04/12/2012
Perguntar não ofende:
Quantos políticos gasparenses vão passear em Brasília ainda este ano?
Caixa extra
Não é por nada não. É bom alertar que servidores públicos de Ilhota e que trabalham na balsa estão cobrando uma taxinha para alguns usuários. Eles relatam que o salário é baixo e precisam de uns trocadinhos. Isso é ilegal. A prefeitura tem que tomar alguma providência urgente. Tem usuário que gravou a solicitação da taxa. E não foi uma só vez. Ui, ui, ui...
Buscas no rio
O Corpo de Bombeiros de Ilhota demonstrou fragilidade nas buscas do adolescente que se afogou no rio Itajaí Açu. Eles não possuíam embarcações para fazer as devidas buscas. Foi necessário pedir apoio dos Bombeiros de Itajaí, inclusive com mergulhadores.
Pequenez
Como somos pequenos ainda. Gaspar não possui uma sede própria para o Corpo de Bombeiros. Não possui uma sede digna para a Polícia Civil. Não possui uma sede própria para o Legislativo. E a sede da Prefeitura é obsoleta.
O descaso
Mais um relato de dor. Mais um relato do péssimo atendimento do Hospital de Gaspar. E são vidas que estão sendo ceifadas, infelizmente. O leitor Admilson Pacheco procurou a redação do jornal Cruzeiro do Vale, e com os olhos cheios de lágrimas, entregou esta carta de indignação pelo descaso do Hospital de Gaspar com o seu pai. É mais um relato de como morrem pessoas por falta de atendimento. E por precaução abro espaço para esse tipo de publicação. Veja o que diz o leitor:
Eu, Admilson Pacheco, minha mãe Inês Pacheco e sua nora Fabrícia Schneider, queremos relatar nossa indignação com o Hospital de Gaspar. No sábado, dia primeiro de dezembro, conduzimos meu pai André Pacheco, às 8h30 ao hospital, com muita fraqueza e falta de ar. A situação dele era crítica. Bastava olhar para ele que seus olhos transmitiam que precisava urgente de ajuda médica. Só que permaneceu até as 11h e não lhe deram a atenção devida, apenas mediram a pressão e mais nada. Debilitado e com suas forças se esgotando, pediu para sair do hospital, com ar desolador e de tristeza pela falta de atendimento. Infelizmente o Hospital de Gaspar não fez nada pelo meu pai. Os funcionários sem coração que estão lá não servem para cuidar de pessoas doentes, estão só para receber o salário no final do mês. Coloquei meu pai dentro do carro e levei para o Hospital Santa Isabel, em Blumenau. Quando cheguei lá não queriam atendê-lo porque meu pai era gasparense. Quando viram meu desespero, até o segurança me ajudou. Meu pai teve duas paradas cardíacas durante a tarde. Na terceira, não resistiu e faleceu às 18h10.
Gostaria que aqueles atendentes do Hospital de Gaspar que viram o desespero e a dor do meu pai tivessem ficado no velório como nós ficamos. Assim talvez teriam a consciência que não estão lidando com animais e sim com seres humanos. Entrarei com um processo contra o Hospital, pois sempre escuto a rádio e ouço o Dr. João Spengler relatar para que confiássemos no hospital. Será que é possível ainda confiar depois que presenciei e vivenciei tal situação? Não quero um centavo do Hospital, caso obtenha êxito na Justiça, desejo doar tudo para uma instituição de caridade. Sempre escutei pessoas reclamando do hospital e infelizmente chegou a minha vez de relatar em poucas palavras a morte do meu pai, aos 64 anos. Milhões já foram investidos no hospital e do jeito que está centenas de gasparenses que por lá passarem vão perder seus entes queridos, como perdi meu pai.
E, para finalizar, quero agradecer o apoio recebido dos familiares e amigos neste momento de dor e revolta.
Edição 1446
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