Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

27/12/2015

DESPEDIDA DE 2015
Esta é a última coluna de 2015 no portal pioneiro em Gaspar, mais atualizado, mais acessado e de maior credibilidade, o do jornal Cruzeiro do Vale. É um pouco longa. E a faço para encerrar dois assuntos significativos de 2015. Eles não ganharam as manchetes da cidade. Uma pena. Ou por preguiça – e proposital - ou outros impedimentos, entre eles os comerciais ou de alinhamento de interesses para esconder as coisas tramadas na cidade e no poder de plantão. As penúltima e última sessões da Câmara de Gaspar foram reveladoras e lavaram alma desta coluna e do colunista. Desnudaram os algozes de sempre, escondidos nos seus disfarces.

 

IMPOSIÇÕES, ESCLARECIMENTOS E HUMILHAÇÕES
Nas sessões, o PT do prefeito Pedro Celso Zuchi – que foi lá na penúltima para constranger e ver quem o desafiava a votar contra as matérias do Executivo numa pauta armada com a convivência do aliado de sempre José Hilário Melato, PP, presidente da Câmara. Zuchi foi acompanhado da vice Mariluci Deschamps da Rosa – a eterna candidata à sucessão -; do secretário de Transportes e Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, - o preterido, mas sempre no banco de reservas e de lá a espera para ser escalado, mas com a mania de mandar os gasparenses de opinião diferente da do PT calar a boca. Zuchi e sua turma foram se divertir com o presidente do PT, José Amarildo Rampelotti. Na suprema humilhação armada (e aceita, naturalmente) fizeram o PSD e o Marcelo de Souza Brick tirarem a máscara, o discurso e se ajoelharem no milho do alinhamento incondicional, para que mais nenhuma dúvida restasse à cidade e aos eleitores do PSD. Suprema rendição. Ela foi cobrada nas redes sociais por fiéis seguidores de Brick. Eles não acreditaram no que viram...


COMO FUNCIONA O JOGO
O PT e o prefeito Zuchi – para não gerarem polêmica pública, exatamente porque não possuem esta coluna mansa e acuada como insistem e querem, e por estarem numa minoria – “guardaram” do debate público os projetos polêmicos. E fizeram isto desde o ano passado e por todo este 2015. E num golpe com ingredientes de chantagem explícita, principalmente para cima do PSD, que aceitou este jogo e correu o risco, com a ajuda e arquitetura do presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, o mais alinhado de todos com o PT e o Executivo, prefeitura, PT montaram uma sessão extraordinária para uma sexta-feira, dia 18. Exatamente quando a imprensa já estaria em ritmo de férias. Tudo para ser surpresa. Tudo para testar, honrar e desonrar (mais uma vez) acordos na sessão seguinte da Câmara, a última, na terça-feira seguinte, dia 22. Ela elegeria, como elegeu, o novo presidente da Câmara para o ano que vem.

 

O PSD DEU A CABEÇA, O CORPO E PERDEU O DISCURSO
Nas matérias mais polêmicas, o PSD de Giovânio Borges que queria a presidência e de Marcelo de Souza Brick como presidente do PSD, para não trair o acordo e principalmente o Giovânio, teve que tirar a máscara que segurou, ou disfarçou na ambiguidade, nestes três anos de legislatura. Deu os votos que faltavam ao PT: quatro do PT, mais dois PSD, iguais a seis. Melato desempatou com o sétimo voto para fazer a maioria simples naquilo que se permitia, numa Câmara de 13 vereadores. O PMDB, que luta para suceder Zuchi, sabia que os projetos aparelham a máquina pública municipal e prejudicam um futuro governo seu. Por isso, votou contra com Ciro André Quintino, Jaime Kirchner e o suplente Raul Schiller (estava no lugar de Marli Iracema Sontag), além de Charles Roberto Petry, DEM, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. Cobrado por eleitores, principalmente os jovens e enganados, Brick, sem argumentos, mentiu: disse que tinha votado errado. Mas, não fez nada para desmentir ou se corrigir o suposto erro.

 

AS TROCAS, ARMADILHAS E HUMILHAÇÃO
O cerne de tudo isto estava num acordo que o PT armou há três anos para enfraquecer o PMDB, que lhe ameaçou na reeleição de Pedro Celso Zuchi em 2012, com o então vereador Kleber Edson Wan Dall. O PT é assim: vingativo com pessoas, empresários, investidores, adversários e partidos. Trata todos os outros com os infiéis até a conversão na marra, na humilhação e no escárnio. É uma sanha nacional e bem conhecida aqui. No “acordo” – e que teve a intermediação de gente como Ivo Carlos Duarte e Odilon Áscoli – o PT fingia não querer nada. Com os seus quatro votos, dava a presidência da Câmara no primeiro ano ao homem da sua confiança José Hilário Melato, PP; à Marcelo de Souza Brick, PSD, o amorfo e maleável, no segundo ano; à Andreia no terceiro, então no DEM – a quem não conhecia bem e esperava amansá-la nos dois primeiros anos, exatamente por ser marinheira de primeira viagem. Entretanto, deu tudo errado: Andreia se tornou algoz do PT e se recusou a baixar a crista exatamente porque o acordo, tacitamente não previa isto. Com uma pregação diferente, o PT e o Melato cobravam à sua rendição e humilhação, incluindo o papel de fantoche e entrega de cargos. Tudo para ter apenas o título de presidente da Casa. E para mostrar que não estavam blefando, com os votos do PMDB, PT e Melato traíram o acordo que lhe propuseram e lhe deram a lição. O fato já bem conhecido da cidade. E no quarto ano, - o de 2016 -, pelo acordo, era a vez de Giovânio. O PT, Zuchi, Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio (cunhado de Zuchi), e Melato queriam antes a prova, a rendição e humilhação pública de Giovânio, Brick e do PSD. Conseguiram-nas na sexta-feira dia 18.

 

UM PREÇO CARO E DEMASIADAMENTE ALTO I
Giovânio foi eleito presidente da Câmara no dia 22, terça-feira, antes de todos entrarem de férias, daquelas que têm 45 dias no ano e que Brick, como relator, não conseguiu reduzi-las para 30 como qualquer trabalhador – o mesmo que sustenta com seus pesados impostos os políticos. E o saco de maldades foi ampliado. Rampelotti foi eleito vice-presidente com os votos do PT – que no acordo jurava que não queria nada -, os dois votos do PSD e do presidente Melato, do PP. Ou seja, aquilo que Brick disse ter errado na sexta-feira dia 22, ele voltou a “errar” na terça-feira, dia 22? Conta outra. Tudo armado, tudo pressionado, tudo aceito. E o eleitor? Um detalhe, apenas. O enganado de sempre. E se não houver quem fique relembrando, todos políticos nas suas tramoias entre eles, apostam a memória curta dos eleitores. Ah. Andreia honrou o acordo de três anos atrás e votou Giovânio, mas não em Rampelotti. Outra. Se o PT perder a prefeitura, Melato já fez outra aposta para continuar a comanda o jogo: aliou o PP que protege Zuchi e o PT com o PMDB de Kleber Edson Wan Dall e Carlos Roberto Pereira. E todos querem esconder isso.

 

UM PREÇO CARO E DEMASIADAMENTE ALTO II
O jogo do PSD e de Marcelo de Souza Brick, tem um preço politicamente caro demais e demasiadamente alto no risco que tomaram para o partido e a imagem do político que se dizia representar o novo. Brick candidato ficou sem discurso para uma candidatura solo como sonhou e nela aglutinar os periféricos. O PMDB onde é uma alternativa real – principalmente no projeto de falsamente unir todos contra o PT -, vai ter que avaliar melhor o PSD. É que ele já tem o PP de vice para casar e domar as diferenças entre ambos. Elas já mostraram ser grandes quando houve a chapa Adilson Luiz Schmitt, PMDB, e Clarindo Fantoni, PP. São maiores hoje, com Melato que defende o PT de Zuchi e é apadrinhado pelo ex-deputado Federal João Alberto Pizzollati Filho. Já o PSDB está desconfiado de que isto seja a armadilha que o PT lhe arma para enfraquecer e quebrar o discurso de Andreia Symone Zimmermann Nagel. O que mais se fez nos últimos dias foi colocar o PSD junto com o PSDB. Vai restar ao PSD tirar mais uma vez a máscara e se aliar com Giovânio ao PT. Tudo para não perder o bonde da história mal engendrada que arrumou para si e que não conseguiu enganar pelo tempo todo o seu eleitorado nestes três anos. 2016 promete. E os políticos continuam praguejando quem os desnuda. Acorda, Gaspar!

 

TRAPICHE


A sessão extraordinária da Câmara no dia 18, apresentou cenas de pura tirania e imposição de um poder sobre o outro. Raro, mas...O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, estava lá com seu círculo de apoiadores. Pressão. Legítima. Contudo, ao ver seus projetos rejeitados (e principalmente para os amigos, como foi o caso do CTG), não se conteve: disse que era por isso que ele não ia lá ( qualificou a Casa com um palavrão).

 

Ou seja. Para ele e o PT, o Legislativo de Gaspar é um quintal de quinta a seu serviço e não uma instituição que é feita de representantes da sociedade, que possui independência, e que nela precisa de diálogo continuo, civilizado para se preservar o interesse público. O PT é impositivo em qualquer lugar, em qualquer circunstância. E principalmente para os seus e os interesses dos seus.

 

O secretário de Transportes e Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, não se conteve naquela sexta-feira. Mandou um eleitor do Belchior e ativista do Movimento Brasil Livre, Paulo Filippus, calar a boca à uma observação que ele fez em uma das votações. O vídeo rendeu milhares de acessos e até um entrevero com o presidente do PMDB, Carlos Roberto Pereira, que o republicou no facebook sem o devido crédito.

 

Aliás, o xingamento em forma de ameaça de Zuchi a Filippus, chamdo de “porquinho” quando ambos saiam da sessão rendeu ao prefeito um Boletim de Ocorrência. Não vai dar em nada. Pois até para fazê-lo, entrou em campo a turma do deixa disso

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Lovídio também tentou intimidar e enfrentar Ciro (PMDB) e Lu (PP). Lovídio qualificou o PMDB e o PP de arrogantes, acusando-os de acharem por antecipação de que serão os vencedores da eleição deste 2016 aqui em Gaspar. De arrogância ninguém pratica e entende melhor do que os petistas daqui. Então, trata-se de inveja. Nada mais.

 

A primeira derrota do PT de Zuchi e Amarildo veio com a derrubada do veto do prefeito à emenda do suplente Raul Schiller, PMDB. Ela sobe de R$6 mil para R$20 mil (e continua sendo uma mixaria) da rubrica para a Educação de Trânsito na Lei do Orçamento Anual. Senso mínimo ao tal mote de propaganda política “pátria educadora” e ao uso racional do monte que se arrecada com multas por aqui.

 

O PT de Gaspar, por tradição doentia, tem o Orçamento como intocável. Nas vezes anteriores sempre foi à Justiça para humilhar vereadores e à Câmara. Agora é esperar. Quem derrubou o veto de Zuchi? Luiz Carlos Spengler Filho, PP (agente de trânsito); Charles Roberto Petry, DEM; Marcelo de Souza Brick, PSD; Ciro André Quintino, Jaime Kirchner e Raul Schiller, todos do PMDB, bem como Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB.

 

O PT vive de armadilhas. É para colocar a culpa nos outros das lambanças que ele próprio faz. Novamente tentou colocar uma “doação” irregular na conta dos vereadores, via um simples decreto. Trata-se do comodato de parte da Arena Multiuso. O relator Ciro André Quintino, PMDB, até tentou evitar o desgaste: antes da reunião quis tirá-lo da pauta. Foi derrotado pelo PT, Melato e Marcelo. No debate em plenário, sabendo da derrota e da inconstitucionalidade, Antônio Carlos Dalsochio, cunhado de Zuchi, fez circo, show e arrumou culpados para o presidente do CTG, que estava presente na plateia.

 

A Arena não é do município (só há uma Imissão de Posse, algo provisório, porque a prefeitura não quer pagar ao dono o que ela vale, mais os gasparenses um dia vão pagá-la – e muito - esta aventura com cheiro de vingança contra um empresário). Zuchi queria – e faz anos - dar parte da área em comodato para o GTG Coração do Vale. São amigos. É uma promessa política eleitoral antiga. É, todavia, flagrante ato inconstitucional. E o Ministério Público, o que cuida da Moralidade Pública, estava de olho na votação para não apenas pegar o prefeito e sua turma, mas os vereadores também.

 

Escaldados, os vereadores rejeitaram a proposta do Executivo. O parecer técnico. É da própria Câmara, não dos vereadores. É matéria inconstitucional. O PT, o prefeito e sua turma sempre souberam disso, melhor do que ninguém. E se deliciou. Mesmo assim, para cumprir o papel perante os amigos do CTG, sabendo que a maioria o rejeitaria para não se complicar, o PT votou a favor. E aproveitou para culpar os que votaram contra. Só para fazer média com o CTG. Está mais do que na hora do pessoal do CTG abrir o olho com este tipo de parceiro que os engana há muito tempo.

 

Reforma Tributária, com o novo Código também foi derrotada. Este é o exemplo onde a imposição petista perdeu para o diálogo. Ou oito, ou 80! Não há meio termo. E quando os contadores, o Sescon de Blumenau, as entidades de classe de Gaspar e a nossa seccional da OAB entraram para dialogar, o PT preferiu correr o risco. Correu e perdeu no voto. Impostos e mais impostos, por canetaço é a sua especialidade. Racionalidade e corte de comissionados, nada. Perderam Michael Maicon Zimmermann, Doraci Vanz e principalmente o radicalismo de José Amarildo Rampelotti, o representante do PT e de Zuchi na negociação: eles se negaram às discussões técnicas, com os técnicos como os nossos contadores.

 

A reforma da estrutura organizacional da Fundação Municipal de Esportes, foi outra matéria que não passou na sessão extraordinária montada pelo PT, a administração de Zuchi e o Melato. Quem surpreendeu, foi Charles Roberto Petry, DEM, (que está no lugar da licenciada para tratamento de saúde, Ivete Mafra Hammes, PMDB). Charles é representante do Belchior, professor de práticas esportivas e conhecedor da matéria. Ele desmontou os argumentos e selou a sorte do projeto de lei.

 

Mas se o PT, Zuchi e Melato não conseguiram fazer barba, cabelo e bigode como imaginavam, não tem muito do que se queixar neste jogo democrático, onde o PSD e Marcelo vão pagar caro pelos votos que deram para a aprovação das matérias como a Reforma Administrativa. Nada foi discutido. Foi de goela abaixo. Ela criou o aparelhamento do PT sobre os futuros governos, sejam eles de que partido forem. O que se arrecadar mal vai dar para pagar a folha. Poucos se deram conta disso: só o PMDB e PSDB que possuem reais chances de serem governo em 2017. Melato, PP, que integra a chapa do PMDB, mais uma vez preferiu o PT.

 

Foi aprovado a nova sistemática da cobrança de lixo. Vai haver aumento. Foram aprovados os cargos para a Educação, a única matéria que teve unanimidade, bem como o que amplia o Quadro de Pessoal da prefeitura, outra matéria pouco debatida entre os vereadores. Mais dinheiro, para um Orçamento complicado diante da crise e da diminuição da arrecadação.

 

Estranho mesmo foi o projeto que dava 40 anos para a concessão da exploração da coleta, transporte, destino do lixo orgânico e reciclável para uma única empresa. Um silêncio só. A prefeitura e o PT sabiam que estavam sendo monitorados. Deixaram então um lobby silencioso atuar em vários partidos, de várias formas para abafar o fedor dessa matéria, sem no entanto, se tampar o nariz.

 

Andreia fez duas emendas para iniciar a discussão. E a provocação não surtiu efeito. Estranhamente quase sem objeção, elas passaram. A primeira teve a assinatura de Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e Charles Roberto Petry, DEM que reduziu de 40 anos para 20 anos (dez mais 10 anos de renovação), exige educação ambiental e a manutenção das lixeiras públicas como compensação. Foi aceita por unanimidade dos vereadores (?).

 

A segunda emenda de Andreia, que os vereadores do PT e Giovânio, PSD, rejeitaram, mas não levaram, impediu que o projeto nascesse viciado e destinando-se à futura concorrência à uma única empresa da região.

 

Esta emenda aditiva de Andreia visou separar as futuras licitações, tratando-as como concessão da coleta, outra para transporte e transbordo para o tratamento, e outra para disposição do lixo dos gasparense. Por que disso? Como explicou Andreia e como tratei deste assunto aqui várias vezes – e fui o único na imprensa a abordar este assunto para o desespero do esquema -, do jeito que estava, só uma empresa poderia participar e ganhar a licitação. Agora, pelo menos quatro empresas podem concorrer em alguma parte do processo e assim fatiar o serviço. Gaspar fica menos refém de aditivos, empresas e preços. Com o prazo menor, fica mais maleável as negociações.

 

Mas este assunto não deve se encerrar por aqui. O fedor continua e o Ministério Público está analisando este odor. Nos bastidores muitos interesses foram contrariados com as emendas, mas todos fingiram que foi uma boa saída. Mas, não foi. A prova é de que só Andreia teve a coragem de propor emendas, num assunto tão polêmico e à vista de todos.

 

O presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, acha que 90% do que escrevo e publico são inverídicos. Ele tem certeza de que eu não sei a diferença entre informação e opinião. E não para por aí. Imitando o PT, ele está intimidando internautas que republicam as minhas colunas e comentários. Isto não vai dar certo.

 

No dia 22, às 7.28 da manhã, fiz um comentário com o seguinte título: "O PMDB DE GASPAR CONTRA ANDREIA". E ele começava assim: "O PMDB é autor do projeto de unir todos os partidos contra o PT". Ele pode ser acessado na coluna da internet, a mais acessada, no portal pioneiro, mais atualizado de Gaspar, o Cruzeiro do Vale.

 

O internauta, Márcio Sansão - que não conheço -, dono de uma conta no Facebook - mídia social que não possuo por não ter tempo para a administração e para não concorrer com a liderança de acessos no portal Cruzeiro do Vale, por sua livre vontade, resolveu republicar o comentário na sua página. Para que? O presidente do PMDB de Gaspar entrou com os dois pés: não exatamente contra o conteúdo em si, mas contra a propagação da minha opinião. Carlos Roberto Pereira é censor – e não é de hoje -, mas se acha plural, democrático, ético...

 

Veja o que ele escreveu ao Márcio: "Lamentável essa sua publicação [ a do Márcio, não a minha, apesar de eu ser originalmente o autor dela. Errado está o que reproduz, não quem a escreve]. O Herculano é um cara que confunde informação com opinião! Que ele é contra o PMDB já sabemos faz tempo e que bom que seja assim. Estaria preocupado se ele nos fosse favorável! E respeito isso! [quem estabelece a medida e o autoflagelo é o próprio presidente do PMDB de Gaspar]. Agora 90% das informações que ele traz ai não são verdadeiras! [ para ele sim, mas para a cidade, parece que não]. Mas, de qualquer forma, provavelmente você não me conhece, saberia que tenho amizade e um enorme carinho pelo PSDB e por seus integrantes só para citar alguns: Ademir Serafim, Claudionor Souza, Renato Luiz Nicoletti, Betinho, Pedrinho Pintor, Franciele Back, Sérgio Almeida, Helinho, Amadeu Mitterstein! [ está confundindo: amizade e a realidade política eleitoral. Usa uma pretensa amizade pessoal para impor alinhamento automático ao seu projeto político]. Então antes de replicar estas bobagens [ ? se são bobagens, qual o motivo da preocupação?] que não acrescentam nada para Gaspar, pergunte para essas pessoas sobre mim e o Kleber Wan Dall e verás que não há fundamento no post! Feliz Natal, abraços".

 

"Lamentável?", impõe-se logo no início do post Roberto Pereira, o eleitor, o presidente de partido, o coordenador de campanha, como se dono fosse do Márcio, o internauta, cobrando o seu silêncio para tudo que não for aprovado previamente pelo PMDB ou por ele. Pergunto. Como assim? Cadê a liberdade de expressão consagrada na Constituição do dr. Ulisses Guimarães, do MDB de boa cepa?. Aprendizado e exemplos democráticos zeros. Mas, este é o presidente do PMDB de Gaspar. Troca os nomes, mas não as atitudes. O ex-prefeito Adilson Luiz Schmidt, ex-PMDB, parece ter eterna razão. Pouco antes, paus mandados do dr. Pereira mandava dizer nas redes que não precisavam dos “700” votos do Adilson. Vergonhoso. Isto não vai dar certo. Um voto faz diferença.

 

O dr. Pereira é reincidente. E contumaz. Quem mesmo fechou uma rádio em Gaspar na última campanha eleitoral e impediu à publicação de uma pesquisa nas últimas horas de campanha? Pior. E fez isto através de outros para ter o nome do PMDB e as suas mãos limpas deste serviço duvidoso. Então é um censor da rara imprensa livre e não sabe lidar com ela. Faz tempo. Está na sua raiz, ou então é um cumpridor de ordens da velha tirania de donos de Gaspar. Nem mais, nem menos. Jovem, mas velhos nas práticas, inclusive nas práticas contra as liberdades democráticas, que custou muito cara conquistá-las.

 

"O Herculano é um cara que confunde informação com opinião", escreveu. Ou ele não me conhece minimamente, e desde já o desculpo, ou faz de propósito e ai precisa saber mais. Quando Carlos Roberto Pereira nasceu eu já tinha fama na imprensa que investigava (e era tempo de ditadura militar, de duro aprendizado). Mais. Quando ele nasceu, após à distensão, eu já tinha habilidade do outro lado do balcão para dizer aos poderosos de que a imprensa não era um problema, mas uma entidade que devia ser respeitada, esclarecida e convencida por fatos concretos, atitudes reais, e não apenas por argumentos, palavras, compadrios, ações comerciais ou intimidações. Pesquise mais!

 

Se eu não sei o que é informação e opinião (a qual exerço muito mais hoje em dia do que informar), não sou eu quem vou esclarecer ao advogado Carlos Roberto Pereira, a diferença entre uma inicial que narra uma versão, o contraditório que narra a outra versão, e a sentença de um juiz que julga dos dois relatórios, esclarecendo à contenda, se estabelecendo numa opinião.

 

O presidente do PMDB de Gaspar é parte interessada. Ele não entende (na verdade não quer e não pode entender pela paixão que lhe move em busca do resultado para seu candidato),que há vida fora do seu mundo que desaba. E se desaba, ele precisa encontrar culpados externos para si e seu grupo que não possui plano B, flexibilidade, capacidade de diálogo.

 

Cego, o presidente do PMDB de Gaspar vê a imprensa que não comprou, amansou ou amendrontou, como inimiga, um problema a ser resolvido como na ditadura. Falta-lhe atitude, capacidade de convencimento, diálogo e argumentos. Há outros interesses que contraditam os seus sonhos. Ele os nega e não os admite. Como lhe falta argumento, só lhe resta, como restou: primeiro me desqualificar; segundo intimidar quem reproduz o que eu escrevo. Vergonhoso. Isto não vai dar certo.

 

A verdade é uma só. O PMDB achava que não haveria disputa além do PT. Hoje há. E não se preparou para este quadro. Tinha o PSDB como morto e seu, sem qualquer negociação. Como o jogo mudou, está desesperado. E pensa que sou um dos culpados pela infantilidade que ele próprio perpetrou. Outra. Se 90% do que eu opino, ou informo, é sem procedência, qual a razão de tanta preocupação do PMDB e principalmente do teleguiado presidente Roberto Pereira? Quem mesmo inventou esta chapa de jovens, com, mais uma vez o sapo e a cobra juntos, para dizer que é novo e que estão unidos? Ora se são bobagens, qual a razão da preocupação e principalmente do constrangimento e intimidação agora contra terceiros? Isto não vai dar certo. Acorda, Gaspar!

 

Aos leitores e leitoras que fazem esta coluna líder de leitura no jornal impresso Cruzeiro do Vale e a mais acessada no portal na internet, um ano de 2016 de muita luta, contra a teimosia que impõe sacrifícios aos que trabalham, pagam impostos, aos que são obrigados a conviver com inflação alta, falta de assistência na saúde pública e todos os tipos de desassistência, pela imposição de um governo sem rumo, lastreado na incompetência e mentiras, e sedento apenas de poder. O ano de 2016 é de eleições e pode ser o início consciência e da virada cidadã. A felicidade tem um preço. Vai depender da medida de cada um.

Comentários

Paty Farias
02/01/2016 20:26
Oi, Herculano;

O Antagonista - O petrolão era um esquema tão descarado que possuía até uma comissão por transporte de propina. De acordo com Carlos Alexandre Rocha, o Ceará, para evitar pagar os 3% cobrados por Youssef, o ex-deputado João Pizzolatti fazia questão de retirar pessoalmente o dinheiro no escritório do doleiro.

Segundo o Estadão, foram destinados a Pizzolatti um total de R$ 5,5 milhões na campanha de 2010."

Herculano, que pão duro o padrinho do Melato.
Aposto que pra ele não sobrou nenhum.
Ki dó do Melato, tão bonzinho...
Erva Daninha
02/01/2016 20:05
Olá, Herculano;

O jornal O Estado de S. Paulo listou na sua edição de hoje as 12 investigações que a Polícia e o MPF promoveram em 2015, todas elas capazes de tirar o sono de Lula, como de fato tiraram. O que o editor espera é que este silêncio de Lula (ele submerge sempre que está por baixo) seja permanente, resguardado pelas pouco confortáveis celas da carceragem da PF de Curitiba.


Eis os 12 passos do calvário de Lula


1. A suspeita de tráfico de influência junto ao BNDES entre 2011 e 2014.
2. Os R$ 4,5 milhões que a Camargo Corrêa pagou ao Instituto Lula e à LILS Palestras, Eventos e Publicidade entre 2011 e 2013.
3. A suspeita de tráfico de influência em benefício da Odebrecht.
4. O telefonema para Alexandrino Alencar quatro dias antes de o executivo da Odebrecht ser preso pela Lava Jato.
5. Os R$ 2,4 milhões pagos pela UTC à campanha de Lula em 2006.
6. Ao menos três relatórios do COAF indicando movimentação financeira atípica na LILS.
7. O depoimento colhido na condição de "informante" sobre a suspeita de que Lula teria sido beneficiado pelo petrolão.
8. A cobrança de R$ 3 milhões por Bumlai para pagar uma dívida da nora de Lula.
9. Um laudo da PF apontando que instituições ligadas a Lula receberam quase R$ 4 milhões da Odebrecht entre 2011 e 2014.
10. A busca e apreensão no escritório do caçula de Lula por suspeita de compra de medidas provisórias para favorecer montadoras de veículos.
11. O depoimento na suspeita de formação de quadrilha por políticos de PP, PT e PMDB no petrolão.
12. O empréstimo de R$ 12 milhões destinados ao PT tomado por Bumlai, o amigo de Lula, no Banco Schahin.
Jornalista Polibio

Meu sonho de 2016, em Curitiba, na Polícia Federal: PROSSIGA, SR. SILVA!
Sidnei Luis Reinert
02/01/2016 16:42

PT quer mais impostos e ajuda da China para superar ajuste
Documento do partido entregue por deputados ao governo defende pacote de medidas econômicas

De Jair Messias Bolsonaro:


- Empréstimos da China certamente serão pagos com ALIMENTOS. Lá são 1,38 bilhões de habitantes e a LEI do FILHO ÚNICO foi revogada em 2015.
- O PT, com sua POLÍTICA de "DISTRIBUIR RIQUEZAS" dos OUTROS, brevemente nos fará TODOS IGUAIS, na MISÉRIA.
- Tirar de quem tem e DAR a quem NÃO TEM, logo quem tinha NÃO VAI TER MAIS, e quem NÃO TINHA não mais terá de QUEM RECEBER.
- No PACOTE do PT, o COMUNISMO (DITADURA DO PROLETARIADO), tão perseguido pela esquerda na LUTA ARMADA contra os MILITARES.
Herculano
02/01/2016 15:23
PROPAGANDA ENGANOSA. A REALIDADE DESMENTE O DISCURSO PARA ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS, DEPENDENTES E FANÁTICOS. JORNAL O ESTADO DE S. PAULO MOSTRA QUE NO ANO DO LEMA "PATRIA EDUCADORA" DO GOVERNO DO PT, MEC PERDE R$ 10,5 BILHÕES, OU 10% DO ORÇAMENTO

O texto é de Paulo Saldaña. O Ministério da Educação (MEC) perdeu R$ 10,5 bilhões, ou 10% do orçamento, em 2015, ano em que a presidente Dilma Rousseff escolheu o slogan "Pátria Educadora" como lema de seu segundo mandato. Cortes em programas, pagamentos atrasados e trocas de ministros marcaram o ano da pasta.

A presidente anunciou o lema já no primeiro dia de 2015, mas os problemas na área também apareceram depressa. Antes mesmo de oficializar o represamento de orçamento no âmbito do ajuste fiscal, a tesoura atingiu programas como o Financiamento Estudantil (Fies) e o Pronatec, as duas principais bandeiras de Dilma na área da educação durante as eleições de 2014.

Depois de uma expansão de financiamentos entre 2010 e 2014, o governo alterou as regras do Fies ainda nos últimos dias de 2014. Restringiu o acesso ao programa e chegou a adiar pagamentos a empresas educacionais. O ano fechou com 313 mil contratos, 57% menos do que o registrado em 2014.
?"

Dados atualizados até ontem mostram que a União gastou R$ 12 bilhões com o Fies em 2015, 16% menos do que os R$ 13,7 bilhões de 2014 ?" apesar de já haver mais contratos acumulados. No Pronatec, o início de novas turmas foi adiado no primeiro semestre e também houve atraso de pagamentos às escolas. O MEC defende que foi registrado 1,1 milhão de novas matrículas em 2015.

No decorrer do ano, outras iniciativas sofreram com a escassez de recursos, como o Mais Educação, voltado a escolas de tempo integral, e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que transfere verbas diretamente para as unidades.

Bolsas de programas de iniciação à docência e de alfabetização também atrasaram. O corte na verba de custeio provocou reflexos nas universidades federais, que agonizaram com problemas de caixa. O MEC ainda teve de lidar com uma greve de cinco meses de duração dos professores universitários federais.

Longo prazo. Com dificuldade de arcar com os compromissos já existentes, a pasta viu a expansão de gastos com a educação, prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), ser ameaçada. Aprovado em 2014, o PNE estipula 20 metas para a educação em 10 anos e traz a previsão de ampliação dos recursos da área para o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Atualmente, esse porcentual fica em torno de 6%.

Para o coordenador-geral da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, Daniel Cara, o ano não foi bom para o setor. "Pensamos no início que a Pátria Educadora significaria o cumprimento do PNE dentro do primeiro mandato, mas o cumprimento neste ano foi ruim", diz. "O motivo foi o ajuste fiscal excessivo. O próprio governo impediu a realização de seu lema", completa.

O diretor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luiz Carlos de Freitas, analisa que, embora tenha seu peso, a questão orçamentária não é o único problema enfrentado na área. "Em um ano de mandato estamos no terceiro ministro. A educação é uma área com um imenso passivo motivado pelo acúmulo histórico de falta de prioridade e investimento e há uma pressão muito grande para que os resultados apareçam logo. No entanto, não há atalhos para a boa educação", diz.

A primeira opção para o MEC no segundo mandato da presidente Dilma era o ex-governador do Ceará Cid Gomes. Ficou 76 dias no cargo e saiu após chamar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de achacador. Em seguida, assume o professor da USP Renato Janine Ribeiro, que fica cinco meses no MEC. Em outubro, é substituído por Aloizio Mercadante, que volta ao cargo que já havia ocupado entre 2011 e 2014.

De acordo com Janine Ribeiro, não foi possível prever que o golpe financeiro no MEC seria tão grande. "Em um ano sem dinheiro, fica um problema muito grande", diz ele, que defende a melhora nos gastos e critica o PNE. "O PNE é um plano de gastos, não é de melhora nos gastos. Passa a ter a crise e não se sustenta a expansão prevista."

Ações estruturantes. Em nota, o MEC defendeu que, mesmo com as restrições orçamentárias impostas pela necessidade do ajuste fiscal, foram preservados os "programas e as ações estruturantes do MEC". "Em 2015, foi dado mais um passo importante nesses 13 anos de governos que mantiveram o projeto educacional de compromisso com a ampliação do acesso e da permanência nos diferentes níveis de ensino e com a qualidade da educação", completa a nota.
Sujiro Fují
02/01/2016 13:48
Luis Cesar Hening, os cupins se instalaram no estado. Só incinerando.
Herculano
02/01/2016 13:34
VEM AI MAIS UMA COLUNA INÉDITA PARA OS LEITORES E LEITORAS DA INTERNET
Herculano
02/01/2016 11:27
O SUBSTITUTO DA VIDA, por Ruy Castro, para o jornal Folha de S. Paulo

Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo. Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria e ia à vida.

Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde - em 1968, escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para contar a José Lino Grünewald.

Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só reabria a máquina no dia seguinte.

Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isto que nem lhe chego perto - temo que ele me substitua também.
Herculano
02/01/2016 11:23
MINISTRO NOVO, TRAGÉDIA VELHA, Clóvis Panzarini, economista, para o jornal O Estado de S. Paulo

A saída do ministro "neoliberal" e a entrada de um "desenvolvimentista" na pasta da Fazenda reacendem o debate sobre o tamanho do Estado, especialmente nesta quadra de profunda crise fiscal que compromete o presente e interdita o futuro da economia brasileira. Os petistas defendem o Estado grande, com muitas "boquinhas", e enaltecem os miraculosos efeitos keynesianos do gasto público, pouco se importando com seu financiamento. Imaginam a possibilidade infinita de endividamento ou de exação fiscal sobre os "ricos".

É regra elementar de finanças públicas que o governo não deve gastar mais do que arrecada. A desobediência a esse preceito resulta, como nos condomínios, em inevitável chamada extra. No caso do governo, síndico do condomínio público, a chamada extra vem na forma de emissão de títulos - que formam o estoque da dívida pública -, cujos juros têm de ser honrados logo à frente com mais impostos e/ou menos gastos. O estoque da dívida pública nada mais é que a soma dos déficits acumulados ao longo do tempo. O déficit/dívida é defensável quando financia despesas de investimento, pois é razoável que gerações futuras, também beneficiárias dos equipamentos públicos (estradas, aeroportos, etc.), suportem parte de seu custo. Mas se o desequilíbrio vem da exacerbação das despesas correntes (pessoal, Previdência, transferências de renda, etc.), é maldade da geração atual, que goza o bônus dos serviços, transferir o ônus de seu financiamento para gerações futuras.

A aritmética impõe que ao menos os juros da dívida pública sejam honrados por "poupança do governo", o superávit primário (receitas menos despesas não financeiras), sob pena de a relação dívida/PIB explodir, iniciando um diabólico círculo vicioso mais juros, maior dívida, mais juros... A dramática crise econômica brasileira decorre de barbeiragens e rapinagens que desarranjaram as contas públicas, resultado do tsunami de gastos correntes nos últimos cinco anos. O Estado brasileiro custa hoje, consideradas as despesas com juros, 45% do PIB, que não cabem na carga tributária de 36%. Em 2010 as despesas com juros da dívida representavam 5,03% do PIB e o governo conseguiu "poupar" 2,62% do PIB. O resultado, pois, foi um déficit nominal (juros sem lastro de poupança do governo, que foram, portanto, pagos com "papagaios" novos) de 2,47% do PIB. Nos últimos 12 meses até outubro, o déficit primário foi de 0,71 % do PIB (que salta para 2% se computadas as "pedaladas" enrustidas nos bancos oficiais), enquanto as despesas com juros subiram para 8,79% do PIB, resultando em déficit nominal de 9,5% do PIB! Esse é o tamanho da tragédia fiscal.

Debatem-se hoje possíveis saídas dessa armadilha, fruto de amadorismo e irresponsabilidade eleitoreira. Os "desenvolvimentistas" pregam aumento do gasto e do crédito ao consumo e redução dos juros, imaginando que isso turbinará a demanda, o PIB e, pois, a arrecadação tributária. Essa bruxaria foi usada em Dilma 1 e deu no que deu: contas públicas em frangalhos, descontrole da inflação, queda do PIB. Imaginar que o desequilíbrio estrutural (crescimento vegetativo da relação despesas correntes/ PIB) pode ser corrigido com política anticíclica é de um primarismo comovente. O novo ministro, ex-bruxo que é, não acredita em bruxarias e promete ao mercado o ajuste fiscal: CPMF, corte de gastos e reformas estruturais. À galera petista promete a festa do crescimento, que tornará viável o governo da vez.

No desenho constitucional vigente, a margem de discricionariedade para corte de gastos não vai além de 10% do total, aí incluídas as despesas de investimento tão necessárias para recuperar a infraestrutura. Infelizmente, as emendas constitucionais necessárias à mitigação da rigidez orçamentária (desvinculação de receitas, reforma previdenciária) e à quebra do crescimento inercial das despesas correntes, além da instituição da CPMF, pressupõem a existência de um governo forte. Ou, pelo menos, de um governo.

Quanto à promessa de retomada do crescimento, espera-se que o ex-bruxo não volte a acreditar em bruxaria. Ou desmentirá o vaticínio daquele sábio deputado: pior do que está fica...
Herculano
02/01/2016 11:19
A VIAGEM QUE DILMA NÃO FARÁ, por Demétrio Magnoli, geógrafo, sociólogo, na Folha de S. Paulo

Dilma Rousseff não estará em Caracas no 5 de janeiro, data da posse da nova Assembleia Nacional (AN) venezuelana. Quem cala, consente. Os ex-chefes de Estado e governo reunidos na Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas não consentiram. Num comunicado firmado, entre outros, por Felipe González (Espanha), Fernando Henrique (Brasil), Oscar Arias (Costa Rica) e Ricardo Lagos (Chile), eles denunciam as "graves infrações constitucionais" que "ameaçam renegar a vontade popular expressa nos resultados eleitorais de 6 de dezembro". De fato, à luz do dia, o regime chavista prepara a supressão da "democracia burguesa", atirando a Venezuela no precipício de uma aventura sangrenta.

Diante da conquista de dois terços da AN pela oposição, Nicolás Maduro promove, ilegalmente, a aposentadoria antecipada de 12 dos 32 magistrados da corte suprema e a designação de seus sucessores pela maioria chavista da AN que encerra seu mandato. O golpe judicial destina-se a reforçar o controle do regime sobre o tribunal, convocado explicitamente a declarar a inconstitucionalidade da lei de anistia articulada pela oposição para conseguir a libertação dos presos políticos. Dilma, que foi uma prisioneira política, nunca ergueu a voz para protestar contra o encarceramento de opositores na Venezuela. Liberdade, para ela, não é um direito, mas um privilégio reservado aos companheiros de fé.

Em trilho paralelo ao golpe judicial, corre um golpe eleitoral. Sob nebulosas alegações de "compra de votos", o regime chavista solicita a um Judiciário obediente a anulação da eleição de oito deputados opositores. A finalidade óbvia é sequestrar a maioria qualificada que as urnas conferiram à oposição, impedindo-a de fazer mudanças constitucionais. O chavismo sempre extraiu sua legitimidade de triunfos eleitorais. Lula chegou a proclamar que existia "democracia demais" na Venezuela, reduzindo o sistema democrático ao evento eleitoral. Agora, confrontado com o fracasso nas urnas, o sucessor de Chávez renuncia àquela fonte de legitimidade e converte o poder de Estado em ferramenta de negação da vontade popular. O silêncio do Brasil evidencia que, do ponto de vista de Dilma, o respeito à vontade popular não é um princípio, mas um pretexto oportuno.

A "revolução bolivariana segue na direção do Estado comunal", anunciou Maduro, concluindo seu diagnóstico de que "o povo votou errado". O terceiro golpe do regime desenha-se na instituição de um Parlamento Comunal Nacional, formado por militantes chavistas escolhidos em "plenárias de base". Sombra farsesca do sistema soviético, o parlamento paralelo criado por decreto terá poderes legislativos, funcionando como câmara de anulação de leis aprovadas pela AN. No seu outono, o chavismo tenta cassar pela força as prerrogativas da maioria, despindo-se da fantasia, já em andrajos, da "democracia burguesa". A cumplicidade tácita do governo Dilma desmoraliza a cláusula democrática do Mercosul e oferece uma solitária muleta diplomática à tirania venezuelana.

No editorial esquizofrênico publicado na segunda (28.dez), a Folha deplora a postura brasileira de não dizer "em alto e bom som" que "a vocação autoritária do chavismo constitui um problema grave" para, no mesmo ato, ecoando o álibi clássico do Itamaraty, indicar como "vantagem dessa posição" a possibilidade de "alertar sobre os erros sem que isso signifique uma afronta". A Venezuela contou com a mão amiga do lulopetismo em toda a longa senda que a levou da democracia ao caudilhismo, e dele à ditadura. Os três golpes de Maduro contra a voz da maioria destinam-se a provocar uma crise institucional e uma ruptura violenta. O chavismo agonizante busca o confronto nas ruas para fugir ao veredito das urnas. Dilma não irá a Caracas, pois decidiu transformar o Brasil em avalista desse desenlace
Herculano
02/01/2016 11:15
O PODER MODERADOR, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Presidencialismo de coalizão pede poder moderador. O cientista político Sérgio Abranches, formulador inicial do conceito de "presidencialismo de coalizão" em artigo de 1988 intitulado "O Presidencialismo de Coalizão: O Dilema Institucional Brasileiro", sobre as origens do modelo político brasileiro e sua dinâmica político-institucional, diante da crise política em que estamos metidos, revisitou o tema em recente artigo publicado em seu blog.

Abranches define que "o presidencialismo de coalizão requer um mecanismo de arbitragem, de regulação de conflitos, que sirva de defesa institucional do regime, assim como da autoridade presidencial e da autonomia legislativa, evitando que as crises na coalizão levem a um conflito irresolúvel entre os dois polos fundamentais da democracia presidencialista".

Para o cientista político, o presidencialismo de coalizão "precisa ser refundado, em um momento constituinte, fora do calor da crise, para que adquira novas capacidades institucionais voltadas especificamente para criar mecanismos mais ágeis e menos traumáticos que o impeachment".

Ele analisa os regimes chamados de semiparlamentarismo (defendido pelo vice-presidente Michel Temer) ou semipresidencialismo, defendido pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coêlho, em vigor em Portugal e na França, para dizer que se for esse o caso, o "regime de gabinete", como prefere chamá-lo, será preciso "robustecer o processo eleitoral, para que ele seja mais representativo e gere representações parlamentares mais responsáveis".

Já no artigo original ele concluía que as "cisões internas e a instabilidade a elas inerentes são naturais em qualquer governo de coalizão, embora adquiram contornos mais graves em épocas de crise". Requerem, portanto, "uma série de mecanismos institucionais e políticos que regulem este conflito, promovam soluções parciais e estabilizem a aliança, mediante acordos setoriais de ampla legitimidade".

É elementar, salienta Abranches que, no presidencialismo, a instabilidade da coalizão atinja diretamente a Presidência. É menor o grau de liberdade de recomposição de forças, através da reforma do gabinete, sem que se ameace as bases de sustentação da coalizão governante.

No Congresso, a polarização tende a transformar "coalizões secundárias" e facções partidárias em "blocos de veto", elevando perigosamente a probabilidade de paralisia decisória e consequente ruptura da ordem política. "Por isso mesmo, governos de coalizão requerem procedimentos institucionalizados para solucionar disputas interpartidárias internas à coalizão. É necessário que exista sempre um nível superior de arbitragem".

Esses cenários explicitariam, no limite, o fato de que o Império tinha no poder moderador um mecanismo desse tipo. A Primeira República não adotou mecanismo semelhante, mas buscou o equilíbrio por meio "da política de governadores", estabelecida por Campos Sales. O presidente representava a coalizão majoritária de oligarquias estaduais. Os momentos de instabilidade corresponderam, sempre, àqueles em que as oligarquias centrais se desentenderam.

No Brasil da Segunda República, essa arbitragem foi militar, com gravíssimas consequências para as liberdades democráticas. Na Terceira República, persiste o mecanismo do impeachment, mas afastou-se o perigo da arbitragem militar. E o Supremo Tribunal Federal, de modo similar e mais profundo que nos EUA, torna-se, em parte, "poder moderador", instância de mediação, para garantir, no limite, a ordem constitucional.

Tem a legitimidade e a autoridade derivadas de sua posição como um dos três Poderes da ordem republicana, encarregado de defender a ordem constitucional como última e inapelável instância. Sérgio Abranches, mesmo considerando que o STF agiu com prudência ao revalidar a jurisprudência definida pela Corte no impeachment do ex-presidente Collor em 1992, para garantir a segurança jurídica ao processo, tem críticas à decisão sobre o rito do impeachment.


Ele avalia que, ao recusar-se a examinar as consequências político-institucionais de longa duração de suas decisões, o STF acabou por cometer dois graves erros. No quesito prudencial de preservar o espaço da autonomia do Legislativo, quando invalidou a eleição da Câmara para a Comissão Especial. E na observância de equilíbrio harmônico entre os poderes, quando deu ao Senado um papel preponderante sobre a Câmara.
Herculano
02/01/2016 11:08
GOVERNO GASTA R$ 1,2 BI COM EMPRESAS PÚBLICAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

No primeiro mandato como presidente da República (2010 a 2014), Dilma Rousseff criou 13 empresas públicas, das quais três dependem exclusivamente de recursos do Tesouro Nacional, ou seja, da grana federal: a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul). Custaram R$ 1,2 bilhões em 2015.

TREM FANTASMA
Criada para comandar o leilão do trem-bala, a EPL empenhou R$ 45,9 milhões neste ano. Acontece que o trem-bala não saiu do papel.

SEM SAÚDE
Vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares gastou R$ 1,17 bilhão, mas a saúde continua caótica.

AMAZ?"NIA AZUL
Vinculada ao Ministério da Defesa, a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul) gastou R$ 25,08 milhões.

FÁBRICA DE BOQUINHAS
Desde 2003, início do governo petista, foram criadas 42 estatais, gerando centenas de milhões de reais de despesas.

IMPEACHMENT: 'PEDALADAS' CONTINUARAM EM 2015
O início, em 2014, do processo no Tribunal de Contas da União que apurou os crimes de responsabilidade fiscal cometidos por Dilma (as "pedaladas fiscais", entre outros) é prova de que a presidente sabia do problema desde 2014. E pior: os empréstimos ilegais contraídos no novo mandato para subsidiar a equalização de juros do Plano Safra, além do aumento da dívida do Tesouro Nacional com o Banco do Brasil, comprovam a continuidade das "pedaladas" no ano passado.

ASSUNÇÃO DE CULPA
O governo correu contra o tempo para pagar os R$ 57 bilhões à Caixa, Banco do Brasil, BNDES e FGTS no último dia 30 de dezembro.

NADA MUDOU
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) avisou que o desespero do governo não mudou nada: "O ato irregular foi cometido, os decretos", cravou.

BICICLETA NOVA
Para arrumar dinheiro que não tinha, a estratégia do governo foi a mais simples. Emitiu novos títulos e aumentou a dívida pública.

JÁ EM CUBA...
O crescimento de Cuba em 2015 é de fazer inveja. O Produto Interno Bruto da ilha, que vive sob ditadura, vai crescer 4%. Por aqui, só lamentação: o PIB vai fechar o ano com contração de quase 4%.

CERCO AO GAROTÃO
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), está empenhado na eleição do novo líder peemedebista na Casa e resolveu pedir o apoio de seus aliados na bancada para evitar a todo custo a recondução do conterrâneo Leonardo Picciani, que resolveu abraçar o governo Dilma.

PEDIDO DE SOCORRO
Apesar do recesso parlamentar, o Partido Progressista discute o comando da bancada em 2016. O Planalto pediu que o líder seja alinhado a Dilma. Eduardo da Fonte (PE) tenta permanecer no cargo.

TREM FANTASMA
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), conhecido por ser crítico ao governo do PT, faz uma previsão pessimista para 2016. "A Lava Jato transformou o Congresso em um túnel do terror", diz.

RECORDE
A marca de mais de R$ 2 trilhões em tributos pagos pelo contribuinte brasileiro, registrada pelo Impostômetro, seria suficiente para construir cerca de 7 milhões de postos de saúde totalmente equipados.

MALAS PRONTAS
Depois de passar o último ano às turras com o PT, o senador Paulo Paim (RS) começa a limpar as gavetas para desembarcar da sigla em 2016. O desgaste com o partido começou por causa do arrocho fiscal.

RODÍZIO BRASILIENSE
Este ano os senadores do DF devem completar o rodízio iniciado por Hélio José, que trocou PSD pelo PMB. Cristovam Buarque (PDT) está de malas prontas para o PPS e Reguffe também vai deixar o PDT.

CADÊ A VACINA?
Faz sucesso na internet meme satirizando Michel Temer, Dilma Rousseff e Eduardo Cunha. Atribuem aos políticos a transmissão dos "vírus" 'Eduardo Chicuncunha', 'Zika Rousseff' e 'Michel Denguer'.

PERGUNTA NO PALÁCIO
Ao dizer que Eduardo Cunha cai antes de Dilma, estaria o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) contando com o impeachment da chefe?
Herculano
02/01/2016 11:03
EPITÁFIO DA PÁTRIA EDUCADORA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Não fossem suas consequências trágicas, negando às novas gerações a formação de que necessitam para emancipar-se intelectual e profissionalmente, a Base Nacional Comum Curricular (BNC) seria mais uma contribuição do governo Dilma Rousseff e do lulopetismo para o anedotário nacional.

Os problemas começaram na escolha das 116 pessoas que redigiram o documento ?" classificadas como especialistas pelo Ministério da Educação (MEC). O órgão deve ter lá suas razões para não revelar seus nomes. Também não informou os critérios usados na escolha desses pedagogos anônimos nem as instruções que lhes foram transmitidas. Só agora, após a divulgação da BNC, é que alguns nomes estão vindo a público.

Os autores da BNC primaram por apresentar sugestões acacianas, exibidas na novilíngua do lulopetismo. Para o ensino fundamental, enfatizaram o "desenvolvimento de ideias sobre a constituição da terra", a "problematização do sentido da vida humana", o prazer inerente a entretenimentos sociais e o prazer de "saborear refeições conjuntamente". Para o ensino médio, destacaram a análise de processos "que envolvam a dimensão imagética do texto literário", a "apropriação de recursos linguístico-discursivos para compreender textos orais" e a exploração da "teatralidade e performatividade dos gestos comportamentais no cotidiano".

Esse aranzel de propostas é o menor dos desacertos da BNC. Cedendo às pressões de movimentos sociais e ONGs, os especialistas anônimos fizeram um rosário de concessões ideológicas, opondo valores coletivistas e anticapitalistas a valores individualistas e liberais, enfatizando a importância de "políticas-cidadãs" e privilegiando os chamados "usos sociais da língua". "Há forte amarração ideológica, o que tornará os livros didáticos politicamente corretos, mas com pouca orientação sobre o que deve ser ensinado e aprendido", diz João Batista de Araújo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto.

O enviesamento ideológico é explícito na disciplina de História, que chegou ao disparate de ignorar o que não fosse Brasil e África na versão do texto que circulou internamente no MEC. A proposta não incluía nem sequer uma cronologia dos acontecimentos históricos que forjaram as sociedades. No caso do Brasil, ela valorizava fenômenos contemporâneos, como discriminação racial, para discutir a questão da escravidão e dos indígenas. O documento era tão disparatado que o MEC pediu aos seus autores que refizessem a parte relativa à disciplina de História. "Eles queriam partir do presente para ver o passado. Propunham estudar revoluções com participação de escravos ou índios, deixando de lado a Inconfidência Mineira", conta o ex-ministro Renato Janine Ribeiro.

Apesar da nova redação, feita a contragosto pelos especialistas anônimos, o enviesamento ideológico não foi abrandado no texto divulgado pelo MEC. Ao mesmo tempo que a ágora grega, a Idade Média, o Renascimento e o Iluminismo foram relegados para segundo plano, são destacadas revoltas populares pouco conhecidas. Também são enfatizados períodos de luta contra a opressão e desprezados processos históricos que levaram à formação das modernas sociedades ocidentais, com base no princípio da igualdade dos indivíduos perante a lei. Em nome da valorização de "sujeitos, grupos sociais, comunidades e lugares de vivências", a BNC propõe dois anos de ensino sobre os "mundos ameríndios, africanos e afro-brasileiros" e só um ano sobre os "mundos europeus e asiáticos", tornando a história ocidental periférica.

"A proposta mutila processos globais. Aposta na sincronia contra a diacronia. É fanática pelo presentismo. Incentiva ódios raciais e valores terceiro-mundistas superados. Combate o eurocentrismo com um brasilcentrismo inconsistente. É uma aposta no obscurantismo", adverte Ronaldo Vainfas, professor de História Moderna da Universidade Federal Fluminense. Destinada ao lixo da história, a BNC é o epitáfio de um governo que prometeu fazer do Brasil uma pátria educadora e a converteu em laboratório de pedagogia populista e doutrinação ideológica
Pernilongo Irritante
01/01/2016 22:09
Dilma assina na Folha o texto que vai disputar, neste 2016, o troféu "O Ridículo do Ano".

Escreve ela:"Mesmo injustamente questionada pela tentativa de impeachment, não alimento mágoas nem rancores. O governo fará de 2016 um ano de diálogo com todos os que desejam construir uma realidade melhor".

Não tem ninguém pra mostrar pra ela a porta do inferno? Tem burro que não encontra. Só abrindo a porta e chutando na bunda.

Desde que assumiu em janeiro de 2011, a única coisa que fez (diuturnamente, como diz ela), foi falar, falar, falar. Os brasileiros estão cheios de papo furado. Parece o Zuchi. Na verdade esse é o lema do PT. Lorota, papo furado, enganação, mentiras, conchavos, golpes, roubo, assassinato e por aí vai.
JEAN LEANDRO
01/01/2016 22:00
GOVERNO FEDERAL FEZ O DEPOSITO, DIA 30/12/2015 DO [PDDE] PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA REFERENTE A 2015. O DINHEIRO JÁ ESTA NA CONTA DAS APPS DAS ESCOLAS E CDIS DO MUNICIPIO.
Luis Cesar Hening
01/01/2016 21:21
Pois é, em Gaspar, a secretaria de administração e finanças não é do município, quem manda nela é Decio lima, pois quando veio o câncer Maycon Zimmermann, nem o prefeito o conhecia, o mesmo foi colocado ali pelo Decio, agora,que o povo gasparense enfim conseguiu livrar-se desta doença, começa novamente outra, pois quem vai substitui-lo é outro asseclas de Decio lima trata -se do Vinci, que já foi até chefe de gabinete de Decio, será que o povo Gasparense vai ter que viver até quando com estas pessoas, que nada contribuem para nosso povo. Veja o estrago que já fizeram, que nem secretaria de agricultura temos mais. Já chega de sermos usados por esta raça que vivem escorados em cabides de emprego. Gaspar não merece esse tipo de gente. Temos grandes nomes aqui em Gaspar com competência bem acima desses aproveitadores. este é o modo Ptralia de trabalhar, só espero que este ano o povo pense e acabe de uma vez por todas com este domínio.
Herculano
01/01/2016 21:01
DILMA RESOLVE ME TIRAR DO ABISMO METAFÍSICO. ENTÃO LÁ VOU EU..., por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Parte 1

Artigo da presidente publicado na Folha deste dia 1º já disputa o troféu do "Ridículo do Ano"; texto repete mentiras grotescas e promessas eleitorais já descumpridas, que continuarão a não se cumprir

A presidente Dilma Rousseff não gosta quando tiro férias - ou, vá lá, ao menos um período de descanso. Assídua leitora, quando percebe que eu diminuo o ritmo para conciliar nas areias da praia "o ser contra o não ser universal", ela chama seus estafetas: "Vamos lá, cutuquem aquele preguiçoso!". E aí ocorre de ela fazer coisas como a deste 1º de janeiro.

Dilma assina na Folha o texto que vai disputar, neste 2016, o troféu "O Ridículo do Ano". A íntegra está aqui. Eu doido para me dedicar aos uivos da "felicidade diabólica", como escreveu Clarice, e lá vem a governanta a nos lembrar que 2015 só vai acabar quando ela deixar o Palácio do Planalto. Ela me arranca dos abismos da metafísica. E talvez eu não a perdoe principalmente por isso.

De saída, cumpre notar: a presidente manda dizer que, mesmo injustiçada, leitor, não está brava nem com você nem comigo. No fim das contas, sabem como é, Dilmãe nos abraça, apesar das nossas malcriações. Escreve ela: "Mesmo injustamente questionada pela tentativa de impeachment, não alimento mágoas nem rancores. O governo fará de 2016 um ano de diálogo com todos os que desejam construir uma realidade melhor".

A primeira parte da declaração nada mais é do que a linguagem balofa e pouco severa que marca fins e começos de ano. A segunda já embute uma ameaça: haverá diálogo com quem quiser construir uma realidade melhor; se diálogo não houver, então é porque a outra parte é do tipo que quer construir uma? realidade pior! O raciocínio é um brocado do pensamento autoritário que, não obstante, quer-se muito tolerante. Na Coreia do Norte, em Cuba ou na China, governantes dialogam com os que desejam "uma realidade melhor". Só mandam matar os que lutam em favor do contrário.

O artigo se resume a uma cascata que passaria, fosse ela ainda candidata, por mera bobagem eleitoreira. Ocorre que esta senhora tomou posse há exatamente um ano. E está a descumprir cada uma das palavras empenhadas justamente porque o diagnóstico que fez da crise em 2014 era mentiroso. E, para espanto de um mínimo de bom senso, a petista o repete agora. E isso nos dá, então, a certeza de que, enquanto continuar a ocupar a cadeira presidencial, só o abismo nos espreita.
Herculano
01/01/2016 21:00
DILMA RESOLVE ME TIRAR DO ABISMO METAFÍSICO. ENTÃO LÁ VOU EU..., por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Parte 2

É evidente que não esperava que Dilma admitisse os crimes fiscais que cometeu e os erros grosseiros de operação de política econômica, contra advertências as mais sensatas feitas até por quem está no campo governista, como é o caso de Delfim Netto, para citar um nome. Mas chega a ser acintoso que a governante que vai nos garantir dois anos seguidos de recessão (2015 e 2016), depois de um outro com crescimento de 0,1% (2014), afirme o seguinte:
"Foi um ano no qual a necessária revisão da estratégia econômica do país coincidiu com fatores internacionais que reduziram nossa atividade produtiva: queda vertiginosa do valor de nossos principais produtos de exportação, desaceleração de economias estratégicas para o Brasil e a adaptação a um novo patamar cambial, com suas evidentes pressões inflacionárias."

Não há uma só verdade na passagem. A "queda vertiginosa" das commodities se deu em 2012. Ainda que tivesse acontecido posteriormente, seria só um elemento a agravar o abismo fiscal em que ela própria e Guido Mantega nos meteram ao implementar uma política em que despesa crescia continuamente acima da receita. Isso para não falar nas oportunidades perdidas de operar reformas essenciais, enquanto o outro abismo, o da crise política, ainda não nos espreitava. Ao contrário: Dilma, seguindo os passos de Lula, demonizava as políticas de austeridade, acusando-as de conspirar contra os interesses populares.

Já lembrei aqui e o faço de novo: em dezembro de 2012, o Instituto Lula e uma entidade francesa ligada às esquerdas promoveram um seminário na França. A nossa mestra deu um pito em Angela Merkel e ofereceu o modelo brasileiro como alternativa. Em janeiro de 2013, há meros três anos, esse portento da raça disse o seguinte em rede nacional de rádio e TV:
"Aliás, neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Hoje, podemos ver como erraram feio, no passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda.
Os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo, entre outras coisas, com a queda do emprego e a perda do poder de compra do salário. Os juros caíram como nunca, o emprego aumentou, os brasileiros estão podendo e sabendo consumir e poupar. Não faltou comida na mesa, nem trabalho. E nos últimos dois anos, mais 19 milhões e 500 mil pessoas, brasileiros e brasileiras, saíram da extrema pobreza."

Talvez nem fosse necessário observar, mas o fato é que não há uma só corrente do pensamento econômico que assegure ser impossível crescer e distribuir renda. Esses são os inimigos imaginários que o PT combateu, enquanto destruía a economia do país. E, como se nota, as "conquistas" das quais se jactava a presidente, que havia acabado de selar o desastre no setor elétrico, foram para o ralo.

O tom do artigo desde 1º de janeiro de 2016 repete a ladainha mentirosa, arrogante e autorreferente dos tempos em que o desastre estava contratado, sim, mas ainda não havia se manifestado. É estupefaciente que um país que está na iminência de ganhar o selo de "grau especulativo" da terceira grande agência de classificação de risco seja exibido pela presidente como exemplo do destino de investimentos estrangeiros.

O artigo, levado em conta apenas o texto, é menos do que nada e não tem a menor importância. Considerado o contexto, estamos diante de um indício de que viveremos, infelizmente, dias turbulentos. A presidente decidiu fazer de conta que a realidade é apenas uma narrativa distorcida pela má vontade de seus adversários. E esse costuma ser um dos caminhos de diabólicas infelicidades.
Belchior - 3/4
01/01/2016 20:25


A regra do Governo decretou um novo salário mínimo de R$ 880, aumento de +11,68% ano contra ano.

Falsa alegria.

No exato momento em que o trabalhador estará quase rendido à ilusão de que ganha mais, virá a inflação a galope, roubando todo seu acréscimo, e um pouco mais.

Inflação, aliás, causada pelo próprio reajuste do mínimo, entre outras coisas.

Não existe almoço grátis.

Salários não podem subir enquanto a oferta de mão de obra aumenta e a produtividade do trabalho cai.
Luiz Orlando Poli
01/01/2016 19:39
Previsão 2,3 milhões de postos de trabalhos fechados, inflação fora da meta, investidores em fuga, governo literalmente desacreditado, " nunca antes na história desse país" o espetáculo do crescimento foi embora tão rapidamente , " nunca antes na história desse país" a esperança fora engolida por tanto medo ! Enfim um país absolutamente abatido. Como FHC afirmou dias atrás um país sem rumo. Feliz 2016. Torço para que essas previsões não se concretizem. Ser do time quanto pior melhor é não amar o país.
Herculano
01/01/2016 18:34
A CONTINUIDADE NA OAB DE SANTA CATARINA

O advogado Paulo Marcondes Brincas foi empossado nesta sexta-feira (1/1) na presidência da OAB/SC. Ele sucede no cargo Tullo Cavallazzi Filho, eleito para integrar o Conselho Federal. O ato, protocolar, teve apenas a presença de diretores. A solenidade de posse, com autoridades e convidados, será dia 18 de fevereiro, no Centrosul, na Capital
Herculano
01/01/2016 18:08
A BANDEIRA DA NOVA VIAGEM, A DE 2016, UM ANO DE ELEIÇÕES LIVRES, MAIS ESCLARECIDAS. (E é tão bonito quando a gente sente/Que nunca está sozinho por mais que pense estar).

Compartilho esta letra de Gozanguinha (Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior nasceu no Rio de Janeiro em 22 de setembro de 1945 e morreu em um acidente de trânsito no Sudoeste do Paraná, dirigindo o seu Monza,na manhã do dia 29 de abril de 1991, no quilômetro 30 da BR-280, entre os municípios de Renascença e Marmeleiro. Para reflexão e por necessidade.

CAMINHOS DO CORAÇÃO

Há muito tempo que eu saí de casa
Há muito tempo que eu caí na estrada
Há muito tempo que eu estou na vida
Foi assim que eu quis, e assim eu sou feliz

Principalmente por poder voltar
A todos os lugares onde já cheguei
Pois lá deixei um prato de comida
Um abraço amigo, um canto prá dormir e sonhar

E aprendi que se depende sempre
De tanta, muita, diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas

E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá

E é tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho por mais que pense estar

É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos

É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração
E aprendi ...

Final: O coração, o coração
Herculano
01/01/2016 16:41
CARA DE PAU. É POR ISSO, QUE ESSE PESSOAL PRECISA DE UMA MASSA DE ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS, DEPENDENTES E FANÁTICOS PARA SOBREVIVER NOS DISCURSOS QUE BRIGAM COM A REALIDADE DO DIA-A-DIA.

O FELIZ ANO VELHO DE DILMA, conteúdo de Veja, texto de Silvio Navarro

A presidente Dilma Rousseff, participa de reunião com membros da Frente Brasil Popular, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), na manhã desta quinta-feira (17)

A presidente Dilma Rousseff desejou um Feliz Ano Novo aos brasileiros num artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, no qual afirma "estar convicta da capacidade do país de chegar ao fim de 2016 melhor do que indicam as previsões atuais". Mas qual a base para esse extemporâneo sentimento alentador? Dilma responde: "A principal característica das crises econômicas do Brasil, desde os anos 1950, é uma combinação entre crise externa e crise fiscal".

É a velha ladainha repetida pela presidente e por seus satélites que consiste em responsabilizar o cenário externo ou seus adversários pelas próprias escolhas teimosas que deram errado. É fato que a autocrítica nunca foi uma virtude de Dilma.

Mas, ao evocar o "contexto histórico" e apontar o dedo para os vizinhos, a presidente tenta disfarçar suas responsabilidades pelos desarranjos fiscais do Estado e pela equivocada "nova matriz econômica" - a jogada de marketing do petismo quando a onda era a favor para flexibilizar o tripé econômico (câmbio flutuante, superávit fiscal e meta de inflação).

Sobre inflação, aliás, Dilma arrisca um prognóstico perigoso: "Ela cairá em 2016, como demonstram as expectativas dos próprios agentes econômicos". Em 2014, a então candidata à reeleição também assegurou que a inflação não voltaria a assombrar a vida dos brasileiros, como demonstravam as expectativas dos agentes econômicos. Deu errado.

Não é a única frase do artigo que traz à memória palavras ao vento dos tempos de campanha eleitoral: Dilma afirma que "o investimento direto estrangeiro demonstra confiança dos investidores", mas se esquece de dizer que as principais agências de classificação de risco rebaixaram a nota de crédito do Brasil no último trimestre.

A petista se autocongratula pela reforma administrativa, ainda que não tenha coragem de enxugar a máquina e cortar gastos para não desagradar políticos aliados.

A despeito da nau sem rumo da economia e dos inexplicáveis autoelogios em dias difíceis, o texto termina com uma frase honesta, mas que, infelizmente, jamais foi obedecida por quem mais deveria: o partido da presidente da República: "O Brasil é maior do que os interesses individuais e de grupos".
Mariazinha Beata
01/01/2016 13:55
Seu Herculano;

Agradeço e retribuo os votos de um FELIZ ANO NOVO.

Para os simpatizantes e apoiadores do PT, incluindo o partideco bandido quero que se explodam dentro do abismo que a Dilma criou.
BUM!!!
Paty Farias
01/01/2016 13:50
Oi, Herculano;

Um resumo dos artigos das 06:43Hs e 07:19Hs do jornalista Políbio;

"A presidente Dilma Rousseff, que passou a virada do ano com a família, em Porto Alegre, diz ter sido "injustamente questionada pela tentativa de impeachment", mas que mesmo assim 'não alimenta mágoas nem rancores". A afirmação está em artigo publicado nesta sexta-feira 1º na Folha de S. Paulo, em que a presidente anuncia ações para a melhoria da economia e afirma acreditar que "teremos um 2016 melhor".

Ontem, Dilma também publicou uma mensagem de fim de ano em suas redes sociais, admitindo que 2015 foi um ano difícil e desejando um feliz 2016 a todos os brasileiros. No artigo desta sexta, ela define 2015 como "um ano muito duro". E lembra que, no ano que passou, "as instituições da nossa democracia foram exigidas como nunca e responderam às suas responsabilidades, preservando a estabilidade institucional do Brasil".


Os cegos morais, loucos ideológicos, cínicos e hipócritas sempre se acham incompreendidos, principalmente se são profundamente incompetentes e apoiadores por iguais.
Herculano
01/01/2016 11:47
MARATONA NO ESCURO, por Fernando Gabeira, para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 1

O ano que começa hoje não é dos mais promissores. É um desses em que você diz "feliz ano-novo", mas reconhece que é apenas uma maneira de dizer: as chances são escassas.

O ano velho terminou com uma vitória do governo no Supremo. Alguns consideram a salvação de Dilma. Se estivesse na UTI e fosse salvo por gente usando frases em latim, desconfiaria. Na penumbra do quarto pode soar como uma extrema-unção. Mais complexo, o impeachment dará tempo a ela para respirar. Resta saber o que fará com essa dose extra de oxigênio.

A troca de ministros na economia nos confunde. Caiu Joaquim Levy, subiu Nelson Barbosa. O discurso é de continuidade e o mercado parece não confiar nele. Já as forças que defendem Dilma parecem confiar no que diz o novo ministro e lamentam seu discurso. Com a manobra Dilma descontentou, simultaneamente, quem a apoia e quem a rejeita.

Indiferente às opiniões, a realidade marcha no ritmo implacável da lama de Mariana.

Crescem a inflação e o desemprego, Estados e municípios começam a dar sinais de quebradeira. Aqui, no Rio de Janeiro, a crise eclodiu na saúde, atingindo os mais pobres num momento de vulnerabilidade, buscando socorro médico nas emergências.

Este é o ano da Olimpíada. O colapso do sistema de saúde o inaugura. A festa foi programada num momento de euforia com o Brasil e com o petróleo. De lá para cá veio a a crise econômica. No caso específico do Rio, vieram o petrolão, com a ruína da Petrobrás, e as quedas no preço internacional do petróleo.

Em 2010 tive a oportunidade de mostrar a fragilidade da saúde pública no Rio, visitando hospitais, com ou sem autorização do governo. Incompetência e corrupção se entrelaçavam e os governantes escaparam com as UPAs, algumas replicadas ao longo do País como uma grande saída . Todos sabiam que não eram em si a solução.

No momento em que optaram pela Olimpíada no Rio, os governantes queriam projetar o poder de um Brasil emergente. Havia dinheiro e empreiteiras para tudo. Grande parte desse dinheiro já foi gasta. Impossível reverter o processo. O realmente necessário, no entanto, não foi procurado: a resposta a como tocar a Olimpíada num momento de crise profunda; e como evitar que o Estado se desintegrasse, num campo essencial como o da saúde.

Jamais neguei o potencial de uma Olimpíada para o turismo e a economia brasileira. Menos ainda seu papel de projetar um soft power, uma cultura e um estilo de vida do País. Mas um evento dessa magnitude pode revelar exatamente o contrário do que pretendem os políticos. Ele dramatiza a nossa fragilidade. A Baía de Guanabara está sendo projetada pelos atletas que treinam nela como um espaço imundo e perigoso.

Num ano em que os esportes olímpicos se preparam para grandes recordes, nas ruas do Rio vivem-se modalidades mais sinistras: parto na calçada, chacina de adolescentes. O governo do Rio encostou-se no petróleo e na aliança com Dilma. O petróleo caiu, Dilma apenas respira. Foi tudo vivido como se os royalties fossem crescentes e eternos.
Herculano
01/01/2016 11:46
MARATONA NO ESCURO, por Fernando Gabeira, para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 2

Entramos no ano da Olimpíada com uma retaguarda problemática, manchas comprometedoras em nosso traje de gala. E somos os anfitriões.

Esse é um dos nós de 2016. Assim como os outros, já estava rolando no ano velho, mas agora o Rio passa a ser uma agenda internacional. Não apenas o Rio, mas o Brasil.

Não é fácil atrair a atenção do mundo, com esperanças de projetar poder, num Estado atingido pela combinação da crise com o escândalo na Petrobrás. Como realizar a Olimpíada despojado da visão delirante do passado, respeitando as condições reais, sem humilhar uma população vulnerável, que depende do serviço público de saúde?

A Olimpíada ficou um pouco deslocada, como se ela se desenrolasse num mundo à parte, blindado contra a crise.

De um ponto de vista político, é preciso reconsiderar tudo. A imagem de um país esbanjando progresso ficou no passado. A pergunta que todos farão é esta: como se faz Olimpíada num país em recessão, com milhões de desempregados e emergências, universidades, hospitais de ponta, como um moderno hospital do cérebro, fechados por falta de grana?

Foi um projeto nacional de grupo dominante. Dilma terá de buscar também essa resposta, aproveitando os momentos em que respira.

A qualquer instante pode voltar a asfixia paralisante. E a Olimpíada está aí. O Brasil será o foco de interesse internacional num dos momentos mais difíceis de sua História.

Sempre se começa um ano com festas e promessas. Só depois examinamos os desafios que nos esperam. A Olimpíada é, ao mesmo tempo, uma grande festa e um desafio.

Nadamos pelados na maré alta e quando ela baixa convidamos todos a nos olhar. É uma das operações de risco em 2016.

É o ano que concentrará o maior banco de dados sobre a corrupção no Brasil. Inúmeros depoimentos virão, novas investigações serão feitas, a história secreta do poder vai sendo escrita pela Operação Lava Jato e outras da Polícia Federal.

Nunca as engrenagens e os mecanismos do sistema político ficaram tão claras. O volume de dados, a claridade, tudo isso tem um poder de combustão incalculável, ao longo do ano.

Ano de imprevisíveis eleições municipais. Até que ponto a crise nacional não influirá nelas? Até que ponto a ruína das prefeituras não vai produzir maciças alternâncias? Como o resultado de todo esse enigma influenciará de novo a crise nacional?

Ano de eleição, costuma ser ano de gastança. Um governo que apenas respira, precisa produzir um novo voo de galinha na economia, uma nova ilusão de crescimento. Mas a galinha está alquebrada e precisa de um ano sabático.

O Brasil pode terminar 2016 mais pobre, como preveem os economistas. O consolo é prever que cada vez o País saberá mais, cada vez acumula mais elementos para ousar a mudança.
Herculano
01/01/2016 11:43
MAU-OLHADO, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Usar a pulseira de olho grego para espantar o mau-olhado e colocar Leonel Brizola no panteão dos Heróis da Pátria, reduzindo para isso de 50 para 10 anos da morte o prazo para a homenagem, são medidas da presidente Dilma que têm o mesmo objetivo: juntar forças, do além e do pragmatismo político, para enfrentar a batalha do impeachment no Congresso.

Não se deve abstrair o fato de que Dilma, antes de ser petista, sempre foi brizolista, e a homenagem a Brizola pode também ser um sutil recado para Lula. A reafirmação da prioridade ao brizolismo pode reabrir feridas dentro do PT, que sempre teve, no seu núcleo duro, um pé atrás com a brizolista Dilma.

Mas esse seria um efeito colateral da homenagem, que tem como objetivo central agradar a essa parte da esquerda que será essencial para a luta política da próxima legislatura. Superada essa fase, no entanto, a homenagem a Brizola pode ter uma função política mais ampla, encaixando-se como uma luva em um projeto que vem sendo gestado nos bastidores do PT: a chamada frente popular de esquerda, que substituiria o petismo na disputa presidencial de 2018, mesmo que Lula venha a ser o candidato.

Isso porque o PT corre o risco de ser sacrificado na luta da Justiça contra a corrupção, mesmo que apenas simbolicamente. Mas há um risco real de acontecer com o PT o que aconteceu com a Democracia Cristã (DC), o Partido Socialista Italiano (PSI), o Partido Social-Democrata Italiano e o Partido Liberal Italiano depois da Operação Mãos Limpas: todos perderam força política e desapareceram.

Além do desprestígio, pois recente pesquisa mostrou que o PT é o partido que mais perdeu eleitores entre os jovens, há uma multa rigorosa que o Ministério Público pretende aplicar aos partidos envolvidos nos escândalos de corrupção, e não apenas o PT.

O próprio presidente Lula, sem nunca admitir, evidentemente que a razão era essa, já defendeu a formação de uma frente de esquerda para apresentar um candidato único na eleição de 2018, e o PDT estará muito bem colocado nessa frente depois da homenagem a seu fundador.

Vê-se pois que a presidente Dilma, nada afeita às negociações políticas no Congresso, começa a ter que assumir novas feições para tentar salvar o mandato, e não será surpresa se, no fim do recesso em fevereiro, estiver atuando ativamente nas negociações para remontar sua base aliada, que no momento ainda está bastante prejudicada pela impopularidade do governo.

O retorno dos congressistas de suas bases eleitorais dará uma boa ideia da influência que os eleitores tiveram, e da capacidade de a presidente Dilma lidar com essas dificuldades presumíveis.

As declarações do ministro-chefe do gabinete civil, Jaques Wagner, sobre os erros cometidos no primeiro governo Dilma dão bem a medida da tolerância que a presidente já apresenta a críticas públicas de aliados à sua atuação.

Em outros tempos seria impensável que um ministro fizesse esses comentários, mas no momento o Palácio do Planalto precisa demonstrar humildade e fazer um mea-culpa para reduzir a pressão. E Jaques Wagner não é um ministro qualquer, é provavelmente o melhor trunfo que o PT tem para apresentar na campanha presidencial de 2018 caso Lula, por alguma razão, não puder concorrer.

Aos que desconfiam que a presidente Dilma estaria alheia à grave crise que a cerca, demonstrando uma despreocupação diante da realidade em que vive, os últimos movimentos mostram que, pelo menos, ela está tentando unir o pragmatismo ao esoterismo.

Seu comentário ao dizer que vai usar o talismã grego contra o mau-olhado é sintomático dessa percepção: "Tem gente que quer que o céu caia sobre a minha cabeça, mas eu aguento bem a pressão" A conclusão da frase é que pode ser preocupante para os que estão a seu lado: "A única pessoa que pode derrotar você é você mesma"
herculano
01/01/2016 11:40
ME DÊ MOTIVO, por Nelson Motta, para os jornais O Globo

Sarney fez o diabo para conseguir mais um ano de mandato e ganhou o quê? Mais 365 dias para ser desmoralizado, humilhado e execrado


Os números do Ibope são contundentes: 67% dos brasileiros querem o impeachment de Dilma. Não sabem bem por qual motivo, mas querem vê-la fora do governo. Lula chegou até a culpar o machismo pela impopularidade da presidenta, mas são justamente as mulheres, 70%, contra 65% dos homens, que mais desejam o seu afastamento.

Entre os jovens de 16 a 24 anos, são 75% que querem Dilma longe do palácio. E pior: entre os pobres, que ganham até um salário-mínimo, tradicional clientela eleitoral petista, 68% apoiam o impeachment. Mais até do que os ricos, que ganham acima de cinco salários: só 66% deles são pró-impeachment.

São mais de dois terços dos brasileiros, cerca de 130 milhões de cidadãos, que querem o impeachment, enquanto pouco menos de um terço é contra. Uma maioria avassaladora e qualificada, que, se representada no Congresso, tem poder até para mudar a Constituição.

Com as mesmas intolerância e radicalismo que agora o atingem, o PT pediu o impeachment de Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique no Congresso. Perdeu os três, e acabou contribuindo para os adversários ganharem uma sobrevida e se fortalecerem na reafirmação de sua legitimidade.

É o melhor que pode acontecer a Dilma. Ser processada pelo Congresso e absolvida por uma maioria, que não garante apoio a seu governo e a faz refém dos seus salvadores. E continuará ladeira abaixo como um Sarney sem jaquetão. Sarney fez o diabo para conseguir cinco anos de mandato e ganhou o quê? Mais 365 dias para ser desmoralizado, humilhado, desprezado e execrado.

Todos já sabem que os maiores beneficiários de um improvável impeachment seriam Lula e o PT, que se livrariam de Dilma, passariam à oposição como vítimas de um golpe "da direita", e iriam até 2018 gritando contra a crise que deixaram e prometendo redenção.

Muita gente é contra o impeachment, não por amor a Dilma, mas pelos mesmos motivos de Fernanda Torres: "porque livrará o PT da responsabilidade pela atual crise e, só atravessando a fase aguda da infecção, com todos os envolvidos presentes, ganharemos imunidade contra o populismo de esquerda e o oportunismo de direita."
Herculano
01/01/2016 11:35
UMA PONTE PARA O PASSADO, por José Márcio Camargo, para o jornal O Estado de S. Paulo.

'O Brasil entrou no túnel do tempo e caminha celeremente em direção à década de 80 do século passado'

O Brasil entrou no túnel do tempo e caminha celeremente em direção à década de 80 do século passado. As similaridades são marcantes: déficits fiscais insustentáveis, endividamento público explosivo, inflação elevada e crescente, queda dos salários reais, governo sem sustentabilidade política, níveis elevados de impopularidade, incapacidade administrativa, política econômica desastrosa, prêmio de risco em alta, desvalorização cambial, pessimismo generalizado, etc.

No cenário atual ainda não temos uma crise de financiamento externo (até quando?), mas a recessão é mais longa e mais profunda, com quedas do PIB próximas a 4%, em 2015 e em 2016, e elevadas e crescentes taxas de desemprego. E os sinais são de que estamos apenas no começo de um longo processo.

O ano de 2015 foi um retrocesso. Ano novo, vida nova. Infelizmente, 2016 também já está perdido antes mesmo de começar. Teremos queda do PIB pelo segundo ano consecutivo, aumento do desemprego para níveis próximos a 13% da força de trabalho, desvalorização cambial e taxas de inflação próximas a 10%. E não existe expectativa de reversão dessa trajetória.

A origem do desastre foi a pretensão de um grupo de políticos e economistas, liderados pela presidente da República, de que seria possível gerar crescimento econômico, supostamente com menos desigualdade, por meio do aumento dos gastos e do endividamento públicos, da utilização de crédito dos bancos públicos para aumentar o consumo e prover crédito subsidiado para as empresas, do controle de preços administrados, como energia elétrica, combustíveis, transporte coletivo, etc. Ou seja, bastaria uma intervenção "correta e bem-intencionada" do governo para que o País conseguisse gerar mais riqueza, mais crescimento e mais igualdade.

Como essa pressuposição está totalmente equivocada, o resultado foi o oposto do esperado: menos crescimento, mais desemprego, mais desigualdade. Crescimento exige sacrifício do consumo presente, aumento da poupança e transformação desta poupança em investimento, tanto em capital físico quanto em capital humano (educação) e, portanto, ganhos de produtividade. Mais igualdade exige uma distribuição mais igualitária da qualidade da educação pública e sacrifício de consumo presente para se dedicar ao investimento em educação. O papel do governo é oferecer educação pública de qualidade em todos os níveis e acessível a todos os estratos da população. Algo que o governo brasileiro está longe de fazer.

Se efetivamente fosse possível aumentar a riqueza das nações e reduzir a desigualdade apenas com mais gasto público, aumento do crédito, do consumo e controle de preços, pobreza e desigualdade somente existiriam em países cujos governantes não têm nenhuma preocupação com o bem-estar de seu povo. Ainda que algumas pessoas possam acreditar nisso e, aparentemente, nossos atuais governantes assim pensam, os resultados obtidos pela política econômica adotada no Brasil nos últimos seis anos mostram que, ao contrário, ativismo e excessivo endividamento do governo são a receita perfeita para o desastre.

Apesar de em discurso recente a presidente ter declarado que "o governo federal está lutando para reconstruir o País" (destruído por 13 anos de governo petista?), ao nomear Nelson Barbosa ministro da Fazenda, "premiou" o principal formulador da estratégia equivocada descrita acima, um sinal claro de que o governo não aprendeu com o desastre. O ativismo estatal baseado no endividamento continuará sendo sua característica, como, aliás, podemos depreender dos discursos recentes da presidente e do novo ministro. O desastre vai continuar e a "reconstrução" vai ficar para o próximo governo. Em lugar de construir uma ponte para o futuro, a decisão foi construir uma ponte para o passado. E, infelizmente, o passado significa mais inflação, mais recessão e desemprego. Apesar de tudo, feliz 2016!
Herculano
01/01/2016 11:33
CONTRASTE

Ontem pela manhã quem se dirigia para o litoral pela BR 470, penou numa fila só, praticamente parada desde o quilômetro 29, na entrada da Lagoa, em Gaspar, até o trevo de Luiz Alves. Paciência e quase uma hora e meia para vencer poucos quilômetros.

Hoje no mesmo horário, menos de 15 minutos, na velocidade permitida, para o mesmo trecho.
Herculano
01/01/2016 11:28
O CONGRESSO QUE DILMA CRIOU, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Nas entrevistas de final de ano, a pretexto de fazer um balanço do governo em 2015 e de projetar o futuro, os ministros da presidente Dilma Rousseff têm se empenhado em demonstrar otimismo, como se o pior para a petista - o risco de impeachment - já fosse parte do passado.

Trata-se de calculada candura, pois a claque palaciana evidentemente sabe que Dilma tem sobrevivido somente à base de chicanas e conchavos, suando para sustentar no Congresso uma frágil maioria, suficiente apenas para evitar o afastamento da presidente, enquanto a Operação Lava Jato inviabiliza qualquer estratégia política com prazo superior a um par de meses. Portanto, o apoio de que Dilma desfruta no momento serve unicamente para mantê-la no cargo. Se quiser ir além disso e governar de fato o País, porém, a presidente contará com apoio parlamentar especialmente escasso: Dilma é hoje a governante que tem a menor sustentação na Câmara desde 2003.

Na prática, a trajetória do apoio parlamentar a Dilma é decadente desde o início de seu primeiro mandato. No entanto, conforme dados do Basômetro, aplicativo do Estado que calcula a taxa de governismo no Congresso, o ano de 2015 terminará com a petista amargando apenas 67% de sustentação. Esse porcentual representa quantos deputados votaram conforme a orientação do governo ao longo do ano, fazendo-se uma média simples de todas as votações.

O dado de 2015 não é surpreendente. No final de 2014, a taxa havia recuado nada menos que dez pontos porcentuais em relação ao final de 2013, chegando a 69%. A diferença em relação ao melhor momento dos governos petistas no Congresso é gritante: em 2004, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva desfrutava de 91% de governismo.

Mesmo quando a comparação é com o pior momento de Lula, o caso de Dilma se revela de fato singular. Em 2005, quando estourou o escândalo do mensalão, o apoio ao governo caiu para 79%. Já no ano seguinte a taxa subiria para 81% ?" e ela jamais tornaria a ficar abaixo de 80% até o final do segundo mandato de Lula.

Quando Dilma assumiu, em 2011, ela praticamente herdou o apoio de seu padrinho, estreando com 85% de governismo. Desde então, no entanto, a taxa só faz cair, o que evidencia sua inabilidade ao lidar com o Congresso ?" mesmo deputados petistas não votaram sempre com o governo.

A façanha de Dilma é notável. Neste presidencialismo de coalizão, o chefe de governo praticamente compra o apoio de que necessita, por ter influência sobre a agenda do Legislativo e por ter a caneta com a qual distribui benesses, cargos e verbas. Lula, criador desse arranjo fisiológico, teve habilidade suficiente para conduzi-lo sem grandes sobressaltos, mesmo diante da crescente fragmentação partidária e dos contínuos escândalos.

Dilma, por sua vez, estabeleceu com o Congresso uma relação imperial, muito ao gosto do PT, que sempre teve a pretensão de governar sozinho. O resultado de tamanha imperícia foi que a presidente perdeu não somente apoio parlamentar, como também a capacidade de influenciar a pauta do Legislativo. O Basômetro mostra que, em 2015, apenas 37% dos projetos votados no plenário da Câmara eram de autoria da Presidência. Já o governo Lula, em sua melhor fase no Congresso, em 2004, foi responsável por 86% de todos os projetos votados naquele ano.

O pior momento de Dilma até agora coincide com uma hiperatividade da Câmara, que em 2015 teve 300 votações nominais, contra apenas 92 em 2014. Isso significa que a Câmara está levando a plenário cada vez mais projetos que poderiam ter sido aprovados em votação simbólica, após acordos de lideranças, geralmente costurados pelo governo. Ou seja, os cinco anos de incompetência política de Dilma ajudaram a transformar a Câmara num amontoado de interesses dispersos, em que cada deputado parece representar apenas a si mesmo. Considerando-se mais três anos de Dilma, tal cenário não augura nada de promissor, nem para ela nem para o País.
Herculano
01/01/2016 08:13
REGISTRO

Faleceu no dia 24 e foi sepultado no dia 25 em Blumenau (Cemitério São José), o empresário Alexandre Muttram Buhatem, 82 anos. Ele foi o fundador da Sacoplás.
Herculano
01/01/2016 07:49
APOS FIM DE CICLO POLÍTICO EM SC, 2016 SERÁ O ANO DE CONSTRUIR NOVOS CENÁRIOS, por Upiara Boschi, para o Bloco de Notas, no Diário Catarinense, da RBS Florianópolis

Para a política catarinense, 2015 marcou o final do ciclo político liderado por Luiz Henrique da Silveira.

A inesperada morte do senador peemedebista, em maio, foi a senha para que outra geração de políticos se visse em condições de assumir uma protagonismo que desde 2002 era cedido ou negado por ele. Na época, o encaminhamento que se desenhava era justamente a construção de uma nova candidatura de LHS ao governo em 2018, considerada a única forma de manter unidos o PMDB e o PSD do governador Raimundo Colombo.

A ausência de Luiz Henrique no cenário torna muito difícil a manutenção da aliança que governa o Estado desde 2006, quando o então PFL deixou de lado rivalidades históricas e a parceria com o PP para apoiar a reeleição do peemedebista.

No novo ciclo que se constroem, nomes dos dois partidos vão tentar garantir nas eleições municipais a base para almejar o governo do Estado. Gelson Merísio (PSD), Mauro Mariani (PMDB), João Rodrigues (PSD), Dário Berger (PMDB), João Paulo Kleinübing (PSD), Eduardo Pinho Moreira (PMDB), sozinhos, não têm força política sequer para impor seus nomes junto aos próprios partidos, quanto mais à aliança. É tempo de conversas, costuras, negociações.

Nesse contexto, Merisio tentou sair na frente quando lançou uma frente para as eleições municipais com o PSB de Paulo Bornhausen e o PR de Jorginho Mello.

É o esboço de uma futura coligação que será testada na eleição para prefeito. Os peemedebistas começaram o ano aproximando-se do PT catarinense via Eletrosul. Os postos de comando foram rateados entre os dois partidos, cabendo a Djalma Berger (PMDB) a presidência e a Claudio Vignatti (PT) a diretoria financeira. É outro esboço de aliança, mas que vai enfrentar turbulências causadas pela política nacional.

O PMDB catarinense, Mariani à frente, tem defendido o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PMDB). Em algum momento, essa postura vai colocar os cargos do partido em cargos federais em xeque.

Enquanto a nova geração se articula, velhos conhecidos do eleitorado estão à espreita.

Pesquisas realizadas recentemente apontam o deputado federal Esperidião Amin (PP) e o senador Paulo Bauer (PSDB) liderando a disputa por 2018. É natural que os nomes que já disputaram majoritárias apareçam na frente nesses momentos de cenário em construção. Ambos sabem disso e vão trabalhar para que a notoriedade seja um argumento na constituição de uma aliança sólida.
Herculano
01/01/2016 07:38
POUCAS ESPERANÇAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Pelo menos no que diz respeito à economia, o ano que ora começa carrega poucas esperanças de renovação. A crise de 2015, infelizmente, continuará presente em 2016, e não se imagina que as dificuldades nessa área possam ser superadas sem que se resolva antes o enorme impasse no hoje infértil campo da política.

Há, a rigor, um aspecto novo, talvez até auspicioso: é cada vez mais claro a um número crescente de pessoas que acabou o dinheiro para irresponsabilidades do poder público. O próprio governo da presidente Dilma Rousseff (PT), campeão dos desatinos administrativos, parece ter-se dado conta disso.

Iniciou-se sob a tutela de Joaquim Levy uma inflexão, ainda que caótica, na política econômica. Se ainda não mostra resultados palpáveis é porque, além do legado de erros acumulados, existem dúvidas de que a conversão do governo ao novo rumo seja permanente.

Dilma, com sua notória incompetência política e administrativa, alimenta incertezas e não encampa as reformas necessárias.

Em algumas frentes até houve sucesso, como no realinhamento das tarifas públicas e do câmbio. Na mais essencial, porém, houve tímido progresso: o ajuste das contas públicas não tocou no tema do controle de gastos obrigatórios, em especial com a Previdência.

Em meio a esse rearranjo claudicante, o país amarga profunda recessão. Projeções recentes apontam para queda do PIB de quase 4% em 2015 e de pelo menos 2% em 2016. Com isso, Dilma terá ficado seis anos no Planalto sem que a economia tenha saído do lugar.

Essa é a dimensão da tragédia que se anuncia para os brasileiros.

Ao contrário das crises históricas, entretanto, desta vez não há insolvência em moeda estrangeira causada por dívida externa alta. O país dispõe de reservas.

O colapso do PIB deriva diretamente da paralisia decisória do setor privado, que por sua vez advém da percepção de que o governo não conseguirá estabilizar o crescimento da dívida. A questão, portanto, é puramente doméstica.

Caso Dilma Rousseff se mostre capaz de implementar uma agenda de reformas que façam as despesas crescerem menos que o PIB nos próximos anos, a confiança poderá voltar gradualmente, possibilitando novos investimentos e estabilização do câmbio e da inflação, além de cortes dos juros.

A continuidade da paralisia política, todavia, aprofundará a recessão e provocará uma contínua fuga de investimentos, com desvalorização adicional do real, juros ainda mais altos e a permanência do fantasma da inflação.

Mais do que nunca, em 2016 só a política poderá salvar a economia.
Herculano
01/01/2016 07:33
BONITINHA, MAS SEM CLIMA

Assim foi a festa da virada do ano ontem e hoje em Blumenau. A chuva ameaçou, mas não chegou. E para se diferenciar, precisa apostar naquilo que faz o sucesso da Oktober e Summerfest: as raízes. E o segredo começa no esquenta que espera os fogos. É uma marca de sucesso.
Herculano
01/01/2016 07:28
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

Réveillon! Chega de crise! Se não tiver dinheiro pra comprar champanhe, pega um saco de supermercado e estoura. BUM! Dá no mesmo! O que importa é o barulho! A zoeira!

E um amigo vai começar o ano com duas coisas na carteira: dúvidas e dívidas! Rarará!

E um outro disse que 2016 vai entrar chutando a porta, sem pedir licença!

Esse ano parece que a gente subiu escada rolante ao contrário!

E atenção, devotos! Iemanjá não aguenta mais receber cidra vagabunda. E nem barquinho! "Chega de barquinho! Agora eu quero um cruzeiro. "Iemanjá quer um cruzeiro com o Roberto Carlos. Rarará!
Herculano
01/01/2016 07:19
A QUE PONTO CHEGAMOS. UMA PRESIDENTE DA REPÚBLICA, DE UM PARTIDO POPULAR, PROGRESSISTA E DE ESQUERDA, É OBRIGADA A SE ESCONDER DO POVO E DOS TRABALHADORES -SEUS PRINCIPAIS ELEITORES - PARA ENVIAR UMA MENSAGEM DE NATAL E DE ANO NOVO PARA NÃO AMPLIAR O OTIMISMO MENTIROSO. NEGOU-SE AO RÁDIO E À TELEVISÃO DE ACESSOS MAIS DEMOCRÁTICOS E PREFERIU A INTERNET

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Depois de enfrentar um ano inteiro de crise política e econômica, a presidente Dilma Vana Rousseff, PT, terminou 2015 reconhecendo dificuldades, mas se disse esperançosa para o novo ano. Sem citar o pedido de impeachment que terá que enfrentar em 2016, Dilma afirmou que o país "é maior do que interesses individuais e de grupos" [ ela, o PT e os partidos que apoiam é que são menores do que o desejo da população de ser feliz e próspera].

"Sei que tivemos um ano difícil, mas estou otimista com 2016. Acredito na força do nosso povo e na agenda que traçamos para o Brasil", escreveu a presidente na tarde desta quinta-feira (31) em sua conta no microblog Twitter. "Desejo aos brasileiros e brasileiras um #Feliz2016, com esperança renovada de um Brasil justo, no caminho certo para um futuro melhor." [como assim? estamos caminhado para um buraco cada vez mais profundo. Só pode ser gozação!]

Dilma afirmou que a agenda do ano que vem [2016] será de reformas que irão "aprofundar a democracia e fortalecer as bases do crescimento sustentável". "Acredito na força do nosso povo e na agenda que traçamos para o Brasil", escreveu. [se ela acredita mesmo na força do povo livre, ela acabou de assinar o seu próprio impeachment, pois ninguém aguenta inflação alta, desemprego se acelerando, falta de perspectivas, gente morrendo e sofgrendo nos postos de saúde, farmácias e hospitais públicos, insegurança, educação politizada em prédios caindo aos pedaços...] "Devemos nos empenhar no essencial: um País forte para todos os brasileiros", afirmou.
Herculano
01/01/2016 07:01
SEM ILUSIONISMO, por Renato Andrade para o jornal Folha de S. Paulo.

Muita gente acredita que mudar o sistema previdenciário do país é uma forma de submissão do governo aos desejos inescrupulosos do mercado financeiro e dos fiscalistas de plantão. Ledo engano.

Se uma despesa avança em velocidade incompatível com a receita usada para bancá-la, só há dois caminhos para corrigir a distorção: você gera mais dinheiro para financiar a festa ou pisa no freio do gasto.

O orçamento de um governo é semelhante ao de uma pessoa comum. Se seu salário é de mil moedas e suas despesas bateram em mil e duzentas, está na hora de pedir aumento ou diminuir a lista de despesas. Não há mágica. O problema é que quando o assunto é Previdência, todo mundo espera a chegada do ilusionista.

Governos só conseguem engordar o caixa cobrando mais impostos. Mas quem já paga tributos (muitos) não vê com bons olhos tal alternativa.

Então, chegamos à segunda opção: a tesoura. "Mas como cortar despesas num país tão carente?", ponderam alguns. "Como propor mais tempo de trabalho para quem está próximo de encostar a chuteira?", questionam outros. O caminho do equilíbrio nunca foi uma via fácil.

A discussão sobre a reforma previdenciária voltou ao palco sob a regência de Nelson Barbosa, que pode ser chamado de várias coisas, menos de amigo do capital especulativo.

Ele pode não ser petista de raiz, mas acredita que no espectro político brasileiro atual coisa melhor não há.

Ainda assim, Barbosa sabe que a população está envelhecendo e vivendo mais. E a turma da ativa é insuficiente para garantir o funcionamento da engrenagem. Não há mágico que consiga mudar essa realidade.

Só o reajuste do salário mínimo neste ano novo que começa vai custar mais R$ 37,1 bilhões ao combalido cofre da Previdência Social.

Se o sistema não mudar, ele vai pifar. Mas alterações dessa magnitude só acontecem em governos fortes e com amplo apoio, dois elementos em falta há muito tempo no país.
Herculano
01/01/2016 06:54
PRODUTIVIDADE DE RENAN E CUNHA É DECEPCIONANTE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ano acabou e Renan Calheiros não apresentou um só projeto de interesse de Alagoas, Estado que o elegeu senador. Ele se dedicou apenas aos afazeres de presidente do Senado. Na mesma linha seguiu Eduardo Cunha: assim como o correligionário Calheiros, o presidente da Câmara dos Deputados não apresentou qualquer projeto de lei ou emenda do interesse do Rio de Janeiro ao longo de todo o ano de 2015.

Pesar

Durante todo o ano, Renan somente se lembrou de Alagoas ao pedir voto de pesar pela morte de quatro policiais, na queda de helicóptero.

Obrigação

Cabe ao senador, prioritariamente, representar os interesses do Estado que o elegeu. Além das benesses, cada recebe salário de R$ 33,7 mil.

Dever esquecido

Os deputados federais devem representar os interesses da população que o elegeu. Fora os benefícios variados, levam R$ 33,7 mil por mês.

A própria pele

As atividades de Cunha como deputado se limitaram a tentativas de preservar o mandato da cassação, em razão de inúmeras denúncias.

QUEBRADO, GOVERNO TORRA R$ 56 MILHÕES EM CARTÕES

Ainda resta contabilizar os gastos do mês de dezembro e as faturas de cartões corporativos do governo federal consumiram R$ 56,2 milhões do suado dinheiro do contribuinte. Apesar de campeões de gastos, a Presidência da República (R$ 15 milhões) e o Ministério da Justiça (R$ 14 milhões) mantêm 97% dos gastos sob sigilo da sociedade e ainda alegam que o segredo é a forma de garantir a segurança do Estado.

Que crise?

O gasto médio de cada um dos 6.535 cartões corporativos listados na Transparência até agora foi de R$ 8,6 mil, idêntico ao torrado em 2014.

Campeão

Três portadores romperam a barreira dos R$ 100 mil, mas o campeão, com R$ 147 mil, é José Roberto da Silva, do Ministério da Educação.

Ao bel prazer

Não custa lembrar que cada centavo dos R$ 56,2 milhões saiu do bolso do contribuinte sem realização de qualquer tipo de processo licitatório.

Vida mansa

O salário mínimo, que deveria atender necessidades como moradia, alimentação, educação e saúde, será de R$ 880 a partir deste mês. Um parlamentar recebe R$ 33,7 mil por mês, além da verba de gabinete.

Pires na mão

O PT apertou a doação 'voluntária' entre os filiados para tentar reforçar o caixa do partido para as eleições de 2016. Os devotos sumiram após a Lava Jato e a legenda deve ter uma campanha de vacas magras.

Sem refresco

O deputado Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA) apresentou projeto para endurecer a farra do 'saidão' de fim de ano. A proposta do comunista torna obrigatório o cumprimento de 40% da pena, se for réu primário, e de, no mínimo, 60%, nos casos de reincidência, para ter o benefício.

Feliz, sem Dilma

Crítico ferrenho do governo Dilma, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) encaminhou mensagem desejando um bom 2016, "mas feliz mesmo, só em abril, quando a gente se livrar da Dilma".

Rombo camuflado

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) diz que o governo pretende enfraquecer o impeachment ao quitar R$ 57 bilhões das pedaladas fiscais: "Dilma quer jogar para debaixo do tapete o rombo bilionário".

Confirmado

A infectologista Rosana Richtmann reiterou que estudos confirmam a rubeóla congênita como causa de microcefalia, apesar de não acreditar no "erro operacional" na vacinação como explicação para o surto atual.

Biruta de aeroporto

Jaques Wagner assegurou que Dilma é quem toca a economia, mas considerou ruim o ajuste fiscal. "Quando presta, Dilma é responsável. Quando não presta, a culpa é dos ministros", ironiza um aliado.

Luta contínua

A Secretaria de Saúde de Pernambuco não se limitou ao zika vírus e continua a investigar suspeitas de outras doenças que possam causar microcefalia como infecções por citomegalovírus, toxoplasmose e sífilis.

Pensando bem...

... 2015 acabou de forma tão melancólica na economia que há torcida para ser verdadeiro o bordão de Tiririca: "Pior do que está não fica".
Herculano
01/01/2016 06:43
DILMA ACUSA OS OPOSITORES(?) DE TENTAREM DERRUBAR O CÉU SOBRE ELA. PRINCIPAL MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO DESTE PRIMEIRO DIA DESTE ANO NOVO DIZ QUE É ELA QUEM QUER JOGAR OS TRABALHADORES NO INFERNO E AO SACRIFÍCO DE LONGO PRAZO COM SUA TEIMOSIA E ERRÁTICA POLÍTICA ECONOMICA: "BRASIL PODE PERDER ATÉ 2,2 MILHÕES DE VAGAS FORMAIS DE EMPREGO EM 2016"

Texto de Cláudia Rolli. O Brasil pode perder até 2,2 milhões de vagas com carteira assinada neste ano que começa e o emprego só deve começar a reagir em 2018, na opinião de especialistas em mercado de trabalho.

Sem a retomada da economia, com a inflação corroendo o poder de compra das famílias e as empresas se reestruturando, o desemprego - mais concentrado em 2015 no setor industrial e na construção civil - deve agora atingir com intensidade o setor de serviços e o comércio.

O trabalhador com carteira assinada deve ser o mais afetado, segundo analistas, que já veem espaço para o avanço da informalidade nas contratações. Os mais otimistas preveem ao menos 800 mil vagas eliminadas.

Na análise dos mais pessimistas ?"os que acreditam que o PIB vai encolher 3%?", o Brasil vai perder de 2 milhões a 2,2 milhões de empregos com registro em carteira.

E há ainda quem diga que até 2017 termine com 100 mil postos de trabalho a menos.

EFEITO RETARDADO

"O mercado de trabalho sente os efeitos da fraca atividade com defasagem de até um ano. Os problemas de 2015 terão desdobramentos mais adiante", diz Fábio Romão, da LCA Consultores.

Os dados mais recentes mostram que, de janeiro a novembro de 2015, foram destruídos 945 mil vagas formais - revertendo a tendência de alta verificada de 2002 a 2014.

A indústria concentrou 44% da perda, seguida pela construção civil. Comércio e serviços juntos responderam por 30% das vagas fechadas.

"Daqui para frente, o enfraquecimento será onde ainda há gordura para cortar: no comércio e no setor de serviços. A indústria brasileira já regrediu oito anos - voltou ao mesmo nível da crise de 2008. Pode ainda haver perda no setor industrial? Pode, mas não com a mesma magnitude já vista", diz Fabio Silveira, diretor de pesquisa econômica da GO Associados.

Serviços ligados ao consumo das famílias (alimentação, educação, lazer e turismo) e os prestados às empresas (transporte, logística e armazenagem) devem ser os mais afetados. O mesmo vale para o comércio, que depende diretamente do bolso do consumidor.

Para o diretor da GO, a taxa de desemprego na média anual sobe para 10% em 2016, se considerada a pesquisa mensal de emprego (PME) do IBGE. "São três pontos percentuais acima da taxa média de 2015 (7,1%). Em 2017, o desemprego começa a ceder, mas pouco. A previsão é a taxa média ficar no patamar de 9%", diz Silveira.

O ritmo de fechamento de postos de trabalho neste ano deve ser semelhante ao de 2015, diz o economista Fábio Romão. "Em 2016, o Brasil deve perder 1,46 milhão de vagas, sendo que a maior parte deve ser fechada no primeiro trimestre."

MAIS PROCURA

O desemprego deve continuar subindo em 2016 e 2017, diz Romão, mesmo considerando retrações do PIB menores do que a prevista para 2015 (-3,6%).

"Deve haver geração de vagas em 2017. Mas, como será um ano de saída de crise, a busca por emprego vai pressionar o mercado de trabalho. A ocupação cresce em ritmo menor que a população economicamente ativa", afirma.

Levando em conta o desemprego medido pela Pnad contínua (indicador do IBGE que substituiu a pesquisa anterior, realizada apenas nas principais regiões metropolitanas do país), a taxa passa de 8,7% na média de 2015 para 13,5% em 2017, segundo a LCA. Na medida antiga (PME), iria de 6,9% para 9,5%.
Ana Amélia que não é Lemos
31/12/2015 19:20
Sr. Herculano:

Frase do dia no Blog do Noblat

"Apenas escolhas duras podem colocar o Brasil de volta aos trilhos. Mas Dilma Rousseff não parece ter agora estômago para elas".

Reportagem de capa da tradicional revista britânica "The Economist

É tudo o que comunista não quer (colocar o Brasil nos trilhos) eles terão que trabalhar.
Comunista é malandro, como dizem por aqui, desde criancinha.

Anônimo disse:
31/12/2015 18:36
Herculano,(às 06:16 hs.) presidANTA é corriqueiro nosso, mas "sapa com cara de Satanás" é original.
Mas pensando bem ... eles falaram alguma mentira?
Professora de Catequese
31/12/2015 18:31
Sr. Herculano:

Quero compartilhar minha angústia com o senhor
iniciando com uma pergunta:
Que o partido dos bandidos -PT- quer transformar o Brasil no país da devassidão, alguém tem alguma dúvida?
O que postou Sidnei Luis Reinert sobre a intimação aos professores é para dar sequência a essa libertinagem. E quem vem dar aporte são os eclesiásticos comunistas com as pregações em todos os meios de comunicação com a Teologia (Escatologia) da Libertação, onde no artigo de Reinaldo Azevedo com o título "O Fim de uma Religião", diz: "não se pode, por exemplo, ser cristão pondo a redenção dos oprimidos no lugar do dogma do cordeiro imolado, como diz a dita Teologia.
Como vemos sempre tem alguém disposto na mídia a dar uma mãozinha para o Brasil tornar-se o País da Putaria sem Religião.
Herculano
31/12/2015 17:47
EMBATE IDEOLOGICO, FEITO DA INÉRCIA DE QUEM POSSUI A SOLUÇÃO

Parte 1

A greve no transporte coletivo urbano de Blumenau é emblemática. Ela foi o resultado de uma longa e conivente deterioração do sistema.

A culpa é do poder público omisso, o concedente de um serviço que a prefeitura deveria oferecer aos munícipes. Tornou-se um embate ideológico, onde o PT, PCdoB, Psol e outros fizeram a sua trincheira para expor (e enfraquecer) inicialmente o ex-prefeito João Paulo Kleinubing (PSD), e agora, Napoleão Bernardes (PSDB), os conservadores, os neoliberais...(como se isto fosse um pecado mortal, se eles forem mesmo conservadores, neoliberais..)

Eles também são culpados. E como são. Como não se sentiram responsáveis e principalmente com capacidade e competência para combater estas mazelas, deixaram o problemas rolarem na Justiça Comum e do Trabalho, além de terceirizar a solução, para assim lavar as mãos e ver do que ia dar. Deu no que deu.

A imprensa de lá, preguiçosa ou claramente sindical e partidária, alimentou tudo. Afinal, a maior parte dela, não possui identidade com a cidade.

Como pode um ente permissionário, neste caso o município de Blumenau, ficar ausente de todas estas mazelas que atinge os mais fracos, os trabalhadores das empresas de transportes e os que dependem deste serviço público?

Como pode um sistema se deteriorar e o ente permissionário assistir a tudo isto sem intervir, mesmo que preventivamente, se há nas permissões previsões e instrumentos para tal? Vergonhoso.

Um trabalhador não pode ficar sem salário, mas outros não podem ficar sem o direito de ir e vir para e do seu trabalho, numa época de vagas escassas. A economia de um município, num ambiente de crise não pode ser afetado como foi, e o próprio município ser prejudicado no retorno de tributos em queda. Incompreensível que um gestor público cruze os braços à espera de um milagre ou no desgaste da entidade sindical, que historicamente nunca deu bola para isto.

Não é de hoje que esta crise no transporte coletivo urbano de Blumenau estava desenhada. Como pode uma empresa sobreviver sem os reajustes das passagens num economia de alta de inflação fruto de um desgoverno no plano central?
Herculano
31/12/2015 17:46
EMBATE IDEOLOGICO, FEITO DA INÉRCIA DE QUEM POSSUI A SOLUÇÃO

Parte 2

Se a mobilização popular e a do sindicalismo de resultados são mais fortes neste aspecto, impedindo discussão de planilhas e reajustes, alguém precisava pagar a conta desta diferença. Como economistas de araques, inventaram equações para um novo Nobel, a conta veio agora. E é contra estes mesmos políticos omissos, inábeis e incapazes à solução para a cidade e seus cidadãos

Se havia má gestão ou gestão fraudulenta nas empresas, por que o gestor público e o poder permissionário já não intervieram nela quando dos primeiros sinais anômalos? Erraram mais uma vez os políticos. Ou seja, fraquejaram na defesa da população, a mais necessitada. Permitiram que o Sindicato se agigantasse diante da fraqueza no enfrentamento de uma realidade.

Morderam a isca do Sindicato, dos que o aparelham ideologicamente e foram para o enfrentamento estéril das ideias e não na busca de soluções comuns.

Os políticos no poder de plantão foram fracos na defesa do interesse público. Agora, pagam, e caro. Reclamam, mas sem razão. Afinal, como enfrentar um Sindicato coberto de razão quando defende os trabalhadores sem salários? Mas, quem deixou chegar a este ponto? Os políticos e sua indecente e prolongada omissão, os conchavos de bastidores coxinhas, os jeitinhos para se manter na governabilidade mínima e à falta de esclarecimento diante de uma mídia omissa, preguiçosa e orientada ideologia onde o utópico é prevalente diante de um pragmatismo contundente.

Até o término da greve, aconteceu propositadamente no 13º dia. Nada mais afirmativo e simbólico. E para encerrar e para a reflexão. Como pode uma empresa quebrada (e não é de hoje), como a Glória (que nenhum milagre de Nossa Senhora será possível reverter), e outra com problemas de gestão (Verde Vale), honrar compromissos se ficam 13 dias sem arrecadar? Como vão resolver este problema estrutural daqui por diante, se tudo continuar no mesma? Alguém na prefeitura de Blumenau conhece minimamente o que é Administração?

Então a nova greve já está marcada, e pelo Seterb e o prefeito de Blumenau e sua assessoria jurídica. O Sindicato, o peleguismo, parte da imprensa que terá pautas gratuitas sabem muito bem disso e agradecem. Os trabalhadores das empresas afetadas e os que dependem do transporte coletivo urbano só adiaram a próxima agonia.

Em Gaspar não é diferente. A bomba só vai estourar no ano de 2017 quando o PT deixar a administração local. Está tudo escrito e planejado. O PMDB que possui chances e PSDB, o intruso com reais chances, caladinhos. Estão alimentando o monstro que colocará um pé aqui em breve e fará manchetes.

Só para relembrar aos leitores e leitoras. O sistema em Gaspar só tem uma empresa. Desde que ela foi vencedora no primeiro mandato de Pedro Celso Zuchi, PT, (2000/2004) ela contrariou exigências da licitação. E desde então isto rola na Justiça, sem solução. E para completar: a Viação do Vale é da família Berger (São José), figurões do PMDB. Então...
Sidnei Luis Reinert
31/12/2015 12:04
Lembrar nunca é demais...

Os 10 países onde MENOS se trabalhou em um ano para pagar impostos em 2013, segundo dados do Banco Mundial, devidamente viralizados nas redes sociais:
1. Maldivas: 0 horas
2. Emirados Árabes Unidos: 12 horas
3. Bahrein: 36 horas
4. Qatar: 36 horas
5. Bahamas: 58 horas
6. Luxemburgo: 59 horas
7. Omã: 62 horas
8. Suíça: 63 horas
9. Irlanda: 76 horas
10.Seicheles: 76 horas
Os 10 países onde MAIS se trabalhou em um ano para pagar impostos em 2013:
1. Brasil: 2.600 horas ( é mais que o dobro do 2º colocado! )
2. Bolívia: 1.080 horas
3. Vietnã: 941 horas
4. Nigéria: 938 horas
5. Venezuela: 864 horas
6. Bielorrússia: 798 horas
7. Chade: 732 horas
8. Mauritânia: 696 horas
9. Senegal: 666 horas
10.Ucrânia: 657 horas

Conclusão: "O Brasil tem a maior carga tributária do mundo para pagar a MAIOR CORRUPÇÃO DO MUNDO".
Sidnei Luis Reinert
31/12/2015 12:02
O Foco na Luta contra a Impostura


"Revoltarmo-nos contra a tirania é obedecer a Deus." (Thomas Jefferson)

Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A luta dos cidadãos contra o desgoverno do crime organizado, que domina a máquina pública no Brasil, precisa ter um foco objetivo, no momento em que Estados, municípios e a União propagandeiam, falsamente, que "falta dinheiro". Um dos alvos principais de ataque é uma rebelião direta do cidadão-eleitor-contribuinte contra o absurdo que pagamos em 92 impostos, taxas e contribuições, fora o que é extorquido de nós pelas variadas "indústrias das multas".

A mentira de que "falta dinheiro" é facilmente desmascarada pela realidade. Pela primeira vez em um ano foi alcançada às 11h de ontem (30 de dezembro de 2015) a marca inédita de R$ 2 trilhões que foram pagos pelos brasileiros em impostos, taxas e contribuições desde o primeiro dia do ano que agora termina. No ano passado, o Impostômetro alcançou R$ 1,8 trilhão no segundo dia de dezembro. Em 2013, ficou em torno de R$ 1,7 trilhão.

O dinheiro arrecadado é destinado à União, aos estados e aos municípios. Os tributos federais representam 65,95% da arrecadação de R$ 2 trilhões. Já os tributos estaduais equivalem a 28,47% e, os municipais, a 5,58%. Individualmente, o tributo de maior arrecadação é o ICMS (19,96% do total), seguido do INSS (19,18%), Imposto de Renda (15,62%) e Cofins (10,13%). O impostômetro é um levantamento encomendado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Pelo portal www.impostometro.com.br, é possível descobrir o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado. Por exemplo, quantas cestas básicas é possível fornecer, quantos postos de saúde podem ser construídos. No portal também é possível levantar os valores que as populações de cada estado e município brasileiro pagaram em tributos.

Apenas por curiosidade: Dois trilhões de notas de R$ 1 correspondem, empilhadas, à altura de 6.666.666 prédios de 100 andares cada um. Se cada nota fosse um litro de água, corresponderia à vazão de 112 horas das Cataratas do Iguaçu. E, com as notas, seria possível preencher a metragem quadrada de 16 cidades do tamanho de São Paulo.

Já passou da hora de os brasileiros se rebelarem contra o absurdo volume de impostos pagos, sem a devida contrapartida estatal e, pior ainda, com o descarado desvio do dinheiro público em esquemas de corrupção.

Chega de "Estado Hobin Hood de araque" - pois rouba pobres, ricos e só locupleta a politicagem e os corruptos que comandam a máquina pública sem transparência e controle social legítimo. Basta!
Herculano
31/12/2015 09:43
2016 SO PODERÁ SER MELHOR, por Clóvis Rossi, para o jornal Folha de S. Paulo

Nem começou 2016 e o Brasil já está mal na foto, literalmente: Dilma Rousseff, abatida e de cabeça baixa, ocupa a capa da "Economist" já em circulação, mas com data de 2 de janeiro.

O título é "A queda do Brasil", e o texto começa por prever que, em vez de promover uma grande festa pelos Jogos Olímpicos, "o Brasil enfrenta um desastre político e econômico".

Nada que não tenha sido publicado em 11 de cada 10 jornais brasileiros (e do resto do mundo).

Mas, de todo modo, é significativo que o Brasil volte estropiado à capa da revista que, não faz tanto tempo assim, retratou-o como um foguete rumo a um futuro brilhante (é verdade que, mais recentemente, o foguete se esfarelou sem pena nem glória, sempre na capa da nobre revista britânica).

Nem serve de consolo o fato de que o mal-estar no Brasil, evidente a olho nu, não é um (triste) privilégio nosso.

Apesar da recuperação da economia na maior parte do mundo, "no momento todos os grandes atores [mundiais] parecem inseguros ?"até mesmo temerosos", constata, por exemplo, Gideon Rachman no "Financial Times".

Reforça, para o caso dos Estados Unidos, o notável chargista Patrick Chappatte: seu desenho mostra um casal olhando dois cartazes, um com a resenha de 2015 e o outro, sobre o que esperar para 2016.

"Não sei qual me assusta mais", diz o homem.

Qualquer chargista brasileiro poderia ter feito desenho igual e estaria rigorosamente certo, até mais do que nos Estados Unidos.

Afinal, o Brasil era, ao se iniciar a cúpula do G20 em novembro, o país com o segundo pior desempenho econômico desse conjunto das 20 grandes economias do planeta, à frente apenas da Rússia (a "Economist" prevê que, em 2016, ficaremos atrás até do desastre russo).

Além disso, há o formidável imbróglio político cujo desenlace foi jogado para 2016. É difícil encontrar no mundo, fora as antigas repúblicas bananeiras, um país em que estão sob suspeita a presidente da República e os presidentes das duas Casas do Congresso.

Rachman joga o Brasil em um saco coletivo no qual "o maior fator comum, e o mais difícil de pinçar, é um sentimento em ebulição contra as elites, combinando ansiedade a respeito da desigualdade e raiva com a corrupção, que é visível em países tão diferentes como a França, o Brasil, a China e os Estados Unidos".

Acrescenta o colunista: "Na América e na Europa, tais queixas são frequentemente vinculadas a uma disseminada narrativa de declínio nacional".

Preciso dizer que, no Brasil, a crise levou a uma difusa, mas persistente, sensação de que o país está andando para trás?

Parecemos (o Brasil e o mundo) vítimas de um novo "mal du siècle", aquela melancolia que abateu a Europa, especialmente a França, no início do século 19.

Era, então, um estado d'alma. Agora, é algo bem mais material, mais mensurável, mais difícil de destrinchar.

Resta o consolo de que 2015 foi tão ruim que 2016 tem que ser forçosamente melhor, para a alma e para o bolso. É pelo menos o que desejo ao leitor.
Herculano
31/12/2015 09:41
PROTESTO NADA PACÍFICO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A verdadeira face dos protestos contra o projeto de reorganização das escolas da rede estadual começa a aparecer, com o levantamento que está sendo feito pela Secretaria Estadual da Educação das condições em que ficaram muitas daquelas unidades, em consequência de sua ocupação por estudantes, com o apoio e participação de alguns professores, de muitos pais e mesmo de pessoas totalmente estranhas às suas atividades. Não foi um movimento inteiramente pacífico e ordeiro, como alardearam seus organizadores. Longe disso.

Os primeiros resultados do balanço da situação das escolas desocupadas - no total foram ocupadas 196 em todo o Estado - indicam que 72 sofreram prejuízos estimados em R$ 1 milhão. Segundo nota da Secretaria, somente no último fim de semana, "seis unidades localizadas nas regiões de Bauru, Pirassununga, Guarulhos, Campinas e na zona leste da capital registraram ocorrências de furto, depredação e vandalismo". A conclusão do trabalho, que se baseia em avaliações feitas pela direção de cada uma das escolas ocupadas, pode, portanto, elevar bastante aquele cálculo.

Há muitos casos de furtos de computadores, notebooks, radiocomunicadores e eletrodomésticos, como mostra reportagem do Estado. E não apenas isso. Na escola Conselheiro Crispiniano, em Guarulhos, por exemplo, constatou-se a destruição de objetos da secretaria, das salas de coordenação e de equipamentos usados para festas. Numa outra escola, a Coronel Antônio Paiva de Sampaio, em Osasco, que ficou 15 dias ocupada, a destruição e o prejuízo decorrente dela e dos furtos foram particularmente graves. Foram pelo menos 10 computadores, 2 aparelhos de televisão LED e 15 tablets furtados. Um prejuízo de cerca de R$ 250 mil.

A situação contrasta fortemente com a imagem transmitida à opinião pública pelos líderes das ocupações, de protesto pacífico, com estudantes fazendo faxina para manter as escolas impecavelmente limpas e organizadas. Essa, como se começa a constatar agora, está longe de ter sido a regra geral. E isso não é surpresa para ninguém que tenha acompanhado com atenção esse caso.

Já em meados de outubro estava claro que o protesto ia descambar para a violência, quando grupos de estudantes, insuflados e orientados por pessoas que queriam tirar proveito político da situação, impediram o governador Geraldo Alckmin de participar de evento numa faculdade de São José dos Campos e também depredaram o portão de entrada do Palácio dos Bandeirantes.

A entrada em cena, logo no início das ocupações, de membros da diretoria do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), ligado à CUT, foi outra indicação segura de que as manifestações contra o projeto do governo estavam condenadas a degenerar. E, quando o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) fez o mesmo, deixou de existir dúvida a respeito disso. O que tem a ver o MTST com essa questão além da intenção de fazer oposição, por razões ideológicas, ao governo do Estado, e com os métodos violentos que o caracterizam?

É lamentável que muitos pais de alunos tenham fechado os olhos a essas evidências e apoiado os protestos, ao que tudo indica com um misto de ingenuidade e irresponsabilidade, produto infeliz do politicamente correto. Se queriam dar uma lição de "cidadania" a seus filhos, escolheram a maneira e o momento errados. Furtos, depredação, vandalismo e manipulação ideológica nada têm a ver com isso.

O pior foi a reação do advogado da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Victor Grampa. Para ele, houve casos de depredação, mas após a desocupação das escolas ?" espera-se agora que ele apresente as provas disso ?", e a divulgação do levantamento da Secretaria é uma tentativa de "criminalizar" os estudantes. Essa tal "criminalização", que virou mera esperteza, já não engana ninguém.

Dessas entidades não se pode mesmo esperar nada. Mas dos pais que entraram nessa aventura, sim - que ponham a mão na consciência
Herculano
31/12/2015 09:35
CADÊ A CONSTITUIÇÃO, por Carlos Alberto Sardenberg, para o jornal O Globo

Parte 1

Os 45 milhões de brasileiros que pagam planos e seguros privados estão gritando que o SUS é um falso universal

Pela Constituição, todo brasileiro tem o sagrado direito de ser atendido de graça nos hospitais, ambulatórios e emergências do SUS, Sistema Único de Saúde, quaisquer que sejam: sua doença, crônica ou aguda, simples ou grave; sua idade; sua renda; sua situação social e econômica (empregado, desempregado, patrão, rico ou pobre); e seu status civil (em liberdade, preso, em dia ou não com as Receitas).

Diz a Constituição ainda que é dever sagrado do Estado atender a esse direito universal.

A realidade e o simples bom senso dizem que não existe a menor possibilidade de se cumprir essa letra da Constituição. Nunca haverá dinheiro para isso. Nem o Estado será capaz de montar um sistema eficiente desse tamanho e alcance.

A solução, praticada em um sem-número de países, exige uma seleção e uma lista. A seleção em quatro níveis: pessoas que serão sempre atendidas no SUS; as que serão atendidas prioritariamente; aquelas que serão recebidas no SUS apenas se tiver vaga sobrando; e, finalmente, as pessoas que não têm esse direito, a menos que paguem a preços de mercado.

A regra, claro, deve ir do mais pobre ao mais rico.

A lista será de medicamentos e procedimentos. Uma primeira grande divisão: o que será de graça e o que será pago. Não faz sentido o Estado ficar sem dinheiro para vacinas enquanto paga uma cirurgia cardíaca no Hospital Johns Hopkins, isso por ordem judicial.

Essas sentenças se baseiam na regra tão exaltada: a saúde é direito de todos e dever do Estado. Alguns interpretam que o governo só tem a obrigação de prestar esse atendimento no SUS. Mas muitos juízes entendem que, se o tratamento não está disponível no Sistema Único, deve ser prestado onde for possível, tudo por conta do Erário.

De todo modo, é evidente que se precisa alterar a Constituição para fazer a lista do pago e do gratuito.

Isso vale para os medicamentos: os básicos são de graça; os intermediários terão um preço subsidiado; os demais, preço de mercado. A lista, claro, deve ser específica e alterada regularmente.
Herculano
31/12/2015 09:35
CADÊ A CONSTITUIÇÃO, por Carlos Alberto Sardenberg, para o jornal O Globo

Parte 2

Há ainda uma outra lista, mais geral. É preciso especificar quais procedimentos o SUS faz e quais não vai fazer. E assim chegamos ao ponto mais dramático desta história. Em diversos países com bom sistema de proteção social, existe a seguinte regra: pacientes idosos, com, por exemplo, um AVC grave, de baixo prognóstico, não vão para UTI. Leitores me desculpem, mas o argumento é clássico: a relação custo/benefício é desfavorável.

Sim, posso ouvir a indignação. Dirão que esse comentário prova a brutalidade do sistema de seleção e listas. E a vantagem moral do atendimento universal.

Falso, inteiramente falso. A seleção é praticada diariamente. Comecem pelo coitado do plantonista no pronto-socorro, em geral um residente. A sala de espera está lotada e só tem uma vaga na UTI. Quem vai? Não são raros os casos de jovens médicos que entram em crise psicológica ao terem que decidir entre quem vai viver e quem vai morrer ?"pois essa é a decisão nua e crua.

Seriam desumanos se não sofressem com isso. Mas é mais desumano ainda colocar essa responsabilidade médica e ética nas mãos de rapazes e moças na casa dos 25 anos.

Seleção e listas elaboradas com critérios médicos, sociais e econômicos seriam infinitamente mais justas e eficientes.

Outra seleção, especialmente pelo interior do país, é feita por compadrio e política. Por que muitos políticos gostam de nomear diretores de hospitais, um cargo tão difícil? Porque gastam dinheiro e podem escolher os que serão atendidos na frente. Parentes e amigos do pessoal que controla os hospitais também furam a fila.

E há uma última e definitiva seleção, essa ocorrida na crise do Rio. Hospitais simplesmente fecham as portas, não entra ninguém. As farmácias declaram que não têm mais remédios ?" e pronto.

Cadê a Constituição?

Resumo geral: a Constituição promete o que o Estado não pode entregar. É preciso mudar a Carta para que os governos possam atender bem aqueles que precisam e não podem pagar. E abrir espaço, amplo espaço e facilidades, para a chamada saúde complementar ?" a privada, aquela dos planos e seguros de saúde e dos hospitais particulares ?" que se tornou mais que essencial.

Os governos Lula e Dilma têm imposto regras e limitações a essa saúde complementar, muito além do que seria uma regulação correta. Também é mais que um desvio antiprivatizante. É uma reação tipo consciência culpada. Os 45 milhões de brasileiros que pagam planos e seguros privados estão gritando que o SUS é um falso universal. Estão mostrando a incapacidade dos governos de colocá-lo de pé.

Em vez de tentar reorganizar o SUS, com uma reforma na Constituição, admitindo as limitações, essa gente resolve pressionar o sistema privado. Nem conserta um e ainda estraga o outro.

A última: governadores estão querendo cobrar dos planos de saúde quando o SUS atende segurados. É inconstitucional: todo brasileiro, tenha ou não seguro privado, tem de ser atendido no SUS. Os que têm seguro pagam duas vezes: os impostos para o SUS, as mensalidades para o plano. Se este tiver que pagar ao SUS, obviamente terá o custo aumentado e precisará cobrar de seus clientes - que estarão pagando uma terceira vez.
Herculano
31/12/2015 07:15
OBRIGADO

Aos leitores e leitoras plurais que fizeram deste espaço líder de acessos e leitura em 2015, o meu muito obrigado. Simples.

Aos leitores e leitoras desejo em 2016 sucesso. Mas, os políticos e principalmente os governantes de plantão vão conspirar frontalmente contra isto. Eles pensam neles, mas falam que fazem em nome do povo que lhes deu a procuração.

Mas, 2016 é ano de eleições. Então, as respostas estão nos nossos dedos na máquina de votar. Este quadro que está ai, é de nossa responsabilidade. Mudá-lo, também. E para muda-lo, é preciso caráter, informação e decisão.

Se 2015 foi um ano que não deveria ter existido, 2016 poderá ser pior. Enquanto se discute o impeachment, tudo se deteriora e nada se fará. E quem pagará a conta, seremos todos nós. Os políticos sabem disso. Wake up, Brazil! Acorda, Gaspar!
Herculano
31/12/2015 06:59
2016 AFLITIVO, por Rogério Gentile, para o jornal Folha de S. Paulo

O governo Dilma termina o ano com a saúde muito debilitada, mas respirando sem a ajuda de aparelhos. A presidente conseguiu uma leve melhora na sua popularidade (de 8% de ótimo/bom em agosto no Datafolha para 12% em dezembro) e o clima pró-impeachment arrefeceu desde que, com habilidade inusual, Dilma carimbou no processo a figura de Eduardo Cunha.

Na batalha da comunicação, o impeachment deixou de ser um pedido formulado pelo fundador do PT e militante dos direitos humanos Hélio Bicudo para figurar como um "golpe" impetrado pelo "dragão da maldade" peemedebista.

Mas a calmaria é circunstancial. Eduardo Cunha não deverá se sustentar muito tempo no cargo. Sem o bode expiatório, o processo de impeachment deverá retomar o curso normal, a não ser que a presidente consiga reconstruir sua base política no Congresso -tarefa que tenta, desde a segunda posse, sem sucesso.

O problema é que Dilma não pode contar hoje com as duas principais armas que um governante costuma dispor para aglutinar forças. A despeito da ligeira melhora em sua imagem, a presidente está longe de ser uma boa companhia para quem necessita de voto nas eleições de 2016.

Ao mesmo tempo, em meio à grave crise econômica, seu governo não tem como oferecer obras e verbas para estimular a acomodação política parlamentar. O máximo que poderá fazer é prestar socorro a governadores que, a exemplo do que foi feito pelo do Rio, disponibilizarem votos para sua causa maior (a sobrevivência) no Congresso. Mas, como se viu na reunião do ministro da Fazenda com 10 governadores, os problemas são enormes e prementes, enquanto o cobertor é obviamente curto.

Para embaralhar ainda mais o quadro, há a Operação Lava Jato, que exerce incessante ameaça sobre o governo e seus aliados, assim como sobre o entorno de Michel Temer.

O ano de 2016 tende a ser tão ou mais aflitivo que 2015.
Herculano
31/12/2015 06:42
DA MANDIOCA ÀS MENTIRAS, UM ANO PARA ESQUECER, por Cláudio Humberto na coluna que escreveu hoje nos jornais brasileros

O ano entrará para a História como o Ano da Mentira, em que a presidente Dilma esqueceu os compromissos de campanha e fingiu não ser a chefe do governo que permitiu a gatunagem na Petrobras. Ela é a grande "premiada" de 2015, um ano para esquecer, marcado também pela incompetência da oposição, que não conseguiu liderar o desejo expresso de impeachment, segundo as pesquisas, de quase 80% da população.

Figurante do Ano

Prêmio vai para Aécio Neves (PSDB-MG) que se apequenou na crise e relutou em assumir o papel de líder da oposição a um governo no chão.

Mandioca Doida

Dilma ganhou o troféu com sua coleção inacreditável de asneiras, da "homenagem à mandioca" à jura de "dobrar a meta" de coisa alguma.

A protegida

A ex-chefe de gabinete da Presidência e amiga íntima de Lula, Rosemary Noronha continua poupada de punição, de exposição e de explicações.

Troféu Lava Alma

A taça, medalhas e aplausos vão para o juiz federal Sérgio Moro e para os membros do Ministério Público Federal, representados na premiação pelo procurador Deltan Dallagnol, que afligiram corruptos poderosos do País.

Sabão para que te quero

A medalha de Ensaboado do Ano é do senador Renan Calheiros que, em 2015, repetiu a proeza de escândalos passados, mostrando mais uma vez que é possível até se aproximar dele, mas jamais agarrá-lo.

O Inimputável

Prêmio hors concours vai para o poderoso chefão Lula, que, apesar dos aliados, ex-ministros e até filho enrolados, escapa de fininho tratado por "informante" ou "testemunha", mantendo-se longe da prisão.

?"leo de Peroba

A medalha de ouro é do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aquele que jurou não ter contas na Suíça e depois, pego na mentira, disse não ser titular, mas apenas "beneficiário" da grana.

Troféu Abestado do Ano

Condenado no mensalão e preso novamente na Lava Jato, José Dirceu manteve-se calado, enquanto o ex-chefe Lula, a quem tenta proteger, passava a defender sua expulsão do PT.

Pantaleão 2015

Troféu vai para o governo Dilma, incluindo a chefa, seus ministros, aspones e apoiantes, que, como o personagem criado pelo saudoso Chico Anysio, mentem e nem dão sinais de rubor.

Mandioca Frita

O troféu será entregue esturricado a Joaquim Levy, aquele que aceitou ser ministro da Fazenda por pura vaidade, fingindo acreditar que Dilma queria mesmo fazer ajuste fiscal, e acabou "fritado".

Ouro de tolo

O troféu de 2015 vai para o banqueiro André Esteves, cuja a imagem" rapidamente desmantelada pela Operação Lava Jato, numa prova de que é mole ser de "prodígio" à sombra do poder petista.

Troféu Barraco do Ano

Vai para a Kátia Abreu, que desperdiçou ótimo vinho italiano jogando-o no rosto do senador José Serra (SP). O prêmio é da ministra Agricultura, mas quem levou a taça foi o tucano, que a chamou de "namoradeira".

Medalha Geni

Deve ser entregue, às escondidas, ao ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que não pode freqüentar bares e restaurante sem ser xingado de tudo o que não presta, inclusive de petista.

Prêmio São Longuinho

Após dar uma banana para o PSB e fundar o Rede, a ex-senadora Marina Silva tomou chá de sumiço para não ter de falar sobre impeachment e nem mesmo para se posicionar sobre o crime ambiental da Samarco.

Taça Ligeirinho

O deputado Leonardo Quintão (MG) teve a liderança de bancada mais rápida de 2015: uma semana. Destituiu Leonardo Picciani (RJ) com ajuda dos opositores ao governo Dilma, mas dias depois virou ex.

Maior abandonado

Primeiro senador preso durante o mandato desde a redemocratização, o líder do governo, Delcídio do Amaral (PT-MS), foi abandonado por seus pares e não recebeu visitas desde a prisão em 25 de novembro.

Troféu Oscar Wilde

A carta de Michel Temer à presidente Dilma não deve em nada à carta de amor enviada pelo escritor britânico ao Lorde Alfred Douglas.
Herculano
31/12/2015 06:34
NÃO BASTAM OS DESVIOS E A CORRUPÇÃO. SOMA-SE A MÁ GESTÃO. QUEM É OBRIGADO FISCALIZAR, APARELHADO COM COMPANHEIROS ERRA E QUEM PAGA CARO EM ÉPOCA DE CRISE POR ISSO É O BRASILEIRO, INCLUSIVE OS MAIS POBRES, OS ELEITORES PREFERENCIAIS DO PT. CONSUMIDOR PAGOU R$ 100 MILHÕES A MAIS POR ENERGIA NOS ÚLTIMOS 8 MESES

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Machado da Costa, da sucursal de Brasília. Um erro no software da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) permitiu que comercializadores de energia obtivessem um ganho indevido de R$ 100 milhões nos últimos oito meses. Este valor foi pago na conta de luz de clientes residenciais e empresariais.

A CCEE é um órgão privado responsável por registrar e fiscalizar os contratos do setor elétrico. A maior parte deles contempla a energia regulada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Neste caso, a compra e venda é intermediada por distribuidoras de energia.

Outra parte menor dos contratos não segue as regras do mercado regulado e as operações são intermediadas por comercializadoras. É o chamado mercado livre.

Hoje é possível negociar energia com descontos nos encargos cobrados pela transmissão e distribuição da energia desde que a geração seja "limpa". Ou seja, a energia produzida por pequenas centrais hidrelétricas ou por usinas que utilizam biogás podem usufruir de descontos que variam entre 50% e 100% dos encargos cobrados.

Por causa de um erro no software da CCEE, os comercializadores - no mercado livre - puderam registrar dois lotes de energia com 50% de desconto como se fossem um único lote com 100% de desconto, sem que os descontos tenham sido repassados para os compradores. Isso gerou um ganho indevido de R$ 100 milhões desde fevereiro, quando esse tipo de operação foi permitido.

A CCEE só descobriu o erro em novembro ao somar o volume de energia com incentivo total (100%) e perceber que ele era maior do que o registrado na Aneel.

Em um primeiro momento, a CCEE quis abrir uma investigação para apurar se houve má-fé das comercializadoras. Mas desistiu diante da dificuldade em comprovar que houve fraude.

Mesmo assim, as empresas envolvidas BTG Pactual, Comerc, Nova Energia, Prime, Diferencial, Clime e FC One têm até segunda-feira (4) para se explicarem à Câmara.

CONTA

Os descontos à geração de energia limpa são pagos pelos consumidores do mercado regulado ?"residências, pequenos comércios e indústrias ligados às redes das distribuidoras.

A CCEE vai agora calcular os valores devidos pelas comercializadoras. Quando a conta estiver pronta, os consumidores serão ressarcidos com desconto na tarifa.

Informalmente, a CCEE vai orientar outras empresas que não estão envolvidas no caso a também buscarem ressarcimentos.

Questionada, a Câmara afirma que só irá se manifestar após receber as explicações das empresas.

A Aneel, que desaconselha esse tipo de operação desde a reformulação do setor, em 2004. Procurada, a agência ão quis comentar o caso.

OUTRO LADO

As empresas envolvidas afirmam que não há ilegalidade na operação. "Não há prejuízo para ninguém. Com a recontabilização, iremos pagar a diferença e recuperá-la com os contratos futuros", afirma Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc.

Segundo Gustavo Machado, sócio-diretor da Nova Energia, se há algum erro na operação ele foi proporcionado pela Câmara. "Se, depois de oito meses homologando as operações, a CCEE quer revê-las, que a nova regra valha daqui para a frente."

Leonardo Midea, da Prime, espera que o caso seja usado para o aperfeiçoamento da regulamentação do setor.

Eduardo Prado, da Diferencial, reitera que os contratos foram feitos de acordo com a lei. BTG Pactual, FC One e Clime não comentaram.
Sidnei Luis Reinert
31/12/2015 06:22
Estão mais preocupados em se manter no poder, diz coronel que deixou comando da Força Nacional

Depois de seis meses no cargo de comandante da Força Nacional de Segurança, o coronel da Polícia Militar (PM) de Santa Catarina, Nazareno Marcineiro, pediu demissão do posto responsável pelo planejamento da segurança das Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016. Em entrevista ao DC, o ex-comandante-geral da PM catarinense dá detalhes do motivos que levaram ele a sair da função e admite que haviam desacordos entre ele e o comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública, ligada ao Ministério da Justiça, que tem como secretária Regina Miki.

"Principalmente pessoas que estão mais à frente na secretaria que deveriam estar muito preocupadas em se preparar para as Olimpíadas, afinal faltam sete meses. As pessoas estão mais preocupadas em se manter no poder do que realizar o trabalho."

http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2015/12/estao-mais-preocupados-em-se-manter-no-poder-diz-coronel-que-deixou-comando-da-forca-nacional-4941335.html
Herculano
31/12/2015 06:21
O ENTREGADOR ENTREGA

A notícia abaixo, deve ser acrescentada de duas outras informações relevantes. O mesmo entregador Carlos Alexandre Rocha disse que entregou R$300 mil a um emissário de Aécio Neves, PSDB, e vejam só ao ex-deputado catarinense João Alberto Pizollatti Júnior, além de Pedro Correia e do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte,e muito amigo de Pizollatti. Um detalhe. O entregador revelou que Pizollatti fazia questão dele próprio receber o dinheiro, pois não queria pagar a taxa de entrega a intermediários.

Todos negam.

Em Blumenau, a manchete desta notícia, foi o dinheiro supostamente endereçado a Aécio. Nacionalmente, a manchete foi ao presidente do Senado que vai julgar e o maior valor.

Em Blumenau, a manchete não seria o fato local? E o fato local não é Pizolatti? Pela manchete ideológica e enviesada se percebe claramente a qualidade do curso de jornalismo daqui
Sidnei Luis Reinert
31/12/2015 06:16
Delatores do Petrolão chamavam Dilma Rousseff de "presidanta" e "sapa com cara de Satanás"

Grosserias foram encontradas em celulares apreendidos pela Lava Jato.

Por Marlos Ápyus | Tópicos Dilma Rousseff, Eleições-2014, Implicante, Petrolão, Andrade Gutierrez


Os executivos da Andrade Gutierrez não só torciam por uma vitória de Aécio Neves nas eleições de 2014, como nutriam um certo desprezo para com Dilma Rousseff. Mônica Bergamo soltou na sua mais recente coluna para Folha que eles se referiam à presidente como "presidanta" e "sapa com cara de Satanás". As mensagens foram apreendidas pela Lava Jato nos celulares dos delatores.

Foto: screenshot.
Dilma | Foto: screenshot.
Além da grosseria, o acordo de delação premiada da Andrade Gutierrez apresenta uma grande ameaça ao futuro político de Dilma, pois tende a confirmar acusações dadas pela UTC sobre o financiamento da campanha eleitoral da presidente.

Manter o argumento em pauta é importante, pois o TSE só abordará o assunto em meados de 2016. Se a população já tiver esquecido até lá, a chance de mais uma pizza a favor do governo cresce.
Herculano
31/12/2015 06:09
ENTREGADOR DE DINHEIRO DIZ TER OUVIDO DE YOUSSEF QUE RENAN RECEBEU R$ 1 MILHÃO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Rubens Valente, e Aguirre Talento, da Sucursal de Brasília. O entregador de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha, 52, que assinou um acordo de delação premiada no STF, afirmou em depoimento ter ouvido do doleiro Alberto Youssef que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi destinatário de R$ 1 milhão entregue por ele em Maceió (AL).

Para essa entrega, Rocha contou ter viajado primeiro para Recife (PE), sob orientação de Youssef, onde procurou um homem que ele descreveu como "arrogante" e que seria dono de uma empresa de terraplenagem. O combinado, segundo Rocha, era pegar R$ 1 milhão em espécie e levá-lo a Maceió, mas o homem no Recife só repassou R$ 500 mil.

Ao saber que teria acesso a metade do valor combinado, Rocha disse ter telefonado para Youssef, que o orientou a aceitar a quantia e se dirigir a Maceió para fazer a entrega "urgente". Na capital alagoana, no lobby do hotel Meliá, Rocha esteve com um homem que descreveu como "elegante", com 35 ou 40 anos de idade, "alto, branco, magro, cabelo escuro, muito bem vestido, portando uma bolsa de couro a tiracolo". Rocha disse que já havia entregue dinheiro a esse homem em Curitiba (PR) em outra oportunidade.

Depois de concluir a primeira entrega, Rocha retornou ao Recife para receber os R$ 500 mil restante do mesmo "homem arrogante e nervoso". Depois de uma nova viagem e nova entrega em Maceió, Rocha retornou a São Paulo de avião.

Na capital paulista, ele procurou saber de Youssef a quem se destinara o R$ 1 milhão, e o doleiro, sempre segundo Rocha, "respondeu ao declarante em alto e bom som: 'O dinheiro era para Renan Calheiros'".

Segundo o delator, o "dinheiro em questão não era um repasse da [empreiteira] Camargo Corrêa para Renan", mas sim um recebimento de Youssef da empreiteira, "como pagamento de parte da dívida que a empreiteira tinha para com ele [doleiro] na época e usou o numerário para entregar, por alguma razão, o valor a Renan".

Rocha contou aos investigadores que aquela foi a segunda vez que ouviu falar em pagamentos ao atual presidente do Senado. Segundo ele, em ano que disse não se recordar com exatidão, mas que seria entre 2009 e 2014, "entre as CPIs da Petrobras", ele disse ter ouvido de Youssef que iria "disponibilizar R$ 2 milhões para Renan Calheiros a fim de evitar a instalação da CPI" no Congresso Nacional.

Rocha disse ter estranhado o fato e indagado a Youssef se Renan não era "da situação" ?"para o delator, não faria sentido pagar um apoiador da base aliada para evitar uma CPI. Segundo Rocha, o doleiro respondeu que "tem que ter dinheiro pra resolver". Rocha disse não saber se "efetivamente houve o repasse desse valor" ao senador.

OUTRO LADO

O advogado de Renan Calheiros, Eugênio Pacelli, disse à Folha nesta quarta-feira (30) que "tais declarações são de uma inconsistência absoluta, cuja narrativa sequer coloca o depoente em posição de testemunho", mas ressaltou que não teve acesso ainda ao depoimento do delator, e que o senador prestará esclarecimentos assim que isso ocorrer.
Roberto Sombrio
31/12/2015 00:30
Oi, Herculano.

OTÁVIO LADEIRA
Secretário Interino do Tesouro Nacional.

Na entrevista coletiva, mais assustado que rato na gaiola de gatos. O governo vagabundo sempre colocando outro boi de piranha para ver se o povo acredita. Esse tal pagamento das pedaladas deve ser uma baita mentira. O secretário nem sabia responder as perguntas da mídia e o pouco que tentou responder, lia, e mal, todo enrolado. Mais perdido que sapo em cancha de bocha.

Perguntado como o governo pagaria o ano de 2016 para que não se repetissem as pedaladas, já que estava quitando o ano de 2015 e ele não soube responder. Enrolou, enrolou, enrolou e o novelo ficou enorme.

Quem tiver consciência que se prepare. O ano de 2016 será o inferno nesse Brasil. O país está falido e os petistas vão continuar com os golpes para dar a impressão ao povo que estão resolvendo as merdas que fizeram.

E o dinheiro da Ponte do Vale? Vão gastar nos fogos da virada? Pelo menos a ponte vai servir de palanque em 2016. Dá para fazer um comício mentiroso em cada margem e o mais mentiroso será o da margem esquerda, já que a ponte ficou sem as alças.
Não entendo como podem aceitar Pedro Celso Zuchi como prefeito. Não teve capacidade para fazer uma ponte segura, com alças, não teve a capacidade de fazer um viaduto seguro, não teve a capacidade de resolver o hospital, não teve a capacidade de criar algo importante para a cidade no lugar do posto de saúde central, não teve a capacidade de iniciar o Anel de Contorno. Bem! Não teve a capacidade de ser um prefeito. A única capacidade que teve foi tomar dinheiro do povo que precisa de água tratada para adquirir um carro.
Pernilongo Irritante
30/12/2015 21:00
Governo informa que pagou R$72 milhões da dívida das pedaladas fiscais.
Quem é o tolo que acredita em mais essa mentira.

O único motivo é parar o processo de Impeacment.
Herculano
30/12/2015 18:54
da série: primeiro Santa Catarina vai precisar ter um governador de verdade.

AS REFORMAS GAÚCHAS QUE COLOMBO PODE ENCAMPAR EM 2016, por Upiara Boschi, no Bloco de Notas, para o Diário Catarinense, da RBS Florianópolis

A situação econômica do Rio Grande do Sul tem sido utilizada constantemente como justificativa para a aprovação de reformas estruturais na máquina do Estado catarinense. Foi assim, especialmente, com as mudanças nas regras da previdência estadual, aprovadas em tramitação relâmpago na últimas semanas antes do recesso parlamentar.

Nesse contexto, é bom olhar para os gaúchos para ver o que pode pintar aqui em Santa Catarina em um futuro próximo. Na tarde de ontem, a Assembleia do Estado vizinho votava um pacote de 30 projetos em sessão extraordinária, quase enviados pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) como parte do ajuste fiscal que vem implementando ao longo do ano ?" e que não impediu parcelamento de salários e a pedalada no 13o. Algumas das ideias devem atravessar a fronteira.

A concessão de rodovias estaduais, por exemplo, já foi admitida pelo governador Raimundo Colombo (PSD) como iniciativa para 2016. Disse que inicialmente era contra, mas que foi convencido de que o Estado não consegue ser ágil na manutenção das estradas. Outro ponto que o governador chegou a levar no início do ano e depois foi deixando de lado é o fim da licença-prêmio para os servidores ?" três meses de folga para cada cinco anos de serviço. No Rio Grande do Sul, está sendo transformada em licença-capacitação, exigindo a realização de curso para ser concedida. A forte resistência junto ao Judiciário gaúcho talvez ajude entender porque a questão não avançou em Santa Catarina. É possível que aqui valha só para futuros servidores.

Mas tem um ítem na reforma gaúcha que ainda não foi falado por aqui, mas tem fortes defensores no Centro Administrativo: a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual. A regra daria limites ainda mais rígidos que a da legislação análoga federal aos gastos públicos. O Estado não poderia, por exemplo, conceder reajustes ao funcionalismo acima da variação da arrecadação. Para os sindicatos, uma forma de congelar salários em época de economia ruim.

É possível, a exemplo dos pedágios, Colombo tenha que ser convencido nessa questão. Por enquanto, o que ele defende é uma flexibilização da LRF nacional para que gastos com professores e policiais não sejam considerados despesa e fiquem fora do limite de gastos.
Sidnei Luis Reinert
30/12/2015 17:20
Se deixarmos a esquerda prevalecer aqui no brasil até 2019 teremos condenados nossos filhos e netos à escravidão ou à morte.

Capa da 'Economist' alerta para queda do Brasil e prevê desastre em 2016

RIO ?" A tradicional revista britânica "The Economist" escolheu a crise no Brasil como tema de sua primeira capa de 2016. Com o título de "Queda do Brasil" e uma foto da presidente Dilma Rousseff de cabeça baixa, a capa alerta para "ano desastroso" à frente.

Em vez do clima de euforia que seria de se esperar no início de 2016 por causa da realização das Olimpíadas, aponta a revista, o Brasil enfrenta "um desastre político e econômico".

O texto cita a perda do grau de investimento pela agência de classificação de risco Fitch Ratings e a saída do governo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, menos de um ano após assumir o cargo. A previsão de que a economia brasileira encolha até 2,5% ou 3% no ano que vem também é citada. "Até a Rússia vai crescer mais do que isso", destaca.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/capa-da-economist-alerta-para-queda-do-brasil-preve-desastre-em-2016-18384376#ixzz3vpir2WOS
Erva Daninha
30/12/2015 13:32
Olá, Herculano.

Ao ler, "A doutora vive em outro mundo ou julga-se com poderes suficientes para oferecer à população uma vida de fantasias", de Elio Gaspari, às 07:31 hs., me lembrei da rainha Maria Antonieta que disse, "se o povo não tem pão, que coma brioches". Também temos a nossa rainha louca. Cada um com a sua.
Sidnei Luis Reinert
30/12/2015 12:27
Chega de doutrinação comunista nas escolas! Parte 1

A doutrinação hoje presente nas escolas é um grande fator de relativização intelectual, moral e ética.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2008 pelo Instituto Sensus, 80% dos professores reconhecem que seu discurso em sala de aula é "politicamente engajado". São professores que usam, mais ou menos intensamente, a sala de aula, para "fazer a cabeça" dos alunos sobre questões de natureza política, ideológica e moral.

Ora, nenhum professor pode se aproveitar da presença obrigatória dos alunos dentro da sala de aula para promover suas próprias concepções políticas, ideológicas e morais. Além de violar os princípios mais elementares da ética do magistério, essa prática ofende a liberdade de consciência e de crença dos alunos, uma liberdade que é garantida pela Constituição Federal.

Por outro lado, a Constituição não permite que a máquina do Estado ?" suas instalações, equipamentos e pessoal ?" seja utilizada em benefício desse ou daquele governo, partido ou ideologia. Esse uso ?" vulgarmente chamado de "aparelhamento" ?" ofende o princípio constitucional da neutralidade política e ideológica do Estado.

Além disso, a Constituição Brasileira estabelece que o Estado deve ser laico, isto é, neutro em relação a todas as religiões. Ora, as religiões têm a sua moralidade, não é mesmo? Portanto, o Estado não pode usar o sistema de ensino para promover concepções e valores que sejam hostis à moralidade de uma determinada religião. Se ele fizer isso, deixará de ser neutro em relação a essa religião (é o que está acontecendo, por exemplo, com a chamada "ideologia de gênero": ao adotar e promover os postulados dessa ideologia -- que são claramente hostis à moral sexual da religião cristã --, as escolas e os professores estão hostilizando a própria religião cristã, e violando, portanto, o princípio constitucional da laicidade).

Finalmente, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos ?" que tem no Brasil hierarquia supralegal, segundo o entendimento do STF ?" assegura aos pais o direito "a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções". Sendo assim, nem o governo, nem a escola, nem os professores podem se aproveitar do fato de os pais serem obrigados a mandar seus filhos para a escola, para veicular conteúdos morais que possam estar em conflito com as suas convicções.

Em suma, o professor que usa a sala de aula para "fazer a cabeça" dos seus alunos está violando esses princípios e dispositivos da Constituição Federal e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Sidnei Luis Reinert
30/12/2015 12:26
Chega de doutrinação comunista nas escolas! Parte 2

Modelo de Notificação Extrajudicial a professores


NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Ao Sr. Fulano de Tal (nome do professor)

Endereço (residencial ou profissional)

CEP

Prezado Sr. Fulano de Tal,

1. Na condição de pai do aluno (nome do aluno), venho notificar V. Sa. a se abster de veicular em suas aulas qualquer conteúdo que possa implicar a violação à liberdade de consciência e de crença do meu filho -- liberdade assegurada pelo art. 5º, VI, da Constituição Federal --, ou ao meu direito de dar a ele a educação moral que esteja de acordo com minhas próprias convicções, nos termos do art. 12, IV, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, sob pena de responder civilmente pela reparação dos danos materiais e morais que vier a causar.

2. Por força do disposto nos citados dispositivos legais, deverá V. Sa., no exercício de suas funções, abster-se das seguintes condutas:

a) adotar qualquer prática que possa comprometer a orientação ou o amadurecimento sexual do meu filho e o natural desenvolvimento da sua personalidade em harmonia com a sua identidade biológica de sexo;

b) causar ao meu filho qualquer espécie de constrangimento ou prejuízo, em razão das suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas;

c) indispor o meu filho com seus colegas, em razão das suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas;

d) fazer propaganda político-partidária em sala de aula;

e) incitar o meu filho a participar de manifestações, atos públicos e passeatas;

f) veicular conteúdos ou realizar atividades que possam entrar em conflito com os valores morais que tenho o direito de transmitir ao meu filho, especialmente no campo da moral sexual;

g) aproveitar-se da audiência cativa do meu filho para promover, em sala de aula, suas próprias concepções ou inclinações morais, ideológicas, políticas ou partidárias

h) permitir que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula;

i) causar ao meu filho qualquer espécie de constrangimento ou prejuízo, em razão da presente notificação.

3. Informo a V. Sa. que meu filho tem ciência da presente notificação e está orientado a reportar-me de forma detalhada as possíveis transgressões aos direitos referidos no item 1.

4. Cópia da presente notificação está sendo encaminhada ao representante legal do (nome da instituição de ensino), que responderá solidariamente pela reparação dos danos que V. Sa. porventura vier a causar, no exercício de suas funções.

Atenciosamente,

Assinatura
Herculano
30/12/2015 11:53
PSDB VAI QUESTIONAR SO UM PONTO DO RITO DEFINIDO PELO STF, por Vera Magalhães, de Veja

O PSDB decidiu rever a estratégia diante da decisão do Supremo Tribunal Federal que disciplinou o rito do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Em vez de recorrer contra vários pontos do voto de Luis Roberto Barroso, que prevaleceu, o partido vai questionar apenas a proibição de candidaturas avulsas no parlamento. Os tucanos avaliam que a decisão do STF legitima o impeachment e tira o argumento do governo de que haveria um golpe em curso para apear Dilma Rousseff.

Se a corte máxima do país indicou como deve se dar o processo, é a prova de que ele é constitucional e democrático, dirá a oposição.
Herculano
30/12/2015 11:42
PIADA OU DEBOCHE

Sindicato dos funcionários repudia apedrejamentos de ônibus em Blumenau. Diretoria do Sindetranscol diz não acreditar que ataques tenham partido dos trabalhadores.

Algo feito à luz do dia, sob testemunhos das vítimas e passantes e a polícia não consegue apontar os autores diretos e os mandantes.
Sidnei Luis Reinert
30/12/2015 11:20
Esse é apenas mais um fato. Lembrem-se o quanto eles diziam na campanha e agora no governo que "nunca se combateu tanto a corrupção porque eles deixaram a policia federal trabalhar". A já conhecida tática de confundir as pessoas, como se a PF e o MPF não fossem autonomos e independentes. Aos poucos as mentiras do petismo vão sendo demolidas e o Brasil viverá uma nova era. Fé no Brasil. Nós podemos e vamos nos livrar do petismo em 2016.

Delegados federais apontam omissão do ministro da Justiça no desmonte e sucateamento da PF

Em carta encaminhada ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nesta segunda-feira (28), a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) expõe a crise que afeta a PF (leia post anterior) e cobra uma ação mais firme por parte dele na defesa da instituição.

Segundo o documento assinado pelo presidente da ADPF, Carlos Edurardo Miguel Sobral, "os delegados da PF estão bastante apreensivos e inquietos com os rumos da Polícia Federal, especialmente porque (...) não têm observado a atuação de Vossa Excelência, na qualidade de titular da pasta ministerial à qual se vincula a instituição, no sentido de denunciar e enfrentar esse claro desmonte do órgão".

Desmonte esse, agravado com o anunciado corte de R$ 133 milhões no orçamento da PF para 2016,e que poderá comprometer diversas operações em curso e futuras investigações seja as de combate ao roubo de cargas ou às de corrupção.

http://noticias.r7.com/blogs/helcio-zolini/delegados-federais-apontam-omissao-do-ministro-da-justica-no-desmonte-e-sucateamento-da-pf-20151229/
Sidnei Luis Reinert
30/12/2015 11:14
Jaques Wagner fala como Presidente-paralelo e culpa Dilma por falhas que causam o desastre econômico


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Ao decretar o aumento do salário mínimo para R$ 880, a partir de 1º de janeiro de 2016, Dilma Rousseff tem a pretensão de aquecer a economia e, sobretudo, fazer média com o eleitorado mais pobre, no desespero para esfriar a onda do impeachment e reduzir seus elevados índices de impopularidade. Complicadíssimo será a Presidenta explicar como sua incompetência conseguiu sextuplicar o rombo nas contas públicas - que chega a R$ 549 bilhões ou 10,2% do Produto Interno Bruto (tudo que a economia produz) Só a dívida interna chegará a 70,7% do PIB em 2016.

Só os 11,67% de reajuste no salário mínimo vai custar R$ 30,2 bilhões para as contas de um desgoverno que opera no vermelho (na ideologia e no caixa do tesouro). Diante de contas que não fecham, o Ministério do Planejamento foi forçado a antecipar que tem R$ 27,3 bilhões já estão previstos no Orçamento de 2016. Mas o restante de R$ 2,9 bilhões não estão na peça orçamentária. Logo, o rombo será mais um argumento canalha para criação do 93º imposto, a CPMF.

O rombo no setor público impacta negativamente a atividade econômica. O Estado (mau gastador) só encontra uma "saída" para cobrir a situação deficitária: aumentar a carga tributária, que já é violentíssima, e botar suas "gestapos" fiscais para detonar os contribuintes (pessoas físicas e empresas) que estejam em dívida com a Receita Federal. Um 2016 com desequilíbrio nas contas públicas é um péssimo presságio para o futuro imediato de Dilma - na corda bamba. O empresariado não aguenta mais ser extorquido pela máquina estatal. O cidadão comum já entende o processo de roubalheira e começa a se rebelar.

Foram ridículos os argumentos usados ontem pelo presidente-paralelo do Brasil, homem de confiança do Presidentro Lula, o baiano Jaques Wagner. O Ministro da Casa Civil, de forma patética, admitiu que parte dos problemas econômicos enfrentados pelo país foi provocada por medidas adotadas no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Praticamente, Wagner assinou um atestado de incompetência de Dilma e do ex-ministro da Fazenda dela, Guido Mantega, que coincidentemente também presidiu o Conselho de Administração da Petrobras, sucedendo a Dilma.

Jaques Wagner sentenciou: "Nós (governo) perdemos receitas, além de erros que foram cometidos em 2013, 2014, como desoneração (tributária) exagerada, programas de financiamento que foram feitos num volume muito maior do que a gente aguentava e que, portanto, quando a gente abriu a porta de 2015, você estava com uma situação fiscal... Por isso que o ano foi tão duro".
Herculano
30/12/2015 09:58
FLORES NO ASFALTO, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

O jornalista observa a pilha de números nas planilhas e procura alguma informação para escrever um texto menos deprimente na virada do ano, dias de esperança para as pessoas normais.

Com lupa, acha um botão mínimo de esperança. Nem chega a ser uma flor que nasce no asfalto, como no poema de Drummond, que é feia, mas é flor ("Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio."). Mas é o que temos.

A confiança dos "agentes econômicos" dá um sinal de que, talvez, possa ter chegado ao fundo do poço. Pesquisas mostram a cada mês o que consumidores e empresários acham de sua situação atual e as expectativas quanto a compras, emprego, estoques, vendas, produção e investimento. O ânimo ainda está nas mínimas já registradas, mas num e noutro caso despiorou de leve, em dezembro.

A confiança do empresário industrial, do setor de serviços e do pequeno e médio empresário melhorou um tico, após meses de derrocada.

Isso não quer dizer que a produção vai crescer tão cedo (não antes do segundo semestre). Quer dizer apenas que, talvez, queiram os céus, o desânimo parou de crescer. No caso do comércio e dos consumidores, a coisa ainda é triste. Entende-se.

Pode ser que parte da indústria e do setor dos serviços sinta uma brisa de melhora por causa da desvalorização do real. Compra-se muito menos lá fora, viaja-se menos para o exterior. Gasta-se um pouco mais aqui, pois ficou caro comprar importados.

O varejo e consumidores, porém, sentem cada vez mais o efeito retardado da recessão, que começara já em 2014. Emprego e consumo começaram a apanhar neste ano. Em termos anuais, o rendimento nacional médio havia apenas estagnado, até setembro (último dado disponível).

Aqui, então, a flor de Drummond dá uma murchada. O desemprego vai aumentar, o rendimento nacional médio do trabalho vai cair e reduzir o consumo outra vez. O varejo deve encolher 4% em 2015. Entre 2004 e 2012, as vendas do varejo cresciam 8% ao ano, em média.

Mesmo que a economia pare de piorar, que a produção (PIB) fique estagnada durante 2016, o efeito "nas ruas" deve ser mais sentido.

Estagnação no caso significa que, trimestre sobre trimestre, a produção (o PIB) não aumenta em 2016, ficando no mesmo nível deste trimestre final de 2015. No entanto, o quarto trimestre de 2015 terá sido pior que o terceiro trimestre, que foi pior que o segundo, que foi pior que o primeiro de 2015.

Na média, a economia (produção) de 2016 vai ser, portanto, menor que a de 2015, pelo menos 2% menor, em caso de estagnação daqui em diante. Uma economia menor em tese precisa empregar menos gente. Mesmo que a economia se recupere, as empresas terão capacidade ociosa: podem produzir mais sem comprar mais equipamentos ou sem contratar mais gente. O efeito da recessão no emprego vem mais tarde; o efeito da recuperação também.

A recuperação, porém, depende das condições macroeconômicas (gastos do governo, inflação), ainda um caos horrendo. Dá para melhorar, previsão não é destino nem maldição. Com um governo ausente e alienado da realidade, porém, vai ser difícil mudar.

Enfim, o jornalista espera estar vergonhosamente errado sobre 2016. Um ano de paz para todos nós.
Herculano
30/12/2015 09:52
ANO NOVO?, Roberto Damatta, para o jornal O Globo

Jamais fui espectador de tantos atores medíocres tentando fazer o papel público que lhes cabia desempenhar e, em pleno ato, desabando

Chega o Ano Novo (do calendário), e eu me sinto mais velho do que nunca. E o nunca é uma palavra pesada porque - além de predispor quem a usa ao traiçoeiro cacófato (veja-se, o trivial e horrível "nunca-ganha") - ela se refere a um tempo sem tempo...

O fato, porém, é que o menino dentro de mim tem que segurar esses incríveis dois milênios, uma década e seis anos. E o menino é também um velho ?" ou um jovem de idade, como me diz um bondoso geriatra ?", está tão alarmado quanto esperançoso. Já tivemos passagens mais auspiciosas e menos vexatórias.

O novo ano que era sempre "bom" tornou-se duvidoso. Todas as previsões econométricas e éticas dizem que ele vai ser um ano ruim. Mas como festejar um "mau ano" na virada protocolar com a qual marcamos o tempo, dividimos eras e, mais uma vez, tentamos cortar a água?

Revolvi calendários de muitas crises ?" suicídio de Vargas, golpe militar, ditadura, ato institucional, prisões por motivos políticos, ódios partidários irremissíveis, discussões acaloradas permeadas de bofetes, hiperinflação e roubalheiras com macumba presidencial ?" e eis que muitos desses supostos antigos brasileirismos estão na nossas costas neste ambíguo e novíssimo 2016.

Posso fugir do espaço, mas não posso me evadir do tempo. E para aumentar minhas ansiedades, inauguramos um belíssimo Museu do Amanhã justo num momento que o amanhã ensolarado do progresso, da solução de problemas recorrentes, e de um Brasil mais justo, administrado com mais rigor e honestidade, sumiu de todos nós.

Em 2016, não será fácil "arrumar" esse nosso Brasil do qual sabemos mais do que queremos. A restrospectiva é tenebrosa.

Jamais vi em toda a minha vida um desmanche tão grande do drama político nacional.

Jamais fui espectador de tantos atores medíocres tentando fazer o papel público que lhes cabia desempenhar e, em pleno ato, desabando pela mais completa ausência de sinceridade diante do papel. A presidente, por exemplo, não consegue acertar as falas nem quando as lê!

Não se assiste a tal desastre sem pedir de volta o dinheiro da entrada. Imagine a cena: o presidente da Câmara, sério e de olho na câmera, diz não ter conta na Suíça. Dias depois, a procuradoria suíça o desmente. O presidente nega mentira dita em tempo real. Uma lógica idêntica enquadra o presidente do Senado, o qual fala como um pároco moralista, quando se sabe que ele próprio deve explicações à Republica. Mas, muito pior que isso, é aguentar a recapitulação da roubalheira planejada e consentida da Petrobras. Um roubo inédito do governo roubando a si mesmo.

E nisso vai a conta dos generosos empréstimos do BNDES ao Sr. Bumlai, amigo do peito do ex-presidente Lula, um cara que tinha entrada livre no Palácio. Um amigo de fé mas com o qual Lula somente falava de coisas banais e impessoais. Nem futebol Bumlai discutia com Lula, o qual, como informante da polícia, afirma que a Petrobras era controlada pelo famoso "guerreiro do povo brasileiro", José Dirceu. Herói injustamente condenado que, contudo, teve a imaginação e a capacidade para ganhar mais do que nós recebemos em todas as nossas vidas enquanto estava é mais embrulhado com a lei do que presente de Natal. Dentro em breve, porém, eis uma boa nova no novo ano: circula que ele será indultado.

No Brasil sempre valeu o axioma do "aos inimigos a lei; aos amigos, tudo!" Menos, é claro para o ex-presidente Lula, para a presidenta Dilma e para os petistas graduados. Entre eles, não cabe esse lema político que tem fabricado a História do Brasil e explicado o país mais do que a fábula da tal "Revolução Burguesa". Revolução aliás, com burguesia, mas sem os burgueses de Maupassant, Balzac e Flaubert.

Vamos entrar 2016 com a República nos devendo muito. Sobretudo no que tange ao equilibrio delicado entre Executivo, Legislativo e Jucidiário, pois o que testemunhamos é o alto risco de um total desequilibrio entre esses poderes. Isso para não falar da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal.

Mesmo não sendo pessimista, eu sei que devemos todos passar por um sério momento de reconstrução da honestidade e do sentido de dever neste ano de 2016. Caso contrário, morremos civicamente.

De um lado, tudo retorna mas volta como farsa, conforme se gosta de repetir, mas como densa tragédia; do outro, tudo vai ser novo e cristalino porque assim exigimos. E nisso está, espero, o espirito de 2016.
Herculano
30/12/2015 09:49
ESPERTEZAS, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central,para o jornal Folha de S. Paulo

Parte 1

Normalmente deixaria para minha última coluna de 2015 alguma reflexão sobre o ano que passou, ou algo sobre o que virá, mas, como a usina de más ideias não parece ?"diferentemente de tantas outras?" estar em férias coletivas, não tenho alternativa que não examinar mais uma bobagem em gestação. Há, segundo Fernando Rodrigues, estudos por parte da equipe econômica para elevar a meta de inflação dos atuais 4,5% para 5,5%.

O motivo não poderia ser menos nobre. O BC já havia deixado claro na ata do Copom do final de novembro (e reiterado a mensagem no Relatório Trimestral de Inflação divulgado na semana passada) que, muito embora tenha (mais uma vez) adiado a convergência da inflação para a meta para 2017, "adotará as medidas necessárias (...) [para] trazer a inflação o mais próximo possível de 4,5% em 2016, circunscrevendo-a aos limites estabelecidos pelo CMN (...)". Em outras palavras, não quer permitir que a inflação ultrapasse novamente o limite superior do intervalo em torno da meta, 6,5%.

Dado, porém, que as expectativas para 2016 já se encontram em quase 7% (o Banco Central projeta pouco mais que 6%, mas seu histórico de previsões não sugere que devamos acreditar nisto), entre as "medidas necessárias" se encontra muito provavelmente novo ciclo de elevação da taxa de juros, a se iniciar em janeiro.

Assim, ao elevar a meta de 4,5% para 5,5%, o limite superior passaria de 6,5% para 7,5%, esperteza que, de acordo com os idealizadores da proposta, tiraria do BC o ônus de subir a taxa Selic.
Herculano
30/12/2015 09:49
ESPERTEZAS, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central,para o jornal Folha de S. Paulo

Parte 2

Como se costuma dizer, todo problema complexo tem uma solução simples e, obviamente, errada.

A proposta implicitamente pressupõe que as expectativas dos agentes econômicos se manteriam inalteradas, mesmo após o anúncio de nova informação, isto é, que, mesmo sabendo que o BC passaria a perseguir um alvo distinto (e, para deixar claro, o alvo a que me refiro não é a meta, mas seu limite superior), as pessoas passivamente ignorariam esta valiosa informação ao negociarem seus salários ou definirem seus preços.

Posto de outra forma, a ideia de que se pode evitar o aumento de juros por meio da elevação da meta para a inflação se baseia na noção que pessoas são incapazes de entender o que está ocorrendo. Não chega a ser surpreendente, pois vem do mesmo tipo de "economista" que acredita que indivíduos têm que ser tratados como crianças, tutelados pelo "papai Estado".

A adoção de tal medida, porém, levará justamente ao contrário do esperado pelos autores da proposta. As expectativas de inflação (e não apenas para 2016) irão subir refletindo a nova informação.

Por causa disso, salários e preços subirão mais do que fariam caso a meta tivesse sido mantida, acelerando adicionalmente a inflação e o BC será obrigado a elevar ainda mais a taxa de juros (ou a aceitar inflação mais alta). Um caso clássico de tiro que saiu pela culatra, apenas mais um entre tantos que tivemos o privilégio de testemunhar nos últimos anos.

O regime de metas para a inflação está em vigor desde 1999, tempo mais do que bastante para que o entendimento acerca de seu funcionamento já estivesse suficientemente difundido de forma a evitar que propostas como esta viessem à luz do sol. Mas não: erradicar o analfabetismo econômico é tarefa que não cessa.
Herculano
30/12/2015 09:43
TEORIA E PRÁTICA, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Parte 1

Trava-se neste final de ano interessante embate entre a realidade e a mistificação, entre o discurso e a prática, em que o populismo político revela-se na sua plenitude. Há diversos exemplos pelo país, como a aposta no "bilhete premiado" do petróleo do pré-sal que, assim como o governo federal, pegou o grupo político que governa o Rio de Janeiro há quase dez anos de calças-curtas.

Da mesma forma que ocorreu no país, montou-se no Rio um pretenso esquema de proteção social que não resiste à realidade da crise financeira. A saúde pública, que serviu de modelo para propaganda eleitoral, hoje está falida; as UPAs estão fechadas na maior parte e os hospitais não têm condições de funcionar.

As UPPs, que pareciam a redenção da política de segurança pública, estão sendo colocadas em xeque não apenas pelos grupos criminosos, mas pelos policiais criminosos que lhe retiram a credibilidade junto à população. E a falta de dinheiro inclui mais um dado negativo nessa equação, colocando em risco instrumentos fundamentais no combate ao crime, como o Disque-Denúncia.

Mas a disputa entre a corporação da Polícia Federal e o Ministério da Justiça, a que está subordinada administrativamente, é a mais exemplar delas, colocando em confronto o discurso político vazio e a eficiência apolítica de uma instituição do Estado, não de um eventual governo.

O orçamento previsto inicialmente para a corporação chegava a R$ 1 bilhão, e o corte de 13% imposto atinge "o coração de atividades, como operações especiais de combate a malfeitos contra o Tesouro", segundo os delegados, que em carta exigiram do ministro José Eduardo Cardozo "menos discurso e mais ações efetivas do Ministério da Justiça em defesa da Polícia Federal".

O documento afirma que projetos estratégicos da PF "para a segurança da Nação" já vêm sofrendo processo de desmonte, como o Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado) e o Cintepol (Centro Integrado de Inteligência Policial e Análises Estratégicas), "por absoluta falta de recursos".

Esse duro questionamento contrasta com o discurso oficial, cujo melhor exemplo é do próprio ministro Cardozo, que classificou recentemente de "revolução republicana" as operações da Polícia Federal de combate à corrupção: "(...) uma revolução que fará, para nós, para os nossos filhos e para os nossos netos, um país diferente daquele que nós recebemos." Essa "revolução" vem sendo apresentada como obra da decisão política dos governos petistas, que "permitem" que a Polícia Federal e o Ministério Público atuem com independência na apuração dos escândalos de corrupção que proliferam no país. Como se dependesse do governo o bom andamento das investigações, coisa em que acreditam os políticos envolvidos na Operação Lava-Jato.
Herculano
30/12/2015 09:42
TEORIA E PRÁTICA, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Parte 2

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está convencido de que é perseguido de acordo com um projeto político do Palácio do Planalto, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, aproximou-se da presidente Dilma depois de ter flertado com a oposição, na crença de que ela tem poderes para controlar a Polícia Federal e, sobretudo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Mas não são apenas os envolvidos nas investigações que acreditam nessa lorota. Também o filósofo Renato Janine Ribeiro, depois de humilhado no cargo de ministro da Educação a ponto de ter ficado nele por apenas cinco meses, também é capaz de dizer coisas como essa: "Ouve-se que nunca houve tanta corrupção quanto hoje e, ao mesmo tempo, que nunca teve tanta gente processada e condenada. Para isso, a Polícia Federal, que é um braço do Executivo, tem sido decisiva. O Executivo, se quisesse, bloqueava a ação da PF. Não bloqueou nem com Lula nem com Dilma. Eles municiaram a PF e hoje se tem maior percepção sobre a corrupção e menor tolerância".

Ora, se um filósofo como Janine Ribeiro acha que o Executivo pode controlar a PF e não é capaz de distinguir um órgão do Estado de um simples "braço do Executivo", não é de surpreender que também ele seja capaz de relativizar o cumprimento das leis. Para Janine Ribeiro, o que há contra a presidente Dilma são meras "tecnicalidades" que não justificam um pedido de impeachment.

Burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal para se reeleger gastando o que não há no Orçamento, a ponto de quebrar o país, é uma simples "tecnicalidade" segundo o filósofo. Como convencer o homem comum que são essas "tecnicalidades" que aumentam a inflação, que fazem os juros subirem, que retiram o dinheiro da Saúde e da Educação, que Janine aceitou gerenciar sem planos e, sobretudo, nenhuma possibilidade de fazer qualquer coisa?
Herculano
30/12/2015 07:45
ESPECIALISTA: RUBÉOLA PODE PROVOCAR MICROCEFALIA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A infectologista Rosana Richtmann, do Hospital e Maternidade Santa Joana, de São Paulo, uma das mais respeitadas especialistas do País, definiu rubéola como virose em geral benigna, exceto na gestação. Seus estudos confirmam que em mulheres no início da gravidez a rubéola provoca várias deficiências, incluindo retardo do crescimento intra-uterino e no desenvolvimento neuropsicomotor, e microcefalia.

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Em seus estudos, Richtmann diz que o risco de anomalia congênita cai para 39% quando a rubéola é adquirida no 2º trimestre de gestação.

Mais do mesmo

Por meio da assessoria, o Ministério da Saúde insiste que só o zika vírus provoca microcefalia e garante que suas vacinas são seguras.

SEM CORTES, BOLSA FAMÍLIA TORRA R$ 25,3 BILHÕES

Apesar do desgaste político com a barganha para aprovar a redução da meta fiscal e mascarar o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Bolsa Família permaneceu intocado e já consumiu R$ 25,3 bilhões até novembro. Ao ritmo de gastos de R$ 2,3 bilhões por mês, o ano de 2015 será de recorde histórico em gastos do governo com o programa e deve ultrapassar os R$ 28 bilhões até janeiro de 2016.

Conta não fecha

O governo cortou investimentos, mas manteve a distribuição do Bolsa Família e contribui diretamente para inflação galopante de mais de 10%

Recordes a caminho

A gastança do governo será comprovada com dois recordes em 2015: Bolsa Família ?" R$ 28 bilhões e Orçamento ?" déficit de R$ 120 bilhões.

Curral eleitoral

Bahia, Maranhão, Pernambuco e Ceará estão entre os cinco maiores beneficiários, junto com São Paulo. Os quatro levaram R$ 13,1 bilhões.

Tudo igual

A oposição não poupou críticas à promessa de Dilma de extinguir 3 mil cargos. Apenas 346 vagas foram efetivamente cortadas. "Não passa de promessa", assegura o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ).

Analfabetismo palaciano

A Secretaria de Imprensa da Presidência divulgou "alerta" sobre o novo Acordo Ortográfico. O texto diz que "entrará em vigor dia 01 de Janeiro as novas regras". Faltou avisar para ignorar a concordância verbal.

Capo de tutti capo

Mercadante (Educação) passará o fim de ano no Uruguai. No voo para Montevidéu, segunda (28), tentou não ser reconhecido enfiando a cara num livro significativo: "O chefão dos chefões", de Vito Bruschini. Não é a biografia do ex-presidente Lula, mas um livro sobre a máfia italiana.

Virou rotina

O ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) foi hostilizado no restaurante Nippon, em Brasília. Numa atitude cada vez mais rotineira, foi chamado de ladrão por um grupo insatisfeito com a corrupção.

Judas da vez

O discurso sobre a crise econômica já está afinado entre petistas para a campanha nas eleições municipais de 2016. A culpa será colocada nas "ideias conservadoras" do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy.

Chance rara

Nelson Barbosa (Fazenda) aproveitou reunião com governadores para fazer lobby pela volta da CPMF. O objetivo é terceirizar a pressão pela recriação do imposto porque os aliados do Planalto no Congresso têm fugido do ministro para não ter que dividir o desgaste em ano eleitoral.

Tapete curto

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) diz que o governo pretende enfraquecer o impeachment ao quitar R$ 57 bilhões das pedaladas fiscais: "Dilma quer jogar para debaixo do tapete o rombo bilionário".

Assalto oficial

Após usar garantia para substituir a película do celular, leitor passou a ser coagido pela Receita com a cobrança de R$ 101 em impostos para liberação do produto, além de taxa de armazenagem caso não pague.

Pensando bem?

? faz todo sentido Mantega considerar Barbosa 'a pessoa certa' para o momento da economia: nenhum dos dois se entende com ela
Herculano
30/12/2015 07:37
MANCHETE DE SÃO PAULO, SERÁ REPETIDA AQUI

O prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, PT, anunciou o aumento dos ônibus de lá de R$3,50 para R$3,80

Esta manchete vai se repetir por aqui já já. É a tal inflação alta sem controle pelo governo do PT, e que solapa os baixos salários dos trabalhadores, os eleitores preferidos do PT
Herculano
30/12/2015 07:31
O MUNDO VIRTUAL DE DILMA ROUSSEFF, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Há um ano a doutora Dilma assumiu seu segundo mandato e discursou no Congresso. Já não precisava propagar as lorotas típicas das campanhas eleitorais. Vencera a eleição e, com a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, admitira a gravidade da crise econômica em que jogara o país.

Quem relê esse discurso fica com a pior das sensações. Sai do pesadelo de 2015 com a impressão de que entrará em outro, o de 2016. Não só pelo agravamento da situação econômica, política e administrativa do país, mas pela percepção de que a doutora vive em outro mundo ou julga-se com poderes suficientes para oferecer à população uma vida de fantasias.

Ela disse: "Em todos os anos do meu primeiro mandato, a inflação permaneceu abaixo do teto da meta e assim vai continuar".

Segundo as últimas projeções do mercado, ela fechará 2015 acima dos 10%, longe do teto de 6,5% e a maior taxa desde 2002. O estouro da meta era pedra cantada.

"A taxa de desemprego está nos menores patamares já vivenciados na história de nosso país."

?"timo, para discurso de despedida. O terceiro trimestre de 2015 fechou com a taxa de desemprego em 8,9%, a maior desde 2012, quando o IBGE começou a calculá-la com uma nova metodologia. Outra pedra cantada.

"As mudanças que o país espera para os próximos quatro anos dependem muito da estabilidade e da credibilidade da economia."

No primeiro ano de seu novo mandato o Brasil perdeu o grau de investimento. Em janeiro havia o risco. Nos meses seguintes, o governo tornou o rebaixamento inevitável.

Com a faixa no peito, repetiu platitudes: "Sei o quanto estou disposta a mobilizar todo o povo brasileiro nesse esforço para uma nova arrancada do nosso querido Brasil".

"Mais que ninguém sei que o Brasil precisa voltar a crescer."

As duas frases diziam nada, pois um país não cresce ou deixa de crescer por falta de disposição dos governantes. A disposição da doutora levou-a a uma arrancada, em marcha a ré. A economia encolheu em 2015 e encolherá de novo em 2016.

"A luta que vimos empreendendo contra a corrupção e, principalmente, contra a impunidade, ganhará ainda mais força com o pacote de medidas que me comprometi durante a campanha, e me comprometo a submeter à apreciação do Congresso Nacional ainda neste primeiro semestre."

No segundo semestre ela baixou a Medida Provisória 703, refrescando a vida das empreiteiras apanhadas na Lava Jato. Favorecendo a impunidade, ela permite que as empresas voltem a receber contratos do governo sem que seja necessário admitirem "sua participação no ilícito", como exigia a lei 12.846, assinada em agosto de 2013 por Dilma Rousseff.

Quando a doutora tomou posse, ela sabia que o "nosso querido Brasil" estava patinando, longe de uma arrancada. Não precisava ter dito o que disse.

Em outros momentos do seu discurso, fez gentilezas e promessas que devem tê-la levado ao arrependimento: "Sei que conto com o apoio do meu querido vice-presidente Michel Temer, parceiro de todas as horas".

Esqueça-se que "nosso lema será: Brasil, pátria educadora!"

Dilma Rousseff concluiu seu discurso com uma nota poética: "Esta chave pode ser resumida num verso com sabor de oração: 'O impossível se faz já; só os milagres ficam para depois'".

Entre o impossível e o milagre, deixou de fazer o possível.
Herculano
30/12/2015 07:18
SEM RISCO DE DAR CERTO, por Carlos Brickmann

Como na esplêndida saga de Asterix, todo o futuro político do país está sujeito às investigações da Operação Lava Jato. Todo o futuro político do país? Não: um grupo formado por irredutíveis aliados da corrupção ainda resiste aos investigadores. E, como agora, com boas chances de êxito: o truque é secar a verba da Lava Jato. Transportar o japonês, botar o jatinho para voar, alojar e alimentar os presos, tudo é caro. O investimento é rentável, não só pelo combate à corrupção, mas por recuperar dinheiro gatunado. Até novembro, só as delações premiadas tinham rendido R$ 2,5 bilhões ao Tesouro - e ainda há muito roubo a repatriar.

Corte-se a verba e a investigação sofre. Para 2016, o Governo, com apoio do Congresso - onde há tantos investigados - cortou R$ 133 milhões do dinheiro previsto para a Federal. Enquanto os recursos caem, a inflação eleva as despesas.

A quem recorrer? Bem, a Polícia Federal é funcionalmente ligada ao Ministério da Justiça, ocupado por José Eduardo Cardozo. Foi para ele que 37 delegados da Federal enviaram uma carta pedindo "menos discursos e mais ações efetivas do Ministério da Justiça", para impedir que a Polícia Federal "seja alvo de um processo de sucateamento em razão do cumprimento de sua competência constitucional: combater o crime organizado, os crimes decorrentes dos desmandos políticos e econômicos e a corrupção". Pedir ao Governo que não atrapalhe quem o investiga é como solicitar ao sr. lobo que ajude a proteger os cordeiros.

Se até o Mar Vermelho se abriu, como mostrou a Record, por que não outro milagre?
Herculano
30/12/2015 07:16
SEM RISCO... por Carlos Brickmann

Falta dinheiro no Rio para cuidar dos doentes (e, em onze hospitais, até para permitir que sejam admitidos, mesmo para deixá-los no chão dos corredores). O salário dos professores da rede estadual está atrasado; nas escolas falta merenda.

Mas não falta quem aproveite a confusão para cuidar do seu. De gente que já ganha melhor (http://www.chumbogordo.com.br/4155-a-justica-da-justica/) até empresas cujos pedidos financeiros são bem vistos pelo Governo do Estado. Neste finzinho de ano, todo mundo meio desatento, o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, concedeu subsídio de R$ 39 milhões à Supervia, empresa do grupo Odebrecht que explora os trens urbanos, para ajudá-la a pagar a conta de eletricidade. Explicação: o aumento nas tarifas foi superior ao previsto e afetou o lucro da empresa. É verdade: desta empresa e de todas as outras (e de todos os consumidores,inclusive o caro leitor).

Por que só a Supervia é beneficiada?

...DE DAR CERTO

Falta dinheiro no Rio para o 13º, e o governador sugeriu (não foi de brincadeira) que os funcionários peçam no banco um empréstimo pessoal. Promete que, no vencimento, o Governo paga tudo. O pagamento será feito pelo Saci.

A pagadora oficial, a Mula-Sem-Cabeça, não pode ajudar. Está ocupada em Brasília.

SEM RISCO DE DAR...

O Tribunal de Justiça da Bahia informou oficialmente que não vai pagar seus funcionários neste mês "por falta de repasse de verbas" do Executivo. De acordo com a nota, o TJ baiano tomou medidas "austeras e eficazes" para reduzir suas despesas. Se é nota oficial, do próprio Tribunal, só pode ser verdade. Mas é verdade que havia algum ainda, que foi usado para pagar as férias dos juízes aposentados. Como? Se são aposentados, como têm férias? Têm - e duas por ano, em julho e em dezembro, juntamente com os magistrados na ativa.

Não se espante: como dizia um eminente político baiano, Octavio Mangabeira, governador do Estado, "pense num absurdo. Na Bahia tem precedente".

SEM RISCO DE...

Insatisfeito com os partidos que existem por aí? Pois há um grupo, liderado pela ex-ministra e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina, que estuda a formação de um novo partido, o Raiz, que mistura um pouco da Rede, um pouco do discurso dilmês de Dilma e uma boa pitada de exotismo próprio. O setor de Comunicação do grupo, por exemplo, chama-se "Polinização". A Organização, "Colmeia". Na Articulação, ao lado de Luiza Erundina, está Célio Turino, que foi porta-voz da Rede de Marina Silva. Segundo disse Turino a "O Estado de S. Paulo", a estrutura do Raiz e da Rede é idêntica. Explicou, em dilmês dos mais castiços: "Teremos uma forma circular e horizontal de funcionamento".

...DAR CERTO

Um pouco sobre o Raiz - Movimento Cidadanista, de acordo com ele mesmo: "Bem vindx a Teia Digital da Raiz - Movimento Cidadanista" (o "x" é para indicar que pode ser bem vindo ou bem vinda). "Este grupo se destina a discussões e colaborações entre os membros a fim de estabelecer parâmetros e critérios para fundar um partido-movimento alinhado com o manifesto da Carta Cidadanista".

Fala-se de uma Teia Plenária Nacional realizada em 5 de setembro, e indica-se o caminho para quem quiser participar do movimento: deve-se preencher o formulário do cadastro, clicando em http://www.raiz.org.br/cadastro-para-colaborador-e-filiado/ Colmeia, polinização, teia, isso lembra Marina. E, lembrando Dilma, além do discurso há o nome do movimento: Raiz.

Eles também saúdam a raiz-mandioca.
Herculano
30/12/2015 06:58
QUANDO A BONIFÁCIO HAENDCHEN, NO BELCHIOR VIROU RIO

Foi ontem. Bastaram 15 minutos de chuva forte. E o drama de moradores e passantes naquela região se repetiu. E isto porque a prefeitura do PT criou uma superintendência para resolver este tipo de problema.
Sidnei Luis Reinert
30/12/2015 06:38
Toffoli e Janot fizeram dobradinha na Ararath

Brasil 28.12.15 09:47
Ontem, O Antagonista revelou que um triplex vizinho ao de Lula no condomínio Solaris, no Guarujá, pertence a uma offshore criada em Nevada pelo mesmo escritório que abriu outras offshores ligadas a Wesley Batista, presidente do grupo JBS.

O elo de Batista se dá na empresa Global Participações, epicentro de um complexo esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e financiamento de campanhas políticas no Mato Grosso descoberto pela Operação Ararath.

Em maio de 2014, a pedido de Rodrigo Janot, Dias Toffoli decretou sigilo nos autos da Ararath. Desde então, a investigação pouco avançou sobre Wesley Batista.

http://www.oantagonista.com/posts/toffoli-e-janot-fizeram-dobradinha-na-ararath
Pernilongo Irritante
29/12/2015 21:15
A partir de primeiro de janeiro entra em vigor o novo salário mínimo R$ 880,00 com um aumento de R$ 92,00. Diz o governo que é ótimo porque repõe a inflação perdida no ano e aumenta o poder de compra.
Peraí gente burra! Se repõe a inflação, como pode aumentar o poder de compra?
Governinho microcefalia.

A Dilma aumentou a pena para quem comete crime de estelionato contra pessoas com 60 anos ou mais.
Então porque a Dilma continua solta?
Almir ILHOTA
29/12/2015 21:15
HERCULANO

Esta cada vez mais difícil achar argumentos para criticar nosso governante, ( Daniel Bosi ), e seus assessores, pois o que vimos em ILHOTA é uma mesmice de sempre, pois o que antes era feito, como na cultura com a encenação do nascimento de CRISTO, o concurso de TERNO DE REIS, promovido pela secretaria de TURISMO de ILHOTA a cargo da sempre competente MARISA PEREIRA, SEQUER FOI MENCIONADO NESTE FINAL DE ANO, MAS TUDO BEM SEM QUERER ME ALONGAR MUITO, DEIXO MEU ABRAÇO.
Digite 13, delete
29/12/2015 18:19
Oi, Herculano;

"Embriagues de Eduardo Cunha atropela ciclista"

Esta notícia da manchete acima é do portal IG desta tarde. Trata-se de uma informação canalha, típica da pior imprensa marrom que já se conheceu no Brasil.

O título da notícia foi disponibilizado exatamente sob outra informação, esta relacionada com o presidente da Câmara.

A informação sobre a embriagues de Eduardo Cunha, tem a ver com um vereador do PRB de Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas, que possui o mesmo nome do presidente da Câmara.

A idéia do IG, como de outros sites, portais e sites chapas-brancas colocados a serviço do governo Dilma e do PT, é confundir o leitor desavisado e encorpar a campanha de calúnias, injúrias e difamações desfechados contra o presidente da Câmara, tudo com o objetivo de retirar-lhe as condições políticas e morais capazes de empurrar adiante o processo de impeachment movido contra a presidente da República.

Trata-se de crime comum e nunca crime de opinião ou de imprensa".
Do blog do Políbio

Sábia natureza que nos fez ter início - meio - fim. E o fim destes abutres está perto.
Mariazinha Beata
29/12/2015 18:03
Seu Herculano;

A Erundina vai fundar o partido Raiz.
Com a "teia", a "polinização" e a "colmeia", ela será a abelha rainha?

Bye, bye!
Herculano
29/12/2015 17:31
A PARTIR DE PRIMEIRO DE JANEIRO O SALÁRIO MÍNIMO SERÁ R$ 880

Conteúdo da revista Exame. Texto de Rita Azevedo.A partir do dia 1° de janeiro, o salário mínimo no país será R$ 880,00 - um aumento de pouco mais de 11,5% em relação a este ano.

O governo afirmou, em nota, que o reajuste dá continuidade "à sua política de valorização do salário mínimo, com impacto direto sobre cerca de 40 milhões de trabalhadores e aposentados, que atualmente recebem o piso nacional".
Ana Amélia que não é Lemos
29/12/2015 13:48
Sr. Herculano:

Já que ressuscitaram a Erundina, veja o que achei dela no O Antagonista.

"Erundina e a raiz alucinógena

Luiza Erundina aproveitou que a Rede de Marina Silva virou linha auxiliar do PT para ocupar seu lugar na defesa de bandeiras ambientalistas.

Ela vai fundar o partido "Raiz Movimento Cidadanista", que promete aprofundar o conceito de política verde.

Na página da internet, estão os princípios baseados na "visão dos povos originários da América", na "ética Ubuntu" e no "ecossocialismo". A plenária do partido chama-se "teia", comunicação é "polinização" e organização é "colméia".

Vamos voltar para as árvores?

Erundina, politicamente vive em estado vegetativo. Já houve morte cerebral, está na sobrevida com o auxílio de aparelhos.
Belchior do Meio
29/12/2015 13:22
Sr. Herculano:

Comentário da 13:02Hs.

Alguém pode levar a sério um sindicato que é braço político de uma organização criminosa?
É revoltante.
Paty Farias
29/12/2015 13:18
Oi, Herculano;

Do jornalista Políbio

"A presidente Dilma Rousseff foi hostilizada por um grupo de ciclistas nesta segunda-feira, 28, enquanto pedalava pelos arredores do Palácio da Alvorada.

O grupo se manifestou ao passar pela presidente, nas proximidades da avenida L4, durante o seu já habitual exercício matinal. Um dos ciclistas vaiou e gritou "fora, Dilma", mas o grupo não tentou se aproximar da presidente e ela seguiu o seu percurso normal."

Isso é porque o local onde a Anta Palciana pedala é em lugar fechado. Não é um parque aberto ao público como o "nosso" Ramiro Ruedger.
Parabéns ao peitudo.
Herculano
29/12/2015 13:02
NOTÍCIA DA HORA EM BLUMENAU

?"nibus da Rodovel são apedrejados nesta manhã de terça-feira. E por que, fato que a imprensa de lá preguiçosa ou alcoviteira - não explica?.

Porque a Rodovel é a única empresa em dia com os seus empregados. E o Sindicato, feita pelo pessoal do PT e Psol, acha isso um atentado às demais - Verde Vale e principalmente Glória -, que por serem mal administradas, não pagaram os salários de dezembro e o 13º.

O que quer o Sindicato? Que a competência de uma seja igualada a incompetência das demais, e a população - a e baixa renda, a sofrida, a majoritariamente eleitora do PT e Psol-, pague por isso, colocando em risco os seus próprios empregos numa época onde a economia de Dilma, PT, PMDB e outros dizimam as vagas e impõem sacrifícios aos mais fracos.

.
por: Alexandre Gonçalves 29/12/2015


Seis ônibus Rodovel foram apedrejados no começo da manhã desta terça-feira, 29, no décimo segundo dia de greve no transporte coletivo de Blumenau. A informação foi dada em primeira mão pela RBS TV e pelo G1 e foi confirmada pelo gerente de recursos humanos da empresa, Márcio Anthewitz.

Um dos veículos foi atingido na saída da garagem da empresa, no bairro Velha. Os demais circulando. Ninguém ficou ferido. Segundo Márcio, os relatos dos trabalhadores é de que os ataques foram parecidos e atingiram o para-brisa e a lataria dos ônibus. Os seis veículos prosseguem circulando, junto a frota de 25 que estão nas ruas.

Foto: Osvaldo Sagaz/ RBS TV
Foto: Osvaldo Sagaz/ RBS TV

A Rodovel é a única das três empresas do Consórcio Siga que está com a frota circulando, de forma reduzida. Os trabalhadores daquela empresa aceitaram a proposta de parcelamento semanal do 13º salário, em assembleia realizada no dia 20.

O Sindetranscol analisa quando chamará nova assembleia da categoria, para avaliar a nova liminar concedida pela Justiça do Trabalho. Quer mais tempo para tentar avançar mais na proposta. O aumento de 30 para 50% do bloqueio dos créditos futuros do Consórcio Siga é positivo, mas considerado insuficiente para o tamanho dos problemas dos trabalhadores
Herculano
29/12/2015 11:53
TARDA E FALHA, por Hélio Schwartsmann, para o jornal Folha de S. Paulo

Reportagem da Folha mostrou que as denúncias que o procurador-geral da República ofereceu ao STF contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador Fernando Collor (PTB-AL) no âmbito da Operação Lava Jato estão paradas há quatro meses. A título de comparação, o juiz Sergio Moro, que julga os réus da Lava Jato sem direito a foro privilegiado, leva em média 3,5 dias para decidir se acata ou não uma denúncia.

Evidentemente, o tempo da Justiça não é igual ao tempo da política ou da opinião pública. Se fosse, não teríamos decisões judiciais, mas linchamentos. Ainda assim, os quatro meses de intervalo ?"que se tornarão pelo menos cinco devido ao recesso no Judiciário?" parecem um tremendo exagero. O recebimento de uma denúncia, vale lembrar, embora possa ter enorme impacto na vida do acusado, está longe de significar uma condenação. O réu ainda terá pela frente inúmeras oportunidades para exercer sua ampla defesa.

O que chama a atenção, porém, é que a demora conspira contra a principal razão teórica a justificar o foro privilegiado. Esse polêmico instituto, que até o julgamento do mensalão era frequentemente descrito como sinônimo de impunidade, tem lá sua lógica. Ele serve justamente para dar celeridade ao processo. Se os casos penais envolvendo altas figuras da República são julgados logo de cara na mais alta corte do país, onde quase certamente terminariam, poupa-se a nação de meses ou até mesmo anos de indefinição cujos efeitos políticos tendem a ser sempre deletérios. Eleitores têm o direito de saber rapidamente se seus representantes são ou não culpados de crimes que lhes sejam imputados.

No Brasil, porém, no que talvez seja a maior perversão de nosso sistema legal, vale a pena para a parte que deseja furtar-se a suas obrigações apostar no protelamento das decisões. A proverbial morosidade de nossa Justiça talvez não seja acidental.
Herculano
29/12/2015 11:51
A MEDIDA PROVISORIA DO ESCÁRNIO, por Modesto Carvalhosa, para o jornal O Estado de S.Paulo

Parte 1

Mais uma vez o corrupto governo do Partido dos Trabalhadores mostra sua capacidade de zombar da cidadania, no seu soberbo desprezo pelos princípios da decência na administração da coisa pública.

Temos no País duas nítidas situações no que respeita a corrupção: de um lado, a Polícia Federal, o Ministério Público, a Justiça Federal e os tribunais superiores (STJ e STF) num duro combate que vem resgatando a honra do povo brasileiro; de outro, a presidente da República, o Ministério da Justiça, a CGU e a AGU, que de todas as maneiras vêm legalizando a corrupção, numa tentativa desesperada de manter o esquema de propinas que é a base fundamental do projeto hegemônico do PT.

Assim é que o governo (?) continua lutando dia e noite para legalizar definitivamente a corrupção. Para tanto emite medidas provisórias (MPs), decretos e portarias visando a permitir que a administração pública volte a contratar as 29 empreiteiras envolvidas nos delitos já detectados na Petrobrás, na Eletrobrás, no Dnit e demais antros do "organograma" governamental, devidamente aparelhados.

Em vez de generalizar o regime diferenciado, um hipotético governo idôneo, a esta altura do desastre, o que faria? Simplesmente teria adotado o sistema deperformance bond, quebrando, por meio dele, a interlocução direta entre as empreiteiras e os agentes do Estado, tal como há 120 anos se pratica nos EUA. Esse consagrado seguro de obras públicas transfere para as seguradoras a responsabilidade pelo justo valor contratado, pela fiscalização efetiva das medições dos serviços e pelo estrito cumprimento dos cronogramas. Mas o atual grupo que domina o País nada fez e nada fará nesse sentido.

Para esse inqualificável governo que está aí, essas empreiteiras não fizeram nada de errado. Foram somente seus diretores que erraram. As pessoas jurídicas não podem ser punidas, pois delas é que vêm os recursos da corrupção que amealham nos superfaturamentos, nas medições falsas de seus serviços, nos aditamentos de obras que nunca entregam, ou o fazem com atraso, mas sempre com péssima qualidade.

No seu heroico e pertinaz esforço de legalizar a corrupção, o governo petista entende existirem alguns empecilhos: a Operação Lava Jato, a Operação Zelotes e, sobretudo, a Lei Anticorrupção, que Dilma foi obrigada a engolir por força dos tratados internacionais que o Brasil assinou... para inglês ver. Segue-se mais um entrave que o Planalto entende que deva ser neutralizado: o intrépido Ministério Público Federal, que se tem valido das leis, como a de Improbidade e a de Licitações, da ação civil pública e outros consagrados diplomas legais para punir essas empreiteiras corruptas, impondo-lhes sanções severas, incluída a proibição de contratação com o poder público e ressarcimento cabal do produto dos crimes continuados de corrupção.
Herculano
29/12/2015 11:50
A MEDIDA PROVISORIA DO ESCÁRNIO, por Modesto Carvalhosa, para o jornal O Estado de S.Paulo

Parte 2

O esquema de legalizar a corrupção começou com o Decreto n.º 8.420, de março de 2015, que desfigurou completamente a Lei Anticorrupção, que é autoaplicável, não tendo necessidade de nenhuma regulamentação do Executivo. Em seguida vieram as famigeradas Portarias 909 e 910 da conivente e cúmplice CGU, desfigurando, mais uma vez, a Lei Anticorrupção. Logo depois surgiu a famigerada MP n.º 678/15, que derroga, pura e simplesmente, a Lei 8.666 ao instituir o "Regime Diferenciado de Contratações" para as obras contratadas pelo governo federal e, via de consequência, para suas pilhadas estatais. Vale dizer: nada de licitação, concorrência e quejandos. Haverá convites, evidentemente, para as empreiteiras que costumam pagar propina ao PT e demais "partidos da base aliada". E ainda mais agora que temos as eleições municipais, que demandam milhões em propinas, necessárias para serem reeleitas as gangues de prefeitos e vereadores que pilham, há décadas, grande parte dos municípios brasileiros.

E last but not least, mediante a MP n.º 703, de 18 de dezembro, a sra. presidente desfigura completamente o acordo de leniência instituído na Lei Anticorrupção para transformá-lo no instrumento de anistia plena, geral e irrestrita das 29 empreiteiras corruptas, trazendo-as de volta ao seio do governo.

Basta qualquer empreiteira corrupta, no presente e no futuro, assinar um documento pomposo, mas vazio de conteúdo, comprometendo-se a seguir regras de bom comportamento, tais como código de ética, auditorias internas e outras perfumarias, para voltar ao convívio pleno da administração, continuando as obras superfaturadas ou iniciando novas que propiciem fartamente propinas para os agentes públicos, os políticos e os partidos situacionistas.

Mas não para aí essa sórdida MP. Tão logo a empreiteira corrupta faça voto de castidade, ficam extintos todos os processos judiciais e administrativos, com base em quaisquer leis vigentes, no que respeita às virtuosas empresas arrependidas e indultadas. Nenhuma multa, nenhum ressarcimento ou outra penalidade serão aplicados às empreiteiras que farisaicamente prometerem, no papel, comportar-se bem doravante. Ficam isentas de reposição dos valores que roubaram do poder público. E, assim, as ações que o Ministério Público ou qualquer outro órgão ou ente administrativo estejam promovendo contra essas pobres empreiteiras ficam extintas no exato momento em que elas assinarem o misericordioso "acordo de leniência".

A edição dessa MP 703, que legaliza o crime, escancara o caráter absolutamente corrupto do governo. Como é que a presidente Dilma, ao assinar e remeter ao Congresso essa abjeta MP, poderá, doravante, afirmar que não é corrupta? E, agora, também se pergunta: o nosso Ministério Público Federal ?" a quem a Nação deve muitíssimo ?" vai deixar por isso mesmo? Trata-se de um "diploma" absolutamente inconstitucional ao legalizar a corrupção no País. Não se trata de uma medida provisória. Trata-se de um corpo de delito
Herculano
29/12/2015 11:47
CORRUPÇÃO, IMPEACHMENT E REFORMA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Tomar os desejos pela realidade é um vezo tipicamente petista do qual o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deu um magnífico exemplo em entrevista publicada no Estado. É claro que um ministro de Estado, principalmente da área política, tem de ter o dom de manejar com habilidade as palavras, o que implica responder sempre o que lhe convém e não necessariamente o que foi perguntado. Mas o abuso desse recurso retórico pode se tornar uma faca de dois gumes. Ao tomar a iniciativa ?" em quatro respostas sucessivas a questões que não se referiam exatamente ao impeachment - de trazer o assunto à baila para desqualificá-lo, Cardozo revelou uma preocupação obsessiva com o tema do afastamento da presidente, o que contradiz a tranquilidade que procurou sempre, por dever de ofício, aparentar em relação à grave crise política que o governo impopular de Dilma Rousseff enfrenta.

Para o ministro da Justiça, "as condições para um processo de saída da crise agora estão dadas", o que significa que "a realidade política começa a ser pacificada" e "começa, cada vez mais, a se caracterizar a rejeição de um impeachment". "Ou seja, fica cada vez mais claro que o impeachment não é solução." Ora, ninguém com um mínimo de bom senso e responsabilidade pode achar que o impeachment de Dilma Rousseff é uma "solução". Trata-se de um recurso constitucional de absoluta excepcionalidade que se oferece a uma sociedade livre e democrática não como um fim em si mesmo, mas como um meio para atingir objetivos maiores. No caso, para a remoção de uma presidente que cometeu crime capitulado em lei e também de um obstáculo ao efetivo combate à crise política, econômica, social e moral que infelicita o País por obra e graça da irresponsabilidade populista, do sectarismo ideológico e da absoluta incompetência da chefe do ministro.

Mas para o titular da Justiça o processo de impeachment, defendido por dois em cada três brasileiros, é apenas um ato de "vingança" de Eduardo Cunha, que "não tem fundamento" legal. Para Cardozo, ser favorável ao impeachment é "defender o quanto pior melhor", expressão corrente na retórica petista dos momentos difíceis, a que o ministro recorreu mais de uma vez na entrevista.

É bizarra também a posição do auxiliar de Dilma em relação à corrupção que contamina hoje praticamente toda a administração pública. Chega a ser tocante a delicadeza com que se refere à participação do PT nos esquemas de corrupção que já botaram atrás das grades dois de seus ex-presidentes e dois ex-tesoureiros: "É evidente que o PT sofrerá críticas e será acusado por um eventual erro que alguns dos seus dirigentes e militantes fizeram". Ou seja, o mensalão e a farra da propina na Petrobrás, para citar apenas os exemplos mais luzidios, foram apenas "eventual erro" de dirigentes ?" e não uma estrutura criminosa montada na administração pública para garantir os recursos necessários à realização do "projeto de poder" do PT.

O mais notável, porém, é a sutil tentativa de Cardozo de relativizar a responsabilidade do PT nos casos de corrupção com o argumento de que esses malfeitos só estão sendo investigados e punidos porque os governos do PT assim o quiseram. Mais ou menos assim: a corrupção não existe porque é praticada. Existe porque é descoberta.

Mas José Eduardo Cardozo, justiça seja feita, é extremamente crítico do sistema político que elegeu e tem mantido o PT no poder: "É um sistema que gera corrupção e que gera problemas estruturais no âmbito da governabilidade". Mais: "Eu tenho que atacar as causas, como também tenho que combater os efeitos. Combatem-se os efeitos punindo e prendendo os corruptos. A lei vale para todos. Mas tenho que atacar as causas. E elas, em larga medida, remontam a questões estruturais de nosso sistema político. Isso só pode ser enfrentado com uma reforma".

Pena que o PT, há 13 anos no poder, jamais tenha cogitado a sério colocar sua influência, hoje decadente, a serviço da concretização de uma ampla reforma política. Dilma Rousseff, por exemplo, prefere continuar praticando o toma lá dá cá e arcando com os "problemas estruturais no âmbito da governabilidade". Como revolucionária que ainda é, a palavra "reforma" causa-lhe engulhos.
Herculano
29/12/2015 11:43
A DESIGUALDADE NÃO É IMORAL, por João Ferreira Coutinho para o jornal Folha de S. Paulo

Fato: Cristiano Ronaldo tem mais dinheiro do que eu. Tem mais casas. Tem mais carros. Tem mais roupas. E, quando ele se despedir do futebol, é provável que Ronaldo tenha uma aposentadoria mais confortável do que a minha (digo "é provável" porque o futuro é sempre incerto por definição).

Pergunto: existe entre mim e Ronaldo um problema de "desigualdade econômica"? E, já agora, devemos combatê-la porque todas as desigualdades são imorais?

Calma, leitor, não responda já. Afinal de contas, eu tenho um casa. Tenho um carro. Tenho um salário. Os meus vizinhos não têm nada. Metade do meu país também não. Em nome de uma sociedade verdadeiramente igualitária, será que eu e os meus compatriotas devemos viver no mesmo patamar de pobreza?

Essas são algumas questões que Harry G. Frankfurt analisa em "On Equality" (sobre a igualdade), um dos livros do ano que quase passou ao lado do meu radar (obrigado, "L.A. Review of Books").

Neste pequeno grande livro, Frankfurt vira o debate do avesso. Os políticos gostam de combater as "desigualdades" porque acreditam que a desigualdade é sempre imoral. Mas, como vimos nos dois primeiros exemplos, nem sempre a desigualdade é imoral (Ronaldo tem muito; eu tenho o suficiente) e nem sempre a igualdade é invejável (uma sociedade onde todos são igualmente pobres não é uma sociedade decente).

A principal conclusão de Frankfurt é que aquilo que devemos considerar "imoral" não é a desigualdade "per se". O que é relevante é a existência de pobreza. Ninguém se comove com a desproporção entre a fortuna de Ronaldo e o meu conforto tipicamente "burguês". Coisa diferente é saber que o meu vizinho não tem o que comer ou vestir.

Consequentemente, Frankfurt afirma - e bem - que a política deve abandonar as suas fantasias igualitaristas e concentrar-se numa "doutrina da suficiência", um conceito muito mais complexo de realizar do que simplesmente dividir o bolo em fatias rigorosamente iguais.

O objetivo não é todos terem o mesmo ?"uma "engenharia social" que leva ao desastre porque os recursos são limitados. O objetivo é todos terem o suficiente. E o que é "suficiente"?

A resposta a essa pergunta leva-nos à segunda crítica que Frankfurt dispara contra o igualitarismo. Porque o problema do igualitarismo é pensar a situação dos mais pobres sempre em relação aos mais ricos. Uma "doutrina da suficiência" prefere olhar para as pessoas a partir das suas circunstâncias e necessidades pessoais.

Para regressar à metáfora do bolo: eu posso dividi-lo em dez fatias iguais para alimentar as dez pessoas sentadas à mesa. Mas esse igualitarismo cego pode ser uma forma perversa de desigualdade se eu não souber primeiro quem é o faminto; quem é o guloso; e quem já almoçou antes de chegar para a sobremesa. Uma "doutrina da suficiência" não desperdiça recursos com o guloso e prefere reforçar a dose do faminto.

O breve ensaio de Frankfurt é um pequeno prodígio de inteligência e elegância literária - qualidades raríssimas na reflexão filosófica. Pena que alguns pontos do livro não estejam suficientemente desenvolvidos.

O autor condena a pobreza; mas condena igualmente os excessos de riqueza por ver neles uma ameaça política e social para a "saúde" das democracias.

Conheço o argumento - desde Aristóteles. Duas observações. A primeira é que Frankfurt não mostra como funciona essa ameaça. Admito que ela exista. Mas gostaria de ler um pouco mais sobre o bicho.

Pessoalmente, não creio que o problema esteja na existência de riqueza excessiva; mas antes na riqueza ilegalmente obtida - por exemplo, à custa dos mais pobres. A ideia de que "toda a propriedade é um roubo" não passa de uma proclamação ideológica, sem qualquer validade empírica. A minha casa não foi roubada a ninguém. E a sua?

Por outro lado, concordo com Frankfurt sobre a importância de discriminar na hora de distribuir o bolo. Mas essa discriminação não deve ser apenas material (dar mais bolo ao faminto, por exemplo). Deve ser também moral. Existe uma diferença entre o faminto que não consegue encontrar emprego; e o faminto que simplesmente não quer trabalhar.

A minha fatia extra de bolo só iria para o primeiro, não para o segundo.
Pernilongo Irritante
29/12/2015 10:08
Microcefalia só o Brasil?

E podia ser diferente, com o idiota Lula no comando, a burra Dilma na gerência, o pateta Jaques Wagner na casa civil, o palhacinho Rui Falcão na presidência do partido dos bandidos e toda a caterva de lambe saco e chupa tetas uivando por um espaço?
Querem microcefalia maior do que essa?
Herculano
29/12/2015 08:19
A TV MOSTRA O DRAMA DOS POBRES, DESCENTES E DOENTES QUE SOFREM COM A FALTA DE ATENDIMENTO MÉDICO, MAS ELA SE RECUSA A NOMINAR OS CULPADOS. ELA SE ASSOCIOU AO GOVERNO EM FAVOR DE MAIS IMPOSTOS QUE VÃO SER ROUBADOS DE N?"S POR POUCOS OU MAU GERENCIAMENTO

Não faltam recursos, como querem fazer crer o governo do PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoB, PTB, PR, PRB e outros, para assim colocar mais um imposto, o CPMF, na praça para nos atochar naquilo que já não temos paciência e dinheiro para suportar.

O novo dinheiro nosso - que está escasso para o essencial diante do desemprego, redução de salários e desemprego - que os governadores e prefeitos querem para a farra, e supostamente combater à falta de atendimento nos postos de saúde, hospitais, farmácias etc, sobrou na corrupção desenfreada, permitida e organizada pelo governo do PT, PMDB, PSD, PP, PCdoB, PTB, PR, PRB e outros.

Não se precisa de mais impostos, o que é preciso usar bem e decentemente o que já se arrecada, punir médicos, hospitais e clinas que roubam (inclusive a vida dos outros), fraudam; fazer com que os caros e espertos planos de saúde (protegidos por agência reguladora contaminada politicamente) paguem o atendimento público de seus associados e por ai vai.

E os bilhões roubados por poucos não só na área da saúde, mas no mensalão, petrolão, transposição do Rio São Francisco, ferrovias, hidrelétricas, Usina de Angra, BNDES, dariam para reajustar esta indecente tabela do SUS, e sobrariam muitos outros bilhões para o combate ao mosquito da dengue, zika e chicungunha (que voltou exatamente no governo do PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoB, PTB, PR, PRB e outros a ser epidemia depois de quase 100 anos controlada), além do saneamento básico para melhorar a saúde de muita gente pobre.

Triste é ver a imprensa partícipe deste achaque contra os nossos bolsos. Wake up, Brazil!

Se a TV não mostra os culpados deste quadro de degradação é porque possui profissionais preguiçosos ou comprometidos, e é no fundo, conivente com esta esbornia, com o governo e contra
Herculano
29/12/2015 07:55
SEM CPMF, ENCONTRO COM GOVERNADORES VIRA PAUTA REQUENTADA, por Vera Magalhães, de Veja

O governo federal esperava obter no encontro desta segunda-feira com dez governadores o aval à recriação da CPMF.

Mais: com a presença de expoentes do PSDB, como Geraldo Alckmin e Marconi Perillo, Dilma Rousseff esperava conseguir debelar a resistência da oposição à recriação do tributo.

O fato de a convocação para a reunião ter partido do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ajudou a "confundir" os convidados quanto à pauta, mas já antes da reunião oposicionistas diziam que, se a ideia fosse constrange-los a assinar algum documento de apoio ao novo tributo, o tiro sairia pela culatra.

Assim, o resultado do encontro foi mais tímido do que Dilma esperava, e coube ao porta-voz Luiz PezNao anunciar como grande novidade algo velho: a regulamentação do novo indexador das dívidas.
Herculano
29/12/2015 06:52
DILMA 14 SUFOCA DILMA 16, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

A presidente determinou ontem que seus novos ministros da economia deem um jeito de fazer com que os investimentos aumentem. Ou seja, que as empresas invistam em novos negócios, construções, equipamentos, máquinas.

Ontem também saiu o balanço das contas do governo federal até novembro. O investimento "em obras" caiu 40% em relação a 2014, de R$ 61 bilhões para R$ 36,3 bilhões. São os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dilma Rousseff é a "mãe do PAC".

O investimento das empresas caiu e jogou o país na recessão porque, entre tantos motivos, o governo cortou gastos "em obras", pois está na pindaíba, graças à ruína de Dilma 1.

O deficit nominal até novembro chegou ao equivalente a 1% do PIB, o mesmo valor que até meados do ano o governo prometia poupar. Caso tivesse gasto "em obras" o mesmo dinheiro de 2014, o deficit do governo seria 76% maior.

Do rombo de R$ 34,9 bilhões (em termos reais), R$ 20 bilhões se deveram às "desonerações" (redução da contribuição previdenciária das empresas, medida de estímulo econômico de Dilma 1, um desastre).

Outros R$ 7,5 bilhões se deveram ao dinheiro que o governo doou a empresas. Isto é, do dinheiro que o governo gasta porque obriga o BNDES a emprestar a empresas a taxas muito abaixo das cobradas pelo mercado (e por isso é compensado pelo governo. É o subsídio do chamado "Programa de Sustentação do Investimento").

Há mais rolos, mas, no resumo da ópera, Dilma 1 sufoca Dilma 2.

A arrecadação líquida do governo neste ano caiu R$ 70,6 bilhões (para R$ 1,16 trilhão). Caso não tivesse caído nada, haveria um superavit primário equivalente a só uns 0,5% do PIB. É pouco para compensar o aumento escalafobético da dívida pública, um dos grandes motivos da nossa Grande Recessão.

A presidente, dizem assessores, pediu ontem a seus economistas que façam algum superavit primário e ponham a economia para crescer um tico, com algum estímulo a crédito, como diz o rumor faz um mês. Os governadores, metade quebrados, pedem dinheiro. Como tirar a meia sem tirar o sapato?

O presidente do PT, Rui Falcão, sugere logo que se tire a roupa. Ontem, escreveu assim no site do partido: "Chega de altas de juros e de cortes em investimentos". O partido diz ter um plano econômico alternativo, com um impostaço, que será ignorado pela nova equipe econômica.

O PT quer lavar as mãos do sangue do arrocho que continuará, de um modo ou outro -é inevitável. Assim, Dilma pode perder as "ruas da esquerda", que ajudaram a dar-lhe sobrevida.

Dadas as condições atuais, a economia ainda encolhe pelo menos 2% em 2016. Será graça dos céus se a receita de impostos não cair de novo. A despesa com juros será novamente horrenda (o BC deve elevar a taxa básica de juros agora em janeiro). O governo prevê superavit de pelo menos 0,5% do PIB, mas as previsões gerais são de deficit, que será tanto menor quanto mais o governo corte seus investimentos.

Enfim, note-se que houve deficit brutal mesmo com corte no gasto "social", aquele que Dilma 2014 jurou jamais fazer: educação, saúde e desenvolvimento social perderam R$ 13,7 bilhões (o gasto caiu a R$ 145 bilhões).
Herculano
29/12/2015 06:42
da série: mais do pior, daquilo que foi testado e deu errado, que está levando o país ladeira abaixo e impondo sacrifícios pesados a maioria dos trabalhadores que perdem empregos, sofrem com a inflação, a falta de postos e hospitais públicos,...

PRESIDENTE DO PT FAZ CRÍTICAS À POLÍTICA ECON?"MICA DE DILMA E PEDE OUSADIA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Cátia Seabra, de São Paulo, e Valdo Cruz, da sucursal de Brasília.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou nesta segunda-feira (28) uma mensagem de fim de ano em que cobra ousadia na condução da política econômica e ataca a perspectiva de alta da taxa de juros em janeiro.

Intitulado "Uma nova e ousada política econômica para 2016", o texto diz que o governo da presidente Dilma Rousseff "precisa se concentrar na construção de uma pauta econômica que devolva à população a confiança perdida após a frustração de seus primeiros atos".

A divulgação da mensagem causou irritação no Palácio do Planalto e contrariou a nova equipe econômica num momento em que o governo teme perda de credibilidade com a troca de Joaquim Levy por Nelson Barbosa no comando da Fazenda.

Assessores presidenciais disseram à Folha que a cobrança do petista não foi bem recebida por Dilma, que, desde a saída de Levy, se esforça para afastar a hipótese de o governo abandonar o ajuste fiscal.

Na nota, no entanto, Falcão critica o ajuste e prega a adoção de medidas propostas pelas centrais sindicais e por movimentos sociais.

"Chega de altas de juros e de cortes em investimentos", escreveu Falcão, citando CUT e MST, entre outras entidades, como fontes de propostas a serem implementadas.

Sem citar a intenção do governo de encampar uma reforma da Previdência, Falcão defende a manutenção de direitos "duramente conquistados pelo povo".

"Agora que o risco do impeachment arrefeceu, mas sem que as ameaças de direita tenham cessado, é hora de apresentar propostas capazes de retomar o crescimento econômico", diz.

Falcão encerrou sua mensagem afirmando confiar que os ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento) "deem conta da tarefa, mudando com responsabilidade e ousadia a política econômica".

Para colaboradores de Dilma, porém, o texto prejudica Barbosa. O novo ministro está carregado de reequilibrar as contas públicas, mas é visto com desconfiança pelo empresariado e pelo mercado.

Uma nova alta de juros já em janeiro, segundo esses assessores, sinalizaria ao mercado que o Banco Central tem autonomia para ditar a política monetária.

No Planalto, as ameaças de elevação dos juros, hoje em 14,25% ao ano, também não agradaram, mas a orientação foi evitar pressão sobre o BC para não desgastar a nova equipe. Já o PT afirma que é necessário fazer acenos à base social, que levou militantes às ruas contra o impeachment.
Herculano
29/12/2015 06:35
E O BARQUINHO SUMIU...

Dia de chuva do leste, férias, olhar a beira mar, e o barquinho sumiu do horizonte. É hora de leitura, reflexão e sem bar para comemorar...
Herculano
29/12/2015 06:29
RUBÉOLA PODE TER PROVOCADO MICROCEFALIA NO PAÍS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Pesquisadores levantam a suspeita, que pedem para ser investigada pelo Ministério da Saúde, de que a microcefalia pode estar ligada ao vírus da rubéola. Pior: ao uso da vacina tríplice (sarampo, caxumba e rubéola) em mulheres no início da gestação, na rede pública de saúde. Essa vacinação teria sido um "erro operacional" iniciado em Pernambuco, daí a maior incidência da microcefalia naquele Estado.

Microcefalia só o Brasil

A suspeita da rubéola e não o zika-vírus como causa da microcefalia explica por que só no Brasil se registra esse tipo de deformidade.

Deficiências graves

No início da gestação, a rubéola provoca deficiências como glaucoma congênito, surdez, malformações cardíacas ou retardo mental.

SRC é devastadora

Nos primeiros 3 meses de gestação, rubéola pode gerar a temida Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), de efeitos devastadores.

Síndrome do pânico

A SRC provoca deficiência auditiva, cardiopatia congênita, retardo do crescimento intra-uterino, catarata, glaucoma e... microcefalia.

AO CONTRÁRIO DO QUE ALEGA WAGNER, META É A LEI

Na denúncia do impeachment, os juristas Hélio Bicudo, histórico fundador do PT, e Miguel Reale Júnior comprovam que Dilma deixou de perceber que mais de R$ 40 bilhões não foram lançados na dívida da União, comprometendo dados oficiais do governo federal, levados em conta para estabelecer metas, e cumpri-las, além do atendimento à Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA).

Tem que cumprir

Ao contrário do que diz Jaques Wagner (Casa Civil), a meta fiscal é parte integrante tanto da LDO quanto da LOA e deve ser cumprida.

Cena do crime

Para Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, as mudanças que o governo faz na meta fiscal são como "a limpeza da cena do crime".

Peixe fora d'água

Depois de Levy avisar que deixaria a Fazenda sem a meta de superávit do orçamento 2016 fosse reduzida, o governo deu um jeito de zerá-la.

Combustível de impeachment

A Medida Provisória 594/12, editada por Dilma, ampliou linha de crédito do Programa de Sustentação do Investimento, do BNDES, para R$ 85 bilhões a partir de 2013. Mas nenhum valor foi repassado pelo governo ao BNDES desde 2010: é mais um crime que sustenta o impeachment.

Agora tudo mudou

Juristas se embasbacaram com a decisão do Supremo de interferir no rito do impeachment: "A Constituição era clara: uma casa legislativa, a Câmara, é como o Ministério Público: investiga e apresenta denúncia; e o Senado era o juiz, que julgaria a denúncia. Agora tudo mudou."

Memória curta

Leonardo Picciani (PMDB-RJ) se diz convencido do preparo do ministro Nelson Barbosa (Fazenda). Até pouco tempo, ele não concordava com a política de Barbosa, mas mudou de ideia após "ganhar" 2 ministérios.

Ministro da Justiça

Aliados de Eduardo Cunha e a oposição dizem que o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, sonha em ser ministro da Justiça. Ele tem defendido o governo melhor do que José Eduardo Cardozo.

Indignação seletiva

Petistas revoltados com ato hostil contra Chico Buarque não tiveram a mesma comoção quando a vítima foi o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, atacado por apoiadores de José Dirceu ao sair de um bar.

The book is on the table

A Presidência da República contratou empresa especializada para traduzir documentos em português para o inglês e espanhol. O serviço, prestado sob demanda, vai custar ao contribuinte pelo menos R$72 mil.

Carteira aberta

O ministro Gilberto Kassab (Cidades) foi um dos que comemorou a saída de Joaquim Levy do ministério da Fazenda. Avalia que a relação com o novo ministro Nelson Barbosa, com perfil gastador, será melhor.

A última que morre

O PSB não desistiu de ter Geraldo Alckmin na sigla. O tucano tem se encontrado com pessebistas, como o governador Paulo Câmara (PE). As reuniões são articuladas pelo vice de Alckmin, Márcio França (PSB).

Pensando bem...

... a aprovação da Anvisa para vacina, considerada de baixa eficácia, contra a dengue foi para combinar com os serviços da agência.
Herculano
29/12/2015 06:17
NADA PODE SUBSTITUIR A FORÇA DAS RUAS, por Reynaldo Rocha

Parte 1

O Brasil parece ter a síndrome da bunda de plantão. Não desgruda da cadeira. Essa síndrome acomete todos os que esperam que um dia, sem esforço, seus desejos e necessidades sejam atendidos.

Estamos todos revoltados com o que vemos. Mas é como se observássemos, indignados, ao estupro que está acontecendo à nossa frente. E nada fazemos para impedir que se consume.

A oposição espera que o poder lhe caia no colo. E com isso espera que as ruas se mobilizem e façam o que também cabe à oposição. E ela não faz.

As ruas esperam que a mídia e as oposições sejam a voz delas. E por isso se esvaziam. Esperam sentadas a repercussão do que dizem nas redes sociais. Pregam a revolução sem saber o que colocar no lugar do velho em nome do novo.

Ou seja, a maioria dos "revoltados" está em frente a um teclado. E de lá não sai. E se dá por satisfeita. No passado era comum associar este tipo de "resistência" ao que ficou conhecido como "esquerda festiva".

Seus integrantes se reuniam em bares do Leblon para pregar a revolução e a queda da ditadura até as duas da manhã. Depois, era hora de dormir.

No dia seguinte estavam trabalhando cordatamente para manter quem os oprimia. E, nas passeatas, estavam cansados da "luta" travada com os chopes e caipirinhas? Ou nem apareciam.

A IMPRENSA ?" a que merece este nome ?" não pode ir além do que vai. Sabemos o que cada um dos veículos de informação é e como se comporta. Além da informação, os espaços de opinião (graças à WEB) são cada vez mais importantes. São decisivos na formação de cenários e discussão de alternativas. Mas não substituem o povo nas ruas nem a oposição formal. Isso seria a negação da democracia e da cidadania.

Forma-se o círculo vicioso. As oposições esperam o povo, que transfere suas expectativas para a imprensa, que repercute a realidade. Como quebrar esta cadeia de resultado zero? Esta é a questão. Se as oposições estão se acostumando a perder para elas mesmas, o Brasil decente (mas preguiçoso) tende a imitar o modelo.

Cansaço? Suspeita de que não vale a pena exigir direitos? Descrença na mudança? Se for assim, que não venha o impeachment. Como diz um amigo meu, o povo parece merecer a Dilma que tem?
Herculano
29/12/2015 06:17
NADA PODE SUBSTITUIR A FORÇA DAS RUAS, por Reynaldo Rocha

Parte 2

Uma manifestação não é somente um número a ser auditado pelo Datafolha ou pela Polícia Militar. É a expressão de que há um povo!

Voltamos a discutir a saída para a crise que nos mata lentamente - como a esquerda festiva nos ensinou ?" nos bares e encontros de amigos?

Tenho certeza quem nem 1% dos "manifestantes das redes sociais" estiveram nas ruas exigindo o impeachment de Dilma na última manifestação.

A imprensa somente retratou o que era verdade. E, se for esta a verdade, de que vale perder meu tempo nos teclados e nas ruas?

As oposições tiveram mais uma desculpa para nada fazer: as ruas estavam vazias.

A primeira ação para correção de um erro é admitir o erro. Como Dilma nos prova ?" pelo oposto ?" todos os dias. Não podemos ser mais do mesmo. Erramos. Estamos errando. E o resultado é desastroso: ter Dilma até 2018. Um país destruído. Um futuro roubado. A sensação que perdemos a possibilidade histórica de alterar algo neste país.

Não sou herói nem louco de pedra. Mas já saí de um hospital para ir a uma manifestação com o compromisso de voltar em duas horas (que viraram quatro?) O argumento que usei foi verdadeiro: de que adianta estar vivo se é para viver num país que me mata aos poucos?

A oposição tem uma imensa parcela de responsabilidade. Da imprensa é cobrado o que ela não pode ?" nem deve ?" dar. As ruas é que decidirão este jogo, mesmo que nos pênaltis. E as ruas somos N?"S.

Precisamos de jogadores, não de plateia. Queremos zagueiros e atacantes, não espectadores.Ou não vale a pena entrar em campo.

PS: De nada adianta concordar com estas ideias se na próxima manifestação a maioria esmagadora preferir acompanhá-la pela televisão. E torcendo para que tenha força. Para que esta força se manifeste, talvez falte alguém?
Herculano
29/12/2015 06:09
PENSANDO BEM...

Quando se fecha lojas de supermercados de redes estruturadas é porque a coisa vai mal mesmo: ou com a rede ou com o mercado. a economia, a perspectiva de curto e médio prazos...
Mariazinha Beata
28/12/2015 21:11
Seu Herculano;

Julita sósia da Erundina. AMEI!!!
É que as mulheres da raça petralha são feitas a machado pelo capeta.
Bem Feito! quem mandou não acreditar em DEUS.

Bye, bye!
Herculano
28/12/2015 21:10
da série: o que o PT de Gaspar é diferente desta observação?

PETROPESADELO, por Vinicius Mota, para o jornal Folha de S. Paulo

"Lula não é Chávez, e o PT não é bolivariano", ouviu-se ao longo dos últimos 13 anos, enquanto o chavismo mergulhava no experimento autoritário. O petismo, com sua larga roda de amizades na opinião pública, difundiu a ideia de que vivíamos um progressismo responsável.

A propaganda estava errada. O furor intervencionista, as fraudes contra o Orçamento e a prestação de contas, o conúbio do poder estatal com empresários sedentos por privilégios (nossa "boliburguesia") e a sem-cerimônia de alterar as regras do jogo econômico para moldá-las a apetites de ocasião mostraram-se traços constitutivos do petismo no governo.

O PT aderiu com volúpia à vaga populista regional, encontrou parceiros poderosos na política e na sociedade e contou com beneplácito na academia e na imprensa. O estrago ao exaurir-se o ciclo não terá as proporções bolivarianas porque o Brasil é mais desenvolvido que a Venezuela.

O petróleo e a Petrobras - núcleos do intervencionismo lulista - não dominam a economia brasileira, à diferença do que ocorre na Venezuela. A autonomia das instituições de controle do Poder Executivo também é mais elevada no Brasil.

Ainda assim, a destruição em segmentos e regiões mais afetados pelo petropopulismo será extensa e duradoura. O setor público do Rio de Janeiro está quebrado, como temos visto, porque fiou-se na continuidade da bonança petrolífera.

A crise, que priva a população fluminense de serviços básicos, está no início. A Opep, dos países exportadores de petróleo, prevê que apenas em 2040 a cotação do barril, hoje abaixo de US$ 40, retome os US$ 100 registrados no ano passado.

Serão décadas de dificuldades para Estados e municípios dependentes dos impostos sobre a atividade petrolífera. O sofrimento será mitigado porque o Brasil não embarcou totalmente no petropesadelo e poderá socorrer governos em apuros.
Herculano
28/12/2015 21:05
PARA MERECER 2016, por Aécio Neves, senador mineiro, presidente do PSDB e candidato derrotado por Dilma Vana Rousseff, PT

É inacreditável, mas no apagar das luzes de 2015, vimos reprisado um velho filme que a nação não suporta mais assistir. Estamos falando de mais um ataque frontal à legislação em vigor no país.

Vamos aos fatos. O governo federal violou de forma deliberada e intencional os princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal, fraudando ostensivamente o Orçamento da União, o que levou ao descalabro das contas públicas em 2015.

Quem assim atestou, por unanimidade, foi o Tribunal de Contas da União, entendendo que as contas fiscais do governo federal de 2014 continham irregularidades que feriram preceitos constitucionais, a Lei Orçamentária e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Esta é a realidade nua e crua que a nação conhece muito bem.

O parecer do relator da Comissão Mista do Orçamento, ao recomendar ao Congresso a aprovação das contas da presidente, contraria o parecer técnico do TCU, que mostra, com clareza, que o governo federal cometeu diversos atos ilegais, inclusive contra a Constituição. É um retrocesso com o qual não podemos compactuar.

O quadro de aparente contradição criado pelo parecer em questão é propício ao governo que acaba de empreender mais uma de suas piruetas. Para quitar a conta em atraso das pedaladas fiscais ?"manobras em que os bancos públicos foram utilizados para pagar despesas orçamentárias, criando uma ilusão contábil que mascara o déficit nas contas públicas?" o comando petista vem a campo com os seus velhos artifícios.

No vácuo do recesso parlamentar e das festas de fim de ano, o governo editou uma medida provisória autorizando o uso do saldo financeiro da conta única do Tesouro Nacional para pagar despesas primárias em atraso, o que viola o artigo 8º da LRF. Este saldo deveria ser usado apenas para o pagamento de dívida pública.

Sei que esse tema soa secundário para muitos. Afinal, diante do drama da saúde pública do país, diante da realidade que esmaga diariamente o sonho de milhões de brasileiros, questões como essa podem parecer sem importância, afeitas apenas ao mundo político. Não são.

Na mesma semana em que tenta sinalizar responsabilidade e transparência ao país e ao mundo, o governo patrocinou nova manobra que tem como consequência imediata o aumento da desconfiança dos investidores e da sociedade. Continuamos tendo dois governos: o do discurso e o da realidade.

Esse foi um ano especialmente difícil. Para merecermos um ano melhor, é imprescindível que sejamos capazes de preservar e aperfeiçoar tudo o que assegura a qualidade da nossa democracia. Isso significa defender o cumprimento das leis. Meu compromisso com o Brasil não se curva. Torço para que o seu também não. Com muita esperança, Feliz 2016!
Herculano
28/12/2015 20:51
2015, O ANO QUE SEGUE!, por Ricardo Noblat, do jornal O Globo

Como pode sobreviver um presidente que arrastou seu país para o buraco? Muito mal, imagino, salvo se não se sentir culpado pelo que fez. Dilma é uma economista medíocre. Mas até uma economista assim era capaz de perceber que as medidas adotadas no seu primeiro governo estavam dando errado. E que perseverar com elas provocaria o desastre que se desenhava. Pois perseverou. Para reeleger-se.

É POR ISSO que não deve ser perdoada. Não faltaram alertas para o desastre iminente e quase inevitável. Ela desdenhou deles, por ignorância ou cálculo político. Ou uma mistura das duas coisas. Se tentasse corrigir a rota da economia, o mais certo seria a derrota eleitoral. Foram meses de mentiras destiladas no rádio e na televisão. Para ao fim e ao cabo reeleger-se por pouco.

UM PRESIDENTE pode proceder assim? Tanto pode que Dilma procedeu. Não foi o primeiro presidente. Vale tudo pelo poder. Só não vale entregá-lo, menos ainda a adversários. Fernando Henrique entregou-o a Lula na esperança de sucedê-lo quatro anos depois. Lula flertou com o terceiro mandato consecutivo, mas acabou entregando o poder a Dilma para retomá-lo no ano passado.

FALTOU-LHE CORAGEM para tal. A Lava-Iato tornara Lula vulnerável. Foi nos dois governos dele que a roubalheira na Petrobras deixou de servir apenas aos que dela se beneficiavam para ser aproveitada por um partido e seus aliados, empenhados em permanecer no poder por longo, longo tempo. Dilma sepultou o projeto de poder de Lula e sua turma, essa é que é a verdade. Não o fez por bem, mas por incompetência.

DE TODO MODO, merece o reconhecimento dos que enxergam na alternância no poder uma das muitas vantagens da democracia sobre os outros tipos de regime político. Pena que o preço pago pela façanha de Dilma seja o saldo cruel de um ano que não terminará daqui a três dias, como prescreve o calendário. Não. O "annus horribilis" de 2015 se estenderá pelos próximos.

CERCADO POR economistas liberais, improvável que Michel Temer não tenha se dado conta de que o governo caminhava para o abismo. Concedo que é um vice decorativo; e de uma presidente que só escuta ela mesma e os que com ela concordam. Mas José Alencar, vice de Lula, nunca deixou de manifestar suas discordâncias com a política econômica do governo. Por que Temer não? E por que só agora discorda?

TUDO INDICA, graças a um presidente da Câmara dos Deputados velhaco e a uma oposição covarde, que o país seguirá sob o comando de Dilma até o fim do seu mandato; ou à espera de que a sorte a remova para dar lugar a... a Temer, autor de uma carta de amor ridícula como são todas as cartas de amor? Ou a Eduardo Cunha, que no caso de queda de Dilma e Temer convocaria uma nova eleição presidencial e governaria por três meses?

A CARTA DE Temer a Dilma foi o maior erro de um vice que pareceu cansado de esperar. Temer jamais poderia tê-la escrito nos termos que o fez; apequenou-se; e deu ensejo a ser chamado de traidor. Temer jamais poderia tê-la enviado a Dilma sem a certeza de que o PMDB respaldaria seu gesto. Ele corre o risco de, confrontado pelo senador Renan Calheiros e pelo PMDB chapa-branca, perder a presidência do partido.
Herculano
28/12/2015 20:49
TRIQUEDA?, por Valdo Cruz, para o jornal Folha de S. Paulo

Última semana de um ano que não vai deixar saudades, vem aí 2016 com uma certeza e várias dúvidas. Vamos conviver com mais um período de recessão, uma retração que pode ser de 2% do PIB (Produto Interno Bruto).

Como seria bom que tais previsões estivessem erradas, tal como aconteceu no início deste ano que teima em não acabar. Lá em janeiro o mercado previa um crescimento pequeno, mas jamais um tombo de quase 4% como deve ocorrer em 2015.

Serão dois anos de recessão sob a era petista, trazendo todo tipo de incerteza, deixando indefinido o futuro do governo Dilma e do PT, partido que pode simplesmente desidratar-se por completo depois de concluída a Operação Lava Jato.

Este cenário sombrio assombra a cúpula petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente -outro que hoje não sabe como será o amanhã-, e vai agitar como nunca a disputa pelos rumos da administração Dilma Rousseff em 2016.

No Palácio do Planalto, a equipe de Dilma fala abertamente que o futuro da chefe está atrelado ao desempenho da economia. Se ela transmitir alguma esperança de que a vida vai melhorar, tudo bem. Caso contrário, até assessores bem próximos da petista põem em dúvida seu futuro.

Daí que a pressão sobre Nelson Barbosa, novo ministro da Fazenda, será pesada. Depois de derrubar Joaquim Levy, a turma petista vai cobrar de seu substituto o impossível, tirar o país da recessão num passe de mágica, usando fórmulas milagrosas como pegar a grana das reservas internacionais para transformar em crédito para a economia.

Esta guerra interna mal-administrada pela presidente Dilma, que ajudou a travar a economia neste ano que termina, pode complicar ainda mais o que vem chegando.

Pior, coloca em perigo até 2017. Se o governo seguir imobilizado pela disputa interna, o país corre o risco de ter um terceiro ano de retração. Um tricampeonato trágico.
Digite 13, delete
28/12/2015 20:20
Oi, Herculano:

O que a Petelândia quer com o "zinho" Nelson Petista, não sei. Só sei que sua entrevista na Globo foi de uma capacidade mental surpreendente.
Com um pensamentinho econômico que beira a esquizofrenia é pra liquidar o governo da Tansa.
Paty Farias
28/12/2015 20:08
Oi, Herculano;

O Brasil está cheio de picaretas que faz tipo - Faustão. O presidente eleito da Câmara deve ser um deles.
Erva Daninha
28/12/2015 20:04
"Crise. Depois dizem que tem crise".
Julita Schramm (sósia de Erundina), sobre o excesso de automóveis na sua vinda de Balneário Camboriú à Gaspar.

Herculano, a raça petralha é como macaco, nunca olha para o seu rabo. Nem mesmo quando está c@g@do e fede.

Sidnei Luis Reinert
28/12/2015 18:00
DESEMPREGO AUMENTANDO NO VALE DO ITAJAÍ


BIG vai fechar lojas em Blumenau e Brusque
28 de dezembro de 2015
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A rede Walmart vai fechar duas lojas do hipermercado BIG na região, uma em Blumenau e outra em Brusque. A informação foi confirmada ao blog pela assessoria de imprensa da multinacional.

Em Blumenau a loja a ser fechada é a do Norte Shopping. As duas unidades foram inauguradas há exatos quatro anos. A de Brusque vai fechar dia 30 às 17h. Ainda não há informação oficial sobre a data de encerramento das atividade, mas deve ser dia 30 também.

Confira abaixo a nota encaminhada pela Walmart:

Por conta do atual ambiente econômico no Brasil, a empresa tomou a decisão de fechar uma unidade em Brusque e uma unidade em Blumenau por baixo desempenho.

Estamos fazendo todo o possível para transferir funcionários das unidades para outras lojas e, quando não for possível, oferecemos apoio para recolocação profissional.

Presente em Santa Catarina com 15 unidades, a empresa mantém compromisso com o mercado de Santa Catarina, a fim de servir melhor seus clientes e garantir a sustentabilidade do negócio no longo prazo. Em 2015, investimos R$ 1,3 bilhão na abertura de novas lojas, reforma de unidades antigas e integração de sistemas.

http://wp.clicrbs.com.br/pancho/2015/12/28/big-vai-fechar-lojas-em-blumenau-e-brusque/?topo=52%2C2%2C18%2C%2C159%2Ce159
Sidnei Luis Reinert
28/12/2015 17:56
Usura e abusa

A Petelândia manda vazar a versão de que ficará pt da vida com o ministro Nelson Barbosa se ele autorizar o Banco Central a subir os juros (a taxa Selic hoje em absurdos 14,25% ano) na primeira reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), nos dias 19 e 20 de janeiro.

A grande dúvida é se os petistas realmente querem acuar o Barbosa ou se querem, na verdade, acertar e dar um tombinho no presidente do BC do B, Alexandre Tombini.

Fingindo que não se importam com a briga, os rentistas querem mais é que o desgoverno suba os juros, para eles lucrarem ainda mais com a renegociação da impagável dívida pública de um Estado Capimunista perdulário e corrupto.

http://www.alertatotal.net/
Sidnei Luis Reinert
28/12/2015 17:55
Investidores denunciam que Petrobras vai aprovar venda, a preço de banana, de ativos rentáveis


2a Edição Corrigida do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Rentistas transnacionais e seus parceiros tupiniquins já receberam um presentão natalino do presidente da Petrobras, Aldemir Bendini. O Conselho de Administração já aprovou a venda de participações nos melhores ativos da companhia. As "jóias da coroa", que estão sendo vendidas a preços de banana, estão na área de distribuição. Uma nebulosa negociação com a Gaspetro é vista, com reservas, pelo mercado.

O inconsistente argumento usado na venda dos ativos é a série de prejuízos acumulados pela petrolífera. Curiosamente, em vez de a direção da Petrobras apoiar o movimento para que os responsáveis pelas perdas sejam processados judicialmente, a fim de ressarcir a estatal e os investidores pelos danos, Bendini e sua turma preferem fazer o jogo daqueles que sempre estiveram de olho grande na parte saudável e rentável da Petrobras - como bem define o craque Delfim Netto, "uma grande empresa do século 20, mas não do 21".

Investidores da Petrobras - que não vão lucrar na operação armada pela cúpula da empresa - estão pts da vida. Como sempre, devem exercer, na AGE, o direito de espernear, reclamando da delinquência organizada que sangrou a Petrobras durante anos. Eles cansam de acusar diretores e conselheiros de terem falhado no dever de diligência, violado todas as regras de governança corporativa e desrespeitado os estatutos da companhia. Acionistas minoritários denunciam o sistemático desrespeito à Lei Sarbanes Oxley (que regula o mercado de ações nos EUA), além de abusos às regras da (omissa) Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da BM&F Bovespa.

Ou seja, vendendo a parte boa da Petrobras a preço vil, a gestão Bendini vai consagrar tudo que foi originalmente armado nas falcatruas do Petrolão - que a Operação Lava Jato apenas ataca nas consequências, sem chegar nem perto das causas... Enfim, no Brasil sob desgoverno do crime organizado, a delinquência compensa e ainda dá muito lucro.

Jogada parecida na Eletrobras



Uma Assembléia Geral Extraordinária da Eletrobras, marcada às pressas para esta segunda-feira (28) em Brasília, tinha o objetivo de fazer o mesmo que a Petrobras: livrar-se de ativos, no caso empresas regionais de energia, com o duplo objetivo. O primeiro, falso, de fazer caixa. O segundo, mais bem calculado, de repassar o controle de empresas para os aliados políticos-empresariais. As operações, com certeza, serão alvos de questionamento judicial pelos acionistas minoritários da Eletrobras - irritados pelos prejuízos no não recebimento de dividendos.
Ana Amélia que não é Lemos
28/12/2015 14:24
Sr. Herculano:

Tem aposentado com a cabeça quente porque a ladra que nos governa está passando a mão no dinheiro deles (quem mandou votar em ladrão).

Aqui em Gaspar tem mãe de vereador que não pode mais cantar a música da Angélica; "Vou de táxi."
O gaúcho
28/12/2015 13:54
Ao Editor de Olhando a Maré.

Buenas tchê!

Tri legal, vou compartilhar #.
#chupabombachinhazeruela.

Saudações do Extremo Sul.
Herculano
28/12/2015 07:08
PREPARE-SE. NÃO BASTAVA UMA DESGRAÇA. AGORA ELAS VIRÃO EM PENCAS. VOCÊ NÃO PODE MAIS FICAR DOENTE. AUMENTO DE PREÇOS MÉDICOS SERÁ O MAIOR DA HIST?"RIA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto da coluna "Mercado". A inflação médica deverá atingir seu recorde histórico no ano que vem, encostando em 20%, de acordo com projeções da CNS (Confederação Nacional da Saúde), a entidade dos prestadores de serviços do setor.

No jargão de mercado, inflação médica é a variação de custos médicos e hospitalares, um cálculo que inclui a mudança de preços e também o aumento da frequência de uso de serviços de clínicas, laboratórios, hospitais etc.

A expectativa para a inflação dos demais preços é de cerca de um terço disso -pelo boletim Focus, organizado pelo Banco Central, o IPCA deve ser de 7,04%.

Essa diferença "não é exclusividade do Brasil", afirma Maurício Lopes, vice-presidente de Saúde da seguradora SulAmérica.

"A inflação médica versus a ordinária flutua entre duas vezes e cinco vezes ao redor do mundo", segundo ele.

O aumento decorre de novas tecnologias, que custam caro, e do envelhecimento da população, que passa a precisar mais de assistência médica, afirma Tércio Kasten, presidente da CNS.

"É muito preocupante. As seguradoras precisarão repassar o aumento, mas as empresas que contratam planos não vão ter dinheiro", diz ele.

Os segurados de planos coletivos que temem perder seus empregos buscam mais o serviço, o que pressiona a inflação médica, diz Irlau Machado, presidente da NotreDame Intermédica.

"E há expectativa de epidemia de dengue, que onera hospitais de forma contundente", complementa.
Sidnei Luis Reinert
28/12/2015 06:26
Exclusivo: 100 milhões de reais da Andrade Gutierrez para Dilma

Brasil 27.12.15 11:51

A Andrade Gutierrez vai derrubar Dilma Rousseff.

Como O Antagonista revelou nos últimos dias, os executivos da empreiteira relataram à Lava Jato que foram achacados por Edinho Silva e Giles Azevedo ?" o tesoureiro e o principal assessor de Dilma Rousseff ?", que exigiram dinheiro para a campanha de 2014.

Quanto?

Cem milhões de reais, segundo os delatores da Andrade Gutierrez.

http://cristalvox.com.br/2015/12/27/dilma-e-o-pt-ja-eram-100-milhoes-de-reais-da-ag-para-a-campanha-de-14/
Sidnei Luis Reinert
28/12/2015 06:22
Governo Federal gasta R$ 17 milhoes do dinheiro dos contribuintes com show da Claudia Leite na virada do RJ. Vc ainda nao sabe porque ainda tem artistas que apoiam o desgoverno do PT?
E DIZEM QUE OS HOSPITAIS ESTÃO FALIDOS? NEM PARECE E NÃO VAI FALTAR BOBO PARA IR LÁ PULAR NO PEVELION!

http://oglobo.globo.com/rio/claudia-leitte-sera-atracao-principal-do-reveillon-de-copacabana-que-custara-17-milhoes-7053390?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar
Christana Azeredo
28/12/2015 06:11
Caro Colunista,

Com toda a certeza o sr sabe diferenciar sim, o que é opinião de informação.

O Roberto, é pinto molhado, filho do Taya, protegido de raposas velhas. omo Paca e Vianna de Mello, um pau mandado, que se acha.

Eu pergunto: Ele tentou impedir a licitação da ponte do vale, com medo de perder as eleições. Isto é uma informação ou opinião? Cambada, Andreia neles.
Se eleito fosse, Kleber, só se trocaria a mosca a m, continuaria a mesma, porém mais fedida.
Herculano
28/12/2015 06:06
PLANALTO TENTAR JOGAR GILMAR MENDES CONTRA O STF, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Planalto quer aproveitar a "onda governista" no Supremo Tribunal Federal para tentar uma retaliação interna contra o ministro Gilmar Mendes, maior "pedra no sapato" do governo com suas posições duras contra a corrupção. Auxiliares do Palácio pretendem provocar a reação de membros do STF às declarações do ministro, que acusou o tribunal de adotar atitude "bolivariana", no julgamento do rito do impeachment.

Ministro corajoso

Corajosamente, Gilmar Mendes falou em "cooptação" e lamentou o "ativismo" do STF, mais empenhado em legislar do que em julgar.

O que é bolivarianismo

Ao citar o bolivarianismo, Gilmar Mendes comparou o STF à suprema corte venezuelana, que presta vassalagem ao regime chavista.

Barra pesada

Na Venezuela, a Justiça costuma tomar decisões ao arrepio da lei e da Constituição, e até sentencia à prisão os opositores do regime chavista.

Haverá resistência

Tentativas de retaliar Gilmar Mendes encontrarão resistência no STF: ele é tão querido quanto respeitado, até pelos alvos de suas críticas.

CORRUPÇÃO É O QUE MAIS DEMITE NO EXECUTIVO

A maioria dos servidores do Poder Executivo federal expulsos em 2015 foram desligados por "atos relacionados à corrupção": 66,74%. O segundo lugar das ocorrências é para faltas/abandono/acumulação de cargo, com 22,73%. Apesar de sobrarem reclamações e denúncias contra servidores públicos, o número de punições é o menor desde 2009, apenas 474 expulsões. Seis anos atrás foram 433 punições.

Raio-X

O quadro do Executivo tem mais de 2 milhões de servidores. O custo anual ao contribuinte é de R$ 196 bilhões, só com salários e benefícios

Pecado capital

Somam 2,79% as demissões por "proceder de forma desidiosa", isto é, preguiça, desleixo, descaso, ociosidade...

Top 3

O ministério campeão de punições é o do Trabalho e Previdência, com 137. É seguido pelas pastas de Educação, com 120, e Justiça, com 63.

Lei é lei

É responsabilidade constitucional do Presidente da República enviar ao Congresso a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. Ao assinar as leis, Dilma assume como reais os números e estimativas, sendo possível processos e punições caso as desobedeça.

No paredão

Na Câmara, a avaliação geral é que Eduardo Cunha será afastado da presidência da Câmara, em fevereiro. Até aliados acreditam que a decisão do Supremo em relação ao impeachment piorou a situação.

A grande diferença

Do leitor Jorge Rodrigues, através do Facebook: "A grande diferença do Congresso Nacional para o Supremo Tribunal Federal é que um é eleito pelo povo e o outro é indicado pelo presidente da República".

Perdeu a inspiração

A polêmica envolvendo o cantor petista Chico Buarque invadiu as redes sociais. O deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) entrou na onda e criticou o discurso petista do 'ladrão é você': "Chico já foi mais poeta".

Sem perspectiva

Autodeclarado discípulo de Silas Malafaia, o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) não acredita em melhoria da economia em 2016. "O governo é incapaz de realizar os ajustes necessários", garante.

Um ano de depressão

O começo do ano em Brasília marca um ano de abandono de uma centena de obras iniciadas no governo anterior. Muitas faltando entre 3% e 10% para serem concluídas. Somente no Distrito Federal são mais de 13 mil desempregados no setor de construção civil.

Bandidagem na rua

Dilma assinou um decreto que permite bandidos condenados a se beneficiarem do indulto de Natal permanentemente: os condenados que tiverem menos de 8 anos de pena a cumprir (6 anos nos casos de reincidência) podem aproveitar o indulto e nunca mais voltar.

Mensaleiros na rua

Os maiores beneficiados do decreto de Dilma que criou um libera geral nas cadeias brasileiras serão os condenados pelo Mensalão: José Dirceu, Valdemar Costa Neto, Pedro Henry etc. O mensaleiro José Genoino já havia ganhado liberdade através de outro decreto de Dilma.

Pergunta na Justiça

Editar decreto que solta criminosos condenados pela Justiça não é interferência no Poder Judiciário?
ADILSON LUIS SCHMITT
28/12/2015 00:00
"Estória e não História".


Já vai tarde ano de 2.015. Ano de tão infeliz seqüência para o nosso Brasil. Não bastassem os mensalões petistas, recebemos a "lava jato" nascida e embalada em terras paranaenses, prisões de figurões econômicos, políticos, assessores e outros doleiros mais a ocuparem a carceragem federal.
Nunca o Poder Central foi tão criticado, contestado e odiado. Executivo sem comandar, legislativo sem legislar e o poder judiciário, zelador e aval da confiança, legislando em vez de julgar e dirimir dúvidas legais.

Aqui bem ao sul uma cidade pacata, dirigida há anos pela crença bolivariana, resolve e faz atos para acabar com a nossa gloriosa história. Cidade as margens do Rio Itajaí, vencendo as mais diversas dificuldades, busca na sua topografia, na rede de águas límpidas viver inicialmente de sua agricultura de subsistência e na vinda dos imigrantes e migrantes, no plantio econômico da cana-de-açúcar e do arroz irrigado a arrancada de seu crescimento. Passadas as décadas evolui para a industrialização e o comércio.

Em dias de hoje vive dilemas. Parece querer negar suas origens. Demoliu suas históricas habitações e procura apagar o que mais de sagrado e educador a população poderia conservar. Casarões abaixo e novas construções de gosto duvidoso a abrigar a pseudo-administração.

Neste apagar das luzes do famigerado ano, quis o errático governo petista mostrar sua força política na chamada "casa de leis" e para lá encaminhou uma "PENCA" de artigos e incisos para confundir, desmascarar e provar que apesar da minoria cameral possui discípulos para aprovarem asneiras e ofender a heróica história desta comunidade ordeira e trabalhadora. Enquanto isso a mobilidade torna-se a cada dia mais imóvel, o lixo rende para alguns poucos e durante largos anos votos de aprovação.

Mas como desgraça pouca não vale, o alcaide faz do desprezo e da falta de respeito uma indicação para ofender, machucar e humilhar os já sofridos agricultores. Não bastasse transformou a existência de uma Secretaria Municipal de Agricultura, montada no governo do Sr. Francisco Hostins, organizada e dirigida pelo decano dos Médicos Veterinários Dr Renato Abelardo Beduschi, hoje comandada pela incompetência e servilismo de um assecla de uma das pseudocoligações petistas, num mero órgão de apoio. No apagar da luzes, com a conveniência dos servis legisladores, termina com a Secretaria, não se importando com o futuro da área rural e seus abnegados agricultores. Mas o jeito petista de destruir não recebeu, somente agora, este empurrão. Os novos e bravos legisladores já tinham iniciado tempos atrás com o aumento do perímetro urbano e lógico com a diminuição do rural, a real intenção de reduzir a agricultura do município.

Triste comunidade que troca sua segura e pródiga História pelo modismo desqualificado e incompetente de governar. Com uma casa legislativa deste quilate e um com um alcaide alheio a história da cidade só poderíamos mesmo é terminar contando muitas "estórias".

Adilson Luis Schmitt
Ex-Prefeito de Gaspar

P.S. aproveito para desejar a todos e a todas um Feliz 2.016. Que realmente tenhamos nomes a altura de Gaspar,Cidade Coração do Vale. Pois os atuais façam o meu favor, se enxerguem!!!

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