10/06/2011
UM FAZ. OUTRO DESFAZ I
Fiquei quieto, até aqui. Não quis polemizar antes, numa coisa simples, muito simples, necessária e que se arrasta por quase dez anos. Este é o retrato da cidade. Ontem, finalmente, foi a segunda votação na Câmara o Projeto 120/2010 que implanta a chamada ?zona azul? no Centro de Gaspar. Se aprovado (fechei a coluna antes da sessão e corro o risco de alguém pedir vistas e ela ser concedida) ele vai à sanção do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Mas, a implantação vai demorar. É preciso contratar monitores. E como este cargo não existe no Município, vai se criá-lo na burocracia, inclusive da Câmara. É necessário concurso público etc e tal.
UM FAZ. OUTRO DESFAZ II
Espera ai. Mas essa tal ?zona azul? já não havia sido aprovada em Dezembro de 2008, época do governo de Adilson Luiz Schmitt? Sim. Foi na lei 3086 que também passou pela Câmara. Faltava a regulamentação. E o decreto 3865 de cinco de Abril do ano passado, o prefeito Zuchi fez a regulamentação. Mas, só no papel. Ele preferiu outra lei. A dele. Qual a diferença entre as duas? A de Adilson previa os modernos parquímetros, que são máquinas que vendem os tickets e não precisam de monitores e o jeitinho. O de Zuchi, emprega, aumenta a folha, traz mais controles, dúvidas etc. Resumindo. São escolhas a qual não discuto. Entretanto, elas atrasam aquilo é fácil e óbvio. Um faz. O outro desfaz. E assim vai. E isso faz tempo. E assim Gaspar se atrasa diante dos outros naquilo que é fácil, óbvio, mas importante. Acorda, Gaspar!
A GRANDE OBRA I
Este mês faz três anos que o governo do prefeito Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, fez a sua primeira grande obra. Uma obra para poucos. Zombou do povo. Todavia, até agora, não a inaugurou oficialmente, mas intimamente comemorou feito. Apostou-se no esquecimento meu, do jornal, do povo e inclusive na Justiça, onde o assunto foi parar, para ser decidido. Qual a obra, afinal? Foi a construção do muro da vergonha que fechou a Rua Cecília Joanna Schneider Krauss, no bairro Sete, ali ao pé do Hospital (Rua José Krauss). A manobra foi o primeiro feito e cartão de visita do procurador geral, Mário Wilson da Cruz Mesquita.
A GRANDE OBRA II
Um assunto paralelo, mas que virou uma questão de honra para o governo do PT e para os ?novos? amigos dele. É também um assunto complicado para leigos, o povo, às vezes, compreender. Então vamos explicar. Com uma lei falsificada, os moradores da Rua, fecharam-na, tornaram-na um beco, uma rua particular, um condomínio privado e como eles mesmos alegaram na época, para se sentirem ?mais seguros?, impedindo a passagem da população por ela (?). O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, na época no PMDB, mandou abri-la, segundo ele, com base de que não há lei que diga que aquela Rua é um beco. Um dos lindeiros, interessado e afetado pela abertura da citada Rua, foi à Justiça para impedir que a prefeitura com a reabertura dela, invadisse o seu terreno. Justo. E para isso, buscou a proteção numa medida judicial chamada de Interdito Proibitório. E o Interdito foi concedido, com esta finalidade: a de não se invadir o imóvel dele.
A GRANDE OBRA III
Zuchi e Mariluci ganharam as eleições. Então foram à revanche para defender os moradores da privilegiada Cecília Joanna Schneider Krauss. Fechou-se a Rua comum muro, construído num final de semana (do Stammtisch). Se era legal, por que num final de semana? Primeiro o Ditran atestou que aquela Rua não é importante para Gaspar. Como? E ele estava certo. Gaspar ao invés de abrir ruas para descongestionar o tráfego, prefere fechá-las, só para complicar mais. Segundo passo: o procurador Mesquita foi na Justiça, em nome do município, da população e fez acordo com um dos moradores da Rua, exatamente no tal Interdito Proibitório e que não discutia a abertura ou o fechamento da Rua. No acordo, concordou pelo fechamento. Um acinte.
A GRANDE OBRA IV
Esta Rua tem uma história estranha e mostra como Gaspar trabalha e manobra no interesse de poucos com a ajuda do político no poder de plantão. A Lei 718/1982 criou a Rua Maria Cecília Joanna Schneider Krauss, da Rua Rio Branco até o seu final que se articulava (antes do muro) com a Rua José Krauss. Contudo, mais tarde, descobriram que o nome da homenageada estava errado. Só Gaspar. Era Cecília Joanna e não Maria Cecília. E o Vereador Jacó Goedert, PMDB, entrou com o PL39/96 para retificar o nome dela e colocar o certo. Só isso. Coisa simples. Sem problemas, isso virou a Lei 1604/1996. Depois de aprovada pela Câmara e sancionada pelo prefeito da época, alguém, fora do processo legal, acrescentou o termo, ?sem saída? na nova Lei. Para que? Para ter argumento jurídico, falso e criminoso para fechá-la. Entenderam?
A GRANDE OBRA V
E quem diz isso (com todo o cuidado jurídico, é claro)? Não sou eu, não. É a assessoria da Câmara de Vereadores de Gaspar ao responder o questionamento sobre o assunto feito no dia 5 de Junho de 2009 pelo então presidente, José Hilário Melato, PP. Ficou um clima de velório. Zuchi, Mariluci, Mesquita e moradores interessados viram que a coisa ia para o vinagre. Mesquita, rápido, foi a Câmara ?negociar? com os vereadores. Combinou-se e todos assinaram a Indicação 79/2009 de 1.9.2009, pedindo ao prefeito Zuchi, um Projeto de Lei com retirada da expressão ?sem saída? da Lei polêmica e falsificada, e assim voltar ao estado original dela. Os vereadores fizeram a parte deles. Foram feitos de bobos e estão quietos até hoje. Foram passados para traz. Não só eles. Todos nós. O muro está lá, barrando o povo de usar a Rua pública, de todos até hoje. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
O Tribunal de Contas resolveu apertar a Prefeitura de Gaspar na questão ambiental. Abriu representação para apurar ?irregularidades em processos administrativos de fiscalização ambiental e a não instauração de Tomada de Contas Especial no prazo estabelecido?. O processo é o 011/49654.
O Projeto One Bunge que estava sendo tocado em Gaspar, está indo embora. Estão sendo deslocados para São Paulo mais de 250 profissionais entre empregados da Bunge, consultores e terceiros. Alguns vão ficar por aqui mesmo. Em Gaspar, aos poucos, só a nova fábrica e sustentada por pesados incentivos, que se não renovados, vai embora também.
A prestação de contas da candidata a deputada estadual, Mariluci Deschamps Rosa, PT, vai a julgamento na sessão desta Terça-Feira, dia 15, do pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina.
O presidente da Câmara de Vereadores, Claudionor da Cruz Souza, não é mais empregado da Capgemini.
A aprovação das contas de 2007 e 2008 de do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt aconteceu na Câmara. Falta a publicação no Diário Oficial.
Por proposição do deputado Sargento Amauri Soares ,PDT, foi criada a Frente Parlamentar Catarinense de Solidariedade à Cuba. O evento teve participação do cônsul-geral de Cuba, Lázaro Mendes Cabrera. Na próxima eleição, seria interessante o deputado pedir votos em Cuba e não aqui em Santa Catarina onde para o deputado, parece que tudo está a mil maravilhas. Inclusive na área que ele diz mais conhecer, a Segurança Pública.
edição 1299
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