27/05/2011
O NÃO DO PMDB I
O PMDB de Gaspar não apoiou a campanha do deputado Aldo Schneider. Apostou em Paulo França. Pessoalmente, acho que fez certo. Aldo se elegeu e por aqui com muitos votos sob a orquestração de Adilson Luiz Schmitt, ex-prefeito pelo PMDB, que se bandeou para o PSB e hoje está sem partido. Aldo se elegeu. Paulo não. O PMDB se reaproximou de Aldo, com a ajuda do federal, Rogério (Peninha) Mendonça que aqui fez dobradinha com o Paulo e no Alto Vale, com Aldo. Passo pragmático na direção certa para resultados e para anular Mauro Mariani que esteve com Adilson. O PMDB daqui até pediu um cargo no gabinete de Aldo. Ganhou. Usou-o para audiências. Fez bem. Tudo por Gaspar. Tentou mais: convencer Aldo a isolar Adilson e até retirá-lo do cargo em comissão no governo estadual. Não conseguiu. Ai o jogo do PMDB daqui ficou claro que é outro: é contra Gaspar. O de sempre: do dividir, até porque o preferido continua sendo Paulo França.
O NÃO DO PMDB II
Do nada, um dia saiu na imprensa que Adilson e o PMDB de Gaspar estariam trocando olhares. Coisa armada. O deputado Aldo, sozinho e sem assessoramento, caiu na armadilha. Como estava escrito, foi o suficiente para o PMDB de Gaspar também escrever que não quer o Adilson de volta. E faz bem. Ora, se, se separou, para que reatar e conviver de fachada? Cada um que segue seu próprio caminho. Resultado: o PMDB de Gaspar está sem rumo, sem candidato e sem articulação. Tenta importar Vilmar (Vili) da Costa e o eterno pré-candidato, Julinho Zimmermann. Na cúpula, enfraquecida, continua a mágoa do traído e por isso, sofre e se nega ao divã. Escaldado, desculpando-se na doença, o conciliador e presidente de direito, Osvaldo Schneider, o Paca, pulou fora para olhar a maré. O próximo será o ?salto? do deputado Aldo. Diz que vai ajudar Gaspar, mas vai tomar mais cuidado para não sair chamuscado nesta torre de interesses, vaidades e intrigas de coisas antigas. ?Eu olho prá frente?, justifica.
O NÃO DO PMDB III
Cego de raiva, o PMDB de Gaspar erra e ao mesmo tempo abre os olhos de Adilson. Se aceitasse Adilson em suas fileiras, teria o poder total do veto e da revanche. O deixaria inerte num canto como um mero expectador ou um cabo eleitoral de luxo. Agora, deixa-o solto para procurar outro partido e se projetar, talvez engolindo o próprio PMDB. Mais. Deixa livre o deputado Aldo para apoiar Adilson, onde ele estiver, pela retribuição de fidelidade ao seu cabo eleitoral por aqui. Afinal, segundo a imprensa e o partido, foi o deputado Aldo que tentou de tudo para recolocá-lo no PMDB. Foi o PMDB de Gaspar (e Blumenau Paulo, Vianna e Botelho) que disse oficialmente que não o quer lá. Finalizando: o PMDB de Gaspar acaba de passar recibo e Aldo prefere ter um passarinho com votos na mão do que muitos voando.
CONTRAPÉ
O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt (sem partido) foi pego no contrapé. Aliás, fui o primeiro a noticiar na minha coluna no portal do Cruzeiro do Vale na internet. O Tribunal de Contas mandou o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, cobrar de quem for o responsável, um aumento tido como indevido dado ao contrato 211/2005, em 2007 (lixo hospitalar). Era época do governo de Adilson e Clarindo Fantoni (PP). Quem foi atrás desta possível anomalia. A Câmara quando ela exercia o seu papel de fiscalizadora do Executivo. Quem era o presidente? Luiz Carlos Reinert, PDT. Quem assinou a representação no Tribunal? O PT, PMDB (que tinha saído da base de apoio a Adilson) e o PSDB. Desta vez, como outros políticos, Adilson não se escondeu. Não negou. Não se calou. Ao contrário, se apressou para se explicar e dar detalhes. Hum!Retirou os argumentos dos adversários. Insiste de que não errou. Mas, estranhamente, calmo, diz que se não houver chance de recurso no processo, vai pagar. Outra. Como se vê, neste caso, o ex-procurador Aurélio Marcos de Souza comeu bola e deixou o seu ex-chefe exposto. Coincidência: o caso aparece quando Adilson se mostra bem posicionado numa pesquisa feita recentemente e Aurélio Marcos se ensaia no seu PPS.
ADILSON CALMO. ZUCHI NERVOSO
O que faz uma pesquisa. O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt tinha (ou tem) a fama de nervoso. Era capaz dele próprio, consertar o que via de errado. Agora, prega paz e amor, enquanto arma das suas por ai. Já o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, é conhecido pela sua serenidade (e educação). A sua paciência, deixava até, alguns nervosos. Deixava. Na Segunda-Feira, ele recebeu a diretoria do Sintraspug. Ela foi lá cobrar o ganho real aos servidores prometido e que está no projeto dos vereadores. Prá que? Ele tirou um bilhetinho do bolso para não esquecer os pontos e descascou o verbo. Sobraram palavrões para dizer que não vai dar mais nada para os servidores. Será? Vai dar aumento sim e talvez seja esta a razão da sua ira. As eleições estão chegando e ele não está bem na foto (a tal pesquisa). Daí o seu nervosismo (e descontrole). Pois é. Nada como um dia atrás do outro. Adilson calmo. Pedro nervoso. E o Sérgio Luiz Batista de Almeida agora, talvez possa entender o porquê de uma imprensa livre. Acorda, Gaspar!
COMPADRES
A causa de R$1,4milhão aos 19 funcionários do Samae deu o que falar esta semana. Tentaram sempre confundir méritos dos funcionários com privilégios(ou preferências, ou decisão política). Só para comparar: a outra causa contra a prefeitura envolve 79 servidores e alguns deles já falecidos (ou seja, é mais relevante socialmente); tem acórdão publicado desde 2005, ou seja, é mais antiga; tem um valor de aproximadamente de R$4milhões, ou seja, é maior e mais abrangente; e os advogados Albaneza Tonet e Cláudio Silva tentam acordo desde 2007, ou seja, há muito mais tempo. E a resposta sempre foi a mesma: não há recursos disponíveis no Orçamento e no caixa da prefeitura. Mas, para o Samae houve e com preferência de furar a fila. Estranho é o silêncio do Sintraspug até o momento sobre este assunto. Acorda, Gaspar!
MORRO DA IGREJA OU DO SAMAE
Saiu a licitação para a ?estabilização de talude no morro do Samae?. É o 74/2011. A disputa vai se dará no dia 21 de Junho para os interessados na obra. É coisa grande: R$ 3.651.548,55. E ai alguém me provocou: ?dr. Herculano: não é a Mitra quem deve pagar isto??. Respondi: ?penso que não.? O morro é da Igreja e não do Samae, mas quem cortou o morro para abrir e para dar duas pistas à Avenida das Comunidades é quem deveria ter feito o talude, bem como quem o ocupou o morro com a principal caixa de água de Gaspar. É uma questão de interesse e segurança(pública) para quem passa por lá (a mesma preocupação que se deveria ter com a ponte) e o possível desastre da falta de água se o reservatório for comprometido pelos possíveis deslizamentos. Resumindo: nada a ver com os interesses prioritários da Mitra (a não ser a proteção divina para que nada de ruim aconteça antes).
CEMITÉRIOS DE VOTOS
Coisa de campanha política. A família Fritzche, dona do espólio da Sulfabril, não influi e não tem votos em Gaspar, mas é dona de um terreno ali na Margem Esquerda. Ele bem serve para um parque de convivência (e que falta para nós), entre eles o CTG e o seu Rodeio, o qual vai ter que sair das terras do Júlio Testoni. O que fez o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, e seu fiel orientador Mário Wilson da Cruz Mesquita? Foi a Justiça e desapropriou as terras dos Fritzche. Fez bem, apesar da precariedade da imissão de posse. Os tradicionalistas, que votam, choraram de emoção e alegria em meio a juras de amor eterno naquela reunião do anúncio. Uma festa. Em contraste, para ampliar o lotado cemitério do Barracão, terra do prefeito, depois de tentar fazer uma permuta inconstitucional de terrenos e barrada na Câmara, inventou-se uma audiência pública, lá no Barracão, para debate, política e apontar culpados. Por que não se desapropria terras para ampliar ou fazer um novo cemitério lá no Barracão como se fez com os Fritzche e se paga o que vale? Porque o vizinho Gilberto Schmitt Filho (que não tem nada a ver com o jornal) e dono das terras, pode enterrar votos se isto acontecer. Só isto. Acorda, Gaspar!
CURTAS
O pecado flerta com o diabo. A bancada ?religiosa (incluindo os católicos) e da família? no Congresso negociou com o governo de Dilma Vana Roussef, a não distribuição pelo MEC nas escolas das cartilhas contra o homofobismo. Um direito. Em troca, ela vai ajudar o PT na blindagem do ministro chefe da Casa Civil, Antônio Palocci. Dessa forma ele não vai se explicar aos brasileiros como e de quem conseguiu tanto dinheiro na vida e na campanha. ?x-x-x-x- O projeto de reurbanização do Centro que teve tanta propaganda, ainda não saiu do papel. Está difícil convencer os confrontantes a botar a mão no bolso para ajudar a Prefeitura a fazer a obra. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, acha essencial como projeto político, a realização dele para o seu governo. ?x-x-x-x- O deputado Marcos Vieira, do PSDB, está na defensiva. Primeiro disse que não era autor das transposições e agora, das aposentadorias especiais na Assembleia. Hum! Quem se explica muito... ?x-x-x-x- Mau negócio. O jornalista Pimenta Neves, 74, já estaria fora da prisão há muito tempo (e não teria levado tanto pau da própria imprensa) se tivesse cumprido a pena e recorrido enquanto preso. O que faz a vaidade e a presunção de especial. ?x-x-x-x- É história e não há como mudá-la. O famoso jornal Notícias Populares circulou de15/10/63 a 20/01/2001. Desapareceu há mais dez anos porque não se sustentava financeiramente. Faltava-lhe coerência, opinião, credibilidade e classificados. É um case que qualquer aprendiz de marketing relata por aí. ?x-x-x- Do twitter olhandoamare que só tem 23 seguidores: ?esses parlamentares estão fora de controle ou nós estamos fora do planeta deles? Então por que eles pedem os nossos votos??. ?x-x-x-x- Repeteco. A prefeitura de Gaspar abriu nova licitação, a 78/2011, para ?prestação de serviços de consultoria e assessoria técnica; para desenvolver e estruturar atividades relacionadas à gestão de contratos e convênios dos órgãos da administração direta e indireta da administração municipal junto aos diversos órgãos do governo federal, bem como na elaboração de projetos para a captação de recursos?. A escolha vai ser no dia 9 de Junho. Quanto se quer pagar por isto? R$ 131.603,34 ?x-x-x- ?O que parece inquestionável é que um homem público deva prestar contas à opinião pública, para que não pairem dúvidas quanto à sua honorabilidade, quanto à origem legítima de seus haveres?, do advogado criminalista e ex-ministro da Justiça de FHC, José Carlos Dias.-x-x-x- Tratamento de um vereador na Tribuna da Câmara em Gaspar: senhor presidente, senhores vereadores, visitantes, os que ouvem e olham pela internet, companheiros, camaradas... ?x-x-x- Terminou. Sobrou informação. Faltou espaço, mais uma vez.
edição 1295
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