Por Herculano Domício. - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício.

21/08/2015

RECUOS? I
O PSD de Gaspar acaba de fazer um teste ou um recuo estratégico aos planos que vendia ou possuía de ter candidato próprio na corrida ao paço no ano que vem. Primeiro, trocou de comando. Sem muito alardes, saiu Fernando Neves ? o que foi secretário de Administração e depois de Assistência Social na questionada Ilhota. Entrou o vereador Marcelo de Souza Brick, ex-presidente da Câmara e que se ensaia pelas redes sociais e achando que ela será suficiente, candidato à majoritária.

RECUOS? II
Estranha e contraditoriamente agora, o PSD sinalizou, e pela própria imprensa que o apoia, que o partido poderá ser vice de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Pelo menos foi isto o que Brick deixou claro no encontro de bar que teve com Kleber há três semanas, quando Kleber pediu a assinatura do PSD para a desfiliação do suplente Vando Andrietti. Brick pediu a Kleber para o PMDB não fechar as portas a um vice do PSD. Foi o primeiro recuo.

RECUOS? III
Esta até pode ser uma boa mistura. É um fato novo. Mas une dois jovens, que transitam num mesmo eleitorado. Esta ideia também testa os nervos dos que conversam fora daqui e tramam alianças, como Rogério Peninha Mendonça, PMDB, com Décio Neri de Lima. Eles gostariam de ver o PMDB e o PT juntos, apesar deles em Gaspar não se darem tão bem assim. Entretanto, a rápida passada por aqui do presidente da Assembleia, Gelson Merísio, PSD, para fazer campanha para si, provocou um novo recuo do PSD na questão local. Estabeleceu-se o iô-iô. Merísio reforçou a tese de que o PSD terá candidato. E Fernando Neves, o ex-presidente, aproveitou pelas redes, para se mostrar contra uma possível aliança subalterna com o PMDB, ensaiada por Marcelo.

RECUOS? IV
?De jeito nenhum. O PMDB deu ordens para assediar os pré-candidatos a vereadores do PSD e descontruir o Marcelo?. Quanto ao primeiro, não se sabe bem. Quanto ao segundo, Fernando deve estar enganado. O Marcelo, faz tempo, se autodescontrói. ?Já fizeram isso em 2012 e estão fazendo de novo?, insiste Fernando Neves na acusação ao PMDB daqui. O que parecia uma saída para quem tem três a quatro pontos em pesquisa como admitiu o próprio Merísio na entrevista coletiva, virou embate por espaços. O PT está agradecido, pois enquanto PMDB e PSD e se autodescontroem naquilo que já está frágil, o PT daqui, que deveria sofrer este questionamento, fica protegido.

RECUOS? V
Por outro lado, este ensaio e escaramuças dos protagonistas PMDB e PSD mostram as dificuldades para a composição. Este quadro também força a vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, a tomar decisões mais arrojadas para entrar ou sair do jogo que começa a ficar com cara de briga de cachorro grande. Decididamente o DEM com Paulo Gouveia não possui perfil, estrutura e apetite para uma disputa de verdade. PT, PMDB e PSD sabem disso. O DEM acaba de perder o vice-prefeito de Blumenau, Jovino Cardoso, para o PMDB. Virão outras defecções importantes.

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UTÓPICO OU DESASTRE?
Um leitor assíduo escreve-me. Não autorizou a sua identificação. Ele compara o momento do Brasil ao de outros.
?Você já notou que:
1- Todo país que tem esta mesma política de esquerda populista é turbulento, tumultuado, complicado?
2- Todo país que tem esta mesma política de esquerda populista, a economia vai mal, vide Argentina, Venezuela, Cuba?
3- Esta mesma política está em extinção e não deu certo em lugar nenhum do mundo?
4- As premissas deles não se sustentam em nada, porque partem de uma igualdade utópica. As pessoas são iguais? Uns trabalham, outros são vagabundos, uns são bom caráter, outros não, e que isso é o que move a dinâmica social?
5- Que eles culpam quem produz, pela miséria de quem não produz? Plantam a ideologia de divisão das pessoas, do ódio, e que praticar crimes são justificáveis??.
E o leitor encerra me oferecendo este link para se compreender o entendimento do que expôs. http://goo.gl/YYpjQ4

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TRAPICHE

E a ponte do Vale prometida em maio pelo prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, para se recomeçar as obras em julho? Está quase terminando agosto. Acorda, Gaspar!
 
Claudionor da Cruz Souza, ex-vereador e presidente da Câmara daqui pelo PSDB, não é mais o diretor de Patrimônio da prefeitura tucana de Blumenau. Deixou o cargo para acomodar nele grupo de Roni Wan Dall, PP.
 
Um passo em falso? Wando Andrietti está saindo do PSD para entrar no PMDB. Está fazendo esta troca convicto de que a vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, ainda adoentada, não será candidata no ano que vem. Pelo sim, e pelo não, ele deveria perguntar isto à própria Ivete. Ela nega que tenha esta intenção.

 Estão enrolando o Grupo de Danças no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescência. Acorda, Gaspar!

Os vereadores do PMDB de Gaspar estão fazendo jogo duplo entre a aprovação e a rejeição do PLC 004/2015, que permite o prefeito mudar de função os servidores efetivos a seu bel prazer e diferente do contratado. Luiz Carlos Spengler Filho, PP, servidor, também.
 
José Hilário Melato, PP, já declarou que vai trabalhar sempre contra Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, se ela for candidata a prefeito. Alguém tinha esta dúvida?


A Gaspar de um tempo que não vai voltar mais e de quem não está antenado no presente. Sábado passado, feijoada da Apae. Um político, numa roda, voltou a discursar algo velho e sem nexo. ?Precisamos escolher um candidato para ser apoiado pelos empresários?.
 
Vamos lá. 1. Quem escolhe o candidato é o partido (qualquer um). 2. Quem apoia é a estrutura partidária ou de simpatizantes profissionais que sabem o que estão fazendo para obter trocas. 3. Dos empresários, que estão argolados com a crise do atual governo do PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PC do B, PR, PRB..., os espertos políticos só querem a grana. Depois ou os largam ou chantageiam para ter mais. É o jogo brutal de hoje.

Mais. 4. Empresário de verdade não tem tempo diante dos desafios e dinheiro curto disponível perante os extorsivos impostos, para se dedicar à política partidária tomada por bandidos e gente que por não ter competência teve a política e o poder como única opção de sobrevivência. 5. E quem vota mesmo é o povo, que não gosta de empresários, principalmente os de sucesso, os que prezam à ética, os que trabalham duro anos a fio na busca de resultados para si, a sua empresa e, às vezes, a comunidade.
 
E para finalizar. 6. Qual é o empresário que quer depois do sucesso que teve no seu negócio ter o seu nome e famas enlameados por políticos sem caráter, malandros e ladrões reunidos?

Edição: 1712

Comentários

Herculano
24/08/2015 14:37
A PROPAGANDA É A ALMA DO NEGÓCIO. PMDB TERÁ CANDIDATOS ONDE HÁ TV DIZ PRESS RELEASE DO PARTIDO.

A executiva estadual do PMDB aprovou, na manhã desta segunda-feira (24), durante reunião em Florianópolis, resolução que prevê o lançamento de candidaturas a prefeito nos municípios com programa eleitoral na TV. A iniciativa soma-se à proposta partidária de lançar candidatos em pelo menos 250 cidades.

Desta forma, Chapecó, Xanxerê, Joaçaba, Lages, Criciúma, Florianópolis, Balneário Camboriú, Itajaí, Blumenau, Rio do Sul, e Joinville, terão o 15 na TV, na eleição do próximo ano. Municípios importantes como São José, também deverão ter representação peemedebista.

"O PMDB tem um projeto e objetivos definidos, após a organização e unidade partidária, o retorno das bases tem sido extremamente positivo. O mapeamento de candidaturas atende as propostas pré-estabelecidas", afirmou o presidente em exercício, deputado Valdir Cobalchini.
Sidnei Luis Reinert
24/08/2015 13:52

Paulo Ricardo Filippus compartilhou a foto de Belchior em Ação no evento SOS Belchior - Gaspar S/C.
15 h ·
Atenção Belchiorenses! Temos 2 dias para colher assinaturas para esta proposta de Via Marginal à BR-470 entre o nosso bairro e a Via Expressa de Blumenau, que será apresentada nesta quarta-feira 26/08 em Blumenau.
Não custa nada investir um minutinho nisso, cópias das folhas para assinatura se encontram na Academia S3 das 06:00 da manhã até 23:00 da noite.
Herculano
24/08/2015 13:27
PP UNIDO QUER SER OPÇÃO EM SC, por Moacir Pereira, para o Diário Catarinense, da RBS Florianópolis.

A presença de presidentes, parlamentares e lideres do PSD, do PSDB e do PSB, entre outras legendas, na Convenção Estadual, foi o principal sinal de que o PP renova esperanças de ser um dos protagonistas nas eleições municipais de 2016. Se tiver o sucesso que desejam seus líderes, também poderá ter participação decisiva no pleito estadual de 2016.

A eleição do deputado federal Esperidião Amin foi tranquila. Seu histórico partidário, começando pela condição de ex-presidente do Diretório Nacional e larga experiência, constituiu-se em credencial para comandar o partido. Serão muitas as confabulações, articulações e reuniões para montar um esquema alternativo de poder.

Quem testemunhou o clima de alto astral, com mais de mil líderes assinando a ata, fez a projeção. O PP entra em nova fase. Com a morte do senador Luiz Henrique da Silveira(PMDB), Amin desponta com a principal liderança estadual e o político com maior número de mandatos populares. Terá, portanto, atuação relevante em 2016. Tem credenciais para disputar o governo em 2018 se o PP conseguir selar uma ampla coligação que conte com fortes aliados, no caso os que prestigiaram a Convenção. Se as negociações concluirem que o candidato ao governo deva ser o tucano Paulo Bauer ou o pessedista Gelsom Merísio, Amin tem cadeira cativa na chapa como candidato ao senado.

As costuras entre PP, PSD, PSDB e PSB estão adiantadas.
Sidnei Luis Reinert
24/08/2015 13:11

Petrobras desativa unidade em Pasadena após incêndio

Pasadena (EUA) - A Petrobras desativou a unidade de craqueamento catalítico fluido com capacidade de produção de 56 mil barris por dia de gasolina na refinaria de Pasadena, Texas, Estados Unidos, com capacidade para 100 mil barris por dia, após um incêndio durante a noite de domingo, afirmaram fontes familiarizadas com as operações da fábrica

http://macaeoffshore.com.br/Materias.aspx?id=11343
Sidnei Luis Reinert
24/08/2015 12:42
Artigo no Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho

O narcotraficante e atual presidente da Bolívia, Evo Morales, fez através de TV e redes sociais, You Tube, sérias ameaças ao Brasil, o que, na mais inocente das interpretações, seria uma ingerência externa em assuntos de um país soberano.

Se não houver uma resposta à altura por parte dos nossos militares, que foram citados, nossas Forças Armadas estarão desmoralizadas e seus três comandantes transformados em bonecos com pés de barro. Será que somos nós, digo, os civis, que temos que pegar em armas para defender nossa moral, nossa constituição, nossa soberania, nossa integridade física e territorial?

Alô Exército de Caxias, vamos mostrar coragem; o Brasil ainda é nosso. Vamos destroçar o "exército" de Stédile e o "exército" de Vagner Freitas; vamos respeitar e fazer cumprir nossa constituição, isso no âmbito interno. Hoje quem manda no país é o Foro de São Paulo.

No que diz respeito à política externa, hoje recebemos ordens do proto-ditador venezuelano; ouvimos reprimendas de uma louca da Argentina; e, agora, começamos a sofrer ameaças do cocaleiro da Bolívia.

Aproveitando o desabafo, quero comunicar ao serviço de recrutamento do Exército Brasileiro (EB), que se precisarem de alguém com coragem nas suas fileiras, eu, apesar da idade, sou candidato.

Preencho os requisitos: sou cidadão brasileiro nato, sou patriota, sou filho de ex-combatente, não sou corrupto e discrimino covardes.


Humberto de Luna Freire Filho é Médico.
Sidnei Luis Reinert
24/08/2015 12:40
Viraliza nos meios de comunicação social a seguinte piadinha:

PRESIDENTE DO ITAÚ QUER DILMA NA PRESIDÊNCIA DO BRASIL;
NÓS QUEREMOS A DILMA NA PRESIDÊNCIA DO ITAÚ!!!
Herculano
24/08/2015 08:25
A GRANDE RESPOSTA DA PROFESSORA DAS FILHAS DE VERÍSSIMO AO CACHORRINHO DE MADAME QUE VIROU PITBULL DE QUADRILHEIRO, por Augusto Nunes, de Veja

Neste 20 de agosto, o jornal gaúcho ZH publicou a crônica em que Luis Fernando Verissimo informa que não vê diferenças entre manifestações de rua contra o governo e matilhas de vira-latas. No mesmo dia, a leitora Rosália Saraiva, que foi professora das filhas do patriarca dos humoristas estatizados, encaminhou ao blog do jornalista Políbio Braga uma carta endereçada ao pai das ex-alunas. A resposta, merecidíssima, é de envergonhar até quem perdeu a vergonha de vez.

O rosnado de Verissimo nasceu do medo. O fim da era lulopetista pode custar-lhe a liderança que ocupa no ranking dos autores mais didáticos do Ministério da Educação. Esse possível rebaixamento na lista dos escritores federais oferece motivos de sobra - milhões de motivos - para que um cachorrinho de madame vire candidato a pitbull de quadrilha. Talvez sossegue algum tempo depois do troco, reprisado abaixo, que uma valente professora lhe aplicou no fígado. Confira.

Prezado LF Verissimo:

Na crônica com o título "O Vácuo", comparaste os manifestantes contra o governo aos cachorros vira-latas que, no passado, corriam atrás dos carros, latindo indignados. Dizes que nunca ficou claro o que os cães fariam quando alcançassem um carro, por ser uma raiva sem planejamento. E que os cães de hoje se modernizaram, convenceram-se de seu próprio ridículo, renderam-se ao domínio do automóvel.

Na tua infeliz e triste comparação, os manifestantes de hoje são vira-latas obsoletos sitiando um governo que mais se parece com um Fusca indefeso, que sabem o que NÃO querem - Dilma, Lula, PT - mas não pensaram bem NO QUE querem no seu lugar. Como um velho e obsoleto cachorro vira-lata, quero te latir (não sei se entendes a linguagem de cachorros) algumas coisas:

1. Independentemente das motivações de cada um, tenho certeza de que todos os cachorros na rua correm em busca dos sonhos perdidos, que, em 13 anos, foram sendo atropelados não por um Fusca indefeso, mas por um Land Rover de corrupção, imoralidades, mentiras, alianças políticas espúrias, compras de pessoas, impunidade, incitação à luta de classes, compra de votos com o Bolsa Família , desrespeito e banalização da vida pela falta de segurança e de atendimento digno à saúde, justiça falha, etc, etc.

2. Se os cachorros se modernizaram e pararam de correr atrás do carro, não foi por se convencerem do próprio ridículo. Foi porque não conseguiram nunca alcançar os carros e isso os desmotivou. Falta de planejamento, concordo. Mas os cachorros de agora aprenderam que se correrem juntos, unidos, latindo bastante atrás do carro, cada vez mais e mais, de novo e de novo, chegará uma hora em que o motor vai fundir. Eles vão alcançar o carro. O motorista vai ter que descer do carro e outro assumirá. Pior do que está não vai ficar, embora o conserto vá demorar muito. Não vai ser fácil, mas os vira-latas vão conseguir se organizar, pelo voto. Não pela ditadura.

3. Não é verdade que o latido mais alto entre os cachorros foi o de um chamado Bolsonaro. Acho que estavas na França gozando das delícias de um croissant na beira do Sena (enquanto os vira-latas daqui corriam atrás do osso perdido) e não viste os vídeos das manifestações. Se bem que a TV Globo e o Datafolha também não enxergaram nada. O que mais cresceu na manifestação foi uma certeza, a certeza que vai fazer esse país mudar: com essa Land Rover desgovernada não dá mais. Os cachorros com seus latidos unidos jamais serão vencidos. E sabem que mais dia, menos dia, esse carro vai parar. É assim que começa, pena que eles não acreditem. Não vai ter mais dinheiro pra comprar brioches para o povo. E o número de vira-latas vai aumentar muito. Quem comandará a corrida? Não sei, só sei que prefiro ser um vira-lata à moda antiga do que um vira-lata moderninho que se rende a uma Land Rover.

4. Te enganas quando dizes que os cachorros de antes corriam atrás dos carros porque a luta era outra. Não, a luta é a mesma, o contexto é diferente. Os cachorros não querem um passaporte bolivariano. O vácuo vai ser preenchido, não te preocupes. Por quem for necessário e aceito, desde que não seja pelo exército do Stédile.

5. Em tempo: essa vira-lata que te fala foi professora das tuas filhas no antigo e admirável Instituto de Educação. Lá aprendi que é importante latir não por latir, mas para defender os sonhos possíveis. E tuas filhas devem ter aprendido muita coisa com os meus latidos. Continuo latindo, agora na rua, para derrubar o que acredito ser um mal nesta nação arrasada: a corrupção e, mais do que isso, um governo corrupto, que perdeu totalmente a vergonha. Eles criaram um "vácuo" de imoralidade e de incompetência que vai ser difícil de recuperar. Mas, vamos conseguir!

Atenciosamente, auauau.
Herculano
24/08/2015 08:11
da série: o imaginário utópico sempre prevalece sobre as realidades. Quando se perde razão, a argumentação e o discurso, sobra a intimidação, a acusação desconectada do resultado real.

A VALA COMUM DOS INSENSATOS, por Luís Carlos Romoli De Oliveira para o 247

O consenso está imperando entre os verdadeiros formadores de opinião no país, principalmente aqueles da classe chamada de "Elite", e com isso o golpismo de Aécio Neves está com os minutos contados.

Jogou sua carreira no lixo.

Sua carreira política... As outras carreiras ele está guardando para quando cair no ostracismo como um playboy-traficante, aliado ao que há de pior na política brasileira.

Com ele cairão também nomes importantes do sub-mundo do "baixo-clero" político brasileiro, liderados pelo hilário do tal "Paulinho da Força", pelo velho conhecido pastor 171 Eduardo Cunha, e alguns outros políticos oportunistas como Carlos Sampaio, Onix Lorenzoni, Cássio Cunha Lima e outras figurinhas carimbadas de nossa bizarra classe política como o senador Fernando Collor da Dinda, dentre tantos outros Malufs da vida...

Aécio passará para a história somente como o causador do caos predatório que ele e seu grupo conseguiram instalar no país, causando perdas a todos, empresas e indivíduos, ricos e pobres, e nesse processo de por fogo no circo transparecerão aqueles atores políticos e econômicos que o apoiaram fervorosamente, querendo ver a casa pegar fogo para queimar também os registros de suas enormes falcatruas, liderados pela emblemática porém corrupta e manipuladora da opinião pública brasileira chamada "Rede Globo de Televisão".

Outro importante ator também será finalmente carregado para a vala comum dos insensatos e perdedores: o grande "regente semi-oculto" desta terrível crise fabricada e mentor intelectual de Aécio, ator político dissimulado e vaidoso, divorciado das grandes aspirações do povo brasileiro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, verdadeiro Rasputin desta crise e responsável por jogar mais e mais combustível na fogueira.

Com a retomada do bom senso sobre a crise, estes atores lesa-pátria estarão definitivamente rotulados como nocivos ao desenvolvimento político e econômico brasileiros e definitivamente banidos da vida política do país.

Avante Brasil, para o desenvolvimento sustentado para todos, pela inclusão social e para o saneamento na política e na justiça brasileira.
Herculano
24/08/2015 07:57
A FALTA DE PLANEJAMENTO, PREVISIBILIDADE JUNTO COM A INCOMPETÊNCIA GOVERNO DO PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PC do B, PTB, PR, PRB...É CAPAZ DE TUDO. ESTÁ QUEBRANDO OS ÚNICOS OVOS QUE SOBRARAM DA ECONOMIA EM DECLÍNIO: O AGRONEGÓCIO

É isto que revela a principal manchete de capa desta segunda-feira e o rico texto interno do jornal Folha de S. Paulo: "Aperto no crédito já ameaça a safra do ano que vem".

No texto de Tatiana Freitas e Toni Sciarreta, diz que o aperto no crédito chegou ao agronegócio. A menos de um mês do início do plantio da nova safra, produtores de soja se queixam de dificuldades para obter empréstimos para custear a produção.

Morosidade na análise de crédito, aumento das exigências dos bancos, alta nos juros - com um "mix" entre recursos subsidiados e crédito livre com taxas elevadas - e até venda casada são relatadas por agricultores.

As dificuldades provocaram atraso na compra de insumos necessários para o início do plantio, como sementes e fertilizantes, e aumentaram os custos de produção.

Se o problema persistir, poderá interromper os sucessivos ganhos de produtividade do setor nos últimos anos.

A situação é pior em regiões onde há mais produtores com dívidas pendentes, como no Rio Grande do Sul, Bahia e Goiás. Mas, segundo o presidente da Aprosoja Brasil (Associação dos Produtores de Soja), Almir Daspasquale, o aperto é generalizado. "O dinheiro vem vindo a conta-gotas para todas as agências do Brasil", diz.

O problema teve origem no primeiro semestre, quando os produtores começam a se preparar para o plantio da safra seguinte. Nessa fase, eles buscam recursos nas linhas de pré-custeio, voltadas à compra de insumos.

Foi quando secou o dinheiro das contas-correntes e da poupança que, no caso do Banco do Brasil, vai para o financiamento do agronegócio. O banco estatal destina 73% da chamada poupança rural (90% do total da caderneta) para o crédito agrícola com juros subsidiados de 8,75% ao ano.

Nas demais instituições financeiras, 65% da poupança vai para o crédito imobiliário, que neste ano também teve restrição de recursos especialmente na Caixa.

Além da poupança rural, o agronegócio conta com o direcionamento de 34% dos depósitos à vista (conta-corrente) de todos os bancos.

Com a alta dos juros, tanto a poupança como as contas-correntes perderam depósitos para outras aplicações. Para reverter a situação, Caixa e BB fizeram campanhas para estimular os depósitos.

SECA NO CRÉDITO

Devido ao aperto, o BB só emprestou R$ 3,5 bilhões para o pré-custeio com juros subsidiados neste ano. No ano anterior, tinha feito cerca de R$ 8 bilhões nessa linha. Sozinho, o BB responde por 65% do crédito rural.

A consequência foi a queda de 14% na concessão total de crédito rural no primeiro semestre, segundo o BC.

"Neste ano, o pré-custeio foi nulo", diz Adolfo Petry, coordenador da comissão de política agrícola da Aprosoja-MT (associação dos produtores de soja de Mato Grosso).

"Em março do ano passado já tinha custeio para a safra seguinte. Neste ano, o financiamento só saiu no final de julho", afirma José Guarino Fernandes, produtor de soja em Sapezal (MT).

O alívio veio com o anúncio do Plano Safra 2015/16, em junho, prevendo R$ 187,7 bilhões em crédito para o setor, alta de 20% em relação ao anterior. Os recursos começaram a ser liberados em julho, mas produtores continuam reclamando de lentidão.

Preocupados com a inadimplência, os bancos apertaram as regras de cadastro e passaram a exigir mais garantias. Segundo produtores, na Caixa, crédito acima de R$ 500 mil só sai com hipoteca de primeiro grau (bens que não são garantia de outros financiamentos). O banco não concedeu entrevista.

O BB informou que não há restrição de recursos para a safra. Segundo o banco, o ritmo de liberação de empréstimos está acelerado. Com 50 dias do Plano Safra, as concessões para a agricultura empresarial são 34% superiores ao mesmo período de 2014. Na agricultura familiar, o crédito liberado é 11% maiore e, na linha para médio produtor, 95% maior.

O tema, no entanto, continua em debate em Brasília. Na última semana, uma audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara discutiu o acesso ao crédito agrícola. O caso também foi levado à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, por parlamentares. A preocupação não é apenas sanar os gargalos desta safra, mas também viabilizar fontes alternativas para o financiamento do setor.
Herculano
24/08/2015 07:48
CONHEÇA O REI DOS COXINHAS, por Clóvis Rossi, para o jornal Folha e S. Paulo

Ou a teoria conspiratória dos bolivarianos e sua rica coleção de uma tolice atrás da outra

Você aí, coxinha, já ouviu falar de Gene Sharp? Não? Não é possível: afinal, ele é o inspirador dos protestos que você anda fazendo.

Pelo menos essa é a teoria que os "bolivarianos" estão espalhando para explicar as mobilizações contra governos que se dizem "progressistas", como os da Venezuela, do Brasil e, mais recentemente, do Equador.

Sharp, como lembrou no sábado (21) o competente Fábio Zanini, é cientista político e autor de "Da Ditadura à Democracia", muito citado durante as revoltas da "primavera árabe".

Rafael Correa, presidente do Equador, desengavetou Sharp, acusando-o de inspirador dos recentes protestos, que ele chama de "golpe brando".

Começa com a mobilização nas redes sociais, passa para as ruas, e o governo acaba caindo.

O suposto "golpe brando" inclui, ainda, a difusão de boatos nas redes sociais. No caso do Equador, o rumor falava do fim da dolarização, que foi essencial para a estabilidade econômica do país e, por isso, goza de tanto prestígio que Correa a manteve, apesar de sua permanente retórica anti-norte-americana.

Segundo o relato da revista "América 21", porta-voz do "bolivarianismo", Correa pôs como exemplo "o que está ocorrendo na Bolívia, Brasil, Venezuela e Argentina, onde setores da oposição tratam de desconhecer governos que contam com respaldo popular provocando mal-estar com o apoio de meios de comunicação de massa".

Para quem gosta de teorias da conspiração, é um prato feito.

Pena que é uma coleção rematada de tolices.

Primeira tolice: nem Brasil nem Venezuela têm hoje governos que "contam com respaldo popular".

Segunda tolice: a recente mobilização no Equador não foi obra dos "coxinhas", mas, predominantemente, do movimento indígena e, nele, do Ecuarunari, assumidamente socialista, que controla 45% da Conaei, a confederação dos movimentos indígenas.

Como sabe qualquer pessoa com ao menos um neurônio, grupos socialistas não se pautam por cientistas políticos norte-americanos - nem os leem, aliás.

Terceira tolice: na "primavera árabe", na qual a obra de Sharp surgiu para a fama, não houve revolta contra governos com respaldo popular, mas um justo e legítimo levante contra tiranias obscenas.

No Brasil, sou capaz de apostar que nenhuma das pessoas que se mobilizaram contra Dilma Rousseff sabe quem é Gene Sharp.

Alguns querem o golpe no estilo tradicional, não um "golpe brando". Outros, a maioria, preferem o impeachment, que, estando previsto na Constituição, só pode ser chamado de golpe por energúmenos.

Na verdade, recorrer a uma teoria conspiratória é um recurso tão antigo como o mundo e serve para não encarar as deficiências de governos que se acham messiânicos mas estão acossados pelas ruas.

Que a esquerda tida por bolivariana se deixe fascinar por essa estupidez não é, em todo o caso, de causar admiração.

Ela idolatra um governante, Nicolás Maduro, que diz ter recebido o antecessor (Hugo Chávez) na forma de um passarinho.

Não é, pois, um problema ideológico e, sim, patológico.
Herculano
24/08/2015 07:44
NESTA TERÇA-FEIRA, HAVERÁ COLUNA NO PORTAL CRUZEIRO DO VALE

Herculano
24/08/2015 07:40
OPERADOR DO PMDB DE CUNHA NEGOCIA DELAÇÃO, por Josias de Souza

Em conversa com o repórter Chico Otávio, o advogado Sérgio Riera, que defende o lobista do PMDB Fernando Baiano, confirmou que seu cliente busca um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Se a negociação vingar, as confissões de Baiano podem complicar a já conturbada situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Conforme a denúncia protocolada pela Procuradoria-Geral da República no STF contra Cunha, foi com Fernando Baiano que o delator Julio Camargo, representante da Samsung em contratos de aluguel de navios-sonda à Petrobras, negociou propina de US$ 5 milhões para o deputado. Para que sua delação resulte em benefícios judiciais, Baiano terá de acrescentar novidades ao enredo.

Preso há nove meses, o lobista do PMDB já foi condenado pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, a 16 anos de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O advogado Sérgio Riera assumiu a defesa de Fernando Baiano no início de agosto, depois que seu colega Nélio Machado, avesso ao instituto da delação, preferiu abdicar do caso a ter que costurar a delação.

Diz-se que o acordo com Baiano ainda não vingou porque os procuradores que o inquiriram consideraram sua narrativa muito pobre de novidades. Sobre isso, o doutor Sérgio Riera preferiu não fazer comentários.
Herculano
24/08/2015 07:36
CALOTE DO GOVERNO PÕE CHEFES MILITARES NO SERASA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Comandantes de unidades das Forças Armadas são as mais recentes vítimas dos calotes do governo Dilma. É que a falta de pagamento ameaça a sobrevivência de fornecedores, que, como forma de pressão, negativam comandantes que assinaram contratos de fornecimento de materiais, inclusive comida. Só na área do Rio de Janeiro, estima-se que o beiço das Forças Armadas na praça ultrapassa R$ 200 milhões.

Crediário vetado

Os comandantes das unidades militares federais só descobrem que estão inscritos no Serasa quando tentam fazer algum crediário.

Dados completos

Contratos de fornecimento são assinados pelos comandantes em nome das Forças Armadas, e neles constam todos os seus dados pessoais.

Dano moral

Um comandante contou à coluna, que, impedido pelo Serasa de financiar a casa própria, decidiu processar o governo por dano moral.

Diz que não estou

Jaques Wagner (Defesa) calou. A assessoria pediu "casos específicos" de comandantes negativados. Mas a coluna não entrega suas fontes.

PT DE LULA DEFENDE TEMER NA ARTICULAÇÃO POLÍTICA

O PT lulista reconhece o sucesso do vice Michel Temer na articulação política do governo, para desespero do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Alguns membros do partido tentam convencê-lo a permanecer na função, para garantir a governabilidade da presidente Dilma. Por ordem do ex-presidente Lula, os petistas pedem a Temer para coordenar a reconstituição da esfacelada base aliada de apoio.

Passando o bastão

Cansado de ser boicotado por Mercadante, Temer avisou à presidente Dilma que entrega a coordenação da articulação política em setembro.

Batata quente

Temer é considerado importante em caso de pedido de impeachment na Câmara, segundo o senador Humberto Costa (PT-PE).

Nada disso

A ideia não é bem recebida na bancada do PMDB. Aliados de Eduardo Cunha dizem que passou da hora de Temer "parar de ser bombeiro".

Pindaíba vergonhosa

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores, criticou a situação das embaixadas brasileiras ao site Diário do Poder: "Acho vergonhosa. As embaixadas estão sofrendo ações de despejo ou corte de água e luz por falta de pagamento".

Traição

Deputados do PSD avaliam boicotar o governo. Querem usar a criação do PL para se mudarem para a oposição. O ministro Gilberto Kassab (Cidades) ficou uma fera com a movimentação de seus "comandados".

Filme queimado

Discípulo de Silas Malafaia, o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) saiu correndo de almoço, esta semana. Tudo por causa de Dilma. Ele diz que não quer aparecer "nem em foto" com a Madame.

Sobrevida

O governo comemora a sobrevida com o apoio do Senado, mas ainda se preocupa com o fantasma do impeachment esta semana: a ordem para a base aliada no Congresso Nacional é não baixar a guarda.

Que País é este?!

A Eletrobrás terá de pagar R$ 75 milhões a uma empresa do Piauí por supostos danos por atraso ou não pagamento. A quantia é cinco vezes maior que o valor dos seis contratos em questão, e dois deles nem sequer foram iniciados. A contas da estatal já estão bloqueadas, claro.

Apostando as fichas

O PT, no Recife, aposta na candidatura de Jarbas Vasconcelos para levar a disputa à Prefeitura para o segundo turno, em 2016. Geraldo Júlio (PSB), que disputa a reeleição, pode levar no primeiro turno.

Bem alimentado

A Operação Política Supervisionada suspeita de alimentação superfaturada ou de terceiros de Valdir Rossoni (PSDB-PR), ressarcido pela cota parlamentar. Só em uma pizzaria, gastou sozinho R$ 250.

Triste recorde

Se o ritmo da gastança não diminuir, a Câmara dos Deputados vai bater o recorde histórico de despesas com restaurantes este ano: mais de R$ 2,6 milhões torrados pelos 513 deputados.

Pensando bem...

... só São Francisco para ajudar o governo a concluir a Transposição do São Francisco.
Herculano
24/08/2015 07:28
E AGORA, JOSÉ? por Aécio Neves, senador mineiro e presidente nacional do PSDB, em artigo no jornal Folha de S. Paulo

A festa acabou!

O que fazer com tantos sonhos desfeitos? José, João, Maria, Paulo, Ana, são milhares os brasileiros que vivem hoje o pesadelo do desemprego.

O país cortou 158 mil vagas de trabalho com carteira assinada no mês passado, o pior resultado para julho desde 1992. Nos últimos 12 meses, o total de desempregados subiu 56% nas seis maiores regiões metropolitanas do país. O resultado da gestão desastrosa do PT não poderia ser outro: PIB em declínio, inflação, arrocho fiscal.

É o típico quadro de um país em desgoverno, sem rumo. Mas o que entristece de fato é a realidade que se esconde na frieza das estatísticas. Cada pequeno ponto a mais na taxa de desemprego significa milhares de pessoas à margem da sociedade e vidas em risco. Uma só vida em desalinho já deveria bastar para nos tirar o sono, o que dizer de tanta gente?

O desemprego é cruel por várias razões. Primeiro, pelo efeito dominó: para cada trabalhador que a indústria demitiu, outros tantos foram mandados embora nos setores de comércio e serviços. Como a indústria vive um de seus piores momentos, é possível imaginar o impacto da redução de atividades que ainda está por vir.

Depois, o drama social. O afastamento dos indivíduos do seu grupo, o sentimento de fracasso, a desestabilização das famílias e o aumento da violência que decorre do ambiente de tensão formado. O emprego é o pilar central em torno do qual se estabelece uma rotina e um padrão de vida. Sem isso, para onde ir e o que fazer?

A realidade é cruel com os mais jovens. Na faixa entre 16 e 24 anos, o desemprego saltou de 11,2% em dezembro para 18,5% em junho último. Esses jovens haviam optado por se dedicar aos estudos, mas estão sendo obrigados a ir para o mercado para complementar a renda familiar. Mais gente procurando emprego, menos vagas, menos renda.

Nesse quadro de deterioração, aumenta o grau de informalidade da economia e de atividades autônomas, sem a proteção da legislação trabalhista. Justo no momento em que o governo muda o acesso ao seguro desemprego.

Sem carteira assinada, sem garantias, e ao deus-dará, o que será de José? Os injustiçados de sempre estão pagando a parte mais salgada da conta dos erros e da irresponsabilidade do governo. O número é assustador: a cada dia, 7.000 brasileiros perdem os seus empregos. Os versos do poeta de Itabira parecem ter sido escritos hoje. E agora, José? O riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou, e tudo fugiu, e tudo mofou. E agora?

Em tempo: impossível não registrar o constrangedor patrocínio do BNDES, de R$ 400 mil, à Marcha das Margaridas, em clara manobra de apoio à presidente. Uma prática reincidente, que usa o que é público em favor de uma causa partidária. Até quando?
Herculano
24/08/2015 07:15
VITIMA DA SINCERIDADE, por Valdo Cruz para o jornal Folha de S. Paulo

"Eu acho que o meu problema foi ter sido honesto demais. Ensaiei aquela fala, porque sabia da sua importância e não queria errar. Meu objetivo era fazer um chamamento pela unidade do país."

Foi assim que o vice-presidente Michel Temer comentou, exatamente uma semana depois, sua polêmica frase na qual disse que o Brasil precisava de "alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos".

Desde aquele episódio, o peemedebista sente que o clima não foi o mesmo para ele dentro do Palácio do Planalto. Piorou e muito.

Naquele dia, recostando-se na cadeira, Temer disse a interlocutores que falou pensando em ajudar o governo e o país numa hora de elevada temperatura da atual crise.

Com um certo alívio, recorda-se que avisou à presidente, momentos antes, que daria uma declaração em nome da unidade do Brasil.

Reconheceu, ali, que errou por ter sido sincero demais. Foi traído pela honestidade ao dizer em público o que todos estavam comentando nos bastidores, inclusive Lula - que mais tarde o elogiou pela fala.

A partir dali, o cristal trincou. Petistas viram em sua frase uma conspiração contra a presidente Dilma, de alguém que se apresentava como o "cara" para unificar o país.

Tal avaliação deixa amigos do peemedebista bem irritados. Um deles diz que ele sempre foi leal à presidente Dilma Rousseff, apesar de ela nem sempre dar motivos para tal.

Sobre a tese da conspiração, o fiel escudeiro afirma: "Ou você não pensa em algo assim, que é o caso do Michel, ou, se pensa, nunca diz".

Enfim, o vice-presidente está com um pé fora da função de articulador político. Seu grupo avalia que o Planalto, depois do ajuste fiscal aprovado, voltará a ser tratado como antigamente, como intruso no ninho.

Um grande equívoco. A crise está longe de ser superada. Sem o apoio do PMDB, ela só vai piorar. O desfecho sobre a decisão de Temer está nas mãos da presidente. A conferir.
Herculano
24/08/2015 07:04
A IMPRESSIONANTE HOMENAGEM À DILMA E LULA NA FESTA DO PEÃO, EM BARRETOS.

Sábado à noite. Depois das orações e da canção-oração coletiva de "Nossa Senhora", de Roberto Carlos, parte expressiva do público da Festa do Peão de Barretos escolheu, de forma espontânea dois ícones da política brasileira para a homenagem. Dilma Vana Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.

Para ela, entoaram "a, é, i, ó, u. Dilma vá tomar no c". Para ele, "Lula, cachaceiro; devolve nosso dinheiro".

Resumindo. Só o PT é que não enxerga o lodaçal fedorento que criou e está metido em profundezas inimagináveis, fazendo sofrer todos, sustentado por mentiras, roubos, imoralidade...

O partido devia ser punido nã apenas por governar desastrosamente contra a nação, mas e principalmente pelo fato de rotular a esquerda, que diz representar, de ladra, mentirosa, bandida, incapaz, corrupta e teimosa impondo sacrifícios ao povo mais humilde que se outorgar ser o único e exclusivo defensor.

Ou a esquerda é isso mesmo e quem a defende concorda e disfarça também? Tiranos.
Herculano
23/08/2015 17:17
O PRESS RELEASE DO PP DE SANTA CATARINA

Uma grande festa marcou a ascensão do deputado federal Esperidião Amin à presidência do Partido Progressista de Santa Catarina. Mais de mil pessoas lotaram o hall e o Plenário do Palácio Barriga Verde, sede da Assembleia Legislativa, e ovacionaram o ex-governador, que assume com o objetivo de projetor um novo momento para o PP.

Volto. Novo momento do PP? O partido está super enrolado no petróleo e outras implicações da Lava Jato. Aqui, em Santa Catarina, a marca deste laço está exatamente com o ex-presidente da sigla no estado, o ex-deputado Federal, João Alberto Pizzolatti Júnior.
Herculano
23/08/2015 17:02
O PT É O PARTIDO DOS BANQUEIROS

Conteúdo, texto e conclusão é de O Antagonista. A colunista Eliane Cantanhêde, do Estadão, explica, inadvertidamente, a entrevista de Roberto Setúbal na Folha, ao discorrer sobre a verdadeira clivagem criada pelo PT.

Leiam o que Eliane Cantanhêde escreveu hoje:

"A olho nu, não se identificaram ali (nos protestos de domingo passado) banqueiros, grandes empresários, altos burocratas, diretores de estatais, nem grandes coisa nenhuma, até porque os bancos lucraram mais de 50% em meio à crise, dirigentes partidários aliados estão numa boa e a elite incrustada nas estatais já encheu as burras, digamos, heterodoxamente. Essa é a verdadeira elite, e ela está com o PT e com Dilma, que parece estar se recuperando."

O PT não é só o partido dos trambiqueiros. É também o partido dos banqueiros.
Sidnei Luis Reinert
23/08/2015 15:29
Caiado: Ameaça de Morales é desespero do Foro de São Paulo ?com a perda da fonte de recursos? do BNDES Senador do DEM avisa que Dilma vai sair democraticamente

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) rebateu no Facebook a ameaça contra a democracia brasileira feita pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, no dia 21 de agosto, durante as celebrações de 115 anos da Escola Militar de Sargentos ?Maximiliano Paredes?, na cidade de Tarata, em Cochabamba:
?O presidente da Bolívia, Evo Morales, faz ameaças à democracia brasileira para defender Dilma, Lula e o PT. Fala de ações de forças armadas para defender seus ?companheiros?. É uma ação orquestrada do Foro de São Paulo, ameaçado com a perda da fonte de recursos que irrigou esses regimes bolivarianos nos últimos anos via BNDES.
Primeiro foi Maduro. Agora é Evo a discursar contra o Brasil. Mas aqui não é Venezuela, Evo, onde Chávez e Maduro aplicaram um golpe atrás de outro. Dilma vai sair democraticamente. Seja pela renúncia, pelas pedaladas ou pelos crimes eleitorais. Com tudo que a nossa Constituição prevê, garantida a ampla defesa. Mais cuidado com o que fala, porque os próprios bolivianos já não aguentam tantos gogós com pouca efetividade. Vou levar esse assunto à nossa Comissão de Relações Exteriores para tomarmos as decisões cabidas contra essa ameaça?, escreveu Caiado.

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2015/08/23/caiado-ameaca-de-morales-e-desespero-do-foro-de-sao-paulo-com-a-perda-da-fonte-de-recursos-do-bndes/
Sidnei Luis Reinert
23/08/2015 15:22
Que General tem medo de Evo Morales?


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Os Generais brasileiros, da ativa e na reserva, deram gargalhadas, mas levaram muito a sério, o recado dado pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, um dos mais radicais membros do Foro de São Paulo: "Não vamos permitir golpes de Estado no Brasil e nem na América Latina. Vamos defender as democracias e se precisar vamos atacar com nossas forças armadas. Pessoalmente, nossa conduta irá defender Dilma, presidente do Brasil, e o Partido dos Trabalhadores".

Morales deu seu recado direto aos militares brasileiros na Escola Militar em Cochabamba, lembrando o 44º aniversário do golpe militar de 1971, que colocou no poder o coronel Hugo Banzer. Morales recordou que o golpe boliviano teve o apoio dos militares do Brasil e da Argentina, com todo o respaldo do Pentágono dos EUA. Agora, Morales passou o recibo de que pressente um clima para a queda de Dilma Rousseff. Na visão dele, seriam os generais que dariam mais um "golpe" - termo genérico que a esquerda prefere usar para tomadas de poder no estilo de 1964.

Caro cocalero do Foro de San Pablo: uma ação igual àquela, na qual um Marechal ocupou a Presidência da República, que ficou vaga pela fuga de João Goulart, dificilmente vai se repetir. Primeiro, porque não temos mais Marechais. Segundo, porque os militares brasileiros tomaram verdadeira ojeriza por ocupar uma Presidência da República, depois que o General Figueiredo deixou o Palácio do Planalto pela garagem, para não empossar José Sarney, naquele golpe (este sim) dado pelo General Leônidas, co-fundador da Nova República (que já nasceu esclerosada). Terceiro, porque ainda não existe clima, nem pré-condições históricas concretas, para tomadas do poder, pela força, no Brasil.

No entanto, Morales e qualquer idiota enxerga que o cenário político junca foi tão conturbado no Brasil - também assolado por uma crise econômica estrutural nunca antes vista. Nosso modelo esgotou-se. A Presidenta perdeu a credibilidade para governar. O partido dela e sua base aliada desmoralizaram a honradez promovendo a corrupção sistêmica contra a coisa pública. A sujeira aflora no noticiário, e geram descontentamento nas ruas e muita revolta nas redes sociais. Os integrantes da cúpula dos três poderes batem cabeça. Brigam entre si, na chamada "Guerra do Fim dos Imundos". As pessoas comuns não confiam nos tais "poderosos". Pior ainda, estão de saco cheio dos parasitas de um Estado campeão em se servir da sociedade - e não de servir a ela.



Vale repetir por 13 x 13: a guerra do fim dos imundos ainda vai jogar muita sujeira para dentro ou para fora do poluído ambiente da politicagem brasileira. Tudo se encaminha para um agravamento do impasse institucional que tem tudo para redundar em ruptura. Neste instante, a única salvação possível será uma Intervenção Constitucional. Só o poder instituinte da sociedade brasileira tem condições de consertar tanta coisa errada que a falida estrutura capimunista brasileira ajudou a produzir ao longo da História. As Forças Patrióticas vão agir na hora certa.

Do ponto de vista da constitucionalidade e da legitimidade, tal processo não será um "golpe". Militares não sentarão no trono da Dilma. Mas, agora, já receberam o comunicado oficial de que terão de lutar contra o exército do Evo Morales e contra os guerrilheiros do Foro de São Paulo, estruturados nos bem armados "exércitos do Stedile" (já invocados pelo Genérico $talinácio) ou na "pegada de armas" (pregada pelo irresponsável presidente da Central Única dos Trabalhadores). Uma coisa é certa: os comandantes militares do Brasil gostaram nada da bravata do índio cacalero boliviano - que é um dos porta-vozes do autoritarismo bolivariano na América Latina. Morales conseguiu deixar a Onça Pintada, oficialmente, de prontidão...

Existe, sim, um clima de golpe concreto no Brasil. Tal golpe é claramente tramado pela classe política corrupta. Seu objetivo golpista é manter o regime da Nova República, a todo e qualquer custo, no poder. O plano imediato deles é, se Dilma tiver mesmo de ser substituída, que seja por alguém da confiança deles. A situação se complicou porque Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros - sucessores naturais em casos emergenciais - são cabras marcados para acerto de contas com o judiciário. Além disso, o respaldo popular deles beira a zero. Dos três, Cunha seria o menos impopular, mas só porque tem batido em cachorro morto, para delírio das massas romanas de Bruzundanga.

Por causa de tanto desgaste de imagem dos principais chefes políticos, a intenção golpista é entronizar um preposto no trono dela. O carcomido poder que escraviza os brasileiros tem vários personagens para ocupar um eventual governo de transição. Certamente, o mais perigoso deles se chama Nelson Jobim. O personagem que já ocupou, milagrosamente, todas as casacas da República (menos a presidencial), age, como nunca, nos bastidores, costurando uma aliança de salvação com tucanos, peemedebistas e alguns petistas. Todos correm contra o tempo, e o desgaste violento imposto pela crise estrutural - que combina o pior na politicagem, na economia quebrada e na falta de moral republicana.

O clima anda tão canalha, mas tão canalha, que a temporada de traições produz ironias imperdoáveis. Imagina qual foi o sentimento de José Dirceu, na cadeia, sabendo que sindicalistas da Força Sindical lhe roubaram o título de "Guerreiro do Povo Brasileiro", usando a expressão para saudar Eduardo Cunha? Imagina qual o sentimento do Zé (Rico e Milionário, porém preso) ao receber mensagens de interlocutores do velho amigo e companheiro Lula, pedindo para ele se desfiliar do Partido dos Trabalhadores que ele também ajudou a fundar (e agora, também, a afundar)? Imagina se a comissão de ética ou o diretório nacional, com pena do antigo "herói", resolver não expulsá-lo da legenda - como deseja Lula?

Haja imaginação... Porque a batalha de todos contra todos, com rigores de sem-vergonhice e muita traição, que pode representar a "guerra do fim dos imundos" no Brasil, só vai chegar ao fim se ocorrer um processo de Intervenção Constitucional. Será inútil e prejudicial à Nação qualquer outra pretensa solução pela via da politicagem ou do conchavo milionário. O único jeito, no Brasil, é proclamar de fato a República. Porque a única coisa concreta, criada em 15 de novembro, foi a fundação do clube que gerou a tal "Nação Rubro-Negra" (uma entidade autogovernável, meio anarquista, que serve para torcer pelo Flamengo, até morrer).

A nossa República, de fato, ainda não foi proclamada. Precisa ser! O quanto antes! Chega de canalhas no poder!
Herculano
23/08/2015 13:27
SC: NO PÓDIO DO ENSINO TÉCNICO

Conteúdo e texto, Moacir Pereira. Santa Catarina teve destacada participação no WorldSkills, a maior competição de ensino profissional em todo o mundo. O Brasil conquistou 46 medalhas: 11 de ouro, 10 de prata e 6 de bronze, um recorde histórico. Pela primeira vez, ficou em primeiro lugar, batendo países tradicionalmente vitoriosos, como Japão, França, China e Coréia do Sul. Foi o melhor desempenho do Brasil.

Nossa delegação teve 56 inscritos, dos quais 6 de Santa Catarina, sendo 5 do Senai e um do Senac. No total, foram 1.189 competidores de 62 países em São Paulo.

Os cinco jovens do Senai-SC retornaram com medalhas e foram homenageados pela Diretoria e Conselho da Fiesc. Eduardo Kruczkievicz, de São Bento do Sul, conquistou uma medalha de prata, na área de usinagem e tornearia. Seus colegas Alef Scholze(São Bento do Sul), Jonatas Walter(Blumenau), Rorigo Campos (Palhoça) e Rafael Oening(Blumenau) receberam Medalhas de Excelência.

O presidente da Fiesc, Glauco José Corte, um entusiasta dos programas de educação, destacou o feito histórico dos jovens estudantes de Santa Catarina, fruto de muito estudo e muita dedicação. Lembrou que o Brasil tem o melhor ensino profissional do mundo, enquanto o último Enem revelou que 529 mil estudantes tiraram zero em redação.

A Olimpíada do Conhecimento é realmente um show de competição. Exige treinamento, educação técnica, criatividade e total dedicação dos jovens participantes. Eles passam por várias etapas antes de chegarem à disputa mundial do WorldSkills.
Herculano
23/08/2015 13:18
OPOSIÇÃO CRIA "FACTOIDE" SOBRE CONTAS DE DILMA, DIZ PLANALTO, por Fernando Rodrigues

O ministro Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, reagiu no início da noite deste sábado (22.ago.2015) emitindo uma nota criticando o PSDB e dizendo que "a decisão tomada pelo Ministro Gilmar Mendes em relação à prestação de contas da campanha da presidenta Dilma Rousseff será devidamente questionada no TSE''.

O Palácio do Planalto reagiu a uma nota oficial do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG). O tucano soltou nota no início da tarde deste sábado dizendo haver "fortes indícios de utilização de dinheiro proveniente de desvios da Petrobras na campanha de reeleição da atual presidente''.

Aécio se referia à decisão tomada na 6ª feira (21.ago.2015) por Gilmar Mendes, ministro do Tribunal Superior Eleitoral, requerendo uma apuração sobre indícios de dinheiro ilegal na campanha de reeleição de Dilma Rousseff em 2014. O magistrado determinou que a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal investiguem eventuais crimes cometidos na prestação de contas do PT na campanha presidencial de 2014.

Segundo Gilmar Mendes, embora as contas de campanha de Dilma tenham sido julgadas em dezembro de 2014, ?apenas no ano de 2015, com o aprofundamento das investigações no suposto esquema de corrupção ocorrido na Petrobras, vieram a público os relatos de utilização de doação de campanha como subterfúgio para pagamento de propina?.

Com base na decisão de Mendes, o PSDB se manifestou por meio da nota de Aécio Neves falando em ?denúncias de graves ilegalidades'' na campanha dilmista.

Para Edinho Silva, em sua nota oficial no final do sábado, há um "claro objetivo por parte do PSDB de questionar uma vitória eleitoral conquistada legitimamente na eleição presidencial de 2014".

O ministro, que foi tesoureiro da campanha da reeleição de Dilma, afirma que "mais uma vez, líderes oposicionistas procuram, a partir de processo judicial criar, de forma oportunista, um factoide político completamente descabido. Aliás, o PSDB chegou a solicitar até mesmo uma auditoria das urnas eletrônicas, que são sabidamente seguras''.

Edinho nega irregularidades na campanha dilmista de 2014. "Todos os recursos financeiros utilizados na campanha da presidenta Dilma Rousseff foram arrecadados de forma absolutamente legal e lícita'', afirma o ministro em sua nota.
Mariazinha Beata
23/08/2015 13:12
Seu Herculano;

UOL - Notícias
No Brasil, Merkel visita "Ali Babá e os 39 ladrões".
Diz jornal alemão.

O mundo sabe que o quadragésimo é o LuLLa.
Bye, bye!
Anônimo disse:
23/08/2015 13:07
Herculano, Lauro Jardim informa em sua coluna da Veja que Jacques Wagner tem dito que "diante da gravidade da situação, é preciso escolher: Ou salva o PT ou salva o governo. Os dois não se salvam."

Acho que não sobra nenhum.
Herculano
23/08/2015 12:48
da série, suprema cara de pau. É uma organização que precisa de mansos, otários, ignorantes, analfabetos, desinformados, comprados e medrosos para continuar na sua sina desastrosa, imoral e sem escrúpulos

NA TEVÊ, LULA E DILMA FALAM DA CRISE SEM CULPA, por Josias de Souza

No Brasil atual, basta abrir um jornal ou uma carteira para dar de cara com a crise. Na noite deste sábado, dois dias depois de o IBGE informar que a taxa de desemprego bateu em 7,5% no mês de julho, o PT levou ao ar dois comerciais de trinta segundos. Num, Dilma Rousseff admite: "?muita coisa precisa melhorar." Noutro, Lula reconhece: "?a situação não está fácil."

Ambos prometem um Brasil próspero na virada da esquina. "Vamos voltar a crescer com todo o nosso potencial", ela antevê. E ele: "Com o esforço e a luta de todos vamos controlar a inflação, gerar empregos e derrotar o pessimismo. Podem ter certeza. O Brasil vai voltar a crescer."

Falta algo essencial às mensagens da criatura e do criador: um culpado. No poder há 13 anos, a dupla já não dispõe de um FHC para chutar sem cair no ridículo. E como não conseguem enxergar os responsáveis pela crise no espelho, Dilma e Lula soam cada vez mais desconexos.

É difícil dar crédito às pessoas antes de saber se elas conseguem aprender com os próprios erros. A primeira lição da ruína petista deveria ser a de que todas as premissas sobre as quais Dilma, a supergerente de Lula, construiu a sua política econômica precisam, no mínimo, pegar um pouco de ar.

O diabo é que não se chega ao arejamento sem uma boa autocrítica. Depois que confiou a Fazenda ao ex-diretor do Bradesco Joaquim Levy, Dilma deveria ter dito a si mesma: "Pô, nossa cartilha está ficando igual ao manual do tucanato. Por que é mesmo que a gente era contra o superávit fiscal?"

Sem esse tipo de resposta, metade da nação continuará apavorada porque supõe que a crise econômica, combinada com a roubalheira, só terá fim por um milagre de Deus. E a outra metade se entregará ao pânico porque suspeita que Deus está morto. A gerente infalível, uma incompetente disfarçada, o matou.
Herculano
23/08/2015 12:11
REGISTRO

Como a notícia foi dada aqui em primeira mão por leitores assíduos da coluna na internet, a mais acessada, completo a informação já detalhada em reportagem do jornal Cruzeiro do Vale. O velório da educadora gasparense morta em acidente no Paraná, Elizabeth (Bete) Gamba deve começar agora no início da tarde na Capela Mortuária Bom Pastor. O sepultamento deve ocorrer no fim da tarde, no Cemitério Municipal de Gaspar.
Herculano
23/08/2015 08:31
PIORA NO CENÁRIO ECONÔMICO TRAZ NOVOS RISCOS PRA DLMA, por Valdo Cruz, para o jornal Folha de S. Paulo

Em uma semana em que a presidente Dilma ganhou um "pouco de fôlego" no campo institucional, a piora do cenário econômico e os riscos de ela agravar a crise política viraram a maior preocupação das conversas reservadas no Palácio do Planalto.

Um assessor presidencial disse à Folha que o governo precisa "reverter urgentemente" as expectativas negativas da economia para "evitar o pior": o aprofundamento da recessão no país.

Em sua avaliação, o governo conseguiu melhorar o quadro de instabilidade institucional, mas precisa evitar que uma deterioração econômica gere a imagem de que o Planalto perdeu a capacidade de comandar o país. Se isto ocorrer, avalia, a oposição vai explorar este cenário e tentar forçar a abertura de um processo de impeachment.

Outro assessor reconhece que o sentimento, ultimamente, é o de que "todo dia é de notícia ruim" na economia.

Enquanto a semana começou com a avaliação de que os protestos do domingo (16) não foram "gigantescos", dando tempo ao governo para negociar a Agenda Brasil articulada com o PMDB do Senado, analistas passaram a prever dois anos de recessão.

Oficialmente, o governo diz acreditar que o país não seguirá em retração em 2016, mas reservadamente admite que a "atual desaceleração é muito forte" e ela poderá se manter.

Depois das previsões do mercado de retração superior a 2% neste ano e de 0,15% em 2016, novos dados negativos foram divulgados. O desemprego medido pelo IBGE nas principais regiões metropolitanas foi de 6,9% para 7,5% em julho. E o corte de vagas formais no mesmo mês foi o pior desde 1992, com eliminação de 158 mil postos.

Um aliado diz que estes números ainda vão ter reflexos mais negativos quando o seguro-desemprego dos novos desempregados acabar.

Em busca de uma reação da atividade econômica para "quebrar o ambiente de pessimismo", assessores de Dilma defendem que o melhor caminho é aprovar pontos da Agenda Brasil para melhorar o ambiente de negócios.

Um assessor lembra que o Planalto tomou uma série de medidas para combater a inflação, corrigir preços públicos e buscar o equilíbrio fiscal, mas que, sem a volta da confiança, o crescimento da economia não virá.

Outra ala do governo, porém, preocupada em diminuir os danos na economia nesta fase de transição, voltou a defender uma atuação do Estado para tentar tirar a economia do atoleiro.

Daí veio a decisão de usar o Banco do Brasil e a Caixa para socorrer setores em dificuldades com crédito mais barato. Para este grupo, o Banco Central poderia dar sua contribuição começando a reduzir a taxa de juros no final deste ano. Integrantes desta ala, porém, não acreditam neste movimento do BC.

A equipe de Alexandre Tombini segue sinalizando que a taxa Selic, hoje em 14,25% ao ano, ficará neste patamar por "tempo suficientemente prolongado" até garantir que a inflação irá convergir para o centro da meta, de 4,5%, no final de 2016.

A avaliação é que isto pode ocorrer só no fim do primeiro trimestre do próximo ano, quando o BC começaria a analisar a chance de redução.

No governo, alguns avaliam que a elevação do desemprego e a forte retração da economia podem fazer a inflação cair mais rapidamente e mudar os planos do BC.

O "fôlego" político do início da semana durou pouco. Na quinta (20) começou a circular a informação de que o vice, Michel Temer, vai sair da articulação política. Na sexta, o pedido de investigação da campanha de Dilma feito pelo ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal.
Herculano
23/08/2015 08:28
O PIXULECO DA DILMA BOLADA E AS PROSTITUTAS IDEOLÓGICAS. QUEM SÉRIO AINDA CONSEGUE LEVAR A SÉRIO DEFENSORES DO INDEFENSÁVEL PT?, por Rodrigo Constantino para a Veja

Não adianta: a turma de lá pode acusar de "radicalismo", de "extremismo", do que for, mas só faz isso movida a "pixulecos". O lado de cá, ganhando a vida honestamente, com o suor do próprio trabalho remunerado de forma voluntária, pelos consumidores (e não pelos pagadores de impostos, de forma compulsória), não precisa ter medo de constatar um fato: só continua defendendo o indefensável PT quem recebe para isso. Não há mais gente séria que leve a sério o PT e seus apaniguados.

O leitor conhece aquele personagem Dilma Bolada? Pois é: tem dois milhões de seguidores e escreve com muito humor e irreverência, certo? Mas tudo muito bem pago pelo próprio PT, como mostra a revista ÉPOCA:

No PT, existem duas Dilmas. Aquela que preside o país, a Rousseff, de que quase nenhum brasileiro gosta nestes idos de 2015. E a outra, a Bolada, que dois milhões de brasileiros curtem nas redes sociais. Como Bolada diz: "Sou a Rainha da Nação, a Diva do Povo, a Soberana das Américas? Sou linda, sou diva, sou Presidenta. SOU DILMA!". Dilma Bolada, a caricatura que tem toda a simpatia e toda a verve que tanto faltam à presidente, é criação do publicitário Jeferson Monteiro. Ele sempre jurou ? J-U-R-O-U ? que fazia a personagem por amor. Mas ÉPOCA descobriu que o publicitário recebe um pixuleco de R$ 20 mil mensais do PT para fazer Dilma divar nas redes e zoar sem dó os adversários políticos da presidente e do partido.

As provas estão em documentos enviados por advogados da agência Pepper Interativa ao Superior Tribunal de Justiça. A Pepper é uma espécie de agência parapartidária do PT. É usada para tudo que o partido não pode fazer diretamente em campanhas ou nas redes sociais ? como guerrilha digital a favor do governo e contra os assim declarados inimigos da causa. A Pepper trabalhou nas duas campanhas presidenciais de Dilma ? Rousseff, não a Bolada ? e tem contrato com o PT. Está sendo investigada no STJ na Operação Acrônimo, em que a PF descobriu evidências dum esquema de lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo o governador de Minas, Fernando Pimentel, e operadores do PT. ÉPOCA já mostrou que a dona da Pepper, Danielle Fonteles, é investigada por intermediar pagamentos do BNDES para a mulher do governador Fernando Pimentel, Carolina Oliveira, no período que ele era ministro de Dilma e chefiava o banco. Dani, como é chamada, usou até contas secretas na Suíça para receber dinheiro, enquanto pagava faturas de cartão de crédito da mulher de Pimentel.

Claro, ninguém minimamente atento aos acontecimentos ficará muito surpreso. A mesma revista já tinha mostrado, ano passado, que o criador de Dilma Bolada exigia receber meio milhão de reais da campanha petista por seu "trabalho". Assim como Leonardo Attuch, o editor do site chapa-branca Brasil 247, todos esses que espalham pelas redes sociais ataques aos adversários do PT agem movidos por um único "ideal": o pixuleco. São como prostitutas ideológicas.

Millôr Fernandes, no Roda Viva, definiu bem o motivo pelo qual não confiava em Chico Buarque, e que vale para todos esses esquerdistas próximos do poder.

"EU DESCONFIO DE TODO O IDEALISTA QUE LUCRA COM O SEU IDEAL"

Pois é. Há quem tenha ideais para lucrar com eles, e há os que realmente acreditam em seus ideais e abrem mão de ganhar mais para defendê-los. É o caso do blogueiro que vos escreve, que atuou no mercado financeiro por anos e poderia estar ganhando muito mais hoje, mas acredita no liberalismo, gosta do que faz, e está disposto a enfrentar a corja de prostitutas ideológicas do outro lado. Mas, ironicamente, o ganancioso sou eu, o liberal, enquanto os que se vendem para o governo são os "idealistas". Haja inversão assim lá em Cuba!
Herculano
23/08/2015 08:14
PROVAS NO HOSPÍCIO, por Janio de Freitas para o jornal Folha de S. Paulo

É difícil prever a conduta do presidente da Câmara no futuro imediato, mas pode-se sondar hipóteses

É até engraçada, sem que deixe de ser o oposto disso, a expectativa generalizada sobre o que um acusado da extorsão de US$ 5 milhões causará ao país: vai abalá-lo ainda mais com suas pautas-bombas, ou enfim vai reprimir sua natureza? Incluirá na pauta da Câmara um pedido de impeachment, ou vai investir contra o procurador-geral da República?

Se um país chega a esse ponto, com o ambiente político e econômico em dependência tão patética, está muito enfermo. Fosse gente, seria recolhido ao hospício. Como não é gente, faz suspeitar de que seja o próprio hospício.

Logo, falemos de Eduardo Cunha. Para começar, duvidando de que alguém possa prever com razoável segurança a conduta do presidente da Câmara no futuro imediato. Apesar disso, pode-se sondar, em linhas gerais, hipóteses que tenha à sua frente.

A primeira: agravar a linha provocativa que mantém na Câmara pode ser negativo para sua situação judicial. Como resposta, é bastante provável que o Judiciário e o Ministério Público se sintam no dever de acelerar a tramitação do processo, para que seus ritmos habituais não sejam acusados de dar oportunidade à conturbação política. Não é menos provável que o apoio dos oposicionistas da linha Aécio incentive a tendência natural de Eduardo Cunha para a pauta-bomba e bombas sem pauta.

A hipótese de autocontenção valeria ao menos como originalidade biográfica para Eduardo Cunha ?ao custo de parte do apoio que recebe do oposicionismo extremado, como o grupo aecista do PSDB, e peemedebistas paus-mandados. A liderança de Eduardo Cunha perderia alguma coisa, e é muito incerto que ele conceda essa perda.

Eduardo Cunha tem uma inteligência esperta. Até hoje, não foi capaz de convencer da sua inocência nas irregularidades, graves todas, em que figurou. Mas está na presidência da Câmara, não está arruinado. As acusações que o Ministério Público agora lhe faz em 85 páginas (ou um terço disso em espaço normal) são mesmo pesadas. Mostram, inclusive, conhecimento de truques atribuídos ao acusado, como uso de igreja evangélica para recebimento de suborno.

Mas, teoricamente, condenação depende de prova. É verdade que o Supremo já teve prática diferente e, na Lava Jato, o juiz Sergio Moro já emitiu condenação em cuja sentença admite falta de provas. É recomendável esperar o confronto entre as acusações duras e as respostas experientes de Eduardo Cunha.

A denúncia entregue ao Supremo suscita duas observações. Ficou claro que Rodrigo Janot esperou a condenação de Nestor Cerveró e Fernando Soares por Sergio Moro. Citar na acusação a Eduardo Cunha duas condenações consumadas pelos mesmos fatos dá um reforço e tanto contra o deputado, que fica como comparsa de criminosos condenados.

Nota-se ainda que Janot preserva linguagem apenas profissional, técnica. Não a violenta com os insultos e impropérios usuais em seus antecessores Antonio Fernando de Souza (hoje defensor de Eduardo Cunha) e Roberto Gurgel, sem que sequer os alvos das ofensas estivessem condenados.

De passagem, a denúncia usa de uma expressão perigosíssima para Eduardo Cunha: "desvio de finalidade", aplicada como referência indireta aos ameaçadores pedidos de informação, em nome da Câmara, que Eduardo Cunha teria feito com assinatura da então deputada Solange Almeida. Destinavam-se, disse o lobista delator, a pressionar ele e uma empresa para quitarem o saldo de US$ 5 milhões do suborno. Tal uso da Câmara é conduta que justifica processo interno de perda de mandato. Bem entendido, em Câmaras com certa dignidade.
Herculano
23/08/2015 08:12
MEU PAI PROFETIZAVA QUE A FARSA CAIRIA DE REPENTE E DEUMA VEZ, por Valentina de Botas

Xampum, creme rinse. Xampu não tem m no final e ninguém fala creme rinse, pai, é condicionador. Obrigado, dizia cordialmente desinteressado, vou me lembrar. Que nada! Seria sempre assim. Quando tomava chuva e voltava com frio, minha mãe não dizia palavra. Antes avisara que levasse um guarda-chuva, homem, que vai chover, e um casaco que vai esfriar mais e essa tua bronquite é danada.

Sabia disso, mas, quê diacho!, ele não era criança, então, saía sem guarda-chuva e casaco. 50 anos viveram assim. Na volta, nem precisava ver os olhos da cabocla para adivinhar a censura silenciosa. O armistício era na cozinha intermediado pelo cheiro pacificador do café feito inda agorinha. Sentavam-se à mesa, falavam de tudo, menos do guarda-chuva e do casaco, até riam.

É o jeito do teu pai ser livre; de primeiro, achei que a bronquite ia matar ele, depois vi que era disso que ele ia morrer não, mas se eu deixar de falar que ele pegue o guarda-chuva e o casaco e, aí, Deus Nosso Senhor usa essa bronquite pra levar ele nesse dia, só vou lembrar que foi porque não falei do guarda-chuva e do casaco; é lembrança pouca demais pra tantos 50 anos. Minha mãe doce me explicou.

As fatias diárias da nossa convivência surgiram monolíticas no trajeto até o hospital enquanto todos aqueles outdoors me viam passar pela marginal Pinheiros naquela manhã desnecessariamente azul de 7 de janeiro de 2013 de um azul que azulejava tudo em volta. O que fazer com a beleza daquele dia? Beleza sem lugar, fora de hora. Um autoengano me dava a certeza de que o pior já tinha passado: depois do telefonema pouco antes das 6 da manhã chamando a família ao hospital e da notícia da morte.

Escalada para receber o corpo, segui o funcionário que abria umas portas até uma sala fria. Me intriga se era um ventilador, alguma janela aberta ou só o vendaval indiferente do que a gente passa e do que passa pela gente que fazia o cabelo prata e liso voar para fora do lençol. É meu pai amado, amado, amado, falei na lucidez levada às últimas consequências para admitir que nada é pior do que forçar a razão ao que o coração já sabe.

Só talvez agora é que sei ? de um saber provisório como só o saber sabe ser ? que o pior nunca passa: a ausência. Encontrei nesta tarde, entre uns papéis por organizar, a lista de compras que meu pai escrevia quando teve o derrame que o matou. O homem direto, claro e simples não deturpava o sentido das coisas como no asqueroso mundo petista; meu pai repudiava essa coisa com tudo dentro. Profetizava que a farsa cairia de repente e, tão imensa, cairia de uma vez.

Releio a lista, penso na dádiva que seria ter só um dia com ele, mostrar-lhe a profecia que se cumpre e aproveitar para me desculpar por erros evitáveis. Me lembro que estou sem condicionador, quando terminar este comentário vou prender um lembrete na geladeira: comprar creme rinse. Um beijo eterno, pai; um beijo, pais.
Herculano
23/08/2015 08:04
OU PT, OU GOVERNO: PARA PETISTA MINISTRO DE DILMA, SÓ UM SOBRA

Em conversas reservadas, Jaques Wagner tem dito que, dada a gravidade da situação, é preciso escolher: salvar o PT ou o governo. Os dois não se salvam.

Quem será que Wagner gostaria de livrar?
Herculano
23/08/2015 07:52
UM DEPUTADO COM TROPA DE CHOQE, PITBULLS E "PAUS-MANDADOS", por Afonso Benites, EL País (Espanha)

O poder do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ficou abalado depois das denúncias da Procuradoria, mas sua rede de aliados na Câmara dos Deputados é extensa. O peemedebista tem a sua tropa de choque, os pitbulls e os 'paus-mandados', segundo os congressistas que convivem com ele. 'Pau mandado' é como o delator Alberto Yousef se referiu, em depoimento à Justiça, aos parlamentares que seguem as orientações do polêmico deputado.

A linha de frente de defesa de Cunha está principalmente entre os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras. É um grupo de parlamentares que atuam para desmentir delatores que incriminam os políticos na operação Lava Jato. Entre eles, estariam o presidente da comissão, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) e André Moura (PSC-SE). Os dois são os únicos que tiveram até agora acesso à investigação feita pela consultoria Kroll, contratada pela CPI por 1 milhão de reais, sobre 12 réus do esquema de desvio de recursos da Petrobras.

No grupo dos pitbulls estão alguns parlamentares espalhados por diversas comissões que agem para garantir os interesses de Cunha, como a celeridade no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). Um deles é o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA).
Herculano
23/08/2015 07:47
A BLINDAGEM DE EDUARDO CUNHA, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Os interesses que protegem Eduardo Cunha têm pouco a ver com ele, o que buscam é conter a Lava Jato

Fernando Henrique Cardoso disse o seguinte:

"Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato."

Poderia ter dito a mesma coisa a respeito de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, denunciado pelo procurador-geral da República junto ao Supremo Tribunal Federal. Não disse. Nem FHC, nem qualquer outro grão-tucano.

Até agora, Dilma é acusada no Tribunal de Contas da União de ter pedalado as contas públicas. O TCU não é um tribunal, mas um conselho assessor da Câmara. Ademais, a acusação ainda não foi formalizada. Eduardo Cunha foi acusado pelo Ministério Público de ter entrado numa propina de US$ 5 milhões. O PSDB quer tirar Dilma do Planalto e admite manter Eduardo Cunha na presidência da Câmara.

Surgiu em Brasília o fantasma de um "acordão". Nele juntaram-se Dilma e Renan Calheiros. Há outro: ele junta Eduardo Cunha, o PSDB, DEM e PPS. Um destina-se a segurar Dilma. O outro, a derrubá-la. À primeira vista, são conflitantes, mas têm uma área de interesse comum: nos dois acordões há gente incomodada com a Lava Jato. A proteção a Dilma embute a contenção da Lava Jato, evitando que chegue ao Planalto ou a Lula. A proteção a Eduardo Cunha pretende conter a responsabilização dos políticos de todos os partidos metidos em roubalheiras.

É sempre bom lembrar que Fernando Collor, também denunciado por Janot, renunciou ao mandato em 1992, mas foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. Renan Calheiros foi líder do governo Collor e Eduardo Cunha dele recebeu a presidência da Telerj.
Herculano
23/08/2015 07:47
E-MAIL PARA JANOT, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha e S. Paulo

De Marcio Thomaz Bastos para Rodrigo Janot:
"Daqui onde estou não posso dar mais detalhes, mas há um jovem procurador do Banco Central que poderia lhe contar as pressões que sofreu em 2012 para dar um parecer favorável à ideia de se usar o Fundo de Compensação da Variação Salarial para aliviar bancos que estavam sob intervenção. Poderia contar endereços, personagens e diálogos.

O assunto foi levado a Dilma e ela foi clara: 'Diga ao rapaz para não fazer o que lhe pedem. Se fizer, será o primeiro a ir para a cadeia'."

BOA PISTA
O doutor Rodrigo Janot terá trabalho na quarta-feira (26) para explicar por que, dispondo de um quadro de servidores pagos pela Viúva, contratou uma agência de publicidade para cuidar da Procuradoria-Geral da República. A PGR não é a Coca-Cola.

Se ele sair da sabatina convencido de que esse tipo de promiscuidade contraria a boa norma da administração, todo mundo ganhará. De longe, ele não é o único.

RODAS DA CRISE
Neste ano a Pirelli, maior fabricante de pneus de caminhões do país, teve uma queda de 40% nas suas vendas.

No segmento de carros de passeio as vendas também caíram, numa percentagem menor.

ODEBRECHT
A sabedoria convencional chegou a suspeitar de que a Lava Jato não fosse chegar à Odebrecht. Seu presidente está na carceragem de Curitiba desde junho. A mesma sabedoria da rotina duvida que a empreiteira faça um acordo de colaboração com a Justiça. A ver.

A Camargo Corrêa fechou seu acordo na semana passada, mas esse caminho já era discutido na empresa em março.

ÇÁBIOS E ESPERTOS
Ainda não se identificou a mão do gato que botou no carrinho da xepa de feira de Renan, Dilma e Levy a ideia de se cobrar pelo atendimento do SUS de acordo com a faixa de renda da vítima.

Apesar disso, apareceu o primeiro suspeito: seriam os çábios do Banco Mundial, que circulam com essa ideia há muitos anos. Gente esperta: nunca puseram a cara na vitrine para defender a sugestão, nem mesmo para discutir sua praticabilidade.

Tudo o que o mundo precisa é de um plano de saúde igual ao dos burocratas do Banco Mundial. Ele paga 75% das despesas médicas dos seus funcionários e dependentes.

EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota e está convencido de que há alguém no governo querendo derrubar a doutora Dilma. Ele prova:

Enquanto o governo segurou a antecipação do 13º salário dos aposentados, em julho, a doutora recebeu sua gratificação natalina de R$ 15.467. Em dezembro receberá a segunda metade. Ela e todos os ministros, inclusive os que estão cortando despesas.

Eremildo é um cretino, mas sabe que nada foi feito de ilegal. Num outro caso, nada foi feito de legal. A equipe que cuidou da passagem da doutora pela Califórnia contratou 25 motoristas, alugou 19 limusines, três vans, dois ônibus e um caminhão. Uma conta de US$ 100 mil que só foi quitada quando a vítima botou a boca no mundo.

Há alguns anos, um curioso andava pela universidade Harvard e viu uma limusine estacionada em frente ao clube do professores e perguntou a um amigo: "Alguma vez você viu uma limo ali?". Nunca.

Estava a serviço de um ministro brasileiro.
Herculano
23/08/2015 07:35
COMO FUNCIONA A MÍDIA PAGA E QUE E OBRIGADA A DEFENDER O GOVERNO E OS DESCALABROS DELE

O jornal Folha de S. Paulo trouxe neste domingo uma entrevista com o presidente do Itaú Unibanco. Ele diz que tirar Dilma Vana Rousseff, PT, do poder, provocaria hoje mais instabilidade.

E qual a manchete do 247, o canal de comunicação virtual, criado para defender o PT e o governo com verbas de publicidade prioritárias da Caixa, Petrobrás, Banco do Brasil, BNDEs, isto sem falar em que delatores do Petrolão apontam em denúncias na Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça, apesar de negar, de que ele também recebeu dinheiro de propina e corrupção? DONO DO ITAÚ TAMBÉM SE POSICIONA CONTRA O GOLPE

1. Em nenhum momento ele falou que tirar Dilma era golpe, mas não era o mais adequado na opinião dele. E expôs os motivos.

2. Ninguém do porte dele (incluindo empresários de dimensões nacionais e que dependem de governo para sobreviver num ambiente de insegurança jurídica), de presidente segundo maior banco do Brasil - era o primeiro até o Bradesco comprar o Bamerindus outro dia - é doido de se posicionar pela saída de um presidente da República e por dois aspectos principais: primeiro é uma questão do equilíbrio institucional; segundo, numa situação democrática plena já teria consequências, com o PT e sua organização irracional e criminosa - como se demonstrou no mensalão e se apura de forma assustadora no petróleo -, tudo piora na perseguição irracional para dar corretivos a quem não facilita a vida e a perpetuação dele com todos os defeitos e crenças particulares e contra a lei, no poder. E não precisa ir longe para ver como a organização e sua franquia nacional cortam na própria carne como o caso de Celso Daniel ou Toninho do PT, mas olhar aqui em Gaspar.

3. E para não ir mais longe naquilo que é óbvio para os poucos esclarecidos e se manipula aos analfabetos, ignorantes, desinformados e desatentos, seria uma ingratidão dos banqueiros com o PT. Foi no governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff, que os bancos brasileiros mais lucraram, cresceram, desempregaram e se tornaram poucos dominando o mercado. Foi nos governos de Fernando Henrique Cardoso, PSDB, que o bancos mais sofrerão, diante dos ajustes que tiveram que fazer para se adaptar as novas regras e economia competitiva de mercado.

E não custa lembrar que para a máquina petista e para este mesmo 247, durante a campanha, o Itaú Unibanco era o pior dos demônios. E por que? Por uma opção democrática que nunca se respeita no seio desta organização e que faz tudo pelo poder, inclusive o de sacrificar a população e um projeto de país. Vejam só. Uma familiar herdeira dos Setúbal era uma das orientadoras da candidata Marina Silva, então no PV. Ou seja, a seletividade é bandida sempre.

E para terminar, o texto cabeça do 247, e que por si só é auto-explicativo e mostra para que serve uma imprensa paga para adular um governo sem caráter.

"Por corrupção, não tem cabimento", disse o banqueiro Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, em entrevista ao jornalista David Friedlander; "Pelo contrário, o que a gente vê é que Dilma permitiu uma investigação total sobre o tema"; sobre as chamadas 'pedaladas fiscai', ele também se manifestou: "podem merecer punição, mas não são motivo para tirar a presidente"; com essa entrevista, Setubal se une ao coro de empresários que vêm defendendo respeito às urnas; antes dele, já se posicionaram Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, Rubens Ometto, da Cosan, e Robson Andrade, da Confederação Nacional da Indústria; "Não se pode tirar um presidente do cargo porque ele momentaneamente está impopular. É preciso respeitar as regras do jogo", disse Setubal; será que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que vêm promovendo instabilidade, captarão a mensagem?
Herculano
23/08/2015 07:05
VINTE E UM ANOS DEIMPUNIDADE, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Em abril de 1994, o brasileiro vivia sob o governo de Itamar Franco, pagava as contas em cruzeiros reais e torcia para a seleção de Bebeto e Romário conquistar o tetracampeonato mundial de futebol.

Naquele mês longínquo, o empresário Luiz Estevão enviou US$ 1 milhão para uma conta do juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, na Suíça. Segundo o Ministério Público, o pagamento estava ligado a fraudes na construção da sede do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo.

Estevão se elegeu senador, foi investigado na CPI do Judiciário e teve o mandato cassado. Apesar do escândalo, continuou a fazer política e negócios. Hoje comanda mais de 200 empresas, um time de futebol e o diretório brasiliense do PRTB.

Em maio de 2006, mais de 12 anos depois de pagar propina a Lalau, o ex-senador foi condenado pelo Tribunal Regional Federal a 31 anos de prisão por corrupção ativa, formação de quadrilha, estelionato, peculato e uso de documento falso.

Passaram-se mais nove anos, e ele ainda não começou a cumprir a pena. O caso mostra como réus com muito dinheiro conseguem prolongar seus processos até o infinito, apresentando dezenas de recursos para não pagar por seus crimes.

Na última segunda-feira, o Ministério Público pediu ao STF que acabe com a farra. O subprocurador Edson Oliveira de Almeida enumerou a incrível série de recursos que Estevão apresentou com o único objetivo de alcançar a prescrição da pena.

Até aqui, o ex-senador só passou cinco meses preso, devido a outro processo. Em março, ele deixou a cadeia começou a montar um novo negócio. Vai lançar um site jornalístico, que terá dificuldades para dar notícias sobre corrupção e impunidade.

***
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pediu a Dilma Rousseff que renuncie por falta de "base moral". Dará o mesmo conselho a Eduardo Cunha, aliado do PSDB?
Herculano
23/08/2015 06:45
SUSPEITO DE FRAUDE MARCA CRIAÇÃO DO SOLIDARIEDADE, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O partido Solidariedade é alvo da Polícia Federal e do Ministério Público de mais de 300 inquéritos por fraude, para atingir o número mínimo de assinaturas do requerimento de registro na Justiça eleitoral. Até o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), servidor do Senado, e sua mãe, d. Carminha, estão entre os mais de 3.600 filiados ao Sindilegis, sindicato de funcionários do Legislativo, cujos nomes foram usados para compor a lista de "apoiadores" do Solidariedade.

Investigação em curso

Rodrigo Janot e Eugênio Aragão, vice-procurador eleitoral, endossaram suspeitas de fraude contra o Solidariedade, e pediram a investigação.

Olha quem manda

O Solidariedade é de Paulinho da Força, que liderou ato de desagravo a Eduardo Cunha. Ele foi investigado por desviar dinheiro do BNDES.

Olha quem recebe

O tesoureiro do Solidariedade é Luciano Araújo, citado na Lava Jato por ser portador de dinheiro sujo para o sobrinho, Tiago Cedraz.

Olha quem ajuda

Até a sogra de Paulinho da Força, dono do Solidariedade, foi indiciada pela PF sob a suspeita de falsificar assinaturas para a criação da sigla.

NO PAÍS DA HIPOCRISIA, MACONHA PODE; CIGARRO, NÃO

O Supremo Tribunal Federal, que já condenou às masmorras o cigarro comum, decide agora se é crime manter um bocado de maconha para "consumo próprio". O primeiro voto, favorável à droga, pode indicar a tendência de descriminalizar, garantindo judicialmente clientela para o traficante. E fica combinado: neste País da piada pronta, será permitido se drogar, mas segue proibido vender droga. E fumar cigarro comum.

Fumaça por fumaça?

No debate sobre descriminalização, ignora-se convenientemente a palavra da ciência: maconha é mais prejudicial à saúde que o cigarro.

O "direito" de se drogar

Para os "politicamente corretos", essencial não é o mal à saúde, mas o "direito" do viciado - negado com cara de nojo ao fumante de cigarro.

Polícia à distância

Alguns dos defensores apaixonados da descriminalização querem só comprar seu suprimento de drogas sem se preocupar com a polícia.

Missão impossível

Delcídio Amaral (PT-MS) reclama dos trabalhos da Comissão de Assuntos Econômicos às terças e quartas. Pretende dividir em outros dias da semana, para não coincidir com as atividades de outras comissões. Mas os senadores não trabalham nem nos dias regulares.

Só falta um

O vice Michel Temer confidenciou a aliados sua vontade de abandonar a articulação política do governo, mas lembra que ainda falta a votação do projeto de repatriação de recursos para concluir o pacote fiscal.

Dedo duro

Eliseu Padilha (Aviação Civil) conta com a simpatia de Dilma: ele é o responsável pelos mapeamentos dos votos (e traição) dos aliados no Congresso. E agora pleiteia ocupar a pasta das Relações Institucionais.

Presunção de Inocência

Entre os defensores de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está Alberto Fraga (DEM-DF). Ele justifica: "na mesma tábua de acusação, tem uma que o ex-presidente Lula recebeu R$ 27 milhões em 5 anos". Fraga diz que vai defender o presidente da Câmara enquanto ele não for condenado.

Comida à vontade

Até 31 de julho, os deputados peemedebistas foram os que mais gastaram com alimentação: R$ 1,066 milhão. O partido é seguido pelo PT, com R$ 829,70 mil, e o PR, com R$ 563,28 mil.

Bancada define...

A bancada do PDT na Câmara já chegou a um nome para substituir o ministro Manoel Dias (Trabalho), trata-se do deputado federal Wéverton Rocha (MA). Rocha foi escolhido pelos deputados no início do mês.

... o substituto

A substituição de Manoel Dias no Trabalho foi consentida por Dilma para segurar o PDT na base aliada. A expectativa é que Rocha assuma o ministério até 2016. O PDT deve ganhar as secretarias da pasta.

Outra história

O Itamaraty desmente que deu R$ 25 milhões para a construção da embaixada palestina no Brasil; o governo doou "só" o terreno. A doação à Autoridade Palestina foi realizada em 2010, pelo então presidente Lula: R$ 25 milhões para auxiliar na "reconstrução" de Gaza.

Pergunta na situação

Se defender o impeachment de Dilma é golpe, defender a permanência dela no cargo é contragolpe?
Herculano
23/08/2015 06:35
RECAÍDA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Dilma repete intervenções que, a seu ver, podem dar um norte virtuoso ao mercado, mas que se provaram danosas em seu 1º mandato

Os bancos públicos pretendem outra vez remediar o que julgam ser as dificuldades especiais de alguns setores econômicos, em tese prejudicados de modo particularmente duro pelo quadro recessivo.

A presidente Dilma Rousseff (PT), em outras palavras, reincide nas intervenções que, a seu ver, têm o poder de dar um norte virtuoso ao funcionamento do mercado.

A iniciativa, desta feita, não deve resultar nos descalabros do primeiro mandato da petista ?em particular nas contas do governo, na indústria do petróleo e no setor elétrico. Ainda assim, as medidas causam mais descrença quanto à disposição e à capacidade do Executivo de lidar com os motivos fundamentais da crise.

Em termos estritamente econômicos, é difícil ver sentido na ação concertada da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

No que diz respeito à política econômica, o plano cobre com ainda mais descrédito a tentativa de enfrentar problemas de fundo. Acrescenta novo ingrediente a um caldeirão repleto de incertezas como o histórico da presidente, a atuação do PT e a irresponsabilidade do Congresso diante do necessário ajuste das contas públicas.

Em termos gerais, a iniciativa parece eivada de casuísmos, pois o governo agracia parte do mundo empresarial que lhe granjeou algum apoio político indireto e procura estimular novas adesões.

Grosso modo, os bancos passam a oferecer empréstimos para financiar as demandas mais prementes de fornecedores de bens e serviços das indústrias fabricantes de veículos automotores em geral. Fez-se um arranjo pelo qual os pagamentos das montadoras servem de garantia ao crédito estatal.

Falta crédito, de fato. O Banco do Brasil enfatiza que não haverá subsídios em seus empréstimos. No caso da Caixa, haverá recurso a fundos públicos e taxas subsidiadas ?desde que, ao menos em tese, satisfeitos requisitos como a manutenção do nível de emprego nas empresas agraciadas.

O governo, além disso, afirma que outros setores (cooperativas agrícolas, petróleo e gás, construção civil) serão beneficiados por programas semelhantes.

Do ponto de vista macroeconômico, o plano parece no mínimo incoerente. A política que tem sido implementada é de redução de consumo público e privado, manifesta nos cortes das despesas do governo e na contenção do crédito.

Importa, ademais, fazer perguntas incômodas para o Planalto.

Em que se baseia a escolha deste ou daquele setor? Qual o dom do poder público de acertar escolhas de direcionamento de capital, ainda mais considerado o péssimo retrospecto das intervenções deste governo? Qual será o efeito desses empréstimos na rentabilidade dos bancos públicos e, portanto, no caixa da União e dos fundos que vão alimentar a iniciativa?

O programa condiciona, em certos casos, empréstimos especiais, mais baratos, à manutenção de emprego. Difícil acreditar que o Planalto tenha capacidade ou disposição política de verificar o cumprimento de tal cláusula.

No caso de infrações, fica-se a imaginar de que maneira o contrato será denunciado. Por fim, é discutível que a manutenção do emprego em setores escolhidos a dedo seja a solução mais eficiente para a economia como um todo ?talvez houvesse melhores resultados se o dinheiro se dirigisse a negócios mais promissores e rentáveis.

Mais importante, porém, é o que ações dessa espécie revelam sobre a incapacidade do governo de apresentar planos de alcance maior.

Esta Folha tem reiterado desde o início do ano que apenas medidas emergenciais de contenção do endividamento público ?o chamado ajuste fiscal? não bastariam nem mesmo para limitar a gravidade da recessão, menos ainda para facilitar a retomada duradoura de algum crescimento mais adiante.

Ocorre que, para piorar, nem sequer o ajuste emergencial funciona a contento, pois o governo federal deve ter outro deficit primário (despesas maiores que as receitas, excluído o gasto com juros).

Portanto, além de refazer um plano imediato de contenção de gastos e aumento de receitas, o governo ainda precisa apresentar o restante desse programa: ações que sinalizem a volta aos trilhos após a estagnação.

Afora evitar o descontrole das contas, tal plano de médio prazo pode abreviar e atenuar a recessão.

Trata-se do tão conhecido projeto de limitar o crescimento da despesa regular do Estado ao aumento do PIB per capita, no máximo; de simplificar impostos e regras sobre investimento e produção; de reduzir regulamentação do trabalho; de dar cabo pelo menos das normas que aumentaram custos e dívidas de setores cruciais, como petrolífero e elétrico.

Compare-se, porém, tal programa com as ruminações e reincidências no vício do presente governo. De um lado, planos para o país; de outro, remendos casuísticos.
Herculano
23/08/2015 06:32
da série, a vergonhosa nossa imagem mundial criada pelos políticos do PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PC do B, PTB, PR, PRB....

NO BRASIL, MERKEL VISITA "ALI BABÁ E OS 39 LADRÕES", DIZ JORNAL ALEMÃO, por Daniel Buarque

A visita da chanceler alemã Angela Merkel ao Brasil, na semana passada, foi um dos raros momentos em que a presidente Dilma Rousseff conseguiu ganhar pontos políticos em meio à "pior crise no Brasil em décadas'', segundo uma reportagem do jornal alemão "Handelsblatt''.

Especializada em temas econômicos, a publicação alemã usou o título "Ali Babá e os 39 ladrões'' para a reportagem sobre a visita da alemã ao país. O número é uma referência à quantidade de ministérios do atual governo brasileiro, aos recentes escândalos de corrupção, à instabilidade política e à dificuldade da presidente em formar uma coalizão. Segundo o jornal, "más línguas'' dizem que só faltaria um ministro para deixar perfeita a comparação com o conto "Ali Babá e os Quarenta Ladrões'', parte do "Livro das Mil e Uma Noites''.

O "Handelsblatt'' explica que o Brasil passa por uma crise política e por um sério ajuste na economia, que leva à previsão de forte recessão. Segundo ele, falta liderança política para tirar o país da atual situação. "Nuvens escuras'' ainda aparecem no horizonte, diz, alegando que a situação do país pode ficar ainda pior.

Apesar da alusão à corrupção e à crise política, o jornal ressalta que a visita da alemã ao Brasil teve bons resultados em termos de parcerias entre os dois países.
Herculano
23/08/2015 06:19
É RUIM, MAS É DOS NOSSOS, por Carlos Brickmann

Atribui-se ao presidente americano Franklin Roosevelt (embora não haja nenhuma prova de que a frase seja dele) a seguinte opinião sobre o ditador nicaraguense Anastasio Somoza: "É um canalha, mas é canalha nosso".

Não se assuste o caro leitor com as estranhas alianças políticas de Brasília. Dilma despreza Renan, Renan não gosta de Dilma, mas neste momento um é útil ao outro. O mesmo vale para Eduardo Cunha: os tucanos não confiam dele, ele não crê nos tucanos, mas ambos estão firmemente unidos pelo objetivo comum de enfraquecer o Governo (ou afastá-lo). Michel Temer comanda o PMDB por seus defeitos, como a posição indefinida em quase todos os assuntos, e não por suas virtudes - afinal, de que interessa ao partido de Jader Barbalho ter em seus quadros um excelente constitucionalista, professor de reconhecidos méritos? A propósito, Jader é conhecidíssimo em todo o PMDB, mas só deixou de ser o homem-forte do partido depois que foi apanhado naquele caso do ranário, lembra? Não adianta mostrar aos políticos que seu aliado não presta: eles sabem disso.

Os comunistas tinham uma denominação específica para o adversário que, naquele momento, poderia ajudá-los: era o "companheiro de viagem". Terminada a viagem, alcançado o destino, era cada um por si, e pobres dos vencidos.

Política é a luta pelo poder, e aí vale tudo. Há quem diga que, na luta pelo poder, há políticos que chegam até a falar a verdade. Digamos, pois, a verdade: Roosevelt jamais chamou Somoza de canalha.

Referiu-se, sim, à senhora mãe dele.

VAMOS DAR A MEIA VOLTA...

Por falar em alianças fugazes, Michel Temer tem dito que está deixando o barco e sua missão como articulador político de Dilma terminou. Está pronto para atender aos brados do povo e, se tiver chance, assumir a Presidência (o caro leitor não ouviu os brados do povo? Temer também não, e daí?) Com Renan, Cunha, Aécio, Serra, Fernando Henrique, com quem precisar. Temer pode ser o conselheiro que sugira a Dilma a renúncia, pode ser um dos generais do impeachment.

Mudar-se do Palácio do Jaburu para o da Alvorada não tem preço.

...VOLTA E MEIA VAMOS DAR

O Governo comemora a denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot contra Eduardo Cunha - que enfraquece Cunha como condutor do impeachment. E o líder do PT no Senado, Humberto Costa, jura que nenhum governista irá conversar com Cunha.

Mas irá, sim. Embora menos forte do que há alguns dias, Eduardo Cunha tenta uma ousada estratégia para garantir o impeachment de Dilma: o pedido é feito, ele o rejeita, o plenário determina que seja aceito. Fora isso, enquanto for presidente da Câmara, Cunha pode criar enormes dificuldades ao Governo. Por isso haverá conversas de governistas com ele. E, conforme o quadro político, pode até ser que esses governistas o procurem para ver se há espaço na oposição.

A GRANDE SOMA

A Camargo Correia promete devolver R$ 700 milhões referentes a três obras. Há outras grandes empreiteiras e outras obras. Qual será o total dos desvios?

A PARTE DELES

O pagamento de metade do 13º aos aposentados em agosto ficou para um dia desses, sabe-se lá quando, por falta de dinheiro. Quem manda não ser poderoso? A metade do 13º de Dilma Rousseff e de toda aquela sua infinidade de ministros já saiu, e em julho. Dilma e os ministros receberam R$ 15.467,00, cada um, como antecipação.

Como diz o provérbio, farinha pouca, meu pirão primeiro.

A LEI DELES

O Tribunal de Justiça de Pernambuco condenou o juiz Max Cavalcanti de Albuquerque por manter irregularmente sob sua guarda um rapaz menor de idade, com quem dividia a cama. Albuquerque, na época dos fatos, era juiz da Vara de Infância e Juventude de Palmerina, Pernambuco, e segundo o tribunal retirou o garoto da família sem qualquer procedimento legal. E a que pena foi condenado o magistrado? A de sofrer o constrangimento de receber integralmente seus proventos, sem trabalhar, por aposentadoria compulsória. Como punição pelo ato, foi-lhe retirada a maldição bíblica de ganhar o pão com o suor de seu rosto.

O Conselho Nacional de Justiça manteve a pena. O juiz continua aposentado, proibido de trabalhar e recebendo tudinho, em dia. As informações são oficiais, do CNJ, e do ótimo portal jurídico Espaço Vital (www.espacovital.com.br).

PESQUISA DE INTERNET

O deputado Diego Garcia, do PHS paranaense, protestou contra o resultado de uma enquete divulgada pelo portal da Câmara dos Deputados. A pergunta é: Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?

O resultado foi de 51,62% para "não concordo", contra 48,09% para "concordo". Garcia pesquisou a origem dos votos. Pois é: três milhões de votos "não" saíram de 66 computadores. Um só computador enviou 1,2 milhão de votos. Garanhuns, Pernambuco, com 112.500 habitantes, enviou 122 mil votos "não". Vieram votos "não" até dos EUA: uma cidade com 8.500 habitantes enviou 60 mil votos.

Dúvida: se não há controle de quem vota, para que a enquete?
Herculano
23/08/2015 06:08
TSE PODE QUEBRAR O SIGILO D PT

Conteúdo de "O Antagonista". De todo o conteúdo do despacho de Gilmar Mendes, o PT ficou apavorado com uma única linha, a que encaminha o caso ao corregedor João Otávio Noronha "para as providências previstas no art. 35 da Lei dos Partidos Políticos".

O Antagonista explica: o artigo 35 prevê que o corregedor pode apurar qualquer ato que viole as prescrições legais ou estatutárias de um partido em matéria financeira e "determinar a quebra de sigilo bancário das contas dos partidos para esclarecimento ou apuração de fatos vinculados à denúncia".

A quebra do sigilo bancário do PT pode provocar um efeito cascata sobre as contas de campanhas estaduais e municipais.

A quebra do sigilo bancário do PT pode acabar com o PT.
Herculano
23/08/2015 06:05
SE EXPLICANDO

Nota à Imprensa - Assessoria de Comunicação Social da Vice-Presidência da República

O Vice-Presidente Michel Temer apoia as investigações da Operação Lava Jato, que contribui para o fortalecimento das relações institucionais brasileiras e da República. No entanto, contesta informações inteiramente falsas do depoimento do empresário Júlio Camargo.
Esta Assessoria esclarece que:
1 ? Michel Temer não conhece Fernando Soares, nunca teve ou tem com ele qualquer relação ou contato de ?irmandade?;
2 ? também não conhece Júlio Camargo.
O Vice-Presidente incentiva apurações sérias, profundas e responsáveis sobre os fatos. Apenas se insurge contra informações falsas e inverídicas.
Odir Barni
22/08/2015 21:48
Caro Herculano;

Estamos muito tristes. Beth Gamba, nos deixou prematuramente. Estivemos conversando com Beth e suas irmãs, Regina e Marlene, no velório de Ligia Cunha. Fumante como minha esposa eu lhes disse que elas estavam antecipando a morte. Indignado com as perguntas que minha esposa me fazia sobre o face, deixei de fazer meus comentários. Beth vendo minha publicação, se dirigiu dizendo que ficava com pena, agradeceu meus comentários e historias, afirmou que se fosse para o bem de Marilene ela concordaria. Desejou muitas felicidades a minha família, dizendo até breve. Este breve, era um encontro que estávamos marcando para Balneário Camboriú no AP de Aloir Spengler e sua irmão Marlene. Aproveito este momento de muita tristeza pelo fato de ser acidental e prematuro para desejar aos familiares de Beth Gamba os nossos votos de profundo pesar. Que saudade da professorinha........Que Deus a tenha!
Mario pera
22/08/2015 20:42
Muito lamentavel e pesar o falecimento da gasparense Bete Gamba, com quem lecionei no Frei Godofredo. Muito conhecida e de familia muito tradicioanl. De luto toda comunidade de Gaspar.
Herculano
22/08/2015 19:47
da série, como é deprimente ter a pena alugada e para algo podre e que briga com a realidade dos números, do noticiário e à vista de todos

DILMA VIROU O JOGO, MAS NÃO VENCEU A PARTIDA, por Leonardo Attuch, editor-responsável pelo 247.

A denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi a melhor notícia do ano para o Palácio do Planalto. Agora, acossado por uma peça que pede nada menos que 184 anos de prisão e a devolução de US$ 80 milhões aos cofres públicos, Cunha perde a legitimidade para propor uma eventual ação de impeachment contra Dilma Rousseff. Qualquer movimento que faça nessa direção soará como retaliação e vingança.

Dilma virou o jogo, mas ainda não venceu a partida. Isso porque a oposição não desistiu de tentar afastá-la e já tem até uma estratégia desenhada. Os pedidos de afastamento serão rejeitados por Cunha, mas irão a voto no plenário. Segundo as contas dos oposicionistas, eles têm hoje 170 votos dos 342 necessários. Ou seja: faltam ainda 172, mas isso não significa que o Palácio do Planalto deva se descuidar. Mais do que nunca, será preciso ter uma boa e eficiente articulação política.

É aí que o jogo se torna mais complexo. Na semana passada, o vice-presidente Michel Temer emitiu sinais de que pretende deixar essa função, depois de uma vitória importante para o ajuste fiscal: a aprovação, no Senado, do fim das desonerações fiscais sobre a folha de pagamento das empresas. Temer alega já ter cumprido sua missão, mas o fato é que começa a se preservar como eventual pólo de poder, no momento em que o PSDB lança pontes em sua direção.

Na semana passada, os tucanos tentaram unificar seu discurso. Oficialmente, desistiram da tese de novas eleições, mas continuaram a defender o impeachment. Ou seja: sinalizaram que darão apoio a um eventual governo Temer, o que interessa, sobretudo, ao senador José Serra (PSDB-SP), que sonha em ser ministro da Fazenda num projeto de 'salvação nacional'.

O Palácio do Planalto terá agora que reconstruir as pontes com os aliados, inclusive do PMDB, que, em condições normais, tendem a preferir o certo (Dilma) ao duvidoso (Temer). Os sinais mais importantes virão na reforma ministerial e nas articulações para a sucessão de Cunha. Se o governo se mostrar disposto a buscar um nome da uma ala do PMDB disposta ao diálogo, já terá sido um bom começo e um sinal de que o Palácio do Planalto aprendeu a lição.
Herculano
22/08/2015 19:33
DELATOR DO PEROLÃO ASSOCIA LOBISTA DO PMDB A RENAN, CUNHA E TEMER

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República (PGR), o lobista Júlio Camargo - que relatou pagamento de propina ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - afirmou que o lobista Fernando Soares era conhecido por representar o PMDB, o que incluiria, além de Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o vice-presidente da República Michel Temer.

"Havia comentários de que Fernando Soares era representante do PMDB, principalmente de Renan, Eduardo Cunha e Michel Temer. E que tinha contato com essas pessoas de 'irmandade'", consta em relatório dos investigadores sobre o primeiro depoimento prestado por Júlio Camargo à PGR, em março.

Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, foi responsável por intermediar pagamento de propina combinada com Júlio Camargo para facilitar um contrato de aquisição de navios-sonda pela Petrobras com a coreana Samsung Heavy Industries Co.

Em outro ponto do depoimento, ao mencionar que o PMDB deu apoio ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Camargo volta a citar de forma vaga os três nomes e também o nome do empresário José Carlos Bumlai. O relatório da Procuradoria aponta dentro do depoimento de Camargo que Bumlai seria amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Na área interna o depoente negociava diretamente com Paulo Roberto Costa. Fernando Soares - era corrente - que representava o PMDB.

Depois o PMDB também 'entrou para fortalecer' Paulo Roberto Costa. Ambos então 'ficaram muito fortes'. Fala-se de Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Michel Temer, José Carlos Bumlai (que seria muito amigo do ex-presidente Lula)", aponta o relatório da PGR sobre o depoimento de Camargo.

Os três depoimentos de Camargo o grupo de trabalho do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, permaneciam em sigilo até hoje, e serviram de fundamento para o oferecimento de denúncia contra o peemedebista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Nota - Em resposta, a assessoria da vice-presidência da República disse que "Michel Temer apoia as investigações da Operação Lava Jato". Porém, contesta as informações apresentadas pelo depoimento do empresário Júlio Camargo. Temer alega não conhecer Fernando Soares e nunca ter tido "com ele qualquer relação ou contato de 'irmandade'". Também diz "não conhecer Júlio Camargo."
João João Filho de João
22/08/2015 19:22
Sr. Herculano:

Protestos contra governo Dilma podem recomeçar no dia 7 de setembro

Postado por Polibio Braga

"Já é forte o clamor para que o povo volte às ruas no dia 7 de setembro para protestar contra o governo Dilma. Seria a quarta vez em apenas meio ano."

A vaca já tussiu, vai que a vaca voa ...
Herculano
22/08/2015 19:04
GOVERNO PROPULAR E PROGRESSISTA DO PT NÃO É CAPAZ DE REDUZIR O NÚMERO DE MINISTÉRIOS, DESPERDÍCIOS, CORRUPÇÃO E DE COMISSIONADOS - A MAIORIA DE COM ALTOS VENCIMENTOS - MAS NA FALTA DE DINHEIRO, ATRASA O ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO DOS APOSENTADOS CUJA MAIORIA GANHA SALÁRIO MÍNIMO.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Isabel Versiani, da sucursal de Brasília. O ministro Joaquim Levy (Fazenda) confirmou o pagamento da primeira parcela do adiantamento do 13º salário dos aposentados no mês que vem. Levy concedeu entrevista por email à Folha neste sábado (22).

Aposentados devem receber 25% do adiantamento do 13º salário em setembro e outros 25% em outubro. Os 50% restantes virão em dezembro, como ocorre tradicionalmente.

Levy justificou o parcelamento ao afirmar que as despesas estão sendo administradas com "muito cuidado", porque as receitas têm sido afetadas por "vários fatores". "Mas o problema já está equacionado, até por conta da evolução de algumas ações que devem trazer resultados no quarto trimestre. Vamos pagar a primeira parcela agora em setembro", afirmou.

Na sexta-feira, a Folha apurou que antecipação da parcela do 13º seria possível graças à receita extra que o governo terá com a aprovação, nesta semana, do projeto de reoneração da folha de pagamento e de recursos adicionais que virão de algumas das concessões públicas. Os cálculos foram feitos pelo Tesouro.

A Fazenda havia suspendido o adiantamento do benefício, há nove anos pago entre o final de agosto e início de setembro, por falta de recursos em caixa. O objetivo da equipe de Levy era pagar a conta somente em dezembro, quando o 13º salário é pago. O problema é que a antecipação de 50% do benefício ocorria há nove anos, apesar de não ser obrigatória.

A decisão de postergar o pagamento gerou polêmica, e o Executivo foi obrigado a rever sua posição.
Herculano
22/08/2015 14:04
TEM GENTE TREMENDO E TEMENDO PERDER AS SUAS PARCAS ECONOMIAS QUE DESTINOU PARA UM INVESTIMENTO DE BAIXA RENTABILIDADE, MAS DE UMA CERTA FORMA SEGURO. TAÍ. LIDAR COM UM GOVERNO DESORGANIZADO, CORRUPTO E QUE FAJUTA CONTRATOS, DÁ NISSO.

Quase metade das lotéricas do Brasil pode trocar de dono nos próximos anos. O Tribunal de Contas da União, em resposta a uma denúncia do Ministério Público, determinou que a Caixa Econômica Federal realize licitação das lojas inauguradas antes de 1999, o que abrange mais de seis mil unidades.

A Federação Brasileira das Empresas Lotéricas já entrou com mandado de segurança para impedir o processo. Segundo os lotéricos, o trabalho deles é regulado pela lei 12.869, de 2013. Essa lei prevê que os contratos de permissão foram firmados pelo prazo de 20 anos, com renovação automática pelo mesmo período.

O Sindicato dos lotéricos de Minas Gerais acredita que uma nova licitação pode deixar donos e funcionários sem emprego. Além disso, o advogado do sindicato, Marcus Vinícius Sá, afirma que a motivação da Caixa é financeira.
Herculano
22/08/2015 14:00
PP E AMIM, por Paulo Alceu

Neste sábado começa uma nova etapa para o PP catarinense onde esta sendo enaltecida a unidade. Quando o deputado Esperidião Amin assumir o comando da sigla ficará claro que há um projeto para crescer e ser protagonista. Essa convenção está sendo moldada para que o partido se prepare para disputar o poder. E como disse Amin: "Nós podemos e devemos." Ou seja, o PP tem uma história onde o maior aliado, nesse momento, será a unidade e esse será o espírito da convenção. Até porque, como ressaltou Esperidião Amin, impulsionado por uma música da década de 70, "Juntos todos resistem, divididos todos caem."

Ao reconhecer que há por parte do eleitor um sentimento de decepção com os partidos políticos Amin considera fundamental o diálogo para engajar a juventude num esforço de reinventar práticas e não princípios. A chegada de Esperidião Amin reoxigena a sigla e abre perspectivas reais de disputar o poder. E esse processo está bem claro. O PP quer retornar ao governo do Estado, para isso vai trabalhar desde já conquistando espaços na corrida eleitoral do ano que vem que certamente dará maior sustentação para conversas futuras onde o governo do Estado estará em pauta
Herculano
22/08/2015 13:52
RASGANDO (O NOSSO) DINHEIRO, por Armínio Fraga e Marcelo Trindade, para o jornal O Globo

PT tem ojeriza à privatização - mais à palavra que ao conceito, diga-se. Prefere-se doar parte do patrimônio nacional ao mercado a dar o braço a torcer

O presidente do Conselho da Petrobras votou contra a abertura de capital da BR Distribuidora, por ponderáveis razões: ainda "há passos a cumprir", disse ele; antes de abrir o capital a companhia deveria "contratar profissionais com experiência em varejo altamente qualificados", que preparariam "um plano de negócios e gestão para a BR". Foi acompanhado pelo conselheiro representante dos empregados, que destacou as dificuldades da economia neste momento, a recomendar o adiamento da venda de parte de um ativo tão relevante e valioso.

É alvissareiro que a passividade dos ministros de Estado que outrora presidiam o conselho de nossa mais importante sociedade de economia mista tenha sido substituída pelo voto atento e arguto de um reputado profissional de mercado e de um representante dos empregados. Mas isto não basta.

Abrir o capital de uma companhia no Brasil e vender parte das ações, neste momento de cotações depreciadas, é uma decisão que somente se justificaria por condições muito peculiares. Basta ver que praticamente nenhuma companhia privada brasileira está se movendo nessa direção. Somente a União Federal deseja fazê-lo, e com alguns de seus ativos mais preciosos.

A condição peculiar alegada para a pressa é a necessidade de recursos. Essa é, realmente, uma razão muitas vezes presente em decisões desse tipo. Dívidas vencendo, estouro de limites de endividamento, risco de rebaixamento de rating, e outros que tais. Mas uma companhia privada somente decide liquidar seus ativos em más condições de mercado se não tem alternativa. E esse não é o caso da União.

De fato, esse mesmo governo que se dispõe a vender muito barato participações minoritárias, em companhias que ele seguirá controlando, poderia privatizar integralmente outros ativos, que passariam a ser controlados pelo setor privado. Pelo comando dessas empresas ou ativos os particulares estariam dispostos a pagar bem mais, e eventualmente até um prêmio sobre o preço justo. E isso para não falar no efeito positivo nas expectativas dos agentes econômicos que seria gerada por um movimento de privatização.

Quem se disporá a pagar o preço justo de uma companhia para ser minoritário de um governo que fez o que fez com a Petrobras, que não apoia os projetos de lei de alteração da governança das estatais, e que nem mesmo se dispôs ao mínimo, que seria aderir aos padrões de governança criados pela BM&FBovespa para as sociedades de economia mista?

A resposta é muito óbvia: os investidores estarão dispostos a pagar pelas ações da BR Distribuidora, e pelas outras que virão. Mas pagarão um preço muito menor que o valor econômico potencial da companhia. Exigirão um grande desconto, que justifique correr o enorme risco de ser minoritário de uma sociedade de economia mista controlada ao bel-prazer dos governos, na qual a boa qualidade dos gestores continuará dependendo da boa vontade (ou do mau momento político) dos governantes, ao invés de decorrer de mecanismos incluídos na lei, como deveria. E em que mesmo o voto dos bons gestores será ignorado, se assim quiser o poder central.

A única razão aparente para optar-se pelo caminho da venda de participações minoritárias em companhias muito valiosas, a preços muito baixos, ao invés de vender outros ativos integralmente, a preços melhores, é a ojeriza do PT à privatização - mais à palavra que ao conceito, diga-se. Prefere-se doar parte do patrimônio nacional ao mercado a dar o braço a torcer.

À vista da determinação do governo de insistir no erro, contra tudo e contra todos, só resta ao Congresso Nacional reconhecer a urgência da tramitação dos projetos que alteram a governança das estatais, de maneira que, mesmo contra a vontade do governo, possam entrar em vigor a tempo de evitar, ou reduzir, mais essa lesão ao patrimônio nacional.

Arminio Fraga é economista e foi presidente do Banco Central e Marcelo Trindade é advogado e foi presidente da Comissão de Valores Mobiliários
Herculano
22/08/2015 13:45
Do Antagonista desvendando as baixarias do Palácio do Planalto que não está nem ai para a crise que faz sofrer o povo, principalmente o mais pobre.

VOCÊ NÃO FOI CONVIDADO, TEMER

Michel Temer se afastou de Dilma Rousseff. Mas Dilma Rousseff também se afastou de Michel Temer.

O vice-presidente, segundo a Folha de S. Paulo, "notou gestos hostis da própria Dilma" contra ele. Por exemplo, ela não o convidou à reunião ampliada com os membros do governo alemão.
Herculano
22/08/2015 13:42
DIANTE DA CRISE, LULA ASSUME O COMANDO DA REAÇÃO DO GOVERNO LULA, por Gérson Camarotti, do portal G1, de O Globo

Não foi por acaso que a presidente Dilma Rousseff fez nesta sexta-feira (21) várias citações elogiosas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao entregar o primeiro trecho do eixo norte da transposição do rio São Francisco, em Cabrobó, no sertão pernambucano.

Sabe-se agora que toda a reação do governo para a crise política que havia atingido Brasília foi articulada, operada e comandada pessoalmente por Lula. Com Dilma desnorteada e com dificuldades para reagir à pressão de setores da base aliada e da oposição pelo impeachment, Lula entrou em campo. Chegou a conversar até com ministros do Tribunal de Contas da União.

Segundo interlocutores do ex-presidente, a gota d?água foi a declaração do vice-presidente Michel Temer, que surpreendeu o Planalto, ao sinalizar que era preciso uma liderança capaz de reunificar o Brasil.

Ao Blog, um parlamentar petista que acompanhou de perto a reação do governo detalhou todos os passos do ex-presidente. Partiu de Lula a orientação de que Dilma fizesse uma reunião de emergência apenas com ministros petistas mais próximos, em encontro no último dia 6 no Palácio da Alvorada.

No dia seguinte, o ex-presidente recebeu os mesmos ministros para uma reunião no Instituto Lula, enquanto Dilma fazia um duro discurso em Roraima em que afirmou que aguentava pressão e que ninguém iria tirar a legitimidade das urnas. O discurso marcou uma inflexão na crise política.

Ao mesmo tempo, Lula articulou pessoalmente a reaproximação de Dilma com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Para isso, contou com a ajuda do ex-presidente José Sarney.

O ex-presidente Lula também viajou para Brasília na semana passada, onde fez reuniões reservadas com senadores petistas, recebeu aliados, tomou café da manhã com Temer, Renan e caciques peemedebistas no Palácio do Jaburu.

E, um dia antes das manifestações, voltou para Brasília no sábado (15) para uma longa conversa reservada com Dilma. Os primeiros vazamentos desse encontro indicam que foi uma conversa sincera e realista.

Lula alertou Dilma sobre a gravidade da crise política, sem precedentes. E deixou claro que agora, o mais importante era garantir a sobrevivência do governo. Por isso, a necessidade de ceder espaço ao PMDB.

Nas palavras de um aliado próximo de Lula, o que pesou nessa reaproximação foi o pragmatismo. A relação entre os dois estava estremecida desde março, quando, num jantar no Alvorada, Dilma e Lula tiveram uma conversa franca, dura e que deixou sequelas. Depois disso, nunca mais os dois voltaram a ter a intimidade de antes.

Mas agora, explicou esse interlocutor de Lula, a situação é diferente. O ex-presidente ficou assustado ao ver empreiteiros mais próximos na prisão. E ficou extremamente incomodado com a divulgação do detalhamento de uma conversa telefônica com Alexandrino Alencar, ex-executivo da Odebrechet, que também foi preso pela Operação Lava Jato. O telefonema revelou que havia muita intimidade entre os dois.

Os mais próximos avaliam que Lula está assustado. E que, desde então, ele tem estimulado esse discurso mais contundente de que, se preciso, haverá um exército preparado para pegar em armas.

Esse discurso chegou a ser verbalizado publicamente por Vagner Freitas, presidente da CUT, que ameaçou colocar os trabalhadores entrincheirados com "arma na mão" para defender a presidente Dilma.

O Planalto exigiu retratação. Freitas resistiu. Só depois de muita pressão, é que mudou o discurso e disse que usou uma "figura de linguagem".
carlos
22/08/2015 11:34
ilhota em chamas !!!
Suplente de vereador e atual presidente do PMDB de ilhota impede que a prefeitura realize serviços no campo de futebol da ilhotinha. Deu até polícia
Herculano
22/08/2015 08:00
PELOS VALORES JÁ DEFINIDOS EM JUÍZOS E ACORDOS ENTRE OS ENVOLVIDOS COMO RESTITUÍVEIS, MOSTRAM O TAMANHO DA LADROAGEM DE POLÍTICOS E GESTORES PÚBLICOS, ESTATAIS E DA INICIATIVA PRIVADA NA LAVA JATO. AINDA TERÁ ELETROLÃO, BNDES...

Texto do 247. Até hoje, as investigações da Operação Lava Jato já permitiram a recuperação aos cofres públicos de cerca de R$ 1,8 bilhão; nesta semana, a Camargo Corrêa, que admitiu a existência de cartel e firmou acordo de leniência, prometeu devolver R$ 700 milhões a três estatais prejudicadas com pagamentos de propina; a empreiteira já havia aceitado pagar R$ 104 milhões; a Petrobras, maior afetada por desvios de dinheiro, recuperou até o momento R$ 226 milhões, enquanto dois delatores, Pedro Barusco e Hamylton Padilha, prometeram devolver, respectivamente, R$ 182 milhões e R$ 70 milhões acumulado de forma ilegal; a investigação tem ainda, em paralelo, uma força-tarefa da Receita Federal que já abriu 198 procedimentos fiscais contra envolvidos que deixaram de declarar seus bens; R$ 200 milhões em impostos foram recuperados através de retificações espontâneas de alvos da Lava Jato
Herculano
22/08/2015 07:43
SEM TODOS OS INGREDIENTES, CARDÁPIOS DAS DELAÇÕES PREMIADAS DE DUQUE E BAIANO SÃO RECUSADAS PELO MPF, por Lauro Jardim, de Veja

As negociações para as delações premiadas de Fernando Baiano e Renato Duque voltaram à estaca zero. Suas propostas foram recusadas.

Os procuradores avaliaram que Duque e Baiano queriam revelar menos do que sabem em troca dos benefícios da delação.

No caso de Duque, o que o MPF quer como prato principal é o PT; no de Baiano, Eduardo Cunha e outros peemedebistas menos votados.
Herculano
22/08/2015 07:35
DISMALAND, por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

O esquisitão Bansky, artista britânico cuja identidade é um mistério, inaugurou na quinta (20) um parque temático chamado Dismaland, uma brincadeira misturando "dismal" (sombrio, deprimente) com Disneylândia, que poderia ser traduzido como "Deprê-lândia".

Lá, em uma praia da costa oeste inglesa, tudo está do avesso. Obras de arte subvertem as Disneys da vida, com a Cinderela morta num acidente de abóbora-carruagem acossada por paparazzi, a Morte no carrinho de bate-bate e por aí vai.

Parece Brasília. A crise política que implodiu o governo tempera de forma algo surrealista a desgraça que se abate sobre a vida real.

A política não tolera o vácuo. A debacle de Eduardo Cunha, cuja real extensão ainda precisa ser comprovada pelos fatos além da torcida, sugere uma Câmara insolvente.

O Planalto, ele mesmo um holograma tentando voltar ao reino da matéria, jogou as fichas no Senado de Renan Calheiros para manter a aparência de governabilidade. Não vai dar certo no médio prazo.

O PSDB mantém suas esperanças no impedimento de Dilma e desenha um pacto com Cunha que poderá custar caro. Quem não gosta do deputado logo fará a analogia com a temática de Goethe, mas só um ingênuo pode acreditar em mocinhos e bandidos na Dismaland do cerrado.

Sobressai na paisagem sombria a figura de Michel Temer, alienado de forma incompreensível por Dilma e seu lugar-tenente, Mercadante.

Este pode ter sido o último erro da dupla. Não foi por acaso que poucos no governo comemoraram a denúncia de Rodrigo Janot contra Cunha: o jogo com o PMDB está perdido em casa, e o desembarque espreita.

Essas linhas estão ora paralelas, ora entrelaçadas. Gilmar Mendes tratou, com seu pedido de investigação sobre o papel do petrolão na campanha de 2014, de catalisar o processo a permitir a confluência delas. A bola está no colo de Janot agora.
Herculano
22/08/2015 07:32
BERREIRO DO PT NÃO INTIMIDA INSTITUIÇÕES. GILMAR MENDES MANDA JANOT - QUE, ATÉ AGORA, IGNOROU EDINHO SILVA E DILMA NA LAVA-JATO - INVESTIGAR CONTAS DA CAMPANHA DA PRESIDENTE, por Reinaldo Azevedo, de Veja, no que é neste sábado a principal manchete dos jornais, portais e noticiários de tevê e rádios no país.

Os petistas e suas franjas nos ditos movimentos sociais - nada mais do que aparelhos do partido financiados com dinheiro público - insistem em chamar de golpe o cumprimento das leis. Ainda que não se conformem, terão de prestar contas ao Estado de Direito. E não há acordão ou arranjão que possam impedi-lo. Até agora, que se saiba, Rodrigo Janot, procurador-geral da República, não demonstrou curiosidade em investigar a ação do hoje ministro Edinho Silva (Comunicação Social) como tesoureiro de campanha de Dilma Rousseff à reeleição, embora, em delação premiada, seu nome tenha sido citado pelo empreiteiro Ricardo Pessoa como arrecadador de um megapixuleco.

Muito bem! Não dá mais para ficar assim. Quando menos, a investigação terá de ser feita. Gilmar Mendes, ministro do STF e membro do TSE, enviou documentos a Janot e à Polícia Federal recomendando a abertura de investigação criminal para apurar se a campanha de Dilma recebeu dinheiro do propinoduto da Petrobras. Segundo o ministro, os indícios existem e ensejam a abertura de ação penal pública. Mendes determinou ainda que os dados sejam enviados à Corregedoria Eleitoral para a eventual detecção de irregularidades na prestação de contas do PT.

Aliás, entre os dados colhidos pela Operação Lava Jato que o ministro usou para orientar a sua decisão, está o trecho da delação premiada de Pessoa, em que ele afirma ter doado R$ 7,5 milhões para a campanha de Dilma em 2014 por temer prejuízos em seus negócios na Petrobras. Quem negociou foi Edinho.

Atenção, essa iniciativa não pertence ao escopo do pedido de investigação da campanha de Dilma feita pelo PSDB, que acusa a campanha da presidente de abuso de poder político e econômico e, também, de receber dinheiro irregular, oriundo de corrupção na Petrobras. A admissibilidade da denúncia está parada no TSE. Luiz Fux pediu vista quando placar estava 2 a 1 em favor da abertura do processo. Um terceiro ministro já havia se manifestado pelo "sim" - bastam quatro votos para que a investigação seja aberta.

Mendes foi o relator da prestação de contas da campanha de Dilma, aprovada em dezembro com ressalvas. O ministro deixou claro, então, que manteria o processo em aberto para a averiguação de eventuais irregularidades. Observa ele: "É importante ressaltar que, julgadas as contas da candidata e do partido em dezembro de 2014, apenas no ano de 2015, com o aprofundamento das investigações no suposto esquema de corrupção ocorrido na Petrobras, vieram a público os relatos de utilização de doação de campanha como subterfúgio para pagamento de propina".

Escreve ainda o ministro:
"Há vários indicativos que podem ser obtidos com o cruzamento das informações contidas nestes autos [...] de que o PT foi indiretamente financiado pela sociedade de economia mista federal Petrobras [o que é proibido por lei]. [...] Somado a isso, a conta de campanha da candidata também contabilizou expressiva entrada de valores depositados pelas empresas investigadas".

O ministro aponta também uma série de inconsistências nos gastos de campanha. O segundo maior contrato, de R$ 24 milhões - só o marqueteiro João Santana recebeu mais - se deu com uma empresa chamada "Focal", que tem como sócio um motorista.

O PT adoraria que o simples berreiro na rua mudasse a sua história. Mas não muda. Vai ter de responder perante o eleitor por tudo o que não fez e perante a lei por tudo o que fez.
Herculano
22/08/2015 06:56
A VERDADEIRA JUSTIÇA SOCIAL DO PT

O governo atrasa e diz que não tem dinheiro para pagar adiantado o 13º dos aposentados. Compreende-se. É tempo de sacrifícios

Mas, para os milhares de comissionados e os 39 ministérios que espalham a crise no Brasil, não houve nenhum corte e nenhum atraso na disponibilidade de altos vencimentos e impróprias caras diárias. Incompreensível. É tempo de injustiças, de mentiras e de farrapara quem está e quer continuar no poder zombando dos sacrificados.

Resumindo: quem paga a conta de verdade é o pobre, o aposentado, o trabalhador humilde, que os políticos no palanque, nas entrevistas, nos discursos, nas passeatas dizem defenderem, mas apenas para preservar a farra dos ricos, poderosos que sustentam o governo do PT, PMDB, PSD, PP, PC do , PDT, PTB, PR, PRB...
Herculano
22/08/2015 06:37
SÉRGIO MORO, POLÍTICO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S.Paulo

Ao impugnar a politização da administração pública, a Lava Jato desafia a estabilidade do Brasil

Sergio Moro transfigurou-se, domingo passado, em ícone político. Nome e rosto estampados em meio às multidões, ele ocupou o lugar que, até há pouco, pertencia a Joaquim Barbosa. Repetindo as injúrias desfechadas contra o ex-presidente do STF, os "jornalistas" palacianos acusam-no de conduzir uma campanha de perseguição política.

De fato, o juiz de Curitiba fundamenta seus atos em sólidos argumentos legais, que têm encontrado amparo nas instâncias jurídicas superiores. Contudo, ao mesmo tempo, suas manifestações, bem como as dos procuradores e delegados da força-tarefa da Lava Jato, estão permeadas pelo timing e pela gramática da linguagem política. Existe um Moro político, cujos contornos devem ser buscados na tensão dilacerante entre o ideal da república democrática e a realidade da "república dos companheiros".

Segundo o ideal da república democrática, a esfera pública desdobra-se nos domínios da política e da administração. Os partidos operam no primeiro, formulando plataformas de governo e produzindo legislação. O segundo, em contraste, pertence a uma burocracia profissional, meritocrática e não-partidária, que conduz a máquina pública conforme regras legais. À luz desse ideal, a corrupção política é uma aberração escandalosa, decorrente de uma brecha na cerca que demarca os dois domínios.

O Brasil nunca chegou perto da utopia da república democrática. O lulopetismo, porém, sem desvencilhar-se da herança nacional patrimonialista, elevou a corrupção a um novo patamar. A mudança não é (apenas) de zeros à direita, mas de paradigma. Da tradição comunista, o PT nada conserva a não ser o desprezo à república "burguesa", isto é, ao conceito de separação entre política e administração. O Moro político nasce da indignação social contra a ocupação partidária da máquina estatal.

Na "era do lulopetismo", amarraram-se os antigos fios do patrimonialismo com os nós da politização da administração pública. A propaganda oficial do governo e das empresas estatais difunde mensagens ideológicas. Por meio de financiamentos subsidiados, o BNDES teceu alianças entre o PT e o alto empresariado enquanto, no campo externo, amparava os regimes dos "companheiros" castristas e bolivarianos. Ministérios foram cedidos, "de porteira fechada", a partidos da base governista. Inventaram-se secretarias especiais que funcionam como pátios de folguedos de movimentos sociais. As diretorias das estatais foram loteadas entre operadores do PT e de partidos aliados, semeando-se o terreno onde brotou a árvore do "petrolão". A aversão a esse estado de coisas manifesta-se pela celebração do juiz de Curitiba.

Há mais que isso, entretanto. A marcha batida da ocupação partidária do Estado representa, potencialmente, uma ameaça à autonomia do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal. A Lava Jato é, além de uma operação anticorrupção, um levante de instituições estatais decididas a preservar suas próprias prerrogativas constitucionais. Por isso, todos os seus atores têm plena consciência de que estão inscritos numa arena política e midiática. Moro não fala apenas nos autos, mas emite mensagens políticas nas suas ordens de prisão preventiva. Os procuradores descrevem, pedagogicamente, a estrutura das redes de corrupção que associam empresários e operadores partidários. Os delegados fabricam signos políticos quando escolhem os nomes das fases da Lava Jato.

Ao impugnar a politização da administração pública, a insurgência da Lava Jato desafia a estabilidade do Brasil oficial. Moro faz política porque evoca, num país empapado de cinismo, a utopia da república democrática. Há motivos para que seja celebrado nas ruas. Contudo, no fim das contas, a ruptura que simboliza só pode ser concluída pela ação de representantes eleitos pelo povo. Um juiz ajuda, mas não salva.
Herculano
22/08/2015 06:25
PMDB MARCA PARA O DIA 15 DE NOVEMBRO CONGRESSO QUE O DISTANCIARÁ DO PETISMO, por Josias de Souza.

Num instante em que o vice-presidente Michel Temer dá por encerrada sua missão como articulador político do governo, o PMDB marcou para 15 de novembro o congresso partidário no qual se distanciará da aliança política com o PT. A data está impregnada de simbolismos. Festeja-se nesse dia a proclamação da República, que derrubou em 1889 o imperador Pedro II. Foi também num 15 de novembro que Joaquim Barbosa, ainda na pele de relator do mensalão, mandou para a cadeia em 2013 os condenados do mensalão.

Durante o seu Congresso, o PMDB atualizará o estatuto, aprovará um novo programa e formalizará sua decisão de lançar um candidato à Presidência em 2018, quebrando um jejum de eleições presidenciais que já dura 21 anos. "Vamos apresentar a nossa proposta", diz o ex-ministro Moreira Franco, hoje presidente da Fundação Ulysses Guimarães, que organiza o encontro. "Não dá mais para o PMDB ficar num papel subalterno, resolvendo problemas dos outros. Com nossa experiência acumulada, queremos apresentar um projeto para o Brasil."

Estima-se que participarão do Congresso algo como 4 mil peemedebistas de todo país. Qualquer um poderá reivindicar a votação de moções. Conforme já noticiado aqui, o presidente do diretório da Bahia, Geddel Vieira Lima, deseja, por exemplo, que o partido se afaste do governo. "Não dá mais para uma banda do PMDB, cujos interesses não coincidem com a vontade das ruas, ficar falando como se fosse o PMDB inteiro. Isso não representa o partido. Falam pelos plenários do PMDB até que eles se rebelem. [?] Aguardamos o Congresso do partido."

Na Câmara, um grupo de dissidentes do PMDB já discute a hipótese de se juntar à oposição num movimento suprapartidário pelo afastamento de Dilma da Presidência da República. Algo que guindaria o vice Michel Temer à poltrona de presidente. Mas os organizadores do Congresso evitam vincular o encontro à agenda dos defensores do impeachment. O blog perguntou a Moreira Franco se a hipotética ascensão de Temer alteraria os planos do PMDB. Ele disse que não costuma raciocinar com base em hipóteses.

Ante a insistência do repórter, Mareira respondeu assim: "Em política só se deve trabalhar com fatos. E o fato hoje é os seguinte: vamos ter eleições municipais no ano que vem e eleição nacional em 2018. E o PMDB trabalha para ter um bom desempenho nessas duas eleições. Ponto. Aí você levanta uma hipótese. O que posso te responder, objetivamente, é que uma coisa como essa [o impeachment e a consequente substituição de Dilma por Temer] teria consequências em toda a vida politica do país. Mas não tenho como dizer o que vai acontecer."

Moreira diz trabalhar com coisas concretas: "Nossa pauta agora é eleição municipal de 2016, a disputa nacional de 2018, o programa, o estatuto, a organização do Congresso e o restabelecimento de canais de comunicação com a militância. Vamos coibir um hábito que está transformando o partido, em muitos lugares, num grande cartório, com comissões Executivas provisórias. Vamos preparar o partido."

O partido presidido por Temer enxerga 2016 como um degrau para 2018. Equipa-se para lançar candidatos próprios nas capitais e nas cidades de porte médio. Hoje, o partido governa apenas duas capitais: Rio e Boa Vista. "É pouco para quem quer ter candidatura competitiva à Presidência da Republica", raciocina Moreira Franco. "Queremos candidaturas próprias, com a cabeça de chapa do PMDB."

Indagado sobre a aliança com o PT, Moreira Franco evocou uma resposta de Juscelino Kubitschek a um repórter: "Quando foi candidato a presidente, Juscelino deu aos jornalistas que lhe perguntaram se ele aceitava votos de comunistas a seguinte resposta: 'Eu estou preocupado em saber quem terá o meu voto. Quem vota em mim é porque me considera a melhor alternativa.'"
Herculano
22/08/2015 06:19
O BRASIL PERDEU MAIS DE 158 MIL POSTOS FORMAIS DE EMPREGO EM JULHO. QUASE 15 MIL DELES FORAM AQUI NO ESTADO. A PROPAGANDA OFICIAL DO GOVERNO RAIMUNDO COLOMBO, PSD, FEITA PARA ATRAIR DESEMPREGADOS E SEM QUALIFICAÇÃO, DIZ OUTRA COISA. MAIS UMA VEZ NÚMEROS E REALIDADES DESMENTEM OS POLÍTICOS CARAS-DE-PAU, SEUS MARQUETEIROS E PAPAGAIOS COMO GELSON MERÍSIO QUE VEIO A GASPAR NA SEMANA PASSADA FAZER CAMPANHA POLÍTICA COMO PRÉ-CANDIDATO DO PARTIDO AO GOVERNO CATARINENSE EM 2018

Santa Catarina eliminou 14.770 postos de trabalho em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta sexta-feira. O resultado é o pior para este mês desde 1992, quando começou a série histórica do Caged. Os números também deixam o Estado com o quinto pior saldo do país entre contratações e desligamentos em julho.

Segundo o Ministério do Trabalho, no acumulado do ano, houve perda de 494.386 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 778.731 postos de trabalho, na série ajustada. Para o ministro Manoel Dias, a expectativa é de que até o final do ano o país retome o crescimento dos empregos. Mas, quem acredita neste governo, no que ele promete e diante de todas as circunstâncias que o cerca? Wake up, Brazil!
Herculano
22/08/2015 05:59
FORÇA-TAREFA DO MINISTÉRIO PÚBLICO PREOCUPA RENAN, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O presidente do Senado, Renan Calheiros, não esconde a apreensão com desdobramento da Lava Jato. Isso porque o "acordão" denunciado por Eduardo Cunha para "salvar Dilma" passaria pelas mãos de sete procuradores federais responsáveis pelo inquérito, considerados "indomáveis". O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não tem influência sobre o grupo, formado por técnicos criteriosos da PGR.

Impasse

Janot é responsável por compilar as denúncias e encaminhá-las ao Supremo. Pode fazer indicações, mas uma interferência causaria motim.

O acordão

Segundo a denúncia de Eduardo Cunha, Renan só apoia o governo Dilma para se livrar de denúncia do PGR na Operação Lava Jato.

Uns e outros

O "acordão" pouparia o presidente do Senado e daria prosseguimento às denúncias contra parlamentares antiDilma, incluindo Eduardo Cunha.

Vai com calma

Os deputados peemedebistas andam irritados com a possibilidade do acordão. "Não há acordo sem a Câmara", diz Danilo Forte (PMDB-CE).

GOVERNO CONTA MENTIRA SOBRE "MAIS MÉDICOS"

O governo federal divulga propaganda em todo o Pais na qual trombeteia que em dois anos o "Mais Médicos" atendeu a mais de 63 milhões de brasileiros. Se esse número espantoso, equivalente a quase um terço da população, for dividido pelo número de médicos do programa (14 mil) e pelos dias e horas trabalhadas no período, cada profissional "atendeu" 9.375 pacientes por dia. Um a cada 9 segundos.

Cuba fatura alto

O "Mais Médicos" tem sido bem mais vantajoso para a ditadura cubana. Cuba faturou do Brasil, em dois anos, até julho, mais de R$ 4,3 bilhões.

Trabalho escravo

Cuba mantém relação análoga ao trabalho escravo, com seus médicos: eles recebem apenas uma pequena parte do salário de R$ 11 mil.

Dinheiro na veia

A Band revelou em março deste ano gravações da trama do governo para mascarar seu objetivo real de financiar a ditadura cubana.

Reforma ministerial

Renan Calheiros (PMDB-AL) articula aliança para nomear Helder Barbalho em um futuro Ministério do Abastecimento (junção da Agricultura com a Pesca), após a reforma ministerial da crise de Dilma. Caso a proposta prospere, Kátia Abreu (PMDB-TO) volta ao Senado.

Marionete

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) comemora a decisão tardia do governo brasileiro de conceder asilo ao senador boliviano Roger Pinto Molina. Ele lamenta o Brasil ter "virado joguete" do regime boliviano.

Pré-coxinha

O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Andrea Matarazzo (PSDB) publicou nas redes sociais um conjunto de normas para seguidores. Não quer ser difamado, ofendido e nem irá tolerar conteúdos inapropriados.

Articulador-geral

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi escalado para reestruturar o partido após a denúncia contra Eduardo Cunha, na Lava Jato. A ideia é fortalecer o PMDB do Senado e o relacionamento com a Câmara.

Dois pra lá...

Enquanto o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregava a denúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara costurava apoio para se segurar no cargo.

...dois pra cá

Cunha se reuniu, a portas fechadas, com os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP); do DEM, Mendonça Filho (PE) e do PSC, André Moura (SE). A pauta: blindagem do peemedebista. Todos vão apoiar Cunha.

Visão seletiva

O ex-ministro Ciro Gomes continua um mestre na arte de só ver o que interessa a ele. Deve ter suas razões para chamar Eduardo Cunha de "pilantra de quinta categoria", mas disse isso na reunião com Carlos Lupi (que saiu do governo acusado de corrupção) para se filiar ao PDT.

Chumbo trocado

Reconhecido por andar fardado na Câmara, o deputado federal Capitão Augusto (PR-SP) tem sido alvejado pelos ambientalistas da CPI que investiga maus-tratos a animais. Ele é o único que defende rodeios.

Pensando bem...

... o Brasil cortou 158 mil vagas de trabalho em julho, mas manteve o cargo da responsável pela crise.
Herculano
22/08/2015 05:48
PACTO A BRASILEIRA, por André Singer, ex-assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, publicado no jornal Folha de S. Paulo

Sinal de sociedade e política pouco desenvolvidas, os movimentos para possível acordo em torno da crise desenrolam-se nos bastidores, de maneira pouco visível. Aqui e ali aparecem manifestos criptografados. Mas algo se move.

O nevoeiro no qual se mexem os agentes decisórios favorece a irresponsabilidade. Não apenas no que diz respeito ao presente, mas também ao passado, cujo conhecimento permite pensar o futuro. Pelo que se depreende das parcas informações publicadas, tanto empresários quanto o governo percebem o estrago feito pelo ajuste fiscal. Só que ninguém assume a parcela de culpa que lhe cabe.

Com perdão da autorreferência, desde que comecei nesta coluna, há quase três anos, bato na tecla de que os ideólogos de inspiração neoliberal, com forte apoio no empresariado, pressionavam por ajuste recessivo que produzisse desemprego. Em 2013, escrevi: "Precisará o governo cortar o gasto até o osso, avalizar leis que reduzam o custo da mão de obra e demitir o titular da Fazenda para conquistar os capitalistas? Estará disposto a ir tão longe?" (Folha, 24/8/2013).

Estava. As consequências encontram-se à vista e, finalmente, o empresariado entrou em campo para salvar o mandato da presidente que fez o que pediam. Há ainda exigências na pauta, talvez referentes à terceirização, porém o essencial foi feito. O Brasil passa por recessão significativa, milhares de empregos foram perdidos, os salários caem.

Menciono o que publiquei para mostrar que mesmo um não economista anunciava há bastante tempo o que ia acontecer. Fernando Henrique Cardoso entende que Dilma precisa assumir os erros que cometeu. Modestamente, também acho que deveria fazê-lo, só que são os erros opostos.

Diz a sabedoria popular que não adianta chorar sobre o leite derramado. Então, olhemos para a frente. Se há convergência em torno da necessidade de encerrar o ciclo recessivo e programar a retomada, ótimo. Cada dia a mais desta política desastrosa representa perdas sociais e individuais que demoram a ser recuperadas. Algumas nunca o serão.

Trata-se, portanto, de negociar prazo, ritmo e condições para encerrar a recessão. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, falava no sábado retrasado em voltar a crescer a partir de junho de 2016 (Folha, 8/8). Aos trabalhadores interessa apressar ao máximo a retomada. Mas já é um passo existir meta comum.

Pena que o Brasil não tenha alcançado o estágio em que as classes negociam abertamente. Os resultados seriam mais sólidos e garantidos. Na Alemanha, governo, patrões e empregados têm longa prática no assunto. Quem sabe, frau Merkel tenha deixado com Dilma dicas a respeito disso.
Herculano
22/08/2015 05:41
OS DOIS LADOS DA CRISE, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Manifestações contra o impeachment de Dilma Rousseff terminam por comprovar o isolamento político da presidente

Ainda que expressivo em termos numéricos (37 mil participantes em São Paulo, de acordo com o Datafolha), o dia de mobilizações contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) não resiste à comparação com as manifestações de domingo (16), quando, segundo o instituto, 135 mil foram à av. Paulista protestar contra o governo.

Num pleno dia útil ?o que já contrasta, negativamente, com a civilidade do final de semana?, os atos em favor de Dilma contaram com a conhecida máquina de entidades atreladas ao sistema petista, como a CUT e a UNE, a que se somaram outras agremiações, como o PSOL e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto.

Esta última circunstância contribui para que, na análise de quinta-feira (20), a qualidade das manifestações, mais que sua dimensão numérica, seja posta em destaque.

Nada poderia revelar mais o isolamento da presidente do que o fato de se registrar, no ato que lhe era favorável, grande quantidade de críticas aos rumos adotados neste quarto mandato petista.

Ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi alvo de ataques o atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ou seja, uma manifestação pró-governo tratou de condenar o pouco de governo que ainda resta no Planalto.

Os duros ajustes formulados pela equipe econômica correspondem à inevitável compreensão de uma emergência que, em seu primeiro mandato, Dilma não só se recusou a encarar como ajudou a produzir.

Seus efeitos, claramente impopulares neste momento, são o tênue e derradeiro sinal de que alguma estratégia é perseguida por um governo imerso na desmoralização e no impasse político.

Tanto quanto os escândalos na Petrobras ?que pesam decisivamente na reprovação ao governo verificada nos atos de domingo?, o chamado "estelionato eleitoral" cobra agora seu preço junto aos setores identificados com o campo petista e seus confins à esquerda.

O paradoxo de quinta-feira surge, portanto, à luz do dia. O governo se isola dos dois lados.

Tendo prometido a continuidade de uma política econômica que, no fundo, não passava de irresponsável descuido com a inflação e desastrado exercício de manipulação das contas públicas, a campanha eleitoral de Dilma Rousseff não tinha como não se desmoralizar do ponto de vista ideológico ?do ponto de vista político e ético, tudo já entrava em derrocada.

Juntaram-se, num dia que era de trabalho para a maioria da população, os últimos adeptos de um sistema no qual, provavelmente, nem sequer acreditam de fato. Rejeitaram, com razão, saídas antidemocráticas para a crise; não deixaram, todavia, de expressá-la também.
Roberto Sombrio
21/08/2015 22:15
Oi, Herculano.

Postado às 20:17h

DILMA VISITA OBRA QUE É EXEMPLO DE SUA INÉPCIA, por Josias de Souza

Em maio de 2014, em plena campanha à reeleição, Dilma visitou trechos das obras da transposição do rio São Francisco no Ceará e na Paraíba. Espremida pelos repórteres, a administradora impecável teve de reconhecer sua condição de ex-Dilma:

"A gente começou bastante inexperiente, e houve uma subestimação. Em nenhum lugar do mundo em dois anos é feita uma obra dessa dimensão. Ela é bastante sofisticada, leva um tempo de maturação. Houve atraso porque se superestimou a velocidade que ela poderia ter, minimizando a complexidade.''

Esse é o mal do PT. Falta de tudo. O prefeito Zuchi (PT) comprova a total falta de capacidade quando diz que: "O difícil é pensar a obra".

Herculano
21/08/2015 21:01
CONSELHO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ARQUIVA RECLAMAÇÃO DE LULA CONTRA PROCURADOR

Conteúdo de Veja. Texto de Laryssa Borges, da sucursal de Brasília. O corregedor nacional do Ministério Público, Cláudio Henrique Portela do Rego, arquivou nesta quinta-feira reclamação apresentada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. Lula havia questionado a atuação de Lopes, que propôs investigação preliminar contra o petista por suspeitas de tráfico de influência em favor da empreiteira Odebrecht. Para a defesa do ex-presidente, reportagens da imprensa sobre o relacionamento dele com a empreiteira e sobre possíveis favorecimentos à companhia não poderiam dar início à investigação.

Para o corregedor, porém, o procurador da República não praticou desvio de conduta ao pedir as apurações contra Lula nem agiu por motivação pessoal contra o petista. "Alheio à motivação pessoal para constranger o reclamante [Lula] ou o seu partido político e respaldado em cumprimento de dever funcional - após juízo de valor inerente ao cargo, observadas as balizas legais -, fundou-se em detalhadas informações da imprensa brasileira que, agora, permitem a apuração formal do fato pelo Ministério Público Federal", disse Portela do Rego em seu despacho.

Em julho, depois de cobrar informações diretamente do ex-presidente Lula, a Procuradoria da República do Distrito Federal decidiu abrir inquérito contra o petista para apurar a relação dele com a construtora Odebrecht e investigar a possível prática de tráfico de influência em favor da empresa entre 2011 e 2014. Para o Ministério Público (MP), é preciso apurar a atuação de Lula na concessão de empréstimos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o contexto em que o petista viajou, às custas de empresas, para negociar contratos no exterior. Se houver evidências de que o ex-presidente tenha praticado tráfico de influência junto a agentes políticos internacionais para influenciar a contratação da Odebrecht, o Ministério Público pode pedir a adoção de medidas invasivas contra Lula, como quebras de sigilo do petista e buscas e apreensões.

África - Reportagem de VEJA revelou que Taiguara Rodrigues dos Santos ganhou contratos de obras após o ex-presidente Lula ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira. Em 2012, por exemplo, a Exergia Brasil, de Taiguara, foi contratada pela Odebrecht para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu no BNDES um financiamento para realizar esse projeto na África. Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, conhecido como Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente. Funcionários do governo e executivos de empreiteiras costumam identificá-lo como "o sobrinho do Lula".

No pedido em que reúne informações para apurar se Lula cometeu tráfico de influência, o MP cita diversas menções de que o petista viajou com recursos da Odebrecht em busca de contratos no exterior. Em um dos casos, a empreiteira teria desembolsado 435.000 reais, por meio da DAG Construtora, para pagar um voo fretado para que Lula fizesse suas transações em Cuba e na República Dominicana.
Herculano
21/08/2015 20:47
O FANTÁSTICO MUNDO DO PT, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O Partido dos Trabalhadores (PT) tem aprimorado sistematicamente a sua capacidade de construir uma realidade própria. Diante de fatos inequívocos ? por exemplo, as graves denúncias de corrupção e as mais que evidentes provas de um governo inepto, que leva o país à garra ?, o PT refugia-se num universo onírico, criado com o único e exclusivo intuito de se isentar de responsabilidade pela crise que assola o país e criar constrangimento a todo aquele que não dê anuência a seu projeto de poder.

Nesse mundo paralelo, as palavras ganham significado peculiar, escolhido a dedo de acordo com as circunstâncias. Intolerante não é aquele que não admite a opinião alheia. Intolerante passa a ser todo aquele que ousa manifestar opinião contrária aos interesses petistas. Se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso expressa sua opinião de que a renúncia da presidente Dilma, ou ao menos o reconhecimento dos erros cometidos, seria um gesto de grandeza de sua parte, ele é imediatamente tachado de intolerante e instado a se calar, porque ex-presidente deve se recolher à sua insignificância. Exceto, é claro, o mais ilustre de todos, Lula da Silva, cujos conselhos são ouro puro.

Esse é o método petista ? acuar quem não concorda com o jeito de governar do PT. Na ótica petista, a manifestação da opinião política ? como a que se viu no último domingo, por todo o país ? já não faz parte da liberdade de expressão e da liberdade política. É golpismo, revanchismo de quem não aceita o resultado das eleições.

Da mesma forma, quem considera que há razões legais e constitucionais para o impeachment da presidente Dilma é simplesmente golpista. Levada ao extremo a interpretação que esses petistas dão à lei e aos fatos, o fundamento do Estado não é a Constituição Federal. O Estado é o partido ? e a legalidade deixa de ser uma régua que mede a todos, para ser uma linha fluida e incerta, que protege não a coletividade, mas os interesses bem particulares do partido e de seus sobas.

No universo particular petista, o mal não é a corrupção. O que causaria prejuízo ao país são as investigações que trazem à tona a corrupção. Essas investigações travam a economia. As investigações policiais, portanto, precisariam ser contidas, pois trazem o risco de afetar empresas, que geram emprego e crescimento econômico. Pelo menos algumas empresas e empresários ? não por acaso aqueles que contribuem generosamente para o projeto petista ? precisam ser blindados. Trata-se de dever patriótico de todo aquele que quer o progresso do Brasil.

Na defesa de seus interesses, o PT, partido do progresso e da transformação, não teme assumir contornos conservadores. Quer a todo o custo que tudo fique como está. Principalmente, que não se esclareça muita coisa, que não se investigue a fundo, que não se puna de acordo com a lei. A delação premiada ? simplesmente por ter sido o instrumento para expor ao país tantos atos de corrupção praticados ao longo dos anos de PT no governo federal ? passou a ser execrada publicamente, como se fosse a mais alta imoralidade. Com essa atitude, transforma-se em valor moral da mais elevada extração a omertà, o silêncio cúmplice, que perpetua as máfias.

A construção da onírica realidade petista não é inocente. Com ares de preocupação social, manipula a linguagem com a única preocupação de proteger amigos e agentes ? a tigrada que vinha tirando o que podia do Tesouro para sustentar as aventuras eleitorais do partido e, de quebra, enriquecer um pouquinho.

A "criatividade" petista ? que nada mais é do que uma fuga do mundo real, com suas constrangedoras responsabilidades ? manifesta desespero político. Abandona qualquer pretensão de coerência em troca de uma tábua de salvação.

A legitimidade democrática passa necessariamente por respeitar a realidade e as palavras. Tolerância, liberdade, legitimidade, honestidade são palavras muito sérias, que exigem respeito, já que definem grandes bens que precisam ser protegidos. Abusar delas é imoral. E antidemocrático.
Herculano
21/08/2015 20:17
DILMA VISITA OBRA QUE É EXEMPLO DE SUA INÉPCIA, por Josias de Souza

Num instante em que se esforça para atingir os seus dois objetivos estratégicos - não cair e passar a impressão de que comanda -, Dilma Rousseff fez sua enésima visita às obras da transposição do São Francisco, num trecho assentado no sertão pernambucano. A presidente fez isso por imaginar que o empreendimento serve de exemplo. Só não disse de quê.

Chefe da Casa Civil de Lula, Dilma coordenava com zelo de "mãe" as obras do PAC, que tinha na transposição uma prioridade. Na campanha de 2010, a "revolução" do São Francisco foi vendida nos videoclipes do PT como um grande feito de Lula e da supergerente que ele escolhera para sucedê-lo.

Nos planos da gerente impecável, a água abundante chegaria ao sertão nordestino ainda em 2010. Era lorota. Apenas 17 dias antes de passar a faixa presidencial para Dilma, Lula fez uma apoteótica visita sentimental ao canteiro do São Francisco. Vaticinou: "Estou percebendo que a obra vai ser inaugurada definitivamente em 2012, a não ser que aconteça um dilúvio?" Era conversa fiada.

Em maio de 2014, em plena campanha à reeleição, Dilma visitou trechos das obras da transposição no Ceará e na Paraíba. Espremida pelos repórteres, a administradora impecável teve de reconhecer sua condição de ex-Dilma:

"A gente começou bastante inexperiente, e houve uma subestimação. Em nenhum lugar do mundo em dois anos é feita uma obra dessa dimensão. Ela é bastante sofisticada, leva um tempo de maturação. Houve atraso porque se superestimou a velocidade que ela poderia ter, minimizando a complexidade.''

Nesse dia, o cronograma oficial previa que a fita da transposição seria cortada em 2015, primeiro ano do segundo mandato de Dilma. Mas a candidata prometia que as torneiras seriam abastecidas antes da inauguração:

"Vamos antecipar a chegada de água às pessoas, não necessariamente com inauguração formal. A obra tem estágios. Vai ficando pronto, e nós vamos deixando para uso da população.'' Era lero-lero eleitoral.

Nesta sexta-feira (21), Dilma simulou o acionamento de uma motobomba que já vinha funcionando em caráter experimental havia oito meses. Mas o teatro não levará água aos sertanejos. Falta construir os canais que - um dia, talvez, quem sabe- verterão o São Francisco nas torneiras.

O governo agora informa que as primeiras gotas pingarão em oito meses. A conclusão final das obras virá até janeiro de 2017. Quem quiser acreditar que acredite! Por ora, a única certeza disponível é a de que a transposição do São Francisco tornou-se um dos mais eloquentes exemplos da inépcia gerencial de Dilma Rousseff.

A inépcia custa caro. Ministra, Dilma avalizara um orçamento de R$ 4,8 bilhões. Presidente, autorizou aditivos que elevaram o custo da transposição para R$ 8,2 bilhões. Desse total, R$ 6,8 bilhões já deixaram os cofres do Tesouro. E nada de água.

Dilma visitou o fiasco por considerá-lo um exemplo de algo que deu certo. Logo, logo o governo deve compor um grupo de trabalho para redefinir o conceito de "dar certo".
Herculano
21/08/2015 20:12
A REALIDADE QUE DESTRÓI A PROPAGANDA ENGANOSA DE UM GOVERNO POPULAR QUE DIZ AJUDAR OS MAIS POBRES. PAÍS FECHA 157.905 VAGAS COM CARTEIRA ASSINADA. É O MAIOR DESEMPREGO DESDE 1992

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo) e Agência Reuters. O Brasil cortou 157.905 vagas de trabalho com carteira assinada em julho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (21). É o quarto mês seguido com fechamento de vagas, e o pior resultado para julho desde 1992.

Com o saldo negativo de julho, o número de vagas de emprego com carteira assinada caiu 0,39%, na comparação com junho.

Considerando informações passadas fora do prazo pelos empregadores (a chamada série ajustada), o Brasil perdeu 494.386 empregos com carteira assinada de janeiro a julho deste ano.

Em 12 meses até julho, foram 778.731 vagas a menos.

Em junho, o país havia fechado 111.199 vagas de trabalho com carteira assinada.

Resultado foi pior que o previsto

O resultado veio pior do que o previsto por analistas. Estimativa do jornal "Valor Econômico" feita com 11 economistas apontava o fechamento de 115,8 mil postos de trabalho com carteira assinada.

Pesquisa da agência de notícias Reuters mostrou que a mediana das expectativas de analistas era de fechamento de 112 mil empregos.
Herculano
21/08/2015 20:04
O DESGOVERNO DE UM GOVERNO DESARTICULADO. A COLUNISTA MÔNICA BÉRGAMO REVELA E BANCA: TEMER CONFIRMA QUE DEXA ARTICULAÇÃO E SEGUIRÁ NEGOCIANDO "MACROPOLÍTICA". SE NÃ FOSSE VICE, DEIXOU QUE DESEMBARCARIA DO GOVERNO

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) confirmou hoje a interlocutores que deixará a articulação política do governo. A data ainda não está definida.

"Eu saberei o momento de sair", afirmou ele.

Temer disse que seguirá "na articulação macropolítica, das grandes políticas de Estado".

"Eu não posso ficar o tempo todo cuidando do cotidiano da política e de articulações específicas", afirma ele. Nos últimos meses, o vice-presidente negociou a liberação de emendas parlamentares e de cargos no governo com senadores e deputados de diversos partidos.

"Meu papel nessa função foi exercido num período mais agudo da crise", afirmou ainda o peemedebista aos interlocutores. "Todas as medidas fiscais de ajuste foram aprovadas", disse, indicando que a missão principal que assumiu foi cumprida.

Questionado se a saída do "cotidiano da política" significava um desembarque do governo, ele finalizou: "Eu não posso desembarcar, eu sou o vice-presidente".
Juju do Gasparinho
21/08/2015 19:55
Prezado Herculano:

Comentário do Blogueiro Manoel

"Dona Dilma já recebeu parte do 13º salário. Sua multidão de ministros também.
Dona Dilma não pagou a parte do 13º que cabe aos aposentados e pensionistas.
Mas já gastou, até aqui, R$ 280 milhões em propaganda desta bosta que eLLa chama de governo".

Farinha pouca meu pirão primeiro.
Herculano
21/08/2015 19:51
SEM LÍDER, PMDB PROCURA SE TORNAR UM PARTIDO SEM LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA E VAGUEIA.

Esta análise da tal procura de nova identidade é de Cláudio Prisco Paraíso. Os bastidores do PMDB estão quentes com vistas à convenção partidária marcada para outubro. Quem puxa a movimentação é o grupo do deputado federal Mauro Mariani. A interlocutores, a turma deixa claro que o atual comandante, Valdir Cobalchini, está fazendo um belo trabalho. Nada contra ele, que tem um perfil conciliador, mas tudo a favor do projeto de guindar Mariani à cabeça de chapa na disputa do pleito estadual de 2018.

Os aliados do parlamentar avaliam que a construção desse processo passa pela presidência do PMDB Barriga-Verde. Uma vez na proa da legenda, Mariani teria melhores condições para construir a chapa com o PSD, que indicaria um vice e o candidato ao Senado, Raimundo Colombo; mais o PSDB na outra vaga da Câmara Alta.

Nas conversas reservadas, fala-se, além de Paulo Bauer e Dalirio Beber, os dois senadores tucanos, no nome de Napoleão Bernardes. Mas para chegar lá, o prefeito de Blumenau evidentemente teria que conquistar a reeleição, preferencialmente atraindo o PSD. Talvez com um pessedista de vice ou pelo menos estabelecendo um pacto de não agressão com a legenda de João Paulo Kleiübing e Jean Kuhlmann.
Mariazinha Beata
21/08/2015 19:47
Seu Herculano;

Tudo Acabado Entre Nós, não é título de alguma música e sim o resumo de um integrante da cúpula do PMDB que resumiu assim a situação ao Globo, sobre a saída de Michel Temer da articulação política:

"O ajuste acabou, a missão acabou e a confiança acabou."

Agora só falta acabar o governo da DilmANTA.
Bye, bye!
Herculano
21/08/2015 19:37
MINISTRA DO STF PEDE MAIS OUSADIA E REIVINDICAÇÕES DOS BRASILEIROS DE BEM. MINISTRA CÁRMEN PEDE MUDANÇA DE ATITUDE DOS BRASILEIROS DE BEM

A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, fez um corajoso desabafo, nesta quinta-feira (20), durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro, ao afirmar que os "brasileiros de bem?" precisam ter a mesma ousadia dos "canalhas" para ajudar a tirar o país da crise política, econômica e financeira que enfrenta.

A ministra disse ainda que é contra um processo de impeachment: "Está previsto na Constituição, só que aplica-se em casos de processo de crime de responsabilidade, e não tem nada disso em andamento."

Para a ministra, "nós, brasileiros, precisamos assumir a ousadia que os canalhas têm", mas ressalvou que o arrojo ?"não pode ser de pessoas que não cumprem as leis, que usam o espaço público para interesses particulares".

Cármen Lúcia acredita que chegou a hora de a população mudar de postura, passando a reivindicar mais, em vez de só reclamar. "Reclamação nunca levou a lugar algum", disse ela, lembrando que a Lei da Ficha Limpa, que inviabiliza a candidatura de políticos condenados pela Justiça, nasceu de uma iniciativa popular.
João João Filho de João
21/08/2015 19:14
Sr. Herculano:

Dilma, que já recebeu o seu, quer parcelar em duas vezes os 50% de adiantamento do 13o para os aposentados

Postado por Polibio Braga

"O Ministério da Fazenda deve propor o pagamento do adiantamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas em duas parcelas. Segundo fontes próximas ao assunto, a primeira delas seria na folha de setembro, e a segunda, em outubro. A presidente Dilma Roussef e seus ministros já receberam a metade adiantada dos seus".

Mas não foram os aposentados que votaram neLLa?
Aprendam a mugir e comam capim.
Sidnei Luis Reinert
21/08/2015 18:46
Quando vejo uma notícias destas, começo a pensar nos bestas que defendem um lixo destes.KKKKKKKKKKKKKK


http://www.handelsblatt.com/politik/international/merkel-in-brasilien-ali-baba-und-die-39-raeuber/12211030.html

Ali Baba und die 39 Räuber

Translate:Ali Babá e os 39 ladrões!!

Brasília não é geralmente o presidente brasileiro Dilma Rousseff foram tão satisfeito com a visita de Estado estrangeiro como agora. Enquanto Merkel entediado com quase uma dúzia de ministros e secretários de Estado para apenas cerca de 24 horas na capital do Brasil Brasília. Mas para Rousseff é uma visita a um dos poucos momentos em que eles podem ganhar pontos em público. Porque o Brasil está em uma das piores crises em dezenas ano.


Politicamente, a presidente Dilma Rousseff tão enfraquecida apenas nove meses após o início de seu segundo mandato que a oposição se faz espera para empurrá-los para fora do escritório nos próximos meses por impeachment. Apenas sete por cento dos brasileiros acreditam Rousseff ainda para puxar o carrinho para fora da lama. Mais de 60 por cento reivindicar seu impeachment.

Ninguém poderia ter adivinhado, quando Merkel e Rousseff havia concordado há um ano na beira da Copa do Mundo no Brasil para as primeiras consultas intergovernamentais: São reunião de alto perfil na política externa alemã. Fora da Europa, a Alemanha está actualmente a negociar com a China, Índia e Israel em tal nível superior com governos estrangeiros. A reunião Rússia são atualmente em espera.

É considerada mulher particularmente influentes: a chanceler alemã, Angela Merkel tem levado 2006-2009 e em 2011 a lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo. A lista é publicada anualmente pela revista de negócios Forbes. Em 2012, Merkel estava de volta ao topo.

O chanceler é muitas vezes comparado ao primeiro-ministro britânico Margaret Thatcher: As duas mulheres foram as primeiras mulheres políticas no topo de seus países. Em revista norte-americana Forbes Merkel chamou de "Dama de Ferro da Europa ea principal protagonista no drama econômico da zona do euro".
(Foto: dpa )
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O ex-primeiro-ministro britânico Margaret Thatcher tinha apelidado Dificilmente algum político cunhou o Reino Unido tanto quanto Thatcher "Dama de Ferro". Ela libertou o país da dívida, inflação alta e desemprego. Seu estilo brutal de liderança e sua política externa, mas também trouxe uma série de críticas de 1990, ela finalmente renunciou. Thatcher morreu na segunda-feira com a idade de 87 anos, depois de sofrer um acidente vascular cerebral.

Ela foi a primeira mulher que já estava à frente de um governo eleito: Sirimavo Ratwatte Dias Bandaranaike tem três vezes ocupou o cargo de primeiro-ministro do Sri Lanka durante o período 1960-2000. Ela também foi a presidente do Partido da Liberdade do Sri Lanka. Suas ambições políticas, mas ela tem sua filha Chandrika Kumaratunga passado: Kumaratunga 1994-2005 Presidente Ms do país. (Na foto ela é vista com o ex-presidente norte-americano Bill Clinton.)
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O ex-primeiro-ministro indiano Indira Gandhi (à direita) foi assassinado em 1984 por dois seguidores do Sikhismo. Gandhi governou a Índia 1966-1977 e foi o segundo primeiro-ministro do mundo. A sua morte mergulhou o país no caos, mais de 3.000 seguidores da religião Sikh foram assassinados por uma multidão.

O primeiro-ministro de Israel, David Ben-Gurion, uma vez descreveu como "o único homem de verdade" no Gabinete: Golda Meir . é atualmente o único primeiro-ministro de Israel a sua carreira política naufragou na Guerra do Yom Kippur, em que o Egito ea Síria atacou Israel em 1973. 1974 Meir finalmente renunciou.

O atual primeiro-ministro é um dos interior presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf . Ela foi nomeado em janeiro de 2006 para o primeiro chefe de Estado em África. Em 2011, Sirleaf também recebeu o Prêmio Nobel da Paz por sua luta não-violenta para a segurança das mulheres.
(Foto: Reuters )
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Cristina de Kirchner Fernándes desde dezembro de 2007, o Primeiro-Ministro e Presidente da República da Argentina. Isso torna por Isabel Martínez de Perón de após o segundo chefe de Estado de seu país.

80 por cento dos brasileiros têm demonstrado em uma pesquisa recente que com Dilma Rousseff está satisfeito como presidente. Rousseff tem desde Janeiro de 2011, o Presidente do Brasil. Aqui, Rousseff vai apresentar a população também gosto muito "unpräsidial": Recentemente eles inauguraram o novo estádio da Copa em Salvador e chutou a primeira bola pelo campo - sem sapatos.
(Foto: Reuters )
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Park Geun-hye assumiu a primeira mulher na história da Coreia do Sul na semana passada, a Presidência. Na inauguração Geun-Hye, a dança Psy rapper para eles o seu "Gangnam Style". Quando as pessoas também é conhecido como "princesa de gelo" por causa de sua estabilidade política.

Mas agora o Brasil experimentou uma estagflação persistente sem perspectivas de uma rápida recuperação. O produto interno bruto medido em dólares é susceptível de ser descartado até o final do próximo ano em quase um terço em relação a 2011, estima Enestor dos Santos, especialista em mercados emergentes do banco espanhol BBVA. Um escândalo de corrupção de bilhões de dólares em torno da companhia petrolífera Petrobras paralisa política e da indústria. A indústria da construção inteira, bem como cerca de 50 políticos de alto escalão da coalizão governista estão implicados.

Todos os ministros têm a temer por seu escritório

Assim, os preparativos foram difíceis para as consultas: Dilma Rousseff lidera um gabinete com 39 ministros. Com o aparelho de governo inchado eles tentaram satisfazer a cada dez partidos da coligação grande. Más línguas afirmam que eles só têm, portanto, ainda não nomeou um ministro para dar mais nenhum motivo para comparação com 40 ladrões de Ali Baba.
Ricardo Zonta
21/08/2015 18:38
HERCULANO,

Parabéns pela coluna de hj, seu olhar é critico e aguçado! Concordo com vc, o projeto do Marcelo Brick esta fazendo àgua, tanto é verdade, que essa semana o moço procurou o Deputado Jean Kuhlmann e disse se a aliança com o PP não andar, ele desisitirá da pré-candidatura esse ano ainda!

Marcelo percebeu que o seu projeto é solitário, muito parecido com o da Teresa! Só mudou os nomes, antes era Paulinho Bornhausen e agora é Merisio! Pq sou candidato pq o Merisio quer!
Pera aí, qm é esse cara? O que ele fez por Gaspar?
Sidnei Luis Reinert
21/08/2015 15:23
De Magno Malta:

Magno Malta aplaude ministro que suspendeu
julgamento da legalização do porte de drogas

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do Recurso Extraordinário (RE) 635659, votou pela inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), que define como crime a porte de drogas para uso pessoal. Mas o Pedido de vista do ministro Edson Fachin suspendeu o julgamento no qual se discute a constitucionalidade da criminalização para consumo próprio. Senador Magno Malta que acompanhou toda a movimentação parabenizou o ministro Fachin pela coerência e questionou a argumentação do relator Gilmar Mendes. ?Quem compra um carro roubado no Brasil também é criminalizado. Assim é com quem compra drogas de traficante, mas o relator quer liberar o consumo de drogas no país?, exemplificou Magno Malta.
Durante a semana, senador Magno Malta, que estava de licença médica, hospitalizado, gravou um vídeo pedindo aos movimentos organizados e todas pessoas de bem que enviassem e-mails para os ministros com objetivo de sensibiliza-los. Na tarde dessa quinta-feira gravou mais dois vídeos, um no início do julgamento e outro no encerramento. ?Não posso concordar com o parecer do relator que libera as drogas no país e ao mesmo tempo tenho que aplaudir o ministro Fachin, que pediu vistas e paralisou o julgamento?, disse Magno Malta.
Coma sagacidade de quem presidiu a CPI do Narcotráfico, Magno Malta, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Família, comparou duas situações. ?Quem compra um carro roubado responde pelo crime de receptação e até formação de quadrilha. Agora, pelo parecer do relator, quem comprar cocaína do mais perigoso traficante não será punido e para comprar droga no Brasil só mesmo nas bocas com traficantes. Fica uma grande incoerência?, relatou Magno Malta.
?Recentemente, quando o ministro Edson Fachin foi sabatinado votei contra sua indicação, mas tenho que fazer justiça e reconhecer seu mérito. Peço a todas famílias que sofrerem com drogas que oram, rezam peçam a Deus para não deixar que a droga seja liberada no Brasil?, concluiu Magno Malta.
Assessoria de Imprensa
Sidnei Luis Reinert
21/08/2015 15:08
Petista estuprador Eduardo Gaievski condenado a 101 anos de cadeia

http://poncheverde.blogspot.com.br/2015/08/petista-estuprador-eduardo-gaievski.html

Cento e um anos e 5 meses de prisão: estas são as penas impostas ao ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República, sob o comando da petista Gleisi Hoffman, ex-prefeito de Realeza, no sudoeste do Paraná, o petista Eduardo André Gaievski, por estupro de adolescentes, corrupção de testemunhas e abuso sexual de menores. A última condenação contra ele foi proferida na sexta-feira (14), pelo juiz Luiz Fernando Montini. De acordo com as denúncias do Ministério Público, o petista estuprador Gaievski aliciava as adolescentes oferecendo empregos na prefeitura de Realeza na época em que era prefeito. Ele é defendido pelo advogado Samir Mattar Assad. O petista estuprador está preso desde 2013, e cumpre a pena na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Barracão, também no sudoeste paranaense. Ainda faltam ser julgados outros três processos contra o ex-prefeito. Recentemente o Ministério Público entrou na Justiça com um pedido de indisponibilidade de bens de Gaievski porque a suspeita é de ele teria usado da influência do cargo e de bens públicos para cometer os crimes. Esse sujeito, com toda essa história, foi nomeado pela senador petista Gleisi Hoffman, quando ministra chefe da Casa Civil, para comandar subchefia responsável pelas políticas para a infância da Presidência da República. Em se tratando de um governo da organização criminosa é possível compreender tal coisa.
Herculano
21/08/2015 14:26
ERA DE VIDRO E SE QUEBROU, por Nelson Motta, para o jornal O Globo

Não é uma questão de ódio ou de intolerância, é de confiança. Na primeira pesquisa de opinião depois das eleições, dois terços dos brasileiros diziam que Dilma tinha mentido na campanha. É duro e raro que um governante flagrado em mentiras sérias recupere a confiança dos eleitores. Pode até ser aceito como um bom administrador, mas a confiança não se restaura, porque não há ex-mentiroso. Uma vez mentiroso, sempre mentiroso, dizem a História, a lógica e a sabedoria popular. Não há obras, manobras, loteamento de cargos e campanhas publicitárias que nos façam voltar a acreditar em quem nos enganou.

Claro, mentir, em certa medida, todo mundo mente, faz parte da condição humana, alguma hipocrisia é indispensável para uma convivência civilizada. Já pensou se todo mundo fosse sincero todo o tempo e dissesse o que lhe vem à cabeça? O problema é quando o mentiroso começa a mentir a si mesmo, e acreditar, caso em que os psicanalistas dizem que não vale a pena continuar a terapia. Dilma começou mentindo para os outros - e agora mente para si mesma. Sim, ela não rouba, mas mente muito.

E para piorar, mente muito mal, ao contrário de Lula, que usou seu grande talento histriônico para fazer da mentira uma das suas melhores armas. Durante anos muitos acreditaram nele, hoje todo mundo sabe que ele sempre soube de tudo e mentiu o tempo todo. Pode até ter feito um bom governo, mas é mentiroso.

Sim, todo politico mente: uns para o bem, outros para o mal.

Nos países anglo-saxônicos, de ética protestante, a verdade é um valor básico. Para eles, mentir é ilegal, pode levar à execração social e até a cadeia, por falso testemunho. Bill Clinton, mesmo popularíssimo, foi impichado na Câmara (e salvo pelo Senado ), não porque teve um caso com Monica Lewinsky, mas porque mentiu ao país.

No tempo da luta armada, Dilma fez a escolha errada, achando que poderia derrotar a ditadura militar pela força e instaurar a ditadura proletária, mas acabou contribuindo para atrasar o processo de abertura política que levou à redemocratização. Por puro autoengano.

Mentiras sinceras interessavam a Cazuza, mas como poesia.
Juju do Gasparinho
21/08/2015 13:36
Prezado Herculano:

Blogueiro Manoel: O Teatro de Janot Está Chegando ao Fim

"A denúncia do SELETIVO Rodrigo Janot, contra Dudu Cunha, tem que trazer algo muito grave e muito bem comprovado para que seja suficientemente forte para jogar no lixo a autoridade e o cargo que Dudu Cunha ocupa."

Está ótimo! A dona Dilma que trema. Trema muito do alto do seu Castelo Mal Assombrado que o Dudu vem com tudo.
Reacionário
21/08/2015 13:25
Marcelo de Souza Brick, deveria de criar vergonha na cara e ir à tribuna e fazer um panelaço para o pt e pmdb que juntos afundam o brasil em mentiras e ao comunismo.
Herculano
21/08/2015 13:12
da série como é deprimente quem tem a obrigação (ideológica ou financeira) na imprensa oficial à uma defesa de um governo fora do contexto

POVO MOSTROU RESISTÊNCIA ÀS TENTATIVAS GOLPISTAS, por Paulo Moreira Leite, diretor do 247

A julgar pelos números das principais capitais do país, a mobilização de 20 de agosto trouxe uma informação essencial da conjuntura política: os brasileiros não pretendem assistir sem luta às tentativas de golpistas de derrubar o governo Dilma Rousseff.

As mobilizações serviram, particularmente, para mostrar a importância crucial da participação popular na definição dos rumos da crise política. "Vai ter rua", afirma o deputado Leo de Brito (PT-AC), presente à concentração convocada pela CUT e pelo MST em Brasília.

Convocadas de forma relativamente improvisada, provocando inicialmente até o receio de um fiasco entre seus organizadores, as manifestações ocorreram depois que o receio de uma irresponsável aventura golpista levou setores importantes do empresariado a se mobilizar em defesa das instituições e do calendário eleitoral e podem ser consideradas como a mais importante demonstração de resistência popular às tentativas de afastar uma presidente eleita por 54 milhões de votos. Em Brasília, um cartaz festejava a apresentação da denúncia contra Eduardo Cunha.

Embora o número tenha sido inferior ao dos protestos contra o governo no domingo, as mobilizações ficaram longe de configurar um cansativo ritual burocrático, no qual militantes organizados e funcionários dispensados pela chefia no fim de expediente desfilam por espaços públicos com bandeiras e camisetas.

Os atos tiveram um caráter de massa em vários lugares, o que explica os cortejos imponentes de São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, por exemplo. Um levantamento do Data Folha, realizado entre os presentes na passeata da avenida Paulista, mostra também uma diferença de classe social entre a quinta feira e o domingo.

Revela o jornal, hoje: "Pessoas de famílias com renda mensal de até 2 salários mínimos eram 24% da manifestação desta quinta. No domingo, somavam 6%. No polo oposto, o grupo dos mais ricos (acima de 20 salários) representava 5% dos presentes nesta quinta ante 17% do ato anti-Dilma. No protesto desta quinta, pardos e pretos somavam 49%. No domingo, eram 20%."

Acompanhei a manifestação de Brasília, cidade que tem sido endereço de derrotas inesquecíveis do PT e do governo federal em eleições recentes. "Só aqui já tem mais povo do que todo o protesto da avenida Paulista no domingo passado", me dizia um diplomata aposentado, testemunha das lutas políticas do país desde a década de 1960. A manifestação de Brasília estava marcada para as cinco da tarde -- e começou na hora certa. Neste momento, um pequeno grupo começou a cantar o hino nacional em ritmo de samba nas proximidades de um edifício comercial, o CONIC, numa atividade de concentração, conversa, panfletagem e venda de jornais.

No início da noite, as pessoas (3000, segundo cálculo de um ex-deputado) começaram a se deslocar em direção a estação rodoviária, endereço tradicional dos protestos de Brasília. "Não vai ter golpe", gritavam, com melodia e ritmo. Essa foi a palavra de ordem que dominou a manifestação, do início ao fim.

Um panfleto dizia: "o povo do Distrito Federal quer direitos, liberdade e democracia."

Mas também era possível ouvir, numa frequência que me surpreendeu, um grito mais comum na campanha eleitoral de Dilma, vitoriosa, do que num momento de popularidade baixa: "Neste país, eu tenho fé, porque é governado por mulher."

Para além da manifestação política, havia um componente típico no comportamento das pessoas nessas horas -- a alegria. Elas confraternizavam entre uma palavra de ordem e outra, faziam piadas, planejavam novos eventos. Estavam felizes por estar ali e gostavam do que podiam ver. Quando apareceu um infiltrado, gravando seus próprios gritos e imagens pelo celular, quem estava próximo limitou-se a rir de um esforço patético para tentar atrapalhar a manifestação. Descendo a escada da rodoviária, uma dona de casa comunicava-se pelo whatsapp com uma prima, em Belo Horizonte. A de Brasília tinha resolvido ir à rua contra o impeachment. A de BH, votara em Aécio. Perguntada sobre o trânsito na capital mineira, a prima de lá respondeu: "congestionamento de 1h40 por causa de um protesto." E completou: "O pior é que é a favor da Dilma!"

O círculo em volta via a tela do celular ? e ria sem parar.
Arara Palradora
21/08/2015 13:09
Querido, Blogueiro!

Postado às 10:15Hs.
Chupa Marcelo Brick.
É mole ou "qués" mais?

Voeeeiii...!!!
Anônimo disse:
21/08/2015 13:06
Herculano, Melato "vai sempre trabalhar contra o DEM".
Já visse o MAL trabalhar a favor do BEM?
Um cara que só pensa no seu umbigo vai trabalhar a favor do povo?
Belchior do Meio
21/08/2015 13:04
Sr. Herculano:

O Belchior Alto fez uma excursão para Aparecida e o padreco sem padrice foi junto. No meio do caminho foram assaltados.
Como os bandidos levaram tudo, tiveram que retornar.
Daqui há um mês, o Belchior Baixo vai fazer o mesmo percurso e o comentário é que o padreco sem padrice já anunciou sua participação entre os passageiros. O Belchior Alto já avisou que vão ficar pelados porque a culpa foi do padreco pé-frio.
Ainda bem que no Belchior do Meio não temos surpresas desagradáveis
simplismente desconversamos quando o padreco vermelho ( agora pé-
frio) se convida.
Herculano
21/08/2015 13:00
PARA POUCOS?

Do ex-vereador e hoje presidente da rádio comunitária Vila Nova, de Gaspar, Miro Salvio, ex-PFL, sobre a palestra campanha na Câmara e a estada relâmpago de Gelson Merísio, PSD, presidente da Assembleia e presidente estadual licenciado do seu partido, em Gaspar na quarta-feira da semana passada.

"A coletiva de imprensa deveria ser aberta para toda imprensa e não somente os escolhidos". Ai, ai, ai.
Pernilongo Irritante
21/08/2015 12:54
Depois de ver o vereador Melato vestido como um payboyzinho, acho que minha vózinha pode usar maria-chiquinha.
Herculano
21/08/2015 12:53
A DESTRUIÇÃO DO REAL E SUA CONSEQUÊNCIA, por Paulo Rabello de Castro, coordenador do Movimento Brasil Eficiente, para o jornal O Estado de S.Paulo

Os juros sobre a dívida interna do governo federal acumularam em 12 meses, até junho passado, a dantesca cifra de R$ 347,5 bilhões. Essa estonteante despesa pública, a ser paga por cada um dos brasileiros ? grosso modo, R$ 5 por pessoa, inclusive crianças e idosos, dia após dia, a perder de vista ?, tem sua origem numa conjunção de erros da política econômica pós-Real. Primeiro, pela incontinência do gasto público desde a partida do Plano Real. Mas na era Dilma, até as eleições de 2014, o Tesouro Nacional se engajou numa roda-viva de gastos pré-eleitorais, não só com repetidas ?pedaladas fiscais?, mas, sobretudo, por deixar de segurar despesas excedentes ao limite previsto na lei orçamentária, como consta do relatório do Tribunal de Contas da União (TCU).

O mercado financeiro, de olho nessas puladas de cerca, apostou no enfraquecimento do real. Lá fora, o fortalecimento do dólar também puniu moedas como o real, quando não se pratica um mínimo de rigor fiscal. Nosso Banco Central (BC) reagiu tardiamente e da pior maneira: buscou no Conselho Monetário, no qual só votam três cabeças, com claros conflitos de interesse, autorização para ?defender? a estabilidade do câmbio ao oferecer contratos de venda de dólares ao mercado, a preço fixo, para entrega futura. Venderam-se caminhões de swaps para entrega este ano e até 2016.

Tais operações já acumulam um prejuízo de R$ 70,6 bilhões, que, somadas aos juros regulares, outros R$ 280 bilhões, em contas redondas, nos brindam com a maior despesa financeira pública de todos os tempos, superior a 7% do produto interno bruto (PIB), a mais elevada do planeta. Além disso, como nossa dívida é altamente indexada à Selic, cada ponto porcentual de alta de juros pelo BC eleva a dívida federal em cerca de R$ 20 bilhões, ao mesmo tempo que derruba o PIB ? e, portanto, a arrecadação do governo ? em outros R$ 20 bilhões. As contas do ministro da Fazenda não fecharão nunca: em 2015 esse descompasso resultará num rombo estrondoso de R$ 140 bilhões.

Resignadamente, Joaquim Levy desistiu da meta fiscal. E o capital abutre, que existe em qualquer lugar para farejar e devorar governos fracos, apostou na alta do dólar e contra o real. Essa queda de braço ainda não terminou, a faixa dos R$ 3,50 por dólar passou a ser um estágio da peleja. O BC foi às cordas, esmagado pelos prejuízos acumulados na folia da manipulação cambial pré-eleitoral e pela recente publicação da ata do Copom em que reconhece o juro de 14,25% como um perfeito serial killer da moribunda economia privada.

Estamos no início da destruição do real como moeda confiável. Nem nos perigosos meses de 2002, em que se desconfiava da capacidade do PT de defender a estabilidade da nossa jovem moeda, o País passou por tanto risco.

Com o dólar em R$ 4 naquele outubro de 2002, o BC trouxe os juros ao patamar de 25%. O Orçamento da União para 2003 foi podado, único ano de efetiva economia de despesa pública em relação ao PIB nos 20 anos de Real.

Consequência: em 2003 o desemprego formal superou 13% da população economicamente ativa (PEA) e milhões de brasileiros foram devolvidos aos porões da pobreza absoluta. Um detalhe, desta vez atenuante: começou em 2003 a maior alta histórica dos preços de commodities agrícolas e minerais, encomendada por São Lula aos chineses.

O cenário de 2015-2016 opõe-se radicalmente ao de 2002-2003. A China retrai-se e pode até entrar em choque. Se o juro subir mais, como em 2002, a atividade privada entrará em colapso. Que nos resta fazer? Esse é o repto que deve tirar da abulia todos os intelectos perdidos ociosamente nas receitas econômicas convencionais, do tipo ?ajuste fiscal? ou, pior, quando se cogita de taxar ativos escondidos no exterior e outras extravagâncias, como CPMF ou novos impostos sobre fortunas e heranças. O ataque frontal deve ser sobre o setor que nada contribuiu até agora: as despesas ditas obrigatórias do governo federal (e, por extensão, nas demais esferas de governo, a começar pelo Rio Grande do Sul). O ministro da Fazenda nos diz ser ilegal cortar despesa obrigatória, por isso capa investimentos. Faz sentido? Queimam-se os botes salva-vidas dos investimentos e das bolsas de estudos enquanto se preservam reajustes inflacionários para as castas de graúdos que se autoisentam de qualquer participação no esforço geral da Nação. Aqui está a raiz singular do brutal desequilíbrio fiscal e sua etiologia antiética, ao se pouparem alguns privilegiados do sacrifício geral.

O Judiciário, ele mesmo beneficiário dessa monstruosidade distributiva, haverá de julgá-la inconstitucional, por ser ineficiente e atentatória à estabilidade político-institucional. Não estamos sozinhos nesse tipo de desafio. Grandes nações como Alemanha e Estados Unidos, em 2009 e 2011, respectivamente, reagiram com destemor para refrear o gasto exorbitante de seus governos. Ao sentirem o cheiro da pólvora social e financeira, os parlamentares desses países não conversaram: votaram leis emergenciais impondo a seus orçamentos públicos limitadores de despesas quase universais e lineares, da ordem de 7% dos gastos originalmente programados. Precisamos adotar o mesmo caminho. Urgentemente. E por dois anos consecutivos, com ênfase em 2016. Nada menor do que isso dará jeito na explosiva situação atual. Impõe-se uma Lei Emergencial de Crescimento e Controle Orçamentário (Leco), alinhavada pelo Movimento Brasil Eficiente com entidades civis e movimentos de rua, para encararmos o desafio de repensar o futuro da Nação. As autoridades devem parar de fantasiar com pacotes franciscanos, que prometem tudo a todos, a fim de concentrar a atenção na transformação fiscal capaz de nos devolver o direito de crescer e prosperar.

O outro caminho é o retrocesso. A destruição do real será rápida, tragando as autoridades da hora e ameaçando os pilares de nossa frágil democracia.
Herculano
21/08/2015 12:49
OS POLÍTICOS BRASILEIROS - SEJA DE QUE PARTIDO FOR - AINDA VÃO PROVAR QUE A POLÍCIA FEDERAL, O MINISTÉRIO PÚBLICO, A JUSTIÇA, AS LEIS E A ÉTICA SÃO DISPENSÁVEIS OU UM PERIGO PARA ELES, POIS TRABALHAM A FAVOR DA SOCIEDADE MINIMAMNTE DECENTE E IGUAL E QUE DEVERIA SER IGUAL PARA AQUELES QUE LHES VERDADEIRAMENTE SUSTENTAM.

MANCHETE DA HORA E DA VERGONHA. "APLAUDIDO, EDUARDO CUNHA, PMDB, DIZ EM SINDICATO QUE DENÚNCIA É ILAÇÃO E REJEITA RENÚNCIA" [E AS PROVAS? FORAM INVENTADAS? E PELA PF E PRG? QUE PERIGO! SE FAZEM ISTO COM PODEROSOS, O QUE FARÃO CONTRA OS FRACOS? OU OS PODEROSOS SÃO SEMPRE IMUNES MESMO DIANTE DE PROVAS IRREFUTÁVEIS?

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta sexta-feira (21) em São Paulo que a denúncia feita contra ele é uma ilação e que "renúncia" não faz parte do seu vocabulário. As afirmações foram feitas durante evento da Força Sindical na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. O peemedebista foi aplaudido e contou com gritos de apoio em sua chegada.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a condenação de Cunha pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro supostamente praticados dentro do esquema de desvio de recursos da Petrobras investigado pela operação Lava Jato. A denúncia ainda precisa ser aceita pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para que o deputado se torne réu.

O parlamentar afirmou que "não há uma única prova" contra ele e que "a presunção de inocência deve prevalecer no país". "Nada vai mudar meu comportamento e a forma como estou atuando. Não vou retaliar quem quer que seja", declarou.

"Ninguém vai me constranger. Não há renúncia. Renúncia não faz parte do meu vocabulário. E não o fará. Covardia também não faz parte. Estou absolutamente tranquilo e sereno".

De acordo com a denúncia, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus intermediou o recebimento de pelo menos R$ 250 mil em propinas ao presidente da Câmara. Cunha é acusado de ter pedido e aceitado o pagamento de US$ 5 milhões em propinas referentes a contratos da Samsung com a Petrobras.
Afonso
21/08/2015 11:01
Prezado Herculano.
Realmente é de surpreender que os camarões (esse é o novo mascote do PT - é vermelho, é cego, anda pra trás e tem a cabeça cheia de merda), não fizeram aqui em Gaspar, passeata pró DilmAnta. Será que nem pra organizar uma passeata o campeão de votos tem capacidade? Ele se não estou errado é o presidente do PT. Pra um vereador do Pt como ele dizer na tribuna da Câmara de vereadores que não apoiaria um Caiado e outros políticos que citou, esqueceu de falar que está abraçado a um Maluf, rouba mas faz, Collor, ex-presidente caçado, Sarnei, pessoa boa, Renan Calheiros, outra pessoa boa, ainda responde processo do recebimento do dinheiro pra custear a amante. Realmente o PT está bem servido de aliados, todos bandidos. Bem diz o ditado, diz-me com quem andas que te direi quem és. Minha opinião: pra você se transformar em um verdadeiro campeão de votos, fã ça cursos, se prepare, não suba á tribuna pra falar asneiras. Outra coisa um bom orador não precisa gritar, não se ganha nada no grito. Quando a Vereadora Andreia fala na Tribuna todos têm prazer em ouvir, primeiro porque fala coisas coerentes, segundo seu tom de voz é tranquilo justamente como deve ser de uma pessoa que sabe o que fala, tem conhecimento de causa. Gostaria de lembrar ao campeão de votos, que os banqueiros tiveram seu maior período de lucros no governo do Lulladrão e da DilmAnta. Não suba na tribuna pra tocar o pau nos banqueiros enquanto se refestelam com as benesses. Se conseguires faça uma reflexão.
Herculano
21/08/2015 10:30
NUNCA ANTES NESTE PAÍS, UM GOVERNO E UM PARTIDO DESTRUIRAM A ESTABILIDADE ECONÔMICA, AS CONQUISTAS SOCIAIS E O SONHOS EM TÃO POUCO TEMPO. PRÉVIA DA INFLAÇÃO É A MAIOR PARA AGOSTO DESDE 2004.

Conteúdo de Veja. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, atingiu 0,43% em agosto após avançar 0,59% no mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da desaceleração, esse foi o índice mais alto para o mês desde 2004, quando o IPCA-15 alcançou 0,79%. Em agosto do ano passado, o índice havia avançado 0,14%. No ano, o indicador acumula alta de 7,36% e, em 12 meses, de 9,57% - o maior valor desde dezembro de 2003, quando atingiu 9,86%.

Entre os setores, Transportes foi um dos principais responsáveis pelo recuo do índice, com queda de 0,46% entre julho e agosto. Essa retração foi puxada por preços mais baratos das passagens aéreas (-25,06%), do automóvel novo (-0,41%), do automóvel usado (-1,20%) e do etanol (-0,77%).

Outros setores, apesar de registrarem alta, tiveram desaceleração, como alimentação e bebidas, cuja variação passou de 0,64% em julho para 0,45% agosto. Este movimento foi possível graças ao recuo nos preços de alguns produtos, como batata-inglesa (-9,51%), açaí (-8,51%), tomate (-6,67%) e feijão-preto (-4,30%). Na contramão, ficaram mais caros leite longa vida (3,05%), refeição fora (0,88%) e carnes (0,87%).

Entre os itens analisados, a energia elétrica ficou, novamente, com a liderança dos principais impactos, ao ser reajustada em 2,60%. Em São Paulo, as contas subiram 7,43%, em Curitiba, 5,03%, e em Belém, 0,42%. Com isso, as despesas com habitação avançaram 1,02% em agosto, a maior taxa entre os grupos analisados no mês.

Por região, o maior índice foi visto em Goiânia (0,84%), influenciado pela alta da gasolina e do etanol. Já os menores índices foram registrados em Belém (0,09%) e Brasília (0,09%).
Herculano
21/08/2015 10:15
QUEM SÃO OS CULPADOS? NÓS OS GASPARENSES PORQUE ACREDITAMOS EM POLÍTICOS QUEM JOGAM E MANIPULAM AOS SEUS INTERESSES

O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi agora pela manhã à Rádio 89.7, e culpou o PSD de Marcelo de Souza Brick, de Raimundo Colombo e de Gilberto Kassab, ministro das Cidades e presidente nacional do partido pelo atraso e falta de perspectivas de recomeçar as obras da ponte do Vale.

Zuchi e outros, vão às rádios, sem perguntas sobre as incoerências anteriores, fala, joga com a falta de memória dos cidadãos comuns e fica por isto mesmo. Ele pode até estar no papel dele. Quem é frouxo e não faz papel que lhe cabe, é quem diz ser oposição por aqui (talvez a única exceção seja a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, e é duramente perseguida por isso), fica caladinha, se reage faz isto com cuidados e não confronta, não desmascara, bem como na Câmara avaliza tudo isso.

A culpa não é do PSD como quer Zuchi, ou pelo menos não é só do PSD. É claramente do PT de Zuchi, de José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio, Daniel Reis, Hamilton Graff, Décio Neri e Ana Paula Lima que mandam aqui, Ideli Salvatti, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Vana Rousseff. Afinal quem é e manda no governo de Brasília? O PT ou o pendurado PSD? Quem quebrou o Brasil? O PT ou o PSD ou ambos, por serem sócios? Quem anunciou a obra e fez a festa por aqui sozinho várias vezes como o pai do que agora se tornou uma encrenca? Foi o PT ou o PSD? Quem prometeu recomeçar a obra em julho depois de uma vez mais viajar a Brasília para resolver este assunto entre muitas, foi Zuchi, ou Marcelo, ou Colombo, ou Kassab?

Outra, por que na sua incoerente entrevista de hoje, o prefeito Zuchi poupou o PP de José Hilário Melato, de João Alberto Pizzollatti Junior, o que influenciava verdadeiramente no ministério das Cidades, e cuja verba se anunciava liberada, sumiu e se explicou mais tarde que foi para outro lugar? Porque Melato faz parte do time de Zuchi e do PT, e esta promessa não cumprida na eleição passada que levou Zuchi ao poder e depois Dilm, é coisa do passado, talvez....

Pior. A verba não se libera para pagar o que está atrasado porque não existe, explica-se. Na verdade além dela estar cortada nesta crise econômica criada pelo PT que desgoverna o Brasil, porque, vejam só, descobriram que não foi feita a prestação de contas de parte do que já se liberou. Coisa da burocracia ou da incompetência?

Marcelo não é culpado pelo que acusa Zuchi, mas o é na medida que não enfrenta e desmascara estas situações de forma direta. Ele espera que outros - inclusive os colunistas sem rabo preso - façam no lugar dele, para apenas usufruir de tudo nas eleições do ano que vem. Acorda, Gaspar!
Dionísio
21/08/2015 08:47
Bom dia Herculano.
Você foi muito feliz na colocação "Vamos lá, do 1 ao 6". Gostaria de fazer umas complementações sobre o texto. A alguns anos atrás "Talvez uns 20 anos", ser político era para dar orgulho a família e aos amigos, mostrar o quanto tinha conseguido contribuir para o bairro, cidade etc. Não se via a politica como uma fonte de renda, era mais por orgulho, ter o quadro de vereador ou prefeito colocado na parede da sala como decoração. A politica de hoje virou um negócio tão lucrativo para os espertos, que o orgulho da família e a honra ficam em segundo plano e olhe lá. Infelizmente, pela avaliação que eu faço, nós "população" somos culpados por tudo que acontece. E com isso as pessoas de bem, que poderiam fazer algo em Pró das empresas e comunidade não surgem, porque só terão alguma chance se entrar no jogo da atual realidade da Politicagem. Como diz um amigo meu, não podemos desanimar.
Herculano
21/08/2015 08:39
NÓS, OS ANTIESQUERDISTAS, VENCERMOS!, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo.

Os que manifestaram pela continuidade do governo são, no entanto, contrários às medidas do... governo!!!

A atual política brasileira é filha da paranoia e da esquizofrenia. É paranoica porque a força política ainda dominante no establishment vê, ou finge ver, inimigos em todos os cantos, hostilizando mesmo aqueles que se dedicam à simples advertência sobre seus desmandos. Mas essa política é, sobretudo, esquizofrênica. E isso explica por que não há saída para a presidente Dilma Rousseff. Ela vai cair.

Vocês notaram? Os que a querem fora da cadeira - e eu quero! - foram às ruas no domingo passado, dia 16, contra a roubalheira, contra a incompetência, contra o mundo "petralha", vocábulo já dicionarizado, que criei no ano 2000, ainda antes de o PT chegar à Presidência. A minha referência era o que eu sabia que o partido já andava fazendo em municípios e Estados. Celso Daniel, por exemplo, foi assassinado em janeiro de 2002 e estava no quinto ano de sua volta à Prefeitura de Santo André. Os petralhas - petistas que aderiam à ética dos Irmãos Metralha - diziam roubar os cofres públicos para nos salvar. Eu me nego a ser salvo por bandidos.

Pois é... Embora muitas pessoas tenham dito para si mesmas e para os outros, no domingo passado, que não podem ser obrigadas a arcar com o custo da irresponsabilidade petista, a quase todos era claro que o ajuste fiscal é necessário; que ele é a correção fatal das bobagens feitas pelo petismo. Vale dizer: não batemos panela, bumbo ou boca contra o ajuste fiscal. Mas contra Lula, o boneco inflado, e contra Dilma, a Lírica da Mandioca, que não sabe cortar gastos nem fazer... ajuste fiscal!

Quem grita contra o que faz sentido no governo é Guilherme Boulos, o coxinha predileto das tias ?"Que menino opinioso!!!". Quem faz isso é João Pedro Stedile, o sem-terra a quem a enxada provocaria um choque anafilático. Mobilizar-se contra a correção necessária dos desmandos do Estado hipertrofiado é coisa de mamadores oficiais; de gente que depende dele para alimentar as suas taras de classe, ainda que tomadas de empréstimo, como no caso dessa dupla.

Ou por outra: quem quer Dilma fora da cadeira presidencial defende a única coisa que pode fazer algum sentido em Dilma. Os que a querem onde está a consideram uma vira-casaca, mas ela ainda é a melhor garantia do Estado-babá, que vai mantê-los alimentados com o leite de pata estatal. E aí está a esquizofrenia.

Os muitos milhares que foram às ruas no domingo não reconhecem na presidente as condições políticas e morais para continuar no comando do país, embora saibam que ela já caiu do cavalo na estrada de Damasco e descobriu a iluminação do óbvio. Os que, na quinta (20), mamando em alguma sinecura oficial, manifestaram pela continuidade do governo são, no entanto, contrários às medidas do... governo!!!

A ironia macabra desses dias é mais ou menos esta: os que já não podem conviver com Dilma apoiam boa parte das medidas adotadas por... Dilma! Os que esgoelam "Fica Dilma" não aceitam as escolhas necessárias de... Dilma!

Os ligeiros logo decretarão um empate de enganos e desenganos entre os que, de um lado e de outro, não saberiam onde pôr o seu desejo. Errado! Não há empate nenhum! Nós, os antiesquerdistas, vencemos. Não queremos nada pra nós. Nem sinecura nem caraminguás. Só lutamos pelo triunfo da matemática. Os outros apenas imploram para viver, vencidos pela evolução da espécie.
Herculano
21/08/2015 08:22
QUEM ESTAVA LÁ?

Isolada e sumida, anunciou que iria morar na capital norte americana Washginton, onde se dedicaria a uma atividade subalterna para o governo brasileiro.

Pelo jeito, nada disso aconteceu à ex-deputada, a ex-senadora, a líder do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Senado, a ex-candidata a governadora do estado, a ex-ministra das Relações internacionais, e por fim da Pesca, a gasparense honorária Ideli Salvatti, PT.

É que nesta semana foi inaugurada na Assembleia Legislativa, uma "Galeria" resgata presença das mulheres no Parlamento catarinense. Quem estava lá prestigiando? Ela, Ideli
Herculano
21/08/2015 08:13
O PAÍS DO CARNAVAL ASSOMBRA O MUNDO COM O MOVIMENTO PRÓ-CORRUPÇÃO, por Augusto Nunes, de Veja.

Nesta quinta-feira, 20 de agosto, o País do Carnaval surpreendeu o mundo com outra brasileirice assombrosa: o Movimento Pró-Corrupção, criado para apoiar a corrupção e a incompetência. Oficialmente, os atos organizados pelo PT, pela CUT, pelo MST e por outras entidades sustentadas por mesadas federais foram concebidos para "defender a democracia do golpe tramado pela oposição". Conversa de 171

Só cretinos fundamentais e portadores de miopia cafajeste conseguem enxergar golpistas nas multidões de democratas que clamam pelo despejo do bando que faz o que pode para liquidar o Brasil. O que a seita lulopetista quer é libertar os josés dirceus, prender juízes como Sérgio Moro, revogar a independência do Ministério Público, eternizar-se no poder e prolongar por tempo indeterminado a crise que Lula pariu e Dilma amamenta; fora o resto.

Se os moradores dos locais incluídos no mapa do cinismo tivessem gritado em coro "olha o camburão!", as passeatas dos fora da lei acabariam sem ter começado. Como o segundo mandato da presidente que não diz coisa com coisa.
Herculano
21/08/2015 08:07
TUDO DO MESMO BALAIO E DO MESMO JEITO DE SE FAZER CONTRA A CIDADANIA E A NAÇÃO. FINGINDO SER SANTO (E USANDO A RELIGIOGDADE, O QUE É PIOR), EDUARDO CUNHA DO PMBD ESTÁ ENLAMEADO IGUAL A TODOS METIDOS EM CHANTAGEM, FALCATRUAS E CORRUPÇÃO NO GOVERNO DO PT. O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL QUER QUE ELE DEVOLVA A ASTRONÔMICA QUANTINA DE MAIS DE R$277 MILHÕES, O QUE BEM DÁ A DIMENSÃO DO ROLO. ELE JURA QUE É INOCENTE APESAR DAS PROVAS ROBUSTAS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Apuração e texto de Aguirre Talento, Débora Álvares, Gabriel Mascarenhas, Márcio Falcão, Ranier Bragon e Rubens Valente, da sucursal de Brasília. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta quinta (20) ao Supremo Tribunal Federal denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), complicando sua situação jurídica e dentro do Congresso.

Acusado de participar do esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato, Cunha se tornará réu se os ministros do Supremo aceitarem a denúncia, o que deverá alimentar pressões para que se afaste da presidência da Câmara.

Desde que assumiu o cargo, em fevereiro, Cunha impôs sucessivas derrotas à presidente Dilma Rousseff, contribuindo para aumentar a instabilidade política dos últimos meses. Nesta quinta, o deputado atacou o governo, disse que é inocente e reafirmou sua disposição de continuar no comando da Câmara.

Cunha foi acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, junto com a ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), sua aliada. A Procuradoria pede que o STF condene os dois a devolver US$ 80 milhões (R$ 277,4 milhões) aos cofres públicos.

Janot também apresentou denúncia contra o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL). As ações contra Cunha e Collor são as primeiras propostas contra membros do Congresso desde o início da Operação Lava Jato, no ano passado.

Um grupo liderado pelo PSOL, que diz representar 30 dos 513 deputados federais, pediu nesta quinta o afastamento de Cunha da presidência da Câmara. O PSOL promete apresentar ao Conselho de Ética da Câmara pedido de cassação do seu mandato se o Supremo aceitar a denúncia.

Aliados de Cunha expressaram apoio ao presidente da Câmara. Líderes do PSDB e de outros partidos de oposição adotaram tom cauteloso, defendendo a continuidade das investigações sem se manifestar sobre a questão da permanência de Cunha no cargo.

Janot, que na quarta (19) acusou o deputado de usar a presidência da Câmara como um "escudo" para se proteger contra as investigações, decidiu não pedir o afastamento do peemedebista do cargo, mas cogita tomar essa medida mais tarde se surgirem novas evidências contra Cunha.

O ministro Teori Zavascki, relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no STF, terá que submeter a denúncia contra Cunha ao plenário do tribunal, composto por dez ministros. Não há prazo para a decisão do STF.

Janot incluiu na denúncia uma epígrafe, citando uma frase do líder indiano Mahtma Gandhi (1869-1948), segundo a qual "tiranos e assassinos [...] parecem invencíveis, mas no final sempre caem".

A Procuradoria acusa Cunha de ter recebido US$ 5 milhões em propina para garantir dois contratos assinados pela Petrobras em 2006 e 2007, para fornecimento de navios para exploração de petróleo.

As acusações contra o deputado são baseadas principalmente em depoimentos do lobista Júlio Camargo, que representava a coreana Samsung Heavy Industries e a japonesa Mitsui nos contratos e decidiu colaborar com as investigações no ano passado.

O delator disse que acertou com o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como principal operador do PMDB no esquema de corrupção, uma propina de US$ 40 milhões para obter os contratos.

Segundo Camargo, o dinheiro seria repassado a Cunha e ao ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Baiano e Cerveró estão presos em Curitiba.

EM ESPÉCIE

A Procuradoria obteve provas de vários pagamentos feitos por Camargo a Baiano no exterior, mas não identificou contas controladas diretamente por Cunha que tenham recebido repasses. Segundo a Procuradoria, os pagamentos ao deputado foram feitos em espécie, no Brasil mesmo.

Para Janot, ficou comprovado que Cunha foi o verdadeiro autor de dois requerimentos protocolados na Câmara em 2011 por Solange Almeida, então deputada e hoje prefeita de Rio Bonito (RJ).

Segundo Camargo e o doleiro Alberto Youssef, principal operador do esquema de corrupção, o objetivo dos requerimentos era pressionar Camargo para não interromper o pagamento de propina.

Como a Folha revelou em abril, o nome de Cunha aparece nos registros eletrônicos da Câmara como autor dos arquivos de computador em que foram escritos os requerimentos protocolados por Solange.

Camargo disse que se reuniu com Cunha e Baiano em setembro de 2011 para tratar do assunto. Segundo ele, o deputado cobrou os US$ 5 milhões dizendo o seguinte: "Eu não sei da história e nem quero saber. Eu tenho um valor a receber do Fernando Soares e que ele atrelou a você".

Segundo Camargo, parte da propina foi paga por meio de transferências para as contas da Assembleia de Deus, no valor total de R$ 250 mil, em 2012. Cunha é ligado à igreja evangélica.
Herculano
21/08/2015 07:53
EM NOM DE JESUS.COM, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Pauo

A denúncia contra o deputado Eduardo Cunha, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, foi manchete de todos os portais brasileiros nesta quinta. Ou melhor, de quase todos. No portal evangélico "Fé em Jesus", a principal notícia era outra: "Eduardo Cunha fala sobre análise de contas de ex-presidentes".

O site está registrado em nome da empresa Jesus.com e oferece serviços como o "Jesus Tube", o "Jesus DJ" e o "Jesus Mail". A firma pertence ao presidente da Câmara e à sua mulher, a jornalista Cláudia Cruz.

O "Fé em Jesus" é um dos oito endereços da Jesus.com na rede. Como pessoa física, Cunha detém nada menos que 284 domínios. O latifúndio virtual integra um plano imodesto, anunciado pelo deputado, de "criar um mundo evangélico na internet".

Os endereços comprados pelo peemedebista deixam claro o seu interesse em lucrar com a fé alheia. Entre os domínios, estão shoppingjesus.com.br, compracrente.net.br, jesuschat.com.br e fenodesconto.net.br.

Cunha também registrou endereços que misturam o nome de Jesus aos de portais famosos, como facebookjesus.com.br, facejesusbook.com.br, e jesusgoogle.com.br. Se os donos das marcas quiserem explorá-las, terão que negociar com ele.

Nesta terça, o Ministério Público revelou que o investimento em sites é apenas a face mais visível das transações do deputado com a fé cristã.

De acordo com a denúncia oferecida ao STF, parte da propina do petrolão foi paga em "transferências para Igreja Evangélica, a pedido de Eduardo Cunha". O lobista Júlio Camargo, que delatou o presidente da Câmara, repassou R$ 250 mil à Assembleia de Deus em Madureira.

O Ministério Público diz que a vinculação do deputado com a igreja é notória porque ele frequenta cultos de um de seus líderes, Abner Ferreira. Se acessarem o "Fé em Jesus", da Jesus.com, os procuradores encontrarão ligações mais fortes. Abner, o pai e o irmão, também pastores, são colunistas do portal de Cunha.
Herculano
21/08/2015 07:46
DILMA APOSTA EM NANICOS CONTRA EDUARDO CUNHA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou nos jornais brasileiros

O governo comemorou o primeiro passo do acordão para "salvar" Dilma: a denúncia do Procurador-Geral da República contra Eduardo Cunha, presidente da Câmara. A avaliação é de que a crise foi "transferida" para o Congresso. Agora, a estratégia do governo e do PT é insuflar partidos nanicos a pedirem o afastamento de Cunha. Para o governo, o diálogo será reaberto, mas o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), garante: "não há conversa com o presidente da Câmara dos Deputados".

O ruim

A presidente Dilma calcula o possível estrago da estratégia: há temor de grande dificuldade para aprovar projetos e evitar as "pautas-bomba".

O bom

O governo também torce para que a denúncia ao STF obrigue Cunha a deixar o comando da Câmara, abrindo espaço para diálogo com a base.

Atenção redobrada

O governo ordenou atenção especial aos pedidos de impeachment contra Dilma. Ela acredita que Cunha irá "retaliar" após ser denunciado.

Manifestações

Outra grande preocupação do governo são as manifestações: se Cunha tiver apoio popular, seu impedimento no cargo deve cair por terra.

"FARRA DAS DIÁRIAS" JÁ CONSUMIU R$ 284 MILHÕES

A crise econômica não tem atrapalhado a farra das diárias no governo Dilma, que consumiu mais de R$ 284 milhões só no primeiro semestre de 2015, sem sinais de diminuição. O Ministério da Saúde domina a lista com os quinze maiores "diaristas", que já embolsaram, em média, R$ 63,5 mil cada. Quase todos são funcionários da Anvisa envolvidos no Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde, realizado no exterior.

E o arrocho?

Após a "patota da Anvisa", o ministro Joaquim Levy (Fazenda), mentor do arrocho fiscal de Dilma, foi quem mais recebeu diárias: R$ 52,5 mil.

Mais por vir

O governo pagou diárias a mais de 142,7 mil servidores do Executivo federal. Parece muito, mas são "só" 20% do total de funcionários.

E ainda tem sigilo

Do total de diárias gastas pelo governo Dilma, mais de R$ 40 milhões são sigilosos, não discriminados, protegidos por "motivo de segurança".

Retaliação

Denunciado por corrupção na Lava Jato, Eduardo Cunha prepara sua retaliação à presidente Dilma e ao governo: uma equipe de advogados analisa as contas de Dilma, além dos pedidos de impeachment.

Deixa sangrar

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não vai, por ora, pedir o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara. A avaliação é de que se Cunha for derrotado primeiro no Supremo Tribunal Federal, a condenação deve enfraquecê-lo.

Roupa suja

A senadora Marta Suplicy (ex-PT-SP) deve oficializar sua filiação ao PMDB em setembro. Sua entrada no partido inviabiliza a chapa do secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, com Fernando Haddad (PT); coligação criada por Lula para prender o rabo do PMDB

Bola dividida

Acendeu o sinal amarelo na oposição, que está dividida em relação a Eduardo Cunha. Para uma minoria, apoiá-lo é sinal de conivência com a corrupção. Outro grupo diz que ele é o melhor caminho contra Dilma.

Tropa de choque

O governo escalou o ministro Armando Monteiro para acompanhar a CPI do BNDES. Obediente, Armando mandou documento à comissão colocando-se à disposição para fazer os esclarecimentos necessários.

Cachaça, obrigado

Foi lançada no Congresso a frente parlamentar de defesa da indústria nacional de bebidas. Pequenos produtores querem se proteger do lobby das grandes e das multinacionais. A cachaça agradece.

Vale-tudo no país de Dilma

A agiotagem avança na crise e na falta de autoridade do governo. Em estados como Piauí, virou praga. Empresários pagam cinco vezes mais o que tomaram e seguem devedores. Perdem o dinheiro, o patrimônio e o negócio que tentavam salvar. E a Justiça cada vez mais impotente.

Exemplo a seguir

A pressão popular tem surtido efeito no Paraná e vereadores de três cidades cortaram o próprio salário para até R$ 820. Em Jacarezinho, o presidente deixou a Câmara de camburão para não encarar eleitores.

Pergunta no Planalto

Se a crise foi "transferida ao Congresso", Dilma agora é deputada ou senadora?
Herculano
21/08/2015 07:06
DESEMPREGO A JATO, por Vinicius Torres Freire para jornal Folha de S. Paulo

Alta no número de pessoas desempregadas não era tão rápida desde crises dos anos 1990

Não se via aumento tão rápido na quantidade de gente desempregada desde o tempo das crises fernandinas, de FHC e Collor, é muitíssimo provável. O número de pessoas sem emprego cresceu 56% em julho, ante julho de 2015. Em janeiro, crescia ao ritmo de uns 11% ao ano.

"Muitíssimo provável" porque o método de contar o desemprego no IBGE foi um de 1991 a 2002, e outro desde então.

No entanto, feitos alguns ajustes e comparadas apenas a ordem de magnitude e a rapidez da bola de neve, vimos coisas parecidas apenas entre maio e agosto de 1992, os meses da derrocada final do governo de Fernando Collor. Ou entre outubro de 1997 e janeiro de 1998, um dos vários momentos de crise dos governos de Fernando Henrique Cardoso.

Os inclinados a fazer associações fáceis entre economia e política devem lembrar, porém, que, nos tempos de Collor, o desastre era geral: era um país em superinflação, com baixas abissais de PIB per capita e rendimentos, bem mais pobre e desigual.

Desde Lula, jamais houve parecido com o que ocorre neste ano com o emprego, sob Dilma 2. Nem de longe.

Sempre convém notar também que se trata de uma baixa em relação a níveis altos de emprego (de "taxa de ocupação"). Ressalte-se, porém, que aqui se está falando de velocidade de piora. Há um colapso desde janeiro desde ano.

Os dados divulgados ontem na Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE apontam ainda um motivo provável e adicional da grande irritação de São Paulo, em particular da metrópole paulista, com o governo de Dilma Rousseff. Entre as grandes regiões metropolitanas, foi em São Paulo que a taxa de desemprego cresceu mais rapidamente, de um ano para cá, ainda que a desocupação seja menor aqui do que nas capitais nordestinas, como de costume, aliás (7,9% em São Paulo, ante 12,3% em Salvador, por exemplo).

MAQUIAGEM

A taxa média de desemprego deu um salto, para 7,5%, inédita nesta época do ano desde a breve recessão de 2009. Em julho de 2014, o desemprego fora apenas 4,9%.

O colapso da confiança devido ao estelionato eleitoral de Dilma Rousseff contribuiu para a derrocada. Mais importante, a escassez de trabalho se deve também ao fim da política de, na prática, comprar emprego com dívida pública, de dar subsídios e isenções fiscais a empresas, política econômica de maquiagem executada pelo governo de Dilma 1. Enfim, mais importante ainda, nas empresas caiu a ficha de que o ajuste econômico produziria uma recessão ainda mais longa e funda.

No mais, soube-se que o rendimento médio caiu 2,4% sobre julho do ano passado; que a massa salarial, o total de rendimentos pagos, baixou 3,5% em um ano.

A proporção de empregos formais baixa em relação ao pico, mas ainda está perto dos melhores resultados de que se tem notícia. No entanto, menos emprego e menos carteira assinada devem causar buraco extra nas contas da Previdência e do governo inteiro, na pindaíba ao ponto de regatear a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas.

A notícia ainda pior é que isso ainda vai longe. O desemprego tende a aumentar até a segunda metade de 2016, pelo menos. Ou seja, mesmo que "a economia", o PIB comece a reagir, a sensação térmica nas ruas ainda vai ser de frio da crise.
Herculano
21/08/2015 06:57
PT NÃO FOI ÀS RUAS EM GASPAR POR DILMA

reeditado de ontem as 21.33

No domingo, o PT daqui, os seus e de Blumenau que manda no PT daqui por lá já não tem crédito há anos, comemoram, vejam só, o que eles classificaram de baixa adesão nos protestos de Gaspar contra a corrupção, a roubalheira, a inflação, desemprego nos governos do PT, especialmente o de Dilma Vana Rousseff, a guerreira do povo brasileiro.

Ontem foi dia de dar emprego a desempregado para engrossar os protestos, vestir camisa para se uniformizar, segurar bandeiras e se fantasiar de protestantes. Os que foram aos protestos desanimados e sem adesão popular dos passantes foram em 90 por cento obrigados e pagos. Chegaram de ônibus fretados (pagos pelos sindicatos que recebem verbas federais vindas nossos impostos ou do vergonhoso imposto sindical obrigatório, dos partidos sustentados pelos fundos partidários feitos dos nossos pesados impostos, das entidades civis que também só sobrevivem de verbas públicas apadrinhadas feitas dos nossos impostos desviados das suas verdadeiras finalidades para a Saúde Pública, Educação, Segurança e Obras....

Em Gaspar, o PT preferiu assistir os protestos pela internet, redes sociais no smartphoness do que reunir um número minimamente igual aquele de gasparenses foram protestar contra o governo que cambaleia e nos impõe pesados sacrifícios. Zombaram dos outros e não tiveram capacidade para se organizarem, ou então ficaram envergonhados de serem contestados, naquilo que é a realidade crua, pública e pública.

Até mesmos nos protestos a favor do PT, de Dilma e Lula, não foram capazes de esconder a insatisfação contra o atual quadro da economia, até porque não dá para esconder. Arrumaram outros culpados, como o ministro Fernando Levy. Mas espera aí, Levy não ministro de Dilma? Ele está fazendo um governo paralelo e contra Dilma? Ele toma as decisões sozinho? Ela não tem como muda-lo?

Ou seja, até o PT é contra o PT, Lula e Dilma e a favor dos que foram às ruas no domingo, sem lanchinho, sem bandeiras feitas em gráficas e pagas pelo governo com o nosso dinheiro que está faltando para tudo, sem transporte pago, sem diárias para vestir camisas das organizações e empunhar bandeiras por horas fio, ou repetir palavras de ordem que não sabem o que significa, ou ouvir discursos que não lhes interessam... .

Ou o PT engana a população, a habilidade mais apurada e conhecida até agora, ou não sabe o que faz nas ruas como no protesto de ontem. Aqui o PT se esconde para não ser comprado e não se submeter a uma humilhação. Acorda, Gaspar!
Herculano
21/08/2015 06:39
PLANALTO FESTEJA RUINA DE CUNHA, MAS CÚMPLICE, por Josias de Souza

O contrário do antigovernismo primário é um pró-governismo inocente, que aceita todas as presunções do Palácio do Planalto a seu próprio respeito. Em matéria de Lava Jato, isso inclui concordar com a tese de que o governo tem razões para celebrar a conversão de Eduardo Cunha de investigado em denunciado pela Procuradoria no STF.

Em privado, alguns dos principais auxiliares de Dilma Rousseff soltam fogos como se o governo fosse uma potência moral que não deve explicações à sociedade sobre as facilidades que ofereceu ao denunciado. É uma pena que o presidente da Câmara tenha escolhido para si o papel de perseguido. Melhoraria o enredo se adotasse outro figurino.

Se quisesse, Eduardo Cunha poderia desfilar em cena como vítima da cultura política brasileira, exacerbada durante os governos do PT. Nessa linha, Cunha basearia sua defesa nas circunstâncias.

Os advogados de defesa sustentariam que a culpa é do governo, que quase obrigou Eduardo Cunha a ser o que é, com todas as facilidades que lhe propiciou e as portas que lhe escancarou na Petrobras. Não fosse a Lava Jato, a pilhagem continuaria.

Enquanto soarem fogos no Planalto, Eduardo Cunha ficará à vontade para se autoproclamar uma inocente criatura no meio apodrecido que o produziu. Nesse meio, não há culpados nem inocentes, só há cúmplices. Nele, até um velho adversário como Fernando Collor pode virar heroi da resistência.

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