O dinheiro dos pesados impostos do povo é desperdiçado em Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

O dinheiro dos pesados impostos do povo é desperdiçado em Gaspar

11/02/2019

Exatamente com este título acima, com estas mesmas três fotos, você já leu e viu aqui, e só aqui, no dia 26 de dezembro, enquanto a maior parte da imprensa de Gaspar estava de férias – eu não tirei férias para o desespero do poder de plantão e seus puxa-sacos necessários, cegos ou convenientes.

E depois que a maior parte da imprensa voltou à ativa, outras notas aqui cobravam explicações do poder de plantão. Tanto o governo como a imprensa ficaram quietas (a única exceção foi a rádio comunitária Vila Nova), o silêncio continuou como se os meus escritos e o que se estava exposto aos gasparenses eram algo da parolagem de alguém de outro planeta, ou de quem não pode observar a cidade nos seus erros, para que eles possam ser corrigidos em benefício de todos, não só dos pagadores de todas as lambanças, mas do próprio governo. Ele como eu, não somos perfeitos. Precisamos de ajuda, de olhos, de sugestões...

Nas redes sociais, onde o artigo do dia 26 de dezembro e as pequenas notas sobre o descarte duvidoso de paralelepípedos – um bem público, um ativo imobilizado, pago com os pesados impostos dos gasparenses em outros tempos difíceis - que estavam indo para o lixo, num disfarçado aterro “bota fora” sem licença ambiental, gente que bebe, gente que tem parentes pendurados nas tetas da prefeitura, gente que não pode ter opinião própria como eu, gente empregada como comissionada com dinheiro público ou em cargos de confiança, orientadas ou por obrigação, desceram o cacete em mim, pois eu, mais uma vez estaria me metendo onde não deveria: o desperdício dos pesados impostos de todos pelos políticos, maus gestores e o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, o vice sumido, Luiz Carlos Spengler Filho e o prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, MDB, estacionado na secretaria da Saúde.

Nada como um dia após o outro, ou da série, o tempo é senhor da razão, feito então para lavar a minha alma outra vez e chamar os meus críticos à mínima reflexão. Quarenta dias depois – repito 40 - do título acima, das fotos daquele artigo e do artigo em si, o assunto continua tão atual.

UM REQUERIMENTO REABRIU A FERIDA

Ele foi tema de um requerimento do vereador Dionísio Bertoldi, PT, na volta das férias da Câmara. Aprovado na sessão de terça-feira da Câmara e aí, por falta de assunto, ou obrigação por paga na relação com a Câmara, as colunas e a mídia gasparense “descobriu” que eu não menti, não inventei, não persegui ninguém, que relatei um fato real, que apenas defendi o dinheiro de todos e abriu espaços para dar a notícia do requerimento do vereador, como se fosse um fato novo, atual e pasmem, normal.

Depois que eu denunciei no Natal do ano passado, muitas coisas mudaram, disfarçaram-se e até se “legalizaram”, diante de tão grosseira barbaridade contra a cidade, os cidadãos e o dinheiro de todos nós

Entenderam a razão pela qual esta coluna é a mais lida no jornal mais antigo e de maior circulação de Gaspar e Ilhota, e a mais acessada no portal mais antigo, mais acessado e atualizado de Gaspar e Ilhota, o Cruzeiro do Vale? Entenderam a razão pela qual a coluna é aplaudida por muitos e odiada por uns, os mesmos que já bateram palmas para ela? Acorda, Gaspar! O que se avança por aqui, por enquanto, é a enganação, a politicagem, a ineficiência, a falta de planejamento, a jogada, a perseguição, o disfarce, o discurso, a propaganda enganosa com o dinheiro dos gasparenses, o desperdício e à pressão contra as vozes que denunciam tudo isso.

AFINAL O QUE FOI FEITO COM O DESCARTE DE COISA APROVEITÁVEL?

O que quer saber o vereador Dionísio e o pessoal do PT que assinou com ele (Mariluci Deschamps Rosa e Rui Carlos Deschamps) o requerimento sobre o amontoado de paralelepípedos, areia e barro retirados da Rua Frei Solano, no Gasparinho? Vai levar semanas para a prefeitura responder. Também normal. É do jogo da vingança e da falta de respeito e transparência. E a resposta quase todos já a sabem, se não vier incompleta e aí se precisará reforçar em novo requerimento, se não quiser entrar com um mandado de segurança para abreviar esse jogo de cena entre o Executivo e o Legislativo.

“A quem pertence o terreno, conforme as fotos, e onde estão descartadas as pedras? (Enviar documento comprobatório); Explicar a razão do descarte dos paralelepípedos em terreno localizado no loteamento nas margens da Rua Fernando Krauss, ao lado do Loteamento Novo Horizonte? Conforme o princípio da eficiência, por que o paralelepípedo não foi utilizado para calçamento em vias não pavimentadas? Quem autorizou o descarte do referido patrimônio público? O loteamento foi aprovado junto à Prefeitura? Encaminhar cópia do projeto. O terreno tem licença ambiental para aterro com paralelepípedo? (Enviar documento comprobatório)”.

E eu era o intrometido e mentiroso. Parece que há dinheiro sobrando dos pesados impostos dos gasparenses, para se jogar coisa boa fora. Acorda, Gaspar!


A volta do doutor Pereira no comando do MDB e pleno da Prefeitura de Gaspar

Na reunião de hoje à noite, o presidente do MDB de Gaspar, o advogado Carlos Roberto Pereira, volta ao comando do partido. Ele substituirá ao esteio do MDB – para os bons e maus momentos em Gaspar –, o empresário Valter Morelo. Isso, estava que meio programado, mas Valter sai chamuscado por manobra errática do próprio Pereira, que tenta transferir para ele como sendo Morelo o culpado pelo pífio desempenho do processo eleitoral do partido por aqui em outubro passado.

O primeiro fato. O MDB – mais que outros – no Brasil, em Santa Catarina e em Gaspar não é um partido, é uma Federação de interesses de grupos e pessoas que usam a sigla para o poder, negócios e status desses grupos e gente sem escrúpulos.

E depois da morte do ex-presidente nacional, ministro, senador, deputado e governador, o blumenauense Luiz Henrique da Silveira, tudo piorou. Não precisamos ir longe: basta olhar o recém poço de mágoas do ex-governador Eduardo Pinho Moreira, a cisão emedebista na Alesc e às declarações do senador Dário Berger na semana passada, incomodado com a leitura clara para todos, e da qual ele é parte do problema e não da solução. Berger perguntou qual era mesmo a identidade do MDB catarinense?

O outro olhar da decadência é para o MDB de Blumenau. Ele já foi referência nacional e estadual – mais que Joinville , que deu dois governadores eque não se despedaçou tanto – e Florianópolis. Blumenau influenciava diretamente o de Gaspar. Hoje, nem se sabe se o MDB de Blumenau existe e qual a importância do gasparense Renato de Mello Vianna – ex-prefeito de lá e deputado Federal, mandachuva no MDB estadual – nele e nesse processo.

Pior: Carlos Roberto Pereira se diz ser o descendente da linhagem histórica do MDB de Vianna o qual está mais para referência em pesquisa antropológica do que a afirmação, exemplo, disseminação de liderança e renovação nas hostes emedebistas regional.

O segundo fato. O doutor Pereira pediu o boné temporariamente do MDB de Gaspar porque caparam os seus planos de reinado plenipotenciário do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, onde projetou, no mínimo 20 anos, de soberba.

Errou a mão – por preguiça, avaliação de resultado ou arrogância - na negociação da mesa da Câmara, algo tão simples e óbvio, e viu ao mesmo tempo à sua frágil maioria se transformar em minoria ferrenha com a eleição e debandada do então alinhado Silvio Cleffi, PSC. Seus planos miaram. Esperto, o doutor Pereira se recolheu e deixou os seus assando em fogo brando enquanto olhava a maré de dentro do próprio governo. Abdicou da poderosa secretaria de Fazenda e Gestão Administrativa, a qual criou para si, ao seu modo, na cara Reforma Administrativa. Exilou-se na secretaria da Saúde.

O terceiro fato. Para minimizar essa derrota e esse exílio forçado numa área conturbada, cheia de dúvidas, o doutor Pereira usou a desculpa de que estaria se afastando da presidência do MDB para comandar a campanha política de outubro do ano passado. Do ponto de vista ético, perfeito. Mas não foi bem assim, por tudo os que já escrevi, o que se viu nas eleições e o que ainda escreverei.

Os resultados das eleições em Gaspar foram desastrosos para o MDB daqui. Para o núcleo que comanda o partido – incluindo o manda-tudo e em todos, o doutor Pereira, para a gestão de Kleber Edson Wan Dall e o resultado final em si, no mínimo, os números conspiraram, como sempre escrevi antes do resultado. Confirmado depois de escrutinado, foram claros recados aos governantes, cabos e dirigentes partidários.

Na ressaca, eles juraram no primeiro instante que entenderam esse recado das urnas e dos eleitores, mas passado quase quatro meses dele, parecem que esperam um milagre e cada dia estamos mais próximos de outubro de 2020. Nada mudou. Os erros abundam. A ineficiência também. As dúvidas se acumulam e algumas delas injustas, mas se tornaram folclóricas. Isso não terá volta e exatamente porque a mulher César não basta ser pura, precisa antes parecer ser pura.

Somados os votos de outubro pasado, esperta e rapidamente, o doutor Pereira tentou transferir e debitar o prejuízo ao vice Morelo que estava no “comando” do partido e ao seu grupo de notáveis e antigos, como a vereadora Ivete Mafra Hammes. Era o que cochichava pelos cantos.

Mas, espera aí. O doutor Pereira não dizia por aqui e acolá que saiu da presidência do partido para ser o coordenador da campanha do MDB gasparense, porque ele tinha candidatos? Morelo era o presidente interino, e com isso, tentava conciliar os interesses dessa federação chamada MDB e que envolvia outros candidatos como os de Ciro André Quintino, Roni Muller e outros, por exemplo?

O quarto fato. Então, quantos votos teve o Pereira, o prefeito de fato de Gaspar, com a sua pesada mão sobre a sua turma de comissionados da prefeitura de Gaspar num colégio de mais de 46.254 mil votos? Henrique Meirelles, 312; Mauro Mariani, 6.648 (metade do que Moisés no primeiro turno). Separei esses números para não dizer que estavam prejudicados pelos votos de Pedro Celso Zuchi, PT, a Federal e o de Marcelo de Souza Brick, PSD, a estadual, os candidatos daqui.

Ah, mas isso não conta, Herculano, alegam alguns que dormem mal cobertos e se desculpam por isso pelo amarelado das pernas. Então os 2.114 votos (6,33%) de Rogério Peninha Mendonça que se pendurou na última vaga, ou os 1.024 votos (3,06%) que Luiz Fernando Cardoso para ser candidato a prefeito no Sul e que vampirizou por aqui, são significativos para ser orgulhar de uma campanha bem-sucedida com a máquina a pleno vapor?

Contem outra. Culpe outros. O nome disso é falta de liderança. O nome disso é descarte das velhas práticas. O nome disso, é decepção com a atual gestão. Nem mais, nem menos.

Ah, mas o MDB vive uma fase ruim! É mesmo? Então está aí o problema e o MDB de Gaspar não percebeu e não quer trata-lo? Vai pagar caro por isso, com as manobras que faz, com a propaganda enganosa que patrocina, com a vingança que arma, com a incompetência que emprega aos montes, com as dúvidas que não esclarece, com a transparência que renega e a arrogância que esbanja.

Morelo não possui culpa como principal ator nesse processo. A culpa lhe cabe por se levar por gente que se acha esperta. Morelo nas eleições de outubro apenas, o presidente do partido, mas que estava tutelado pelo coordenador de campanha e presidente de fato do MDB gasparense e dono da administração de Kleber, o que primeiro a dividiu as forças políticas como prefeito e líder para candidatos evangélicos e fora do MDB.

O quinto fato. A volta de Carlos Roberto Pereira à presidência do MDB de Gaspar é uma mera formalidade. Agora, a meta é “reerguer” o partido, enfraquecer ou coligar com adversários potenciais, dependendo dos casos, “conversas” e conveniências mal jogadas outra vez, para não ter concorrentes nas eleições de outubro do ano que vem, pois se tiver, a coisa estará feia.

Para arrumar um novo vice ao Kleber, o doutor Pereira está vestindo várias noivas, mas alguém ficará só no altar às vésperas e no dia do casamento. Como falta pouco tempo, e tudo o que se plantou até aqui, não deu frutos em outubro do ano passado, não há tempo de causar grandes mudanças e surpreender até o ano que vem.

O jeito é apelar para o velho e entulhar a prefeitura de comissionados onde a tal eficiência é letra morta.

O que está se analisando do currículo dos novos? A promessa de votos em outubro de 2020. A mesma promessa que falhou que falhou em outubro 2018. Aprendizado, zero! É que na Câmara, depois da surra que Kleber, Pereira e o governo gasparense como um todo levaram em 2018 com a maioria oposicionista, eles os têm isso como página virada

Não é bem assim como registro mais abaixo no Trapiche. Todo cuidado será pouco. Contudo se continuarem com a arrogância como estão, poderão ser surpreendidos mais cedo do que nem imaginam.

O sexto fato. O que está funcionando desde dezembro é o aparelhamento que Carlos Roberto Pereira está implantando com os seus em áreas de sua confiança e que lidam com vultosos recursos públicos, para caso ele volte à secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa. Mas, isso é para outro comentário. Acorda, Gaspar!


O que avança em Gaspar?

O improviso, a irresponsabilidade, os gastos e a propaganda enganosa.

A ameaça de desabar a pista da rua Anfilóquio Nunes Pires é o penúltimo exemplo desse qudro de descontrole e falta de gestão

Era quinta-feira à tarde. Últimos minutos do fechamento da edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale de sexta-feira, o mais antigo, o de maior circulação, o de maior credibilidade e de retorno para os investidores. Era quase impossível mudar a manchete e se ir a campo obter informações completas para a edição. Pareceu proposital, e como sempre acontece na prefeitura de Gaspar, para tudo se esconder da população e escapar dos olhos do Cruzeiro.

Sobrou para o portal Cruzeiro do Vale, o mais acessado e atualizado de Gaspar e Ilhota atuar, praticamente, como um ente de utilidade pública, orientando os milhares de usuários da Rua Anfilóquio Nunes Pires, que por duas noites e madrugadas seguidas (sexta e sábado) teriam que encontrar longos e desconhecidos caminhos alternativos para ultrapassarem 50 metros da rua defronte ao Supermercado Archer, na direção do Figueira.

Pareceu proposital? Sim! Em aplicativos de mensagens, áudios de engenheiros e responsáveis pela obra demonstram que conheciam de há muito o problema e o esconderam da população. Estavam “negociando” com a concreteira Serrana o serviço emergencial para o dia e horário do final da semana passada.

O que foi verdadeiramente “surpresa” e inadmissível para a engenharia de hoje – aliás depois do desastre de Brumadinho, nada mais poderá ser considerado surpresa? “Descobrir”, só depois de iniciada a obra, que a estabilidade do que os técnicos chamam de maciço, ou seja, da base da rua, que tendia a correr para dentro o Rio Itajaí Açú, à medida que se fazia a preparação para o aterro e assim recuperar a erosão do local, objetivo da intervenção lá.

Surpresa? Hum! Uma análise geológica, daria uma leitura precisa do problema e indicaria à necessidade do estaqueamento da área, o qual está sendo feito emergencialmente agora. Simples assim! Entenderam?

Conclusão. Mais uma obra da prefeitura feita no improviso, sem projeto executivo. Então o que acontece nesses casos? Vão descobrindo os problemas à medida que avançam na própria obra. O que significa isso? Mais custos para os gasparenses pagarem (esta obra, a princípio, está sendo feita com verbas federais da Defesa Civil, mas do jeito que está já avançou e não se sabe exatamente quanto para aportes de recursos daqui e que vão ser maiores dos que os federais), o uso de gente amiga para se safar nas emergências, preços sem negociações diante da emergência, etc, etc. etc., mais tempo para a obra se enrolar e pior: incertezas sobre os resultados finais projetados que impeçam a nova queda da barranca.

 

As desculpas esfarrapadas, improvisos e desrespeitos de sempre.

Mais uma vez e intencionalmente, Kleber não foi repórter do seu próprio desastre

Quem estava cedo nas rádios locais posando de vítima e ignorando o óbvio que escrevi acima? O chefe de gabinete, Pedro Inácio Bornhausen, PP. Não se fazem perguntas óbvias sobre a culpa, irresponsabilidade e manipulação das informações. Então a cidade e os cidadãos, pagadores de tudo isso, ficam com a versão oficial. Ao menos, desta vez, Pedro confirmou que esta despesa extra será da prefeitura. Não sabia precisar quanto. Mas, se tem uma ideia, pois contratado o material e o serviço está feito, tem nota, tem orçamento, tem previsão de quanto de material se necessitará. Então o que se esconde?

Esconde-se a barbeiragem e o tamanho do buraco – não exatamente o que foi para o Rio, mas o que foi para o bolso dos gasparenses. A licitação é de pouco mais de R$1,7 milhão para todas as obras de recursos que vieram da Defesa Civil Federal. Essa obra na Anfilóquio Nunes Pires girava em torno de R$700 mil. Mas, só o estaqueamento e o material suplementar poderão somar outros mais de R$700 mil. Uau!

Quer mais? Olha como tudo funciona, entre amigos e aparentados do poder de plantão, ou alguém desconhece esses laços em Gaspar? Não discuto a idoneidade de ninguém, discuto a impessoalidade, a falta de transparência e a moralidade pública para esses casos, que em Gaspar já se foi faz tempo, e finge-se vereadores - fiscais do povo - e o próprio Ministério Público não enxergarem.

Quer um exemplo? Quem é o autor do projeto? O engenheiro Ricardo Paulo Bernardino Duarte. Quem faz parte da Comissão Processante das Licitações? O engenheiro Ricardo Paulo Bernardino Duarte. Quem aparece nas redes sociais como fiscal da obra? O engenheiro Ricardo Paulo Bernardino Duarte. Como escreveu um leitor assíduo da coluna no domingo: “colocaram lagarto para cuidar dos ovos? Se o lagartão tiver muita fome vai os ovos e o galinheiro”. Resumindo: está na cara de todo mundo, só não parece estar, ou está, e lhe parece normal, para a turma de Kleber Edson Wan Dall, Luiz Carlos Spengler Filho, Carlos Roberto Pereira, Alexandre Gevaerd, Jean Alexandre dos Santos, Felipe Juliano Braz, Simone Tatiana Hüther, Jean Carlos de Oliveira e Cleverson Ferreira dos Santos. Essa é uma rotineira unanimidade preocupante!

SINALIZAÇÃO TEMERÁRIA, PRECÁRIA E QUE PODERÁ CUSTAR AINDA MAIS SE ALGUÉM PEDIR INDENIZAÇÃO

A emergência e a improvisação levaram a outra emergência e improvisação: o desvio do trânsito – a noite – pelas Águas Negras e Gaspar Grande. Nem para isso, a prefeitura de Gaspar se preparou. Muito menos a Ditran – que está sem agentes de trânsito para as funções normais, pois desde 2008, ela não admite ninguém por concurso em seus quadros e faz o serviço dela e contra a legislação específica, com gente emprestada e não devidamente qualificada para a função.

As ruas de barro do desvio - e ainda bem que não choveu - todas esburacadas, não receberam o devido patrolamento para o novo fluxo de tráfego. Ao mesmo tempo em que revelou como a atual gestão maltrata com a péssima manutenção as nossas estradas pelo interior enquanto divulga grandes obras aos passantes do dia a dia pela Anfilóquio e outras do Centro, faltou sinalização mínima para o caminho alternativo. Um desastre! Uma irresponsabilidade!

Reclamações nas redes sociais e aplicativos de mensagens abundaram. Pior: teve gente que foi parar no pasto e em cercas de arame. O que Avança, de verdade em Gaspar? A ineficiência, as dúvidas, a zombaria, a falta de planejamento, as obras pela metade, o descontrole dos custos e às queixas contra este espaço por ele desnudar o que se quer esconder. Natural, não é? Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

O vereador Francisco Solano Anahaia, MDB, oriundo do PT, é o novo líder do governo em substituição a Francisco Hostins Júnior, que passou ser o novo líder do partido.

No discurso que fez, o novo presidente da Câmara, Ciro André Quintino, MDB, que não era o candidato de Anhaia e Hostins, que trabalharam ostensivamente para o até o oposicionista, Roberto Procópio de Souza, PDT, falou sobre diálogo com os poderes e entre os pares.

Anhaia entendeu o recado. Ele quando em minoria, Anhaia, foi uma voz firme e de pouco diálogo no ano passado. Disse ele agora que mudou. Hum! Vai ser testado, mesmo estando ele em uma bancada de aparente maioria. Aparente!

A mudança de posição de Roberto Procópio está diretamente ligada à nomeação no dia 16 de outubro da esposa Ana Janaina Medeiros de Souza, pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, como Assistente Social, na respectiva secretaria. Ela passou em 12º lugar, e apesar de estar no período probatório, já foi deslocada para a Defesa Civil.

Quem são os vereadores que dão maioria ao governo Kleber? Francisco Hostins Júnior, Francisco Solano Anhaia e Evandro Carlos Andrietti, todos do MDB, Franciele Daiane Back, PSDB, apesar do partido não fazer parte da coligação governamental; é uma posição pessoal da vereadora, bem como o suplente José Ademir de Moura, PSC que está no lugar do mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, que quando voltar do Samae para a Câmara não será voto caixão para o governo.

Kleber e os seus contabilizam ainda o voto de Roberto Procópio de Souza, PDT, bem como em caso de empate, com o presidente Ciro André Quintino, MDB. Mas, o voto de Ciro não é caixão, vai ter negociação a cada caso. Cara e dura. É aí que a pulga pula para trás da orelha.

Por isso, Kleber e os seus trabalham com o PSD, para pelo menos ter os votos de Wilson Luiz Lemfers para ser livrar da dependência de Ciro, ou até mesmo de Roberto Procópio que já avisou que não “poderá” ser um votante incondicional para o governo. Precisa disfarçar em alguns casos.

Quem votará contra o governo, ao menos este ano em matérias polêmicas: Mariluci Deschamps Rosa, Dionísio Luiz Bertoldi e Rui Carlos Deschamps, todos do PT, Silvio Cleffi, PSC e Cicero Giovane Amaro, PSD,

Resumindo: dos dois lados na Câmara, cinco votos parecem ser firmes para cada um. Os demais três flutuam. Isso é perigoso, inseguro e caro principalmente, para o governo e até mesmo para a oposição.

Três vereadores namoram outros partidos, e só não fazem a troca com medo de perder o mandato. Vão aguardar a abertura legal para isso: Rui Carlos Deschamps, PT, Ciro André Quintino e Francisco Hostins Júnior, ambos do MDB.

Não tem jeito. Desempregado, Marcelo de Souza Brick, PSD, foi pedir a interferência do advogado Valmor Beduschi Júnior para um novo emprego público.

Vira e mexe, o portal da Câmara de Gaspar simplesmente sai do ar nos finais de semana. Deve ser algum ratinho comendo os fios.

Na sessão de terça-feira, quem estava nela era o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Ele foi saudado por alguns vereadores. Esqueceram dele Francisco Solano Anhaia, MDB, líder do governo e Francisco Hostins Júnior, líder do MDB. Anhaia foi vereador do PT e saiu dele atirando; Hostins foi secretário de Saúde de Zuchi e mantém boa relação.

O jornal Cruzeiro do Vale demonstrou que, mais uma vez, o governo afrontou a lei e nomeou o superintendente da Indefesa Civil, Evandro Mello Amaral, fora das possibilidades legais. Ele não tem culpa, é claro. Não é ele que prepara os atos. Mas é uma atrás da outra. Eficiência?

Enquanto isso, ausente de Gaspar, com o problema da Anfilóquio Nunes Pires pegando fogo e que pode até atingir as casas, Evandro incomodado com as observações do jornal e principalmente da coluna, postou esta foto na sua rede social, onde deixa transparecer que não está nem aí com o que acontece em Gaspar; está “olhando a maré”, em lugar bem apropriado. Acorda, Gaspar!

 

 

Comentários

Servidora da Fazenda
12/02/2019 21:18
O secretário atual nunca está, estamos a semanas aguardando um retorno, que diz está em sua mesa e nada.
A adjunta outra turista, que chega às 9h é sai as 16h para não pegar trânsito (mora em Itapema) e diz isso com a cara de pau! E nós servidores efetivos que não queremos trabalhar, que somos os malandros????? E ai voce pergunta aonde ela está nas ultimas semanas? de férias?? Se acabamos de retornar das férias.... a TURISTA ESTA DE FERIAS?????
PREFEITO, têm um máxima popular que diz: ME DIZ COM QUEM TU ANDA, E EU TE DIREI QUEM ÉS!! Não preciso dizer mais nada! Triste realidade! Muito triste!
E ainda acham que estamos preocupados com Vale alimentação.
Servidora da Fazenda
12/02/2019 21:15
Infelizmente não vou poder me identificar, por medo das retaliações, que estão virando rotina, ainda mais quando se fala no todo "poderoso" o prefeito de fato.
O que me faz escrever aqui é as conversas de que o "o todo poderoso" voltaria para a Secretaria da Fazenda e Administração. Oi? Aonde o prefeito está com a cabeça? No meu setor o desespero tomou conta, ninguém suporta esse cara. Que teve a capacidade de expor os salários dos servidores em um ranking (com as informações erradas). Com qual finalidade? Expor? Denegrir? Qual a intenção desse sujeito? Que diz de pé junto que não foi ele. Claro que não foi, mas mandou seu "capacho" que ainda está por aqui, infelizmente tenho o desprazer de ter vê-lo todos os dias. Mas o "o todo poderoso" o ser repugnante, transpira maldade, está estampado na cara dele, asno. QUE TAL PREFEITO OUVIR ALGUMA VEZ OS SERVIDORES???
Miguel José Teixeira
12/02/2019 14:13
Senhores,

"Quanto melhores forem os jornalistas no exercício diário da profissão, menores serão os riscos de a população ser enganada."

A força do jornalismo
Visão do Correio (Braziliense), hoje.

A trágica perda do jornalista Ricardo Boechat abre uma lacuna enorme no que o jornalismo tem de mais importante, a combatividade. Em tempos tão sombrios, em que a imprensa vem sendo atacada de forma feroz por exercer sua missão, a de informar o cidadão, o enfrentamento aos poderosos se tona cada vez mais importante para a consolidação do regime democrático.

A história está aí para ratificar que, nos países onde a imprensa combativa foi calada, os cidadãos foram os maiores prejudicados. Além de serem manipulados por ditadores, corruptos, mal-intencionados, perderam direitos básicos, como o de expressarem livremente seus pensamentos. Mais: os que se rebelaram foram presos, torturados e, em muitos casos, mortos. O Brasil viveu nessa escuridão por mais de duas décadas.

A morte de Boechat e o trabalho deixado por ele devem servir de apoio ?" e inspiração ?" para aqueles que, diariamente, sofrem as dores do compromisso com a verdade. Movimentos como os observados nas redes sociais, que tentam desqualificar a mídia, só interessam aos que têm algo a esconder. Basta a divulgação de algum malfeito para que o acusado tente se proteger sob o discurso de que é perseguido injustamente por jornalistas.

Há poucos dias, o Brasil se viu diante de um fato preocupante. Sem alarde, o governo ampliou o número de servidores que podem decidir, de acordo com seu critério particular, quais informações devem ser mantidas em sigilo e por quanto tempo. Essa decisão enfraqueceu um dos instrumentos mais importantes usados pelos jornalistas, a Lei de Acesso à Informação, para revelar irregularidades que o Poder Público insiste em manter debaixo do tapete.

Não se pode negar que, na ânsia de informar, jornalistas cometem erros. Mas, na maioria das vezes, a imprensa investigativa, com todo o cuidado que lhe é característico, tem feito um trabalho relevante para desnudar a malversação do dinheiro público. Muitas vezes, é a insistência do jornalista que obriga as autoridades a saírem da zona de conforto para averiguar e punir os culpados, seja qual for o crime cometido.

Jornalistas sérios e comprometidos com a verdade ganham relevância ainda maior ante a ameaça das fake news, uma praga que deve ser combatida com todas as forças. Cidadãos bem-informados ampliam e enriquecem o debate. São fundamentais para que os rumos de um país não sejam bloqueados pela intolerância, pelo desrespeito, pela opressão, pela corrupção. Quanto melhores forem os jornalistas no exercício diário da profissão, menores serão os riscos de a população ser enganada. E mais fortes serão os instrumentos de combate daqueles que não se rendem à censura e ao poder econômico.

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E. . .para não dizer que não falei de "cheiro de papel rasgado":

Célio Kienolt conhecido como Pirikito, 66 anos, morreu na madrugada do sábado (9/02)em Blumenau. Amigo de várias cervejas, tive o prazer de trabalhar com ele no Jornal de Santa Catarina. Era Gerente Comercial, o Chefão, Doutor Paulo Mallburg e eu um humilde "contato imediato de 3º grau". O Santa ainda era "nosso".
Herculano
12/02/2019 10:32
TENTAÇÃO TOTALITÁRIA. ESTE GOVERNO PRECISA MENOS DE JOÃO E MAIS DE PAULO. SERÁ CÍTARA OU FLAUTA? E O CASO DA RECEITA FEDERAL, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Figuras desse governo, a começar do presidente, parecem fascinados por "João, 8:32" - "Conhecerei a verdade, e ela vos libertará" - e pouco apegados a Paulo, mas deveriam prestar mais atenção a Coríntios, 14:7: "Se o som da flauta não se distingue do som da cítara, como saber se o que se toca é flauta ou cítara". São Paulo será quase sempre o melhor conselheiro. Fiz uma pequena mudança nas traduções disponíveis em benefício da clareza.

Ou por outra: é preciso dizer qual é o rumo. O governo não quer o Estado Policial nem submeter os Poderes da República ao ditame transitório do grupo que está no poder - como, diga-se, tentou fazer o petismo? Se não quer, então tem de tocar cítara - ou flauta, se for do seu agrado. Não pode é fazer as duas coisas. O episódio que envolveu o ministro Gilmar Mendes, que era alvo de uma investigação informal da Receita Federal que, ainda que pertinente, naqueles termos, nem era de sua alçada, é coisa grave. Ao ato discricionário, somou-se o vazamento com ânimo puramente difamatório. O governo não quer isso? Então tem de agir. Já chego lá.

Marcos Cintra, secretário da Receita, divulgou nesta segunda uma nota em que se lê o seguinte sobre o vazamento que colheu o ministro Gilmar Mendes:

"A Receita Federal tem como valor fundamental a proteção intransigente dos dados dos contribuintes e não pactua com o vazamento de informações ou com ilações de prática de crimes sem provas.

Não há procedimento de fiscalização em desfavor dos contribuintes.

As expressões "possíveis fraudes de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência" constantes no documento que acompanha a matéria, não estão amparadas em evidências verificadas durante o procedimento de análise preliminar, de caráter interno, que podem ou não resultar de forma motivada em abertura de procedimento de fiscalização.
Após a divulgação da notícia, foi determinada e efetuada a revisão de outros dossiês de análise preliminar análogos ao caso concreto, relativos a outros contribuintes, e verificou-se que as mesmas expressões foram utilizadas de forma genérica e indevida, o que denota erro na geração desses documentos."

Fez-se a coisa certa. Como se verifica, a Secretaria da Receita reconhece a impropriedade não só do vazamento, que é crime, mas da condução da questão no ambiente da própria Receita. E há outros dossiês.

Ocorre que isso não basta. Em maio do ano passado, embalada pelo lava-jatismo, a Receita anunciou a criação de um grupo cujo objetivo declarado era investigar cerca de 800 agentes públicos. Quais? Os donos do mundo é que iriam decidir, segundo seus próprios critérios. À época, noticiou o Estadão:
O objetivo é que, a partir dessa amostra, a "tropa de elite" de auditores consiga mapear até o fim deste mês cerca de 50 nomes - entre parlamentares, chefes de governo, juízes, procuradores e os próprios auditores fiscais, por exemplo - como alvo de novas operações por acréscimo patrimonial relacionado a crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e ocultação de bens.

As barbaridades contidas no vazamento, meticulosamente pensado para tentar difamar o ministro Gilmar Mendes, deixam claro a qualidade dessa "elite". Há uma diferença entre abrir procedimentos diante de eventuais irregularidades e criar alvos predeterminados, o que é coisa das ditaduras. Um grupo assim, com esse propósito, é simplesmente inaceitável. Dito isso, avancemos.

Já é conhecida a máxima de Pedro Aleixo, vice de Costa e Silva, quando este decidiu baixar o famigerado AI-5. A questão, observou ele ao presidente, não é o que poderiam fazer os auxiliares direitos do mandatário, mas o que faria o guarda da esquina. O pega-pra-capar acima da lei, levado a efeito pelo lava-jatismo, ao qual Sérgio Moro pretende dar continuidade, agora no governo, com suas licenças para matar, confere aos burocratas a ânsia do poder absoluto. Esse absolutismo da burocracia policialesca, acima da lei, se casa hoje com delírios autoritários da base do governo, que não têm sido desestimulados pelo poder político. Ao contrário. Lá estão senadores governistas a incentivar uma CPI dos Tribunais Superiores, que nem objeto tem.

Não sairá. É só intimidação. A deputada Bia Kicis (DF), do partido do presidente, uma das mais buliçosas, colhe assinaturas para revogar a tal PEC da Bengala, voltando a impor os 70 anos como limite para ministros deixarem os tribunais superiores. Isso permitiria a Bolsonaro indicar quatro nomes para o STF: além dos substitutos de Marco Aurélio e Celso de Mello, também os de Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. Não! A parlamentar não esconde o seu intento.

Uma das contas no Twitter por intermédio da qual fala o bolsonarismo - Carlos, em particular, e também o pai, Jair, que costumam retuitar os posts - publicou o seguinte há quatro dias:

"Deixem-me sonhar/conjecturar. Receita apura focos de corrupção de Gilmar. Alguém deleta Toffolli no caso do irmão. Revogam a PEC da Bengala e aposentam, compulsoriamente, Marco Aurélio, Lewandowski, Rosa Weber e Celso de Mello. Depois, Impeachment de mais quatro. Sobrou só um."

Convenham, o PT era um pouco mais discreto, e até mais modesto, em seus delírios autoritários. Aquela estrovenga da Receita começou em 2018, à esteira do lava-jatismo. E Sérgio Moro está hoje no Palácio. O vazamento se deu agora, e o alvo é um ministro do Supremo, o que deixa claro que são todos. E a deputada e o tuíte bolsonaristas não escondem quais são seus alvos. Para quem quiser ver.
Pedetista Gaspar
12/02/2019 09:39
Bom dia

Este Robertinho Procópio é uma vergonha para o PDT, ajeita o emprego da esposa, dos matadores de tetas e oportunista.

Não ganhou 500 votos, se elegeu graças aos companheiros de partido, suplentes de vereadores e faz do cargo de vereador um balcão de negócios.
Igual aos deputados de Brasília, o tal do toma lá DÁ KÁ.
Cria vergonha cara vereador meia bola.
Herculano
12/02/2019 09:24
"GOVERNAR É MUITO DIFERENTE DE TUITAR"

Conteúdo de O Antagonista. Jair Bolsonaro suspeita do general Hamilton Mourão.

Por esse motivo, recusou-se a passar-lhe o cargo enquanto estava internado no hospital.

O editorial do Estadão, porém, alerta que o governo não pode se tornar refém de intrigas na corte:

"O exercício da Presidência pelo vice-presidente deve respeitar o que diz a Constituição, e não o que ditam os filhos do presidente. Não se trata de uma questão familiar, mas institucional.

Bolsonaro precisa o quanto antes se dar conta de que não está mais em campanha, quando todos os problemas do País podiam ser 'resolvidos' por meio de slogans digitados em redes sociais, sob orientação dos filhos.

Governar é muito diferente de tuitar: demanda presença, articulação, lucidez ?" isto é, tudo o que Bolsonaro, convalescente e a reboque dos filhos e dos aliados mais radicais, ainda não conseguiu oferecer ao País."
Herculano
12/02/2019 09:09
EMBLEMÁTICO

Temos 81 senadores. E não foi possível obter apenas 27 assinaturas para abrir a CPI da Toga (Supremo e Tribunais superiores, basicamente).

Isto mostra não a independência de poderes, até porque é o Senado quem escrutina os indicados aos tribunais superiores, mas o rabo preso.

É ainda mais simbólico, a retirada de três assinaturas do pedido de abertura da CPI, como revelou a revista eletrônica Cruzoé: Tasso Jereisatti, PSDB CE, Eduardo Gomes, MDB-AM e Katia Abgreu, PDT-GO.


Miguel José Teixeira
12/02/2019 08:27
Senhores,

2019 já pode ser considerado 'o ano do jeitinho brasileiro"

Nas 4 (quatro) últimas tragédias ele, o "jeitinho brasileiro", estava presente.

E nem estamos ainda na 2ª (segunda) quinzena de fevereiro. . .

Oremos, pois!
Herculano
12/02/2019 07:35
2019 FICOU VELHO EM APENAS 42 DIAS, por Adriana Vasconcelos, em Os Divergentes

Com tantas tragédias em sequência no país, 2019 parece que ficou velho e ainda não chegamos nem na segunda quinzena de fevereiro.

Com tanta dor e sofrimento, até o som dos tamborins que tentam se aquecer para o Carnaval tem soado triste.

A esperança depositada pelos brasileiros no ano que se iniciava, com governo novo e Parlamento renovado, recebeu um choque de realidade.

Primeiro veio a avalanche de lama em Brumadinho, com 165 mortos confirmados e mais de uma centena de desaparecidos, números estes que se somam ao desastre ambiental que sentenciou à morte o rio Paraobeba e causa apreensão diante do risco de afetar o velho Chico.

Uma tragédia que poderia ser evitada, ao que indicam os rumos das investigações.

Em seguida, a morte de dez jovens que sonhavam em fazer carreira no futebol brasileiro, possivelmente por conta de um curto circuito na gambiarra feita para colocar um ar condicionado em alojamentos que não foram autorizados pela prefeitura.

Outra tragédia que poderia ter sido evitada, pelo se apurou até o momento.

Nesta segunda-feira (11), uma falha mecânica levou um experiente piloto de helicóptero tentar salvar a si e ao jornalista Ricardo Boechat arriscando um pouso de emergência em uma rodovia, a poucos metros de um pedágio.

O acaso levou um caminhão a passar pela faixa livre justamente naquele momento e o choque com o helicóptero matou o piloto e Boechat.

Me pergunto se ainda há tempo de salvar o ano e reverter o peso dos primeiros 42 dias do ano.

Torço para que a resposta seja sim...
Herculano
12/02/2019 07:30
MOURÃO É FIEL

Conteúdo de O Antagonista. O general Hamilton Mourão se assustou com o linchamento virtual das falanges bolsonaristas.

Segundo o Estadão, "o vice-presidente procurou aconselhamento sobre como se proteger do grupo liderado pelo núcleo familiar do governo e turbinado pelos diplomatas ideológicos, todos descontentes com seu protagonismo neste início de mandato (...).

A recomendação dos assessores foi para Mourão dar sequência a posicionamentos sutis que denotem fidelidade."
Herculano
12/02/2019 07:23
GENTE DA ORDEM UNIDA SEM NOÇÃO

Aparentemente O Antagonista foi incluído na lista negra de jornalistas dos bolsonaristas. Vai sobrar quem? WhatsApp e o vulcão do Terça Livre?
Herculano
12/02/2019 07:20
MIJANDO NAS CALÇAS

Do promotor Diogo Roberto Ringenberg, lotado no TCE SC, no twitter:

"Seria muito interessante saber quem foram os Senadores que retiraram as assinaturas do pedido de instalação da CPI DO JUDICIÁRIO (LavaToga). Esta não é uma atitude de gente séria.
Herculano
12/02/2019 07:15
ACIDENTE QUE MATOU BOECHAT PõE A XEQUE A ANAC, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A cada acidente aéreo no País, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apenas lava as mãos por meio de comunicados, sempre muito frios, que pouco esclarecem, mas servem para colocar em xeque sua existência. Após o acidente que matou o jornalista Ricardo Boechat, a Anac informou que o helicóptero estava "regular", com papéis em dia, como se isso significasse alguma coisa. A Anac já não faz sentido, tanto quanto a extinção do velho Departamento de Aviação Civil (DAC).

VÍTIMA DA OMISSÃO
Quis o destino que Boechat, crítico desse tipo de omissão, fosse vítima do helicóptero que, fabricado em 1975, ainda voasse 44 anos depois.

PAPELADA INóCUA
A Anac informou que as licenças e habilitações de Quatrucci, de piloto comercial de helicóptero (PCH), estavam válidas. Só que não.

NEM MESMO FISCALIZA
O helicóptero que matou Boechat não estava autorizado a transportar pessoas, mas o fazia mesmo assim. E a Anac, inútil, não o impedia.

óRGÃO ASSOCIATIVO
Com diretores despreparados, indicados politicamente, a Anac atua para beneficiar empresas. Parece mais uma associação empresarial.

FIM DE TAXA DO ETANOL DE MILHO PREOCUPA INDÚSTRIA
Visita de uma delegação do agronegócio dos Estados Unidos a Brasília preocupou o setor sucroenergético nacional. Pudera: os americanos vieram pedir o fim da taxação para importação de etanol podre, à base de milho, um dos mais poluentes do mundo, em prejuízo do produtor nacional, que paga impostos. A importação a imposto zero foi obtida pelo lobby das distribuidoras/atravessadoras de combustíveis, do mercado, para fragilizar o produtor nacional de etanol à base de cana.

RELAÇÃO DESIGUAL
O Brasil importa dos EUA 1,2 bilhão de litros de etanol, mas só pode exportar o máximo de 150 mil toneladas do açúcar, pagando impostos.

EM DóLAR
Segundo estima o presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha, a diferença de taxação dos EUA e do Brasil é de seis ou sete vezes.

CRIME DE LESA-PÁTRIA
Os distribuidores/atravessadores importam etanol podre exatamente no período em que o etanol de cana é produzido no Nordeste.

LACUNA IMPREENCHÍVEL
O radialista José Paulo de Andrade definiu bem: "a voz é a impressão digital da alma". O ouvinte sente a sinceridade e a honestidade ao microfone. Ricardo Boechat passava essa verdade. Ele fará muita falta.

JB-DEPENDÊNCIA
O governo está otimista com a reforma da Previdência, mas aguarda o retorno de Jair Bolsonaro ao batente. A avaliação do Ministério da Economia é que o presidente JB, do alto dos seus 58 milhões de votos, deve assumir o papel de comunicador-em-chefe da reforma.

REFORÇO NO CAIXA
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) prevê votar alteração da Lei Kandir até março e dar início ao repasse a estados e municípios de R$39 bilhões para compensar a isenção de ICMS de exportações.

ESFORÇO MISTO
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), defendeu uma CPI mista, com deputados, para investigar as causas da tragédia de Brumadinho. "Vamos somar esforços, em vez de dividi-los", disse.

DEFASAGEM
A demora em corrigir a tabela de isenção do Imposto de Renda foi alvo de críticas do senador Reguffe (DF). Segundo ele, sem correção, o trabalhador paga mais do que deveria e "isso precisa ser combatido".

GESTÃO COMPARTILHADA
Começou bem o projeto de gestão compartilhada de 4 escolas públicas de Brasília, com policiais militares e bombeiros dando aulas e fazendo atividades complementares. Aumentou muito a procura por matrículas nessas escolas, em regiões marcadas pela violência e por traficantes.

DE VOLTA
O ex-senador Ney Suassuna está de volta. Filiado ao PRB, ele é o primeiro suplente do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), irmão do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

GOLPE DA ÍNDIA
O TCU condenou a empresa indiana Hetero International após receber US$ 1 milhão da Fundação Oswaldo Cruz para compra, em 2001, de remédios de controle da Aids. Representante da indiana, a Camber Farmacêutica terá de devolver o montante com correção monetária.

PENSANDO BEM...
...que ano é este, pelamordeDeus?
Herculano
12/02/2019 06:56
DIREITA E ESQUERDA TÊM ABRAÇADO TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO, por Pablo Ortellado,professor do curso de gestão de políticas públicas da USP, é doutor em filosofia, no jornal Folha de S. Paulo.

Perda de confiança nas instituições e polarização amparam estratégia

No último domingo, em vídeo divulgado nas mídias sociais, o presidente Jair Bolsonaro cobrou da Polícia Federal a conclusão da investigação sobre a facada de que foi vítima.

Reiteradamente, o presidente tem insistido na suspeita de que o autor da facada, Adélio Bispo, não agiu sozinho, com base em indícios há muito tempo descartados pela investigação. Questionamentos são frequentes também em círculos de esquerda, nos quais persistem dúvidas sobre se a facada em Bolsonaro foi real.

Como é possível que um fato público dessa magnitude, testemunhado por militantes, jornalistas e médicos, que sofreu escrutínio rigoroso da imprensa e está sendo investigado com cuidado por duas instâncias policiais, possa ser objeto de especulações tão delirantes?

Teorias da conspiração têm três características principais: explicam acontecimentos complexos exclusivamente pela ação de forças poderosas ocultas, veem todas as consequências como o resultado de ações deliberadas e são completamente resistentes a evidências contrárias.

Essas características podem ser vistas nas duas versões conspiracionistas da facada. Se a morte de Bolsonaro abre caminho político para a esquerda, então foi a esquerda quem planejou a morte. Ou, no outro lado: se Bolsonaro foi eleito com o auxílio da facada, então a facada foi dada para que pudesse ser eleito.

Se o acontecimento tem um efeito, então uma orquestração poderosa e oculta produziu deliberadamente aquele efeito.

As teorias são também crenças persistentes que não reconhecem evidências contrárias, mesmo as mais plausíveis.

Para a esquerda, a facada teria sido forjada, ainda que tenha sido presenciada por centenas de testemunhas, inclusive jornalistas. A gravidade do ferimento teria sido inventada ou aumentada, mesmo que tenha sido atestada por três equipes médicas diferentes.

Para a direita, Adélio foi registrado no Congresso para forjar um álibi, mesmo que uma investigação do Congresso tenha comprovado que o registro foi feito acidentalmente durante uma busca no banco de dados. Adélio também teria agido com comparsas, como se vê no vídeo, mesmo que a hipótese tenha sido descartada após diligentes interrogatórios policiais.

Para os conspiracionistas, as evidências contrárias não podem ser aceitas porque teriam sido também forjadas pela orquestração que quer permanecer nas sombras.

Teorias da conspiração não são mais apenas um fenômeno social curioso. Elas estão sendo cuidadosamente exploradas por grupos políticos, apoiadas na perda de credibilidade das instituições e no efeito de reforço de opinião em grupos polarizados.
Herculano
12/02/2019 06:48
QUEM É QUE PATROCINA AQUELE PAPELÃO PÚBLICO CONTRA A IMAGEM DO BOMBINHAS SUMMER BEACH? NÃO SERIA MAIS BARATO E EFICAZ PROMOVER A SOLUÇÃO? HÁ EMPRESÁRIO QUE NÃO CHEGOU NO SÉCULO 21 E NÃO APRENDEU AS LIÇõES DO 20

Agora a cidade está contra o empreendimento que emporcalha a praia, a mídia encontrou o caminho da roça, as redes sociais mancham a imagem comercial do empreendimento e o negócio vai levar muito tempo para recuperar a magia que vende no seu site.

Parabéns aos donos, aos gestores, aos assessores e até advogados, os únicos que estão ganhando tempo e dinheiro com esse circo.
Herculano
12/02/2019 06:44
NA CONTRAMÃO

Essa do deputado Valdir Colbachini, MDB, de pedir na Assembleia à proibição do uso de radares móveis nas rodovias estaduais, está na contramão da segurança do cidadão e a favor dos que abusam da velocidade, transgridem as leis.

Pior mesmo, foi saber que ele é dono de uma longa lista de multas por velocidade, ou seja, não possui legitimidade moral e ética para pedir o que pediu.

Pior, ainda colocou a culpa nos outros, seus motoristas, que teriam usado o carro. Está mentindo, ou foi indiligente, ou conivente. Quando é apresentada a infração ao proprietário do veículo infrator, também lhe é dada a possibilidade dele indicar que a cometeu. Se não indicou, assumiu o erro, a infração, o pagamento. Vergonha várias vezes.
Herculano
12/02/2019 06:39
MDB DECIDE NÃO ADERIR A MOISÉS, por Upiara Boschi, no jornal Diário Catarinense, na NSC Florianópolis

Em meio às discussões internas e autoavaliações decorrentes dos resultados das eleições do ano passado, o MDB tomou uma decisão importante nesta segunda-feira (11). Reunida em Florianópolis, a executiva estadual do partido decidiu que não fará parte do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) e que os filiados que dele participam devem se licenciar da sigla.

Parece pouco, mas é um gesto importante para o maior partido do Estado, ainda atordoado pelos resultados das eleições de outubro e em busca de um norte político que impeça novas derrotas nas disputas municipais de 2020.

A amistosa transição de governo de Eduardo Pinho Moreira (MDB) para Carlos Moisés criou uma sensação de que a esperada gestão da mudança viria carregada em tons emedebistas. A permanência de Paulo Eli, MDB de carteirinha, na Secretaria da Fazenda sedimentou essa impressão, ainda muito utilizada nas redes sociais em forma de crítica.

O curioso é que essa ideia de que o MDB de alguma forma dá suporte ao governo de do PSL é negativa para ambos. O governo de Moisés apresenta-se como a gestão que vai valorizar a capacidade técnica dos profissionais e ignorar quadros políticos ou indicações partidárias. O carimbo emedebista seria um contrassenso em relação ao discurso que resultou em 71% dos votos. Ao mesmo tempo, o MDB sabe que precisa se livrar do estigma de sigla governista a qualquer custo, a qualquer governo.

Assim que a executiva emedebista tomou a posição, Paulo Eli anunciou o pedido de licença - dando naturalidade ao gesto. O encontro também tratou dos rumos do partido, que começa a definir sua sucessão. Após o insucesso na disputa pelo governo do Estado, o atual presidente Mauro Mariani anunciou que não disputaria mais eleições e que não tentaria novo mandato na direção. Segunda-feira, defendeu que o senador Dário Berger comande a sigla. Semana passada, Dário fez a enfática defesa de que o partido não aderisse ao governo Moisés e apresentou-se para o jogo. Na segunda-feira, titubeou.

Além dele, os deputados federais Carlos Chiodini e Celso Maldaner e o ex-deputado Edinho Bez também têm colocado seus nomes para a disputa que acontece em maio. No entanto, os caciques emedebistas começam a discutir a possibilidade de utilizar a presidência estadual para solucionar a crise da bancada do partido na Assembleia, que tratei na coluna de segunda-feira.

Isolado dos principais cargos do partido no parlamento, o deputado estadual Valdir Cobalchini poderia ser ungido ao comando da sigla. Como se trata do MDB, é claro, tudo isso vai precisar ser acertado com muita gente antes de uma definição.
Herculano
12/02/2019 06:35
COMO TRANSFORMAR UM ATENTADO EM UMA CAMPANHA REPUGNANTE, por Ranier Bragon, no jornal Folha de S. Paulo

Governistas espertalhões perguntam: quem mandou matar Bolsonaro?

Por mais barbaridades que tenha proferido na corrida presidencial, Jair Bolsonaro foi, sem sombra de dúvida, vítima da maior atrocidade cometida na campanha de 2018.

Em 6 de setembro, na cidade de Juiz de Fora (MG), foi esfaqueado sem chance de defesa por Adélio Bispo de Oliveira - ex-filiado ao PSOL -, crime que quase lhe custou a vida.

O agressor foi preso imediatamente após a tentativa de assassinato. A Polícia Federal investigou o caso e concluiu, no principal inquérito, que Adélio agiu sozinho, movido por discordâncias políticas, mesma impressão a que se chega ao ler, ver e ouvir as inúmeras reportagens produzidas desde então pelos veículos jornalísticos profissionais do país.

Mesmo assim, uma pergunta não quer calar no núcleo espertalhão do bolsonarismo: quem mandou matar Bolsonaro? Escorados em uma operosa rede de peritos de YouTube, detetives de Twitter e inspetores de Facebook, esses profissionais da velhacaria não têm interesse real na verdade. O que buscam é se valer da complacência dos ingênuos e desinformados para tentar tirar o máximo proveito político da situação.

Convalescendo de mais uma cirurgia que passou em consequência do atentado, Bolsonaro surfa na onda. Postou vídeo no domingo para manter acesa a chama dos fanáticos. Ele também quer saber "quem foi ou quem foram os responsáveis por determinar que o Adélio praticasse aquele crime lá em Juiz de Fora."

Imediatamente um de seus puxa-sacos no empresariado compartilhou o vídeo, acrescentando a avaliação de que a imprensa "continua calada" e não parece indignada como no caso Marielle. A vereadora do PSOL foi morta, ao lado do motorista, a tiros de calibre 9 mm, assassinatos consumados e com autoria desconhecida até os dias de hoje.

E nessa mistura de alhos com bugalhos, fato com fake, Bolsonaro e seus áulicos não têm o mínimo pudor de usar o crime que quase custou a vida do candidato para tentar tirar o foco de suspeitas bem mais conectadas com o mundo real.
Herculano
12/02/2019 06:29
QUANDO O FANATISMO RELIGIOSO SE ESTABELECE NA IGNORÂNCIA DOS QUE POSSUEM FÉ E EM NEG?"CIO DE GENTE ESPERTA

Conteúdo do 247. Postagens de evangélicos nas redes sociais associavam a morte do jornalista Ricardo Boechat, vítima de um acidente de helicóptero nesta segunda-feira (11), a críticas feitas pelo âncora da TV Band ao pastor Silas Malafaia. A associação gerou um forte reação contrária, criticando os seguidores do polêmico pastor.

O jornalista de 66 anos foi uma das vítimas da queda do helicóptero que ocorreu na manhã de segunda-feira (11), no Rodoanel em São Paulo, batendo na parte dianteira de um caminhão logo em seguida.

Em 2015, ao responder uma afirmação feita por Malafaia, Boechat disparou "?" Malafaia, vai procurar uma rola". O link da matéria que tratou da rusga entre os dois foi compartilhada por dezenas de seguidores do pastor, com comentários como "ninguém se levanta contra os ungidos do Senhor dos Exércitos" ou "maldito aquele que fala do ungido de deus".

A reação contrária foi imediata. "Cristãos, não passem vergonha comemorando a morte do Boechat porque ele era ateu e mandou o Malafaia procurar uma rola. Façam seus papéis como cristãos, se são isso mesmo, e orem pela família do cara. Vocês são a vergonha do Cristianismo Brasileiro", escreveu um perfil no Twitter.

"Existe uma problema sério entre os evangélicos brasileiros. Gente que acha que o pastor é intocável e não pode ser criticado. Gente estúpida a ponto de dizer que foi "Deus pesou a mão" no Boechat por críticas ao Malafaia. Mas por favor não tomem essa galera como se fosse o todo", escreveu outro perfil, na mesma rede.

Briga nas redes

Ao saber das críticas de Boechat, Malafaia respondeu em suas redes sociais.

"Avisa ao jornalista Boechat, que está falando asneira, dizendo que pastores incitam os fiéis a praticarem a intolerância. Verdadeiro idiota. Desafio Boechat para um debate ao vivo. Falar asneira no programa de rádio sozinho, é mole, deixa de ser falastrão. Não incite o ódio", disse.

Mais tarde, o jornalista respondeu Malafaia, em uma ácida crítica ao religioso.

"?" Malafaia, vai procurar uma rola, vai. Não me enche o saco. Você é um idiota, um paspalhão. Um pilantra. Tomador de grana de fiel, explorador da fé alheia. E agora vai querer me processar. Você gosta muito de palanque, não vou te dar palanque porque você é um otário. Não vou fazer debate nenhum com você porque não quero te dar essa confiança. O que eu falei e repito é que num âmbito de igrejas neopentecostais estão acontecendo atos de incitação à tolerância religiosa, mais do que em outros ambientes. Em nenhum momento, pode pegar minhas falas que estão gravadas, eu disse algo que generalizasse as coisas. Até porque, diferente de você, não sou um idiota", disse.

"Você é um homofóbico, uma figura execrável, horrorosa, que toma dinheiro das pessoas. Você é rico porque toma dinheiro das pessoas pregando salvação depois da morte. Meu salário, meus patrimônios, vêm do meu suor, não do suor alheio. Você é um charlatão, cara. Que usa o nome de Deus e de Cristo para tomar dinheiro dos fiéis. Você é um tomador de grana. Você e muitos outros. Não medo de você não, seu otário! Vai procurar uma rola", completou.
Herculano
12/02/2019 06:19
OBSERVAÇÃO NECESSÁRIA

Ricardo Boechat, era um crítico contumaz aos erros e aos no poder de plantão que erravam, desperdiçavam o dinheiro dos pesados impostos por fraude, corrupção e incompetência.

Foi reconhecido à sua morte. Então...
Herculano
12/02/2019 06:13
ADESISTA

Quem estava na troca de comando do MDB de Gaspar, era o ex-ferrenho oposicionista na Câmara e hoje novo alinhado do governo, Roberto Procópio de Souza, PDT
Herculano
12/02/2019 06:11
VEXAME LARANJA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Novo caso de candidatura de fachada repercute no comando nacional do PSL e no Planalto

Chegaram a um novo patamar de gravidade as evidências de que o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, utilizou candidatas de fachada para manipular dinheiro público destinado ao financiamento das eleições do ano passado.

Já era mais que constrangedor, para a legenda e para o governo federal, o caso revelado por esta Folha no dia 4 de fevereiro, envolvendo o hoje ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

No comando do PSL em Minas Gerais, ele patrocinou o repasse de R$ 279 mil a quatro supostas postulantes a cadeiras na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa do estado ?"supostas, porque seu empenho na disputa lhes rendeu, em conjunto, pouco mais de pífios 2.000 votos.

Dos recursos transferidos, ao menos R$ 85 mil foram gastos para contratar serviços, também supostos, de quatro empresas ligadas de alguma maneira ao ministro ou a auxiliares de seu gabinete.

No domingo (10), este jornal noticiou outro episódio do gênero, de escala maior. Uma única candidata a deputada federal por Pernambuco recebeu R$ 400 mil para sua campanha. Ainda assim, não conseguiu mais que 274 votos ?"provavelmente porque a dinheirama só chegou a suas mãos em 3 de outubro, quatro dias antes da eleição.

A prestação oficial de contas de Maria de Lourdes Paixão, que é funcionária do PSL no estado, aponta que praticamente toda a verba pagou material de campanha em uma gráfica. Nos endereços fornecidos pela empresa, porém, não se encontra nenhum sinal de atividade.

O vexame, desta vez, chega ao comando do partido e ao Palácio do Planalto. O presidente da sigla, deputado Luciano Bivar, de Pernambuco, atribuiu a alocação dos recursos à direção nacional, na época a cargo do atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Este negou ter sido o responsável pela decisão.

As elucubrações canhestras de Bivar, para quem faltaria vocação política às mulheres, apenas tornaram o episódio mais vergonhoso.

Todo o dinheiro envolvido nos episódios veio dos cofres públicos. Depois de proibidas as doações empresariais, o mundo partidário elevou as verbas orçamentárias para o financiamento de campanhas - foram quase R$ 2,6 bilhões em 2018. A legislação determinou ainda que 30% dos postulantes devem ser do sexo feminino.

O PSL passou a hospedar Bolsonaro em janeiro do ano passado, e a união de conveniência contribuiu para que ambos superassem, em termos quantitativos, a condição de nanicos da política. Em todo seu primarismo, o esquema das candidaturas laranjas é mais um resquício da pequenez do passado recente a assombrar o governo.
Herculano
11/02/2019 21:08
HONRAMOS OS MORTOS

De Alexandre Garcia, no twitter:

Somos especialistas em saudar mortos; não em evitar mortes.
Alaíde Andrada
11/02/2019 13:23
Só por curiosidade, o engenheiro responsável pelo projeto, licitação, execução, e fiscalização da obra em frente ao Archer é primo do prefeito?
Herculano
11/02/2019 12:52
OS NÚMEROS DA TRAGÉDIA DE BRUMADINHO NESTA SEGUNDA-FEIRA

165 mortos encontrados

160 são dados como desaparecidos

138 estão desabrigados de seus lares
Herculano
11/02/2019 12:43
O GENERAL E O MST: GENERAL JESUS CORREA, QUE VAI CUIDAR DA REFORMA AGRÁRIA, CONCEDE UMA ENTREVISTA CORRETA E DECOROSA, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Mais um general da reserva num cargo importante: Jesus Correa, 64 anos, vai presidir o Incra, que é o órgão executor da reforma agrária no país. Correa concedeu uma entrevista a Eduardo Scolese na edição desta segunda da Folha. Como tem sido rotina, os militares com cargo no governo Bolsonaro são sempre muito decorosos ao falar, evitando o proselitismo ideológico chinfrim. Ah, sim: não incluo o presidente no grupo dos contidos. Quando se manifesta, especialmente nas redes sociais, ainda diz muita bobagem e faz declarações que só acentuam a crispação ideológica - vale dizer: uma inutilidade. A entrevista do general é correta, pacificadora, mas vem coisa pela frente. Terá de ter calma e sabedoria. E, desde já, pode-se dizer o nome da questão: MST. Começo por aí.

Prestem atenção à resposta que deu quando indagado se vai se sentar à mesa para negociar com o MST:

"Eu prefiro não falar do MST ou de qualquer outro movimento específico. A minha concepção sobre essa questão é que nós vamos manter um diálogo com aquelas entidades que possuem existência, com identidade jurídica. Essa é uma condição sine qua non. E, para interlocução, outra questão imperativa considerada é que a entidade não esteja à margem da lei e que esteja dentro do processo nacional dentro da legalidade. A partir disso nós vamos analisar"

A Folha lembrou: "O MST é um movimento social e não possui identidade jurídica, como um CNPJ". É isso mesmo. Não possui. E aí está um dos problemas do movimento. Não possui CNPJ ou qualquer forma de registro, mas atua. Promove invasões, comanda acampamentos, dirige assentamentos, mas não é um ente jurídico. É evidente que não pode ser assim, e há escrevi muitas dezenas de texto a respeito.

"Ah, Reinaldo, agora quer que a simples militância seja registrada em cartório"? Não! Se um grupo de pessoas quiser criar o "MAM" (Movimento dos Admiradores de Mozart) ou o MCDBR (Movimentos dos Consumidores que Dividem Biscoito Recheado), terão a minha simpatia. Sem CNPJ ou algo do gênero. Se, no entanto, essas entidades começarem a apresentar demandas ao Estado, passarem a ter a gestão de recursos públicos - e o MST faz isso por intermédio de cooperativas e assentamentos que recebem recursos do Tesouro - e se transformam numa força política relevante, aí, meus caros, é preciso, sim, que haja a formalização. Sempre expressei esse ponto de vista e não mudei de ideia.

Se o MST quer ser um interlocutor - e não do governo, mas da sociedade -, então é preciso que pare com a sua fantasia revolucionária, transformada, vamos convir, numa espécie de cartório, e passe a negociar com o ente estatal que cuida dessa questão, com a legitimidade que lhe confere o regime democrático. João Pedro Stedile vai ter de conversar mais e de vituperar menos. Notem: do meu ponto de vista, isso independe de quem está no governo. Faria a mesma defesa se Fernando Haddad tivesse sido eleito - embora, nesse caso, suponho, o petista não fizesse tal exigência.

Jesus Correa faz uma afirmação sobre a reforma agrária que não chega a ser um ovo de Colombo, mas que tem ser explicitada, sim, até porque o debate anda brutalizado por aí:

"Pela própria estatura dele, [o Incra] tem uma importância fundamental para o Brasil, principalmente a prioridade na execução da reforma agraria, no ordenamento fundiário. Ela [a reforma agrária] é de grande importância para os produtores, para quem precisa de terra. [O Incra é] uma autarquia com uma responsabilidade social muito grande. [A reforma agrária] é muito abrangente e pega todos esses campos, do aspecto social ao aspecto econômico. A questão fundiária sempre foi tratada com enorme relevância."

Por estranho que possa parecer a muitos, em especial aos que têm um viés de esquerda, entendo que a escolha de um general da reserva - sim, o governo está cheio deles! - para cuidar da área marca um recuo do governo na disposição de dar ao tema mero trato ideológico, afrontando e desconsiderando os grupos organizados que se batem em favor da questão. Como já disse mais de uma vez: Bolsonaro acerta quando recua e erra quando avança. Se bem se lembram, a linguagem de campanha e os primeiros passos logo depois da vitória pareciam tendentes a fazer tábula rasa de demandas que os brucutus de extrema-direita - que nada têm a ver o liberalismo; são apenas reacionários néscios - consideram, como é mesmo, coisa do "marxismo cultural" ou do "comunismo internacional".

Os generais têm mais experiência, por óbvio, do que essas nulidades intelectuais e morais nascidas do berreiro da Internet. Dado o amálgama político-ideológico do grupo que chegou ao poder, fiquem certos: um civil que fosse escalado para a área estaria sujeito a pressões paralisantes. Não iria conseguir trabalhar. Jesus Correa tem uma condição estrutural, nesse governo, para fazer a coisa avançar: autoridade junto aos pares - sim, isso é relevantíssimo. Se a coisa vai andar, não sei.

Não sei se o MST vai chegar à idade da razão. Já passou da hora. E não porque o presidente é Bolsonaro, mas porque a democracia avança sempre que os atores passam a falar a linguagem da institucionalidade, o que não quer dizer que precisem concordar com o poder. Se quer continuar apenas como um "movimento social", não pode ambicionar ser um negociador junto ao Estado legal. A esquerda tem dificuldades de lidar com esses parâmetros. Dilma Rousseff começou a cair quando o Palácio do Planalto abriu as portas para negociar com um troço chamado "MPL" ?" Movimento Passe Livre. Sem CNPJ. Sem eira nem beira.

Eu gostei da entrevista do general. A extrema-direita, muito provavelmente, não. "Mas e esse monte de generais, Reinaldo?" Meus caros, dados presidente e governo, é o que temos para hoje. Se ajuda a pensar um pouco, vejam alguns nomes que foram escalados e que nunca vestiram farda. Convenham: no cotejo com boa parte dos civis, os generais chegam a parecer Schopenhauer.
Herculano
11/02/2019 11:48
"IGREJA CATóLICA NÃO É OBJETO DE AÇÃO DA ABIN", DIZ GOVERNO BOLSONARO

Conteúdo de O Antagonista. O Estadão noticiou que o Palácio do Planalto quer conter o que considera um avanço da Igreja Católica na liderança da oposição ao governo Jair Bolsonaro, no vácuo da derrota e perda de protagonismo dos partidos de esquerda.

"Na avaliação da equipe do presidente, a Igreja é uma tradicional aliada do PT e está se articulando para influenciar debates antes protagonizados pelo partido no interior do País e nas periferias.

O alerta ao governo veio de informes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e dos comandos militares. Os informes relatam recentes encontros de cardeais brasileiros com o papa Francisco, no Vaticano, para discutir a realização do Sínodo sobre Amazônia, que reunirá em Roma, em outubro, bispos de todos os continentes.

Durante 23 dias, o Vaticano vai discutir a situação da Amazônia e tratar de temas considerados pelo governo brasileiro como uma 'agenda da esquerda'."

O Planalto reagiu à matéria do jornal, informando o seguinte:

"1. A Igreja Católica não é objeto de qualquer tipo de ação por parte da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) que, conforme a legislação vigente, acompanha cenários que possam comprometer a segurança da sociedade e do estado brasileiro;

2. Não há críticas genéricas à Igreja Católica. Existe a preocupação funcional do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional [general Augusto Heleno] com alguns pontos da pauta do Sínodo sobre a Amazônia que ocorrerá no Vaticano, em outubro deste ano;

3. Parte dos temas do referido evento tratam de aspectos que afetam, de certa forma, a soberania nacional. Por isso, reiteramos o entendimento do GSI de que cabe ao Brasil cuidar da Amazônia Brasileira."
Herculano
11/02/2019 11:39
da série: o que isso difere de Gaspar? O poder de plantão compra, discrimina, intimida e dita as regras na maior parte da imprensa local e se vale da sua suposta auto-suficiência nas redes sociais. Entretanto, a maioria da população se informa, debate e está ligada em portal e jornal de credibilidade. Invariavelmente, com provas, ele desmancha com fatos, a fantasia, o discurso e a cara propaganda governamental dirigida aos veículos obedientes com os pesados impostos dos gasparenses

BOLSONARO PRECISA CONVERSAR COM A IMPRENSA

Conteúdo de O Antagonista. Jair Bolsonaro deve procurar a imprensa, diz [advogado] Carlos Alberto Di Franco [no jornal O Estado de S. Paulo]:

"Bolsonaro não gosta da imprensa. Acredita, equivocadamente, que as redes sociais são a bola da vez. Não percebe que agenda pública continua sendo determinada pelas empresas jornalísticas tradicionais. O que você conversa com os amigos, goste ou não, foi sussurrado por uma pauta de jornal. As redes sociais reverberam, multiplicam. Mas o pontapé inicial é dado por um repórter. Bolsonaro precisa conversar com a mídia. As críticas aos governantes, mesmo injustas, fazem parte do jogo."

Como o governo está só no comecinho, o colunista do Estadão recomenda que a imprensa não se precipite em seu julgamento:

"A imprensa, reconheçamos, está uma arara com o estilo agressivo do presidente, sobretudo dos seus filhos. Por isso tem sido exagerada e superficial no seu olhar crítico a um governo que está dando os primeiros passos. Um governo só pode ser avaliado depois que se constate se as coisas melhoraram ou pioraram em consequência das decisões que pôs em prática."

Isso não é verdade. A imprensa tem de avaliar diariamente o governo. E quem vai julgar se as coisas melhoram ou pioraram, daqui a quatro anos, é o eleitor.

VOLTO

No caso de Gaspar o governo caminha para o fim, e já foi avaliado não pela imprensa, mas pelas urnas em outubro, e o resultado em números, foi desastroso. Acorda, Gaspar!
Herculano
11/02/2019 11:26
LARANJAL MACHISTA AJUDOU A TURBINAR PSL NA ELEIÇÃO, por Leandro Colon, diretor da Sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Esquema de candidatas laranjas revela como partido operou para crescer nas eleições

O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, usou candidatas laranjas para driblar a legislação eleitoral em esquema de desvio de verba pública. Na cara dura, o presidente da sigla afirmou que a culpa é da lei, afinal, segundo ele, as mulheres não têm a vocação política.

Segundo as regras, 30% dos candidatos de cada partido devem ser mulheres, mesma proporção a ser respeitada no repasse do fundo partidário, formado por dinheiro público.

O que fez o PSL? Burlou a lei, conforme revelaram reportagens da Folha. O atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, por exemplo, é o mandachuva da legenda em Minas. Seu grupo escalou quatro mulheres para preencher a cota.

Na prática, elas fingiram ser candidatas. Eram laranjas. Juntas, não tiveram mais de 2.000 votos. Essas mulheres nunca pensaram em se eleger. Atuaram como figurantes. Foram usadas pelo PSL para repassar dinheiro do fundo a empresas ligadas a Álvaro Antonio, o deputado federal mais votado pelos mineiros.

Quem preside o PSL é Luciano Bivar, com passado nada idôneo na cartolagem do futebol pernambucano. Não se sabe direito o que ele ofereceu para levar Bolsonaro e sua trupe. A aposta deu certo, e o PSL saltou de nanico para a segunda maior bancada eleita, que tem Bivar como um dos vice-presidentes da Casa.

O que se descobre agora é como a sigla operou para atingir tamanha façanha. Em Pernambuco, uma funcionária do partido, indicada como candidata também para garantir a cota feminina, levou R$ 400 mil do fundo partidário, o terceiro maior repasse da legenda em todo o país.

O dinheiro saiu na véspera da eleição para imprimir 9 milhões de santinhos em uma gráfica fantasma. A candidata teve somente 294 votos.

Em entrevista à repórter Camila Mattoso, Bivar atacou a cota dizendo que a política "não é muito da mulher". Bolsonaro nega as acusações de que é machista. Ele silenciou sobre o laranjal do PSL, mas deveria repudiar publicamente o discurso misógino do chefe do seu partido.
Herculano
11/02/2019 11:20
DESAFIO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA É COMUNICAÇÃO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A reforma da Previdência é consensual, mas até os seus defensores mais exaltados advertem para a necessidade de o governo caprichar na "comunicação", até para deixar os parlamentares mais confortáveis na sua defesa. Ocupar os espaços esclarecendo fatos e apontando os privilégios que precisam acabar também é muito importante na "guerra" da comunicação, segundo o líder do Partido Novo na Câmara, deputado Marcel van Hatten (RS), que tem mestrado no assunto.

PARA SER VIÁVEL
O desafio do governo é convencer a população da necessidade de reformar para que, no futuro breve, a Previdência não se inviabilize.

ESTRATÉGIA
O governo prepara campanha na TV, rádio, jornal e internet explicando que o País precisa reformar a Previdência para crescer e não quebrar.

FRANCO ATIRADORES
Parlamentares de esquerda costumam aproveitam os espaços do "contraditório", na imprensa, para tentar espalhar o "terror" da reforma.

MAIORIA ABSOLUTÍSSIMA
Para ser aprovada, a PEC da reforma precisa de 308 votos em 513 deputados e de 49 dos 81 senadores. O governo acha que os tem.

ALHEIO À CIRURGIA, GOVERNO PREPARA VISITA A TRUMP
Sem orientação em contrário, diplomatas brasileiros continuam empenhados na construção da agenda da visita oficial do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, nos dias 18, 19 e 20 de março, a convite do presidente Donald Trump. Isso indica que, apesar da apreensão causada na recuperação de Bolsonaro, o Planalto conta com o seu retorno ao trabalho no prazo estimado antes da sua nova cirurgia.

REUNIÃO DE TRABALHO
Além de encontro para fotos diante da lareira, os dois presidentes terão reunião de trabalho na Casa Branca.

ESTICADA A NY
A visita de Bolsonaro está restrita a Washington, mas há possibilidade de evento em Nova York com empresários brasileiros e americanos.

VISITA AO CHILE
Após a visita a Washington, Bolsonaro fará um pit-stop em Brasília e segue para outra viagem: visitará Santiago nos dias 22 e 23 de março.

SINO-BRASILEIROS
O discurso de governistas contra a China, nosso grande parceiro comercial, deixa à beira de um ataque de nervos muitos brasileiros que, sem conseguir concorrer no Brasil contra chineses, montaram seus negócios por lá e hoje exportam seus produtos... para o Brasil.

VOZ DO ENTULHO
O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), convicto liberal, tem horror à obrigatoriedade da chapa branca "A Voz do Brasil", entulho autoritário que sobrevive desde a ditadura Vargas. Vai lutar por sua extinção.

ADIANTANDO O SERVIÇO
Líderes partidários ligados à base do governo acham que o País tem pressa, por isso querem os debates sobre a reforma da Previdência ocorrendo simultaneamente no Senado e na Câmara.

FACA NA BOTA
No elevador, Bia Kicis (PS-DF) cumprimentou educadamente a Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que respondeu provocando: "Meninas vestem azul!", disse, referindo-se à cor da roupa da bolsonarista. "Vestem a cor que quiserem" - reagiu Kicis - "mas não mexam nas nossas crianças!"

R$11 BILHõES
O governo federal calcula que somente em dezembro foram gastos R$10,9 bilhões apenas com recursos humanos, ou sejam, salários, aposentadorias, pensões. Já em eficiência no setor público, nada.

TEMPOS SOMBRIOS
O chanceler brasileiro Ernesto Araújo fez alerta para as consequências da manutenção de Nicolás Maduro no comando da Venezuela. "Se a esquerda conseguir a perpetuação da tirania, o que não conseguirá?"

IMPERDÍVEL
Estreia nesta terça (12), no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, a Mostra Scorsese. São 33 documentários, longas e curtas do diretor Martin Scorsese, um dos mais brilhantes cineastas da História.


PENSANDO BEM...
...o ano de 2019 continua esperando pelo presidente Bolsonaro para finalmente começar.
Herculano
11/02/2019 11:12
da série: não falta exemplos bem perto de nós, quando o prefeito de Gaspar vai ser repórter de si mesmo mostrando trabalhadores em obras públicas, pagas pelo povo, em condições desumanas, inseguras, sem EPIs, e ele mesmo, sem essas precauções de segurança em favor da sua integridade, e seus puxa-sacos, nas redes sociais, ainda o apoiam nesse desatino, sob os olhos complacentes do Ministério Publico do Trabalho.

INÉPCIA ORGANIZACIONAL ALIMENTA O CICLO DOS DESASTRES, por Vinicius Mota, secretário de Redação do jornal Folha de S. Paulo

Brasil tem desempenho péssimo no controle do que pode machucar, matar e destruir

?Duas ondas ciclópicas de rejeitos de mineração despejadas sobre vítimas desavisadas, incêndios mortais numa boate e num centro de treinamento de futebol, viadutos apodrecidos na capital federal e na maior metrópole do país.

A cada verão, vidas se perdem em deslizamentos e enchentes. A cada ano, há 60 mil assassinados, 40 mil mortos no trânsito e um múltiplo disso tudo de gente com sequelas.

Temos nos desempenhado pessimamente no controle daquilo que pode machucar, matar e destruir.

Os seres humanos, mesmo os mais instruídos, não lidam bem com o cálculo probabilístico. Tendem a superestimar as chances de algo dar certo e subestimar o risco do fracasso.

Ponderar o tamanho do estrago pela sua frequência estipulada é ainda mais difícil. Garantir que as informações fluam com eficácia para a tomada tempestiva da decisão protetora constitui outra faculdade distante das nossas fronteiras pessoais.

Cabe às instituições - a família, a empresa, o governo - estruturar os incentivos para que os indivíduos não se arrisquem pouco nem demais.

Às vezes, o egoísmo pode ser usado para uma finalidade virtuosa, como na invenção do poder político tripartite no Ocidente. Ao agir em causa própria, cada corpo controla o potencial despótico dos demais.

No Brasil, centros de decisão do Estado são infiltrados por agentes em conflito de interesse. Grandes empresas ou não sabem o que ocorre de arriscado em suas dependências ou não se equipam para reagir a tempo. A fiscalização descamba para o burocratismo estéril da papelada.

Em meio à inépcia organizacional, campeia o clamor por justiçamento. O engenheiro que assinou o laudo vai para a cadeia antes de se apurarem causas e responsabilidades.

Sem recrutar o melhor saber técnico à disposição para compreender o que aconteceu, as respostas regulatórias não passam de palpites aleatórios. Não previnem a ocorrência de outras desgraças. Perpetua-se, desse modo, o ciclo dos massacres.
Herculano
11/02/2019 11:06
da série: aos emedebistas de Gaspar que leram o meu artigo - escrito na sexta-feira passada e publicado hoje - sobre a "volta" de Carlos Roberto Pereira à presidência do MDB de Gaspar, e torceram o nariz, terão que tampar novamente as narinas para aquilo que fede nesse ambiente de interesses, interesseiros...

CABO DE GUERRA NO MDB DA ALESC, por Upiara Boschi, no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis

O próximo almoço da bancada estadual do MDB tem tudo para ser o novo capítulo de uma disputa interna que vem se desenrolando desde o final do ano passado e que tem tudo para acabar em rompimento se alguma frente diplomática do partido não entrar em ação.

Maior partido na Assembleia, o MDB tem nove deputados estaduais, mas é inegável a situação de isolamento de Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa.

A crise teve fato gerador a disputa interna pela candidatura à presidência da Assembleia, mas como sempre acontece nessas questões, traz muitas feridas mal cicatrizadas de outras discussões. Em dezembro, Cobalchini articulava com Júlio Garcia (PSD) para
ficar no comando do Legislativo nos primeiros dois anos. Parlamentar mais votado do partido nas últimas três eleições, Cobalchini considerava-se nome natural para liderar esse processo na bancada. Não foi o que aconteceu.

Em discussões internas, Mauro de Nadal apresentou sua candidatura e Sopelsa também manifestou interesse. Nas duras conversas, vieram à tona questionamentos sobre a atuação de Cobalchini nos momentos em que ocupou cargos nos governos de Luiz Henrique da Silveira e Raimundo Colombo e algumas rusgas sobre disputas internas em bases eleitorais comuns. Tudo eclodiu na reunião em que com Cobalchini e Sopelsa ausentes, uma eleição escolheu Nadal por sete votos a zero.

Desde então, os derrotados não ter participado dos encontros da bancada. Nadal não conseguiu articular sua candidatura a presidência, que acabou tomando a direção de Júlio Garcia. Com a maioria da bancada do partido, assegurou a primeira vice-presidência.

Na semana que passou, Cobalchini também não foi levado em consideração para as vagas de líder da bancada e presidente da Comissão de Constituição e Justiça, que ficaram com Luiz Fernando Vampiro e Romildo Titon, respectivamente.

Fora das principais posições, Cobalchini dá sinais de que pode deixar a sigla. Sopelsa tem negado a intenção, mas também é citado em conversas. Como não demonstram interesse em participar dos almoços de terça-feira das bancada, foram convocados por ofício.

Uma nova ausência criaria uma saia-justa incontornável.

No momento em que o MDB busca recuperar-se do golpe que sofreu nas urnas em outubro, quando ficou em um inédito terceiro lugar na disputa pelo governo com Mauro Mariani e viu a bancada federal reduzir, o time da Alesc deveria ser o mais tranquilo - considerando que manteve as nove cadeiras.

O que se vê na prática é um impasse em que poucos parecem querer ceder e ninguém aparece disposto a apaziguar. Quando o novo presidente estadual do partido for eleito, em maio, talvez seja tarde demais para conciliação.
Herculano
11/02/2019 10:58
da série: o tempo vai separar o joio do trigo; vai levar tempo e sempre haverá trigo e joio, sem o joio não saberíamos a importância do trigo. Este comentário coincide com os meus. Não tenho vergonha de ser o que sou e penso, tenho receio do caráter e vergonha dos que mudam de opinião apenas para agradar ou obter vantagens - inclusive a econômica, empreguinhos, aplausos, likes - com os outros. Eles já mudaram tantas vezes. Eu amadureci, apenas.

A NOVA POLÍTICA DE ENXAMES, por Luiz Felipe Pondé

As mídias sociais são a vitória da imprensa marrom sobre imprensa com ética

O termo "nova política" é conhecido. Marina Silva é uma campeã no uso dessa expressão. O sentido é mudar o fisiologismo da política brasileira e dar a ela um tom mais centrado no país e não nos interesses de lobbies corruptos e da casta política.

Bolsonaro navegou nessa ideia - apesar de, a cada dia, sua administração afundar em suspeitas de que há rachaduras na coisa.

Agora, o termo "nova política" está ganhando um novo significado, que nada tem a ver, diretamente, com combate à fisiologia.

A "nova política" está diretamente ligada às mídias sociais. A máquina política sentirá cada vez mais a pressão, vinda das redes, que as empresas e marcas já sentem há algum tempo. Quem achou que, com a entrada dessas ferramentas, a política ia ficar com menos marketing errou. Ela dependerá cada vez mais do marketing, agora, digital.

O mundo dos costumes e da arte já vem sentindo a bota das mídias sociais em seu pescoço há anos. Artistas e gente famosa em geral já são presas de posts e vídeos de seus seguidores há algum tempo.

As mídias sociais são a vitória da imprensa marrom sobre a imprensa com credibilidade. A ética desse tipo de imprensa marrom é de enxame. Por onde passa, arrasa o mundo.

O problema é que, quando está a seu favor, você chama de "democracia direta", "mais poder para o povo e para o cidadão". Já quando está contra, diz que "destruirá a democracia representativa", "colocará em risco os ritos do Legislativo", "é uma ferramenta populista".

A verdade final é que o problema é o mesmo que preocupava os autores de "O Federalista" (Fundação Calouste Gulbenkian, 812 págs.).

Essa obra foi escrita por Alexander Hamilton, James Madison e John Jay na virada do século 18 para o século 19, nos EUA. O problema deles era: como escapar da tirania do rei e não cair na tirania do rebanho ou da maioria? As mídias sociais recolocam de forma dramática o mesmo problema. Agora, o efeito enxame está capilarizado ao infinito e se move na velocidade da luz.

Alguns utópicos, à esquerda e à direita, dizem que isso tudo é bom e é, finalmente, a verdadeira democracia. Criptoanarquistas das bitcoins (coisa de gente narcisista com discurso bonitinho), defensores de comissariados do povo e anarco-capitalistas são todos utópicos mais ou menos oportunistas.

Sem dúvida chegamos à democracia "na forma consumo". Se o consumidor-eleitor quiser algo, e esse algo viralizar, a pergunta que se colocará é: alguma instituição sobreviverá a esse enxame de irrelevantes que chegaram ao poder?

Muita gente associada à vitória de Bolsonaro acha que foi lindo as mídias sociais derrotarem a televisão. E antes que algum inteligentinho de direita grite que TV e jornais estão vendidos à esquerda (o que é mais ou menos verdade em termos da camada média do jornalismo que tem a cabeça feita na faculdade e nas redes), lembre que "democracia direta" é faca de dois gumes.

A única coisa que não é ambivalente nessa "nova política" é o fato de que ela opera pela lógica do consumidor. E o consumidor costuma ser alguém egoísta, mesmo quando boicota alguma coisa a partir de sua pouca informação, sua visão enviesada de mundo ou seu puro e simples ressentimento de pequeno cidadão.

A máxima de Marshall McLuhan, "o meio é a mensagem", quando aplicada às mídias sociais, significa que "o enxame é a ética da política". O enxame é a forma da política agora porque a política é, definitivamente, mídia.

O espetáculo da eleição para a presidência do Senado mostrou isso. Nada há de democracia direta nessa história, só há para gente que acredita na máxima "um celular na mão e uma ideia na cabeça".

A democracia direta das mídias sociais como utopia é mais um sintoma do retardo mental que assola o mundo. Aliás, o próprio "caráter direto" como paradigma é traço desse retardo mental: acreditar num mundo limpinho, simples, verdadeiro, sem as sujeiras humanas, é uma marca da morte do amadurecimento.

Essa "nova política" terá procedimentos fake como paradigma. Bots como agentes políticos definitivos. Oportunistas como "filósofos formadores de opinião". Um retorno à pauta dos federalistas americanos pode nos dar alguma luz.

Ainda que os oportunistas de salão continuem a delirar com o fato de que agora as pessoas estão "empoderadas". Palavra horrorosa, que deveria ser escolhida por algum dicionário inglês chique como signo máximo do ridículo contemporâneo.

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