19/02/2013
Gaspar perdeu, na madrugada desta segunda-feira, um cidadão exemplar, um ser humano fantástico, um homem público preocupado com o bem estar da sociedade e com o futuro da cidade. Eu perco um amigo, um primo, um irmão. Um parceiro para conversar, rir e se divertir, um ombro amigo e um confidente. Antônio Pedro Schmitt, o Pepê, vai fazer muita falta em nosso convívio.
Lembro-me de nossa infância, nós jogando dominó em cima de uma caixa de ferramentas que pertencia a seu pai, jogando bola nos pastos, pescando e se divertindo no Poço Grande. Ainda há pouco, no último Natal em família, reunimos amigos na praia do Gravatá para algumas partidas empolgantes de dominó, conversas, petisco e muito entretenimento. Pepê era sem dúvida nenhuma um apaixonado pela vida, uma pessoa alto astral, um iluminado. E com sua luz estará trilhando seus caminhos na eternidade e iluminando sua família aqui neste mundo, sua esposa Carmen, as filhas Helena e Gabriela.
Pepê começou a trabalhar muito cedo, ajudando o pai na roça. Era de família humilde, aprendeu em casa os valores que levou por toda a vida e que fizeram dele um cidadão e um cristão atuante. Teve atuação destacada no Corpo de Bombeiros de Blumenau, investiu na carreira de empresário e auxiliou muitas pessoas da comunidade a encaminhar e a receber o benefício da tão sonhada aposentadoria. Fazia isso sem pedir nada em troca, pelo prazer de ajudar e pela amizade eterna que recebia de volta.
Foi líder comunitário no Poço Grande e um dos grandes líderes da Comunidade Santa Clara. Todos os meses de agosto, era presença garantida nas tradicionais festas da padroeira do bairro, doava produtos de sua empresa para serem sorteados na festa, assim como participava da organização e da vida comunitária do bairro. Um líder nato, homem de negócios, um coração do tamanho de Gaspar. Mesmo depois de tanto tempo e do sucesso como empresário, Pepê nunca se esqueceu das origens e nunca mudou seu jeito de ser com os amigos, parentes e familiares.
Na política, foi vereador, presidente da Câmara, candidato a prefeito e a vice-prefeito, um líder combativo e atuante, uma cabeça aberta ao diálogo e firme nos seus princípios, uma mente aberta, inteligente e pensando sempre no futuro. Um visionário que tinha habilidade de ler o presente, interpretar o passado e planejar o futuro. Tinha como marcas registradas a tenacidade, a vontade de acertar e a sinceridade dos grandes homens.
Pepê, a partir de hoje, as partidas de dominó não vão mais acontecer com a tua presença, assim como o amanhecer no Poço Grande jamais terá o mesmo brilho. Neste verão de 2013, brilhou pela última vez a imagem de um grande homem, de um grande pai, de um amigo sincero e divertido. Vai com Deus, Pepê. Descanse em paz na vida eterna e dê um abraço bem forte no teu pai, o tio Benno, e a todos os nossos amigos que também já partiram.
Edição 1463
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