27/12/2015
DESPEDIDA DE 2015
Esta é a última coluna de 2015 no portal pioneiro em Gaspar, mais atualizado, mais acessado e de maior credibilidade, o do jornal Cruzeiro do Vale. É um pouco longa. E a faço para encerrar dois assuntos significativos de 2015. Eles não ganharam as manchetes da cidade. Uma pena. Ou por preguiça – e proposital - ou outros impedimentos, entre eles os comerciais ou de alinhamento de interesses para esconder as coisas tramadas na cidade e no poder de plantão. As penúltima e última sessões da Câmara de Gaspar foram reveladoras e lavaram alma desta coluna e do colunista. Desnudaram os algozes de sempre, escondidos nos seus disfarces.
IMPOSIÇÕES, ESCLARECIMENTOS E HUMILHAÇÕES
Nas sessões, o PT do prefeito Pedro Celso Zuchi – que foi lá na penúltima para constranger e ver quem o desafiava a votar contra as matérias do Executivo numa pauta armada com a convivência do aliado de sempre José Hilário Melato, PP, presidente da Câmara. Zuchi foi acompanhado da vice Mariluci Deschamps da Rosa – a eterna candidata à sucessão -; do secretário de Transportes e Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, - o preterido, mas sempre no banco de reservas e de lá a espera para ser escalado, mas com a mania de mandar os gasparenses de opinião diferente da do PT calar a boca. Zuchi e sua turma foram se divertir com o presidente do PT, José Amarildo Rampelotti. Na suprema humilhação armada (e aceita, naturalmente) fizeram o PSD e o Marcelo de Souza Brick tirarem a máscara, o discurso e se ajoelharem no milho do alinhamento incondicional, para que mais nenhuma dúvida restasse à cidade e aos eleitores do PSD. Suprema rendição. Ela foi cobrada nas redes sociais por fiéis seguidores de Brick. Eles não acreditaram no que viram...
COMO FUNCIONA O JOGO
O PT e o prefeito Zuchi – para não gerarem polêmica pública, exatamente porque não possuem esta coluna mansa e acuada como insistem e querem, e por estarem numa minoria – “guardaram” do debate público os projetos polêmicos. E fizeram isto desde o ano passado e por todo este 2015. E num golpe com ingredientes de chantagem explícita, principalmente para cima do PSD, que aceitou este jogo e correu o risco, com a ajuda e arquitetura do presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, o mais alinhado de todos com o PT e o Executivo, prefeitura, PT montaram uma sessão extraordinária para uma sexta-feira, dia 18. Exatamente quando a imprensa já estaria em ritmo de férias. Tudo para ser surpresa. Tudo para testar, honrar e desonrar (mais uma vez) acordos na sessão seguinte da Câmara, a última, na terça-feira seguinte, dia 22. Ela elegeria, como elegeu, o novo presidente da Câmara para o ano que vem.
O PSD DEU A CABEÇA, O CORPO E PERDEU O DISCURSO
Nas matérias mais polêmicas, o PSD de Giovânio Borges que queria a presidência e de Marcelo de Souza Brick como presidente do PSD, para não trair o acordo e principalmente o Giovânio, teve que tirar a máscara que segurou, ou disfarçou na ambiguidade, nestes três anos de legislatura. Deu os votos que faltavam ao PT: quatro do PT, mais dois PSD, iguais a seis. Melato desempatou com o sétimo voto para fazer a maioria simples naquilo que se permitia, numa Câmara de 13 vereadores. O PMDB, que luta para suceder Zuchi, sabia que os projetos aparelham a máquina pública municipal e prejudicam um futuro governo seu. Por isso, votou contra com Ciro André Quintino, Jaime Kirchner e o suplente Raul Schiller (estava no lugar de Marli Iracema Sontag), além de Charles Roberto Petry, DEM, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. Cobrado por eleitores, principalmente os jovens e enganados, Brick, sem argumentos, mentiu: disse que tinha votado errado. Mas, não fez nada para desmentir ou se corrigir o suposto erro.
AS TROCAS, ARMADILHAS E HUMILHAÇÃO
O cerne de tudo isto estava num acordo que o PT armou há três anos para enfraquecer o PMDB, que lhe ameaçou na reeleição de Pedro Celso Zuchi em 2012, com o então vereador Kleber Edson Wan Dall. O PT é assim: vingativo com pessoas, empresários, investidores, adversários e partidos. Trata todos os outros com os infiéis até a conversão na marra, na humilhação e no escárnio. É uma sanha nacional e bem conhecida aqui. No “acordo” – e que teve a intermediação de gente como Ivo Carlos Duarte e Odilon Áscoli – o PT fingia não querer nada. Com os seus quatro votos, dava a presidência da Câmara no primeiro ano ao homem da sua confiança José Hilário Melato, PP; à Marcelo de Souza Brick, PSD, o amorfo e maleável, no segundo ano; à Andreia no terceiro, então no DEM – a quem não conhecia bem e esperava amansá-la nos dois primeiros anos, exatamente por ser marinheira de primeira viagem. Entretanto, deu tudo errado: Andreia se tornou algoz do PT e se recusou a baixar a crista exatamente porque o acordo, tacitamente não previa isto. Com uma pregação diferente, o PT e o Melato cobravam à sua rendição e humilhação, incluindo o papel de fantoche e entrega de cargos. Tudo para ter apenas o título de presidente da Casa. E para mostrar que não estavam blefando, com os votos do PMDB, PT e Melato traíram o acordo que lhe propuseram e lhe deram a lição. O fato já bem conhecido da cidade. E no quarto ano, - o de 2016 -, pelo acordo, era a vez de Giovânio. O PT, Zuchi, Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio (cunhado de Zuchi), e Melato queriam antes a prova, a rendição e humilhação pública de Giovânio, Brick e do PSD. Conseguiram-nas na sexta-feira dia 18.
UM PREÇO CARO E DEMASIADAMENTE ALTO I
Giovânio foi eleito presidente da Câmara no dia 22, terça-feira, antes de todos entrarem de férias, daquelas que têm 45 dias no ano e que Brick, como relator, não conseguiu reduzi-las para 30 como qualquer trabalhador – o mesmo que sustenta com seus pesados impostos os políticos. E o saco de maldades foi ampliado. Rampelotti foi eleito vice-presidente com os votos do PT – que no acordo jurava que não queria nada -, os dois votos do PSD e do presidente Melato, do PP. Ou seja, aquilo que Brick disse ter errado na sexta-feira dia 22, ele voltou a “errar” na terça-feira, dia 22? Conta outra. Tudo armado, tudo pressionado, tudo aceito. E o eleitor? Um detalhe, apenas. O enganado de sempre. E se não houver quem fique relembrando, todos políticos nas suas tramoias entre eles, apostam a memória curta dos eleitores. Ah. Andreia honrou o acordo de três anos atrás e votou Giovânio, mas não em Rampelotti. Outra. Se o PT perder a prefeitura, Melato já fez outra aposta para continuar a comanda o jogo: aliou o PP que protege Zuchi e o PT com o PMDB de Kleber Edson Wan Dall e Carlos Roberto Pereira. E todos querem esconder isso.
UM PREÇO CARO E DEMASIADAMENTE ALTO II
O jogo do PSD e de Marcelo de Souza Brick, tem um preço politicamente caro demais e demasiadamente alto no risco que tomaram para o partido e a imagem do político que se dizia representar o novo. Brick candidato ficou sem discurso para uma candidatura solo como sonhou e nela aglutinar os periféricos. O PMDB onde é uma alternativa real – principalmente no projeto de falsamente unir todos contra o PT -, vai ter que avaliar melhor o PSD. É que ele já tem o PP de vice para casar e domar as diferenças entre ambos. Elas já mostraram ser grandes quando houve a chapa Adilson Luiz Schmitt, PMDB, e Clarindo Fantoni, PP. São maiores hoje, com Melato que defende o PT de Zuchi e é apadrinhado pelo ex-deputado Federal João Alberto Pizzollati Filho. Já o PSDB está desconfiado de que isto seja a armadilha que o PT lhe arma para enfraquecer e quebrar o discurso de Andreia Symone Zimmermann Nagel. O que mais se fez nos últimos dias foi colocar o PSD junto com o PSDB. Vai restar ao PSD tirar mais uma vez a máscara e se aliar com Giovânio ao PT. Tudo para não perder o bonde da história mal engendrada que arrumou para si e que não conseguiu enganar pelo tempo todo o seu eleitorado nestes três anos. 2016 promete. E os políticos continuam praguejando quem os desnuda. Acorda, Gaspar!
A sessão extraordinária da Câmara no dia 18, apresentou cenas de pura tirania e imposição de um poder sobre o outro. Raro, mas...O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, estava lá com seu círculo de apoiadores. Pressão. Legítima. Contudo, ao ver seus projetos rejeitados (e principalmente para os amigos, como foi o caso do CTG), não se conteve: disse que era por isso que ele não ia lá ( qualificou a Casa com um palavrão).
Ou seja. Para ele e o PT, o Legislativo de Gaspar é um quintal de quinta a seu serviço e não uma instituição que é feita de representantes da sociedade, que possui independência, e que nela precisa de diálogo continuo, civilizado para se preservar o interesse público. O PT é impositivo em qualquer lugar, em qualquer circunstância. E principalmente para os seus e os interesses dos seus.
O secretário de Transportes e Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, não se conteve naquela sexta-feira. Mandou um eleitor do Belchior e ativista do Movimento Brasil Livre, Paulo Filippus, calar a boca à uma observação que ele fez em uma das votações. O vídeo rendeu milhares de acessos e até um entrevero com o presidente do PMDB, Carlos Roberto Pereira, que o republicou no facebook sem o devido crédito.
Aliás, o xingamento em forma de ameaça de Zuchi a Filippus, chamdo de “porquinho” quando ambos saiam da sessão rendeu ao prefeito um Boletim de Ocorrência. Não vai dar em nada. Pois até para fazê-lo, entrou em campo a turma do deixa disso
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Lovídio também tentou intimidar e enfrentar Ciro (PMDB) e Lu (PP). Lovídio qualificou o PMDB e o PP de arrogantes, acusando-os de acharem por antecipação de que serão os vencedores da eleição deste 2016 aqui em Gaspar. De arrogância ninguém pratica e entende melhor do que os petistas daqui. Então, trata-se de inveja. Nada mais.
A primeira derrota do PT de Zuchi e Amarildo veio com a derrubada do veto do prefeito à emenda do suplente Raul Schiller, PMDB. Ela sobe de R$6 mil para R$20 mil (e continua sendo uma mixaria) da rubrica para a Educação de Trânsito na Lei do Orçamento Anual. Senso mínimo ao tal mote de propaganda política “pátria educadora” e ao uso racional do monte que se arrecada com multas por aqui.
O PT de Gaspar, por tradição doentia, tem o Orçamento como intocável. Nas vezes anteriores sempre foi à Justiça para humilhar vereadores e à Câmara. Agora é esperar. Quem derrubou o veto de Zuchi? Luiz Carlos Spengler Filho, PP (agente de trânsito); Charles Roberto Petry, DEM; Marcelo de Souza Brick, PSD; Ciro André Quintino, Jaime Kirchner e Raul Schiller, todos do PMDB, bem como Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB.
O PT vive de armadilhas. É para colocar a culpa nos outros das lambanças que ele próprio faz. Novamente tentou colocar uma “doação” irregular na conta dos vereadores, via um simples decreto. Trata-se do comodato de parte da Arena Multiuso. O relator Ciro André Quintino, PMDB, até tentou evitar o desgaste: antes da reunião quis tirá-lo da pauta. Foi derrotado pelo PT, Melato e Marcelo. No debate em plenário, sabendo da derrota e da inconstitucionalidade, Antônio Carlos Dalsochio, cunhado de Zuchi, fez circo, show e arrumou culpados para o presidente do CTG, que estava presente na plateia.
A Arena não é do município (só há uma Imissão de Posse, algo provisório, porque a prefeitura não quer pagar ao dono o que ela vale, mais os gasparenses um dia vão pagá-la – e muito - esta aventura com cheiro de vingança contra um empresário). Zuchi queria – e faz anos - dar parte da área em comodato para o GTG Coração do Vale. São amigos. É uma promessa política eleitoral antiga. É, todavia, flagrante ato inconstitucional. E o Ministério Público, o que cuida da Moralidade Pública, estava de olho na votação para não apenas pegar o prefeito e sua turma, mas os vereadores também.
Escaldados, os vereadores rejeitaram a proposta do Executivo. O parecer técnico. É da própria Câmara, não dos vereadores. É matéria inconstitucional. O PT, o prefeito e sua turma sempre souberam disso, melhor do que ninguém. E se deliciou. Mesmo assim, para cumprir o papel perante os amigos do CTG, sabendo que a maioria o rejeitaria para não se complicar, o PT votou a favor. E aproveitou para culpar os que votaram contra. Só para fazer média com o CTG. Está mais do que na hora do pessoal do CTG abrir o olho com este tipo de parceiro que os engana há muito tempo.
Reforma Tributária, com o novo Código também foi derrotada. Este é o exemplo onde a imposição petista perdeu para o diálogo. Ou oito, ou 80! Não há meio termo. E quando os contadores, o Sescon de Blumenau, as entidades de classe de Gaspar e a nossa seccional da OAB entraram para dialogar, o PT preferiu correr o risco. Correu e perdeu no voto. Impostos e mais impostos, por canetaço é a sua especialidade. Racionalidade e corte de comissionados, nada. Perderam Michael Maicon Zimmermann, Doraci Vanz e principalmente o radicalismo de José Amarildo Rampelotti, o representante do PT e de Zuchi na negociação: eles se negaram às discussões técnicas, com os técnicos como os nossos contadores.
A reforma da estrutura organizacional da Fundação Municipal de Esportes, foi outra matéria que não passou na sessão extraordinária montada pelo PT, a administração de Zuchi e o Melato. Quem surpreendeu, foi Charles Roberto Petry, DEM, (que está no lugar da licenciada para tratamento de saúde, Ivete Mafra Hammes, PMDB). Charles é representante do Belchior, professor de práticas esportivas e conhecedor da matéria. Ele desmontou os argumentos e selou a sorte do projeto de lei.
Mas se o PT, Zuchi e Melato não conseguiram fazer barba, cabelo e bigode como imaginavam, não tem muito do que se queixar neste jogo democrático, onde o PSD e Marcelo vão pagar caro pelos votos que deram para a aprovação das matérias como a Reforma Administrativa. Nada foi discutido. Foi de goela abaixo. Ela criou o aparelhamento do PT sobre os futuros governos, sejam eles de que partido forem. O que se arrecadar mal vai dar para pagar a folha. Poucos se deram conta disso: só o PMDB e PSDB que possuem reais chances de serem governo em 2017. Melato, PP, que integra a chapa do PMDB, mais uma vez preferiu o PT.
Foi aprovado a nova sistemática da cobrança de lixo. Vai haver aumento. Foram aprovados os cargos para a Educação, a única matéria que teve unanimidade, bem como o que amplia o Quadro de Pessoal da prefeitura, outra matéria pouco debatida entre os vereadores. Mais dinheiro, para um Orçamento complicado diante da crise e da diminuição da arrecadação.
Estranho mesmo foi o projeto que dava 40 anos para a concessão da exploração da coleta, transporte, destino do lixo orgânico e reciclável para uma única empresa. Um silêncio só. A prefeitura e o PT sabiam que estavam sendo monitorados. Deixaram então um lobby silencioso atuar em vários partidos, de várias formas para abafar o fedor dessa matéria, sem no entanto, se tampar o nariz.
Andreia fez duas emendas para iniciar a discussão. E a provocação não surtiu efeito. Estranhamente quase sem objeção, elas passaram. A primeira teve a assinatura de Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e Charles Roberto Petry, DEM que reduziu de 40 anos para 20 anos (dez mais 10 anos de renovação), exige educação ambiental e a manutenção das lixeiras públicas como compensação. Foi aceita por unanimidade dos vereadores (?).
A segunda emenda de Andreia, que os vereadores do PT e Giovânio, PSD, rejeitaram, mas não levaram, impediu que o projeto nascesse viciado e destinando-se à futura concorrência à uma única empresa da região.
Esta emenda aditiva de Andreia visou separar as futuras licitações, tratando-as como concessão da coleta, outra para transporte e transbordo para o tratamento, e outra para disposição do lixo dos gasparense. Por que disso? Como explicou Andreia e como tratei deste assunto aqui várias vezes – e fui o único na imprensa a abordar este assunto para o desespero do esquema -, do jeito que estava, só uma empresa poderia participar e ganhar a licitação. Agora, pelo menos quatro empresas podem concorrer em alguma parte do processo e assim fatiar o serviço. Gaspar fica menos refém de aditivos, empresas e preços. Com o prazo menor, fica mais maleável as negociações.
Mas este assunto não deve se encerrar por aqui. O fedor continua e o Ministério Público está analisando este odor. Nos bastidores muitos interesses foram contrariados com as emendas, mas todos fingiram que foi uma boa saída. Mas, não foi. A prova é de que só Andreia teve a coragem de propor emendas, num assunto tão polêmico e à vista de todos.
O presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, acha que 90% do que escrevo e publico são inverídicos. Ele tem certeza de que eu não sei a diferença entre informação e opinião. E não para por aí. Imitando o PT, ele está intimidando internautas que republicam as minhas colunas e comentários. Isto não vai dar certo.
No dia 22, às 7.28 da manhã, fiz um comentário com o seguinte título: "O PMDB DE GASPAR CONTRA ANDREIA". E ele começava assim: "O PMDB é autor do projeto de unir todos os partidos contra o PT". Ele pode ser acessado na coluna da internet, a mais acessada, no portal pioneiro, mais atualizado de Gaspar, o Cruzeiro do Vale.
O internauta, Márcio Sansão - que não conheço -, dono de uma conta no Facebook - mídia social que não possuo por não ter tempo para a administração e para não concorrer com a liderança de acessos no portal Cruzeiro do Vale, por sua livre vontade, resolveu republicar o comentário na sua página. Para que? O presidente do PMDB de Gaspar entrou com os dois pés: não exatamente contra o conteúdo em si, mas contra a propagação da minha opinião. Carlos Roberto Pereira é censor – e não é de hoje -, mas se acha plural, democrático, ético...
Veja o que ele escreveu ao Márcio: "Lamentável essa sua publicação [ a do Márcio, não a minha, apesar de eu ser originalmente o autor dela. Errado está o que reproduz, não quem a escreve]. O Herculano é um cara que confunde informação com opinião! Que ele é contra o PMDB já sabemos faz tempo e que bom que seja assim. Estaria preocupado se ele nos fosse favorável! E respeito isso! [quem estabelece a medida e o autoflagelo é o próprio presidente do PMDB de Gaspar]. Agora 90% das informações que ele traz ai não são verdadeiras! [ para ele sim, mas para a cidade, parece que não]. Mas, de qualquer forma, provavelmente você não me conhece, saberia que tenho amizade e um enorme carinho pelo PSDB e por seus integrantes só para citar alguns: Ademir Serafim, Claudionor Souza, Renato Luiz Nicoletti, Betinho, Pedrinho Pintor, Franciele Back, Sérgio Almeida, Helinho, Amadeu Mitterstein! [ está confundindo: amizade e a realidade política eleitoral. Usa uma pretensa amizade pessoal para impor alinhamento automático ao seu projeto político]. Então antes de replicar estas bobagens [ ? se são bobagens, qual o motivo da preocupação?] que não acrescentam nada para Gaspar, pergunte para essas pessoas sobre mim e o Kleber Wan Dall e verás que não há fundamento no post! Feliz Natal, abraços".
"Lamentável?", impõe-se logo no início do post Roberto Pereira, o eleitor, o presidente de partido, o coordenador de campanha, como se dono fosse do Márcio, o internauta, cobrando o seu silêncio para tudo que não for aprovado previamente pelo PMDB ou por ele. Pergunto. Como assim? Cadê a liberdade de expressão consagrada na Constituição do dr. Ulisses Guimarães, do MDB de boa cepa?. Aprendizado e exemplos democráticos zeros. Mas, este é o presidente do PMDB de Gaspar. Troca os nomes, mas não as atitudes. O ex-prefeito Adilson Luiz Schmidt, ex-PMDB, parece ter eterna razão. Pouco antes, paus mandados do dr. Pereira mandava dizer nas redes que não precisavam dos “700” votos do Adilson. Vergonhoso. Isto não vai dar certo. Um voto faz diferença.
O dr. Pereira é reincidente. E contumaz. Quem mesmo fechou uma rádio em Gaspar na última campanha eleitoral e impediu à publicação de uma pesquisa nas últimas horas de campanha? Pior. E fez isto através de outros para ter o nome do PMDB e as suas mãos limpas deste serviço duvidoso. Então é um censor da rara imprensa livre e não sabe lidar com ela. Faz tempo. Está na sua raiz, ou então é um cumpridor de ordens da velha tirania de donos de Gaspar. Nem mais, nem menos. Jovem, mas velhos nas práticas, inclusive nas práticas contra as liberdades democráticas, que custou muito cara conquistá-las.
"O Herculano é um cara que confunde informação com opinião", escreveu. Ou ele não me conhece minimamente, e desde já o desculpo, ou faz de propósito e ai precisa saber mais. Quando Carlos Roberto Pereira nasceu eu já tinha fama na imprensa que investigava (e era tempo de ditadura militar, de duro aprendizado). Mais. Quando ele nasceu, após à distensão, eu já tinha habilidade do outro lado do balcão para dizer aos poderosos de que a imprensa não era um problema, mas uma entidade que devia ser respeitada, esclarecida e convencida por fatos concretos, atitudes reais, e não apenas por argumentos, palavras, compadrios, ações comerciais ou intimidações. Pesquise mais!
Se eu não sei o que é informação e opinião (a qual exerço muito mais hoje em dia do que informar), não sou eu quem vou esclarecer ao advogado Carlos Roberto Pereira, a diferença entre uma inicial que narra uma versão, o contraditório que narra a outra versão, e a sentença de um juiz que julga dos dois relatórios, esclarecendo à contenda, se estabelecendo numa opinião.
O presidente do PMDB de Gaspar é parte interessada. Ele não entende (na verdade não quer e não pode entender pela paixão que lhe move em busca do resultado para seu candidato),que há vida fora do seu mundo que desaba. E se desaba, ele precisa encontrar culpados externos para si e seu grupo que não possui plano B, flexibilidade, capacidade de diálogo.
Cego, o presidente do PMDB de Gaspar vê a imprensa que não comprou, amansou ou amendrontou, como inimiga, um problema a ser resolvido como na ditadura. Falta-lhe atitude, capacidade de convencimento, diálogo e argumentos. Há outros interesses que contraditam os seus sonhos. Ele os nega e não os admite. Como lhe falta argumento, só lhe resta, como restou: primeiro me desqualificar; segundo intimidar quem reproduz o que eu escrevo. Vergonhoso. Isto não vai dar certo.
A verdade é uma só. O PMDB achava que não haveria disputa além do PT. Hoje há. E não se preparou para este quadro. Tinha o PSDB como morto e seu, sem qualquer negociação. Como o jogo mudou, está desesperado. E pensa que sou um dos culpados pela infantilidade que ele próprio perpetrou. Outra. Se 90% do que eu opino, ou informo, é sem procedência, qual a razão de tanta preocupação do PMDB e principalmente do teleguiado presidente Roberto Pereira? Quem mesmo inventou esta chapa de jovens, com, mais uma vez o sapo e a cobra juntos, para dizer que é novo e que estão unidos? Ora se são bobagens, qual a razão da preocupação e principalmente do constrangimento e intimidação agora contra terceiros? Isto não vai dar certo. Acorda, Gaspar!
Aos leitores e leitoras que fazem esta coluna líder de leitura no jornal impresso Cruzeiro do Vale e a mais acessada no portal na internet, um ano de 2016 de muita luta, contra a teimosia que impõe sacrifícios aos que trabalham, pagam impostos, aos que são obrigados a conviver com inflação alta, falta de assistência na saúde pública e todos os tipos de desassistência, pela imposição de um governo sem rumo, lastreado na incompetência e mentiras, e sedento apenas de poder. O ano de 2016 é de eleições e pode ser o início consciência e da virada cidadã. A felicidade tem um preço. Vai depender da medida de cada um.
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