento. Há chance, porém, de os deputados analisarem um projeto que pode trazer alívio aos cofres de estados em crise fiscal.
Na CCJ, Moraes vai responder a uma bateria de perguntas dos senadores. Essa fase deve se estender até a noite de terça-feira (21). Depois a CCJ, que tem nove senadores investigados pela Lava Jato, vai votar sobre a aprovação ou não do nome do novo ministro.
Independentemente do resultado da votação na comissão, a indicação de Moraes seguirá para o plenário principal do Senado, o que está previsto para acontecer na quarta-feira (22). Para o nome de Moraes ser aprovado, são necessários os votos favoráveis de, pelo menos, 41 senadores.
Se for aprovado pelo plenário, Moraes poderá tomar posse no STF como substituto do ex-ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo no mês passado. Ele passará a ser o revisor da Lava Jato na Suprema Corte.
Antes de votar a indicação de Moraes em plenário, os senadores devem reexaminar na terça-feira o projeto que cria uma nova etapa de repatriação de recursos mantidos irregularmente no exterior.
O texto, que tem origem no Senado, foi aprovado pela Casa no fim do ano passado, mas, ao passar pela Câmara, na última semana , foi alterado pelos deputados e precisa ser reanalisado pelos senadores.
Os deputados modificaram o texto para vedar, no programa, a participação de parentes de políticos, que ficam proibidos de repatriar recursos não-declarados que estão no exterior.
Os deputados também alteraram as alíquotas de imposto e multa que serão aplicadas sobre os montantes repatriados.
O projeto aprovado por senadores previa multa de 17,5% e imposto também de 17,5%. Na Câmara, contudo, as taxas foram alteradas: a multa subiu para 20% e o imposto reduzido a 15%.
Se os senadores aprovarem o projeto, o texto seguirá para a sanção do presidente da República.
Outro item que está na pauta de votações do Senado é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que veda a alteração de contratos de órgãos públicos por medida provisória.
Defensores da PEC afirmam que, se o texto for aprovado, as empresas que firmam contratos com a administração pública terão mais estabilidade e segurança jurídica.
Na semana que antecede o Carnaval, os deputados vão engatar marcha lenta nos trabalhos da Câmara. A pauta do plenário ainda é incerta, mas há a possibilidade de análise de um item de interesse do Rio de Janeiro e outros estados em crise.
Trata-se da votação de um pedido de urgência para um projeto que autoriza os governos municipais, estaduais e federal a repassarem dívidas que têm a receber para instituições financeiras. A medida permite que seja antecipado o recebimento de recursos pelos governos, que vivem momento de crise fiscal.
Ainda sem definição da composição e dos comandos das comissões permanentes, estarão em funcionamento apenas alguns colegiados temporários. A comissão da reforma da Previdência, por exemplo, terá audiência pública na terça-feira (21) com representantes de centrais sindicais e o presidente do INSS, Leonardo de Melo Gadelha.
A comissão que analisa a proposta de reforma trabalhista também terá audiência pública na terça. São convidados representantes do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho, além do advogado trabalhista José Eduardo Pastore.
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