21/04/2011
DESCONTROLE I
Juçara Spengler, comissionada da secretaria de Desenvolvimento Social, do Roberto Procópio de Souza, PDT, ainda não conhece o seu chefe. A Coordenadora de Proteção à Família, à Criança e ao Adolescente de Gaspar foi a um evento da área, logo ali (3.500 km e vários aviões): Belém, no Pará, terra onde criança e mulher, são presas na mesma cela com vários homens adultos, por exemplo. E ela não foi só. Foi com a superintendente de Finanças, Fátima Teresinha Cerutti Arruda. Como? Não sei. Por quê? Também não sei. Talvez o chefe dela, o secretário de Administração e Finanças, Michael Maicon Zimmermann, possa nos explicar. Afinal, não está faltando dinheiro na prefeitura?
DESCONTROLE II
O diretor de Turismo e que se intitula secretário interino de Turismo, Indústria e Comércio de Gaspar, Gilmar Ternus, PT, resolveu se ?aconselhar? mais uma vez com o prefeito de São João do Oeste, Sérgio Luiz Theisen, PT. Mas, logo na semana da Páscoa marcou uma ?agenda de trabalho? por lá? É que Gilmar não é de ferro. De São João, em 27 quilômetros está em casa, em Itapiranga. Aliás, o Oeste foi o destino preferido de Gilmar no segundo semestre do ano passado. Acorda, Gaspar!
PT RACHADO I
Para alguns petistas históricos, o partido está sem rumo e com trapalhões no seu comando: Doraci Vans (chefe de Gabinete), Rodrigo Fontes Schramm (ex-secretário de Turismo, Indústria e Comércio), Lovídio Carlos Bertoldi (ex-presidente do PT e presidente do Samae) e Julita Schramm (presidente do partido, na verdade, testa nas mãos dos três). Já os petistas que estão alijados de várias decisões partidárias, dizem que se o PT se preocupasse em reunir os cacos do próprio partido, ganharia muito mais do que fazer alianças com PRB, PDT, PSB, PV e até a fatia do PP de Melato ou dissidentes do PSDB. ?Temos muito mais história, militância e votos?, reclama um deles à coluna.
PT RACHADO II
Mais. Esta fatia ?patinho feio? do PT de Gaspar segundo alguns, representam 40% do partido. Ela está disposta a complicar na convenção, a qual irá escolher os candidatos do PT por aqui. Vai bater chapa (e perder). Mas, vai ficar clara a contrariedade do grupo com política errática que se está fazendo com parte dos militantes, com os gasparenses e a cidade, tudo, segundo esta ala, pela panelinha autoritária que manda e desmanda no partido e na prefeitura. ?Somos contra a reeleição de Zuchi e Mariluci. É questão fechada. Cansamos de dar murro em ponta de faca?. Nossa! Acorda, Doraci, Lovídio, Rodrigo e Mesquita enquanto é tempo.
HOSPITAL I
Mais claro, impossível. Patética a visita do secretário de Saúde, o médico Dalmo Claro de Oliveira (candidato a deputado derrotado do PMDB) ao hospital de Gaspar. Patética a presença, a representação e a reação dos políticos à informação do Dr. Claro de que não tem verba estadual para o Hospital. Dois deputados, o Jean Kuhlmann e o Ismael dos Santos, são do DEM de Raimundo Colombo (que diz querer revitalizar os hospitais filantrópicos) e Antônio Pedro (Pepê) Schmitt. Um, Aldo Schneider, é do PMDB do secretário, de Osvaldo (Paca) Schneider e de Celso Oliveira, presidente do Conselho do Hospital, por exemplo. Os outros dois deputados presentes eram a Ana Paula (estadual) e seu marido Décio Lima (Federal), do PT do prefeito Pedro Celso Zuchi (que estava lá) e do Aldo Avosani, ex-assessor de Décio e colocado pelo PT no hospital para gerenciar a administração e finanças. Quantos votos esses políticos ganharam dos gasparenses? Acorda, Gaspar!
HOSPITAL II
O doutor Dalmo tentou justificar, mas não conseguiu dizer quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha. O déficit do hospital é em decorrência por falta de gerenciamento e falta de clientes, diagnosticou. O doutor Dalmo foi ex-dirigente da Unimed e entende de vários riscados. A Unimed por aqui boicota o Hospital. Então, de cara perde-se uma boa clientela. Um hospital se faz com médicos interessados nele. Os daqui sempre torceram para que o hospital ficasse fechado (até a Justiça foram para isso). E quando aberto escolheram para liderá-los, Fernando César Buchen. Onde ele está agora?
HOSPITAL III
Quase dois anos da sua reabertura, nem pediatras se têm com regularidade para que se nasçam crianças em Gaspar. Os médicos daqui preferem que seus clientes no sistema particular fiquem em Blumenau. Então se perde mais uma vez uma boa clientela para a chamada hotelaria. No hospital, só os do SUS, que no Brasil já fechou mais de 200 hospitais particulares nos últimos três anos (os filantrópicos vivem moribundos e de esmolas). E ainda tem gente, sem solução, sem noção do que se fez para reabri-lo, que na reabertura forçada, queria faixa para o presidente Lula. Só for daquelas de enterro a que o nosso hospital está próximo, mais uma vez. E tem gente, que se diz fina e poderosa, que vai comemorar. Acorda, Gaspar!
HOSPITAL IV
O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, reclama, a todo instante, quando discursa ou dá entrevistas nas rádios para os mal informados, que já colocou no Hospital mais de R$ 4 milhões. E daí? Zuchi Colocou menos do que prometeu. Na campanha ele afirmou, e eu ouvi de viva voz, que se eleito colocaria lá R$200 mil por mês. Se fosse considerar a inflação do período, no mínimo seria hoje R$230 mil. Então,feitas as contas, está em dívida. Está pondo apenas R$175 mil, dos quais R$5 mil praticamente, vão para o pagamento do Aldo Avosani, que nada entende de hospital e sobrevivia numa assessoria parlamentar no PT. Zuchi quis a abertura do hospital sem ele ter capital de giro para tal; tudo para a promoção política, propaganda e economia na prefeitura. Pior, aumentou as despesas do hospital ao fechar parcialmente o CAR, o qual também em campanha ele prometeu deixar abertas 24 horas, sete dias da semana. Resumindo, transferiu este serviço municipal(e os custos dele) para o pronto atendimento do hospital. Concluindo Zuchi é parte importante do problema, mas deveria ser parte da solução, como os médicos. Sem eles não há hospital referência. Acorda, Gaspar!
DO MEU LEITOR
Podemos perder uma ou mais eleições, mas não a essência. Parece-me que o PDT enfim está se igualando aos demais. Muito me entristece ver o PDT, agindo dessa forma. Parece que perdeu o rumo. Por quatro vezes presidi os trabalhistas de Gaspar. Por duas vezes, articulamos e participamos de coligações vencedoras, quando elegemos: Nadinho e Adilson, ambos do PMDB. Fui suplente de vereador e assumi em 98 e 99, onde exerci a liderança de governo em momento difícil, em que os vereadores do PMDB, fugiram à responsabilidade ou lealdade e deram as costas ao prefeito. Mas em momento nenhum, seja antes ou depois das eleições busquei para mim algum cargo ou vantagem pessoal. Sempre me posicionei por aquilo que acreditava ser o melhor para Gaspar. Talvez por isso é que fui taxado de ingênuo. Sei que por muitos fui usado, mas tenho minha consciência tranqüila. Só pra recordar. Enquanto presidi o PDT, este sempre teve representante no legislativo, regular com obrigações partidárias e contas em dia.
Professor Francisco (Chico) Reinert.
edição 1285
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