29/07/2011
DELEGADO PREFEITO I
Primeiro eu quero abrir o meu voto para prefeito de Gaspar no ano que vem: o delegado gasparense da gema, Paulo Norberto Koerich. Isto mostra que Gaspar não precisa apenas de administração planejada, firme, técnica, transparente e coerente a favor do povo, mas também de um policial inteligente, investigador e corajoso para prender gente que se acha dona de alguns pedaços da cidade. Segundo. Este ?lançamento? armado, que surpreendeu o próprio convidado de um ingênuo café matinal em Blumenau, foi desmentido no seu nascedouro e exatamente por quem o publicou. O anúncio, na verdade, esconde outras coisas que tentarei esclarecer em poucas letras devido ao limite físico do meu espaço aqui.
DELEGADO PREFEITO II
O PT vem inviabilizando as candidaturas com nomes tradicionais e até outros partidos atores na política de Gaspar. E não é de hoje. Não gosta e quer concorrência, porque sabe ser ela perigosa. Já foi surpreendido uma vez. Tem medo de tomar o mesmo veneno e por isso está mais precavido. O nome do delegado Paulo foi lançado pelo vereador José Hilário Melato e não pelo PP. Mas, não era o Melato um dos sempre eternos candidatos a prefeito? Desistiu? Por que? Não sei exatamente. Uma é que ele (e não o PP em si) é aliado do PT. Então seria uma forma de não ?trair? ou dar a cara diretamente, para uma? cobrança? da fatura do PT. A outra é a de aumentar o seu cacife e o poder de barganha perante o PT para ?sair? do jogo eleitoral bem posicionado, mais uma vez.
DELEGADO PREFEITO III
Há ainda a possibilidade do factóide ser armado de forma intencional, exatamente para retardar os verdadeiros entrantes no jogo eleitoral. Desviar a atenção. Outra vertente, diz-me que Melato estaria a serviço de alguém para ligar o delegado às pretensões políticas eleitorais e assim desconstituí-lo moral, ético e legalmente na sua autoridade perante a prisão do genro do prefeito, o médico Fernando César Buchen, que fez, cumprindo unicamente um mandado judicial. Será? É maquiavélico demais para o meu gosto.
DELEGADO PREFEITO IV
Seja o que for, criou-se um fato novo para suplantar a ideia dos nanicos PV, PSC, PPS e PSB. Na semana passada se reuniram e decidiram convergir num projeto de oposição. Por outro lado, o ato com o delegado mostra claramente que os partidos não possuem candidatos e o PT se arma para ficar sozinho. E nesta de não ter candidatos viáveis até o PMDB flertou nos bastidores com o PP estimulando o delegado a assumir o que diz não ser o seu objetivo de vida. Nesta Sexta-Feira por exemplo, ele assume a presidência regional da Adepol ?Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina. ?Estou comprometido com a classe?, reafirma.
DELEGADO PREFEITO V
Voltando aos partidos perdidos. Primeiro se tentou o empresário Vilmar (Vile) da Costa, também sem partido, e tudo foi por água abaixo. Lembram-se? Agora, é a vez do Paulo Norberto Koerich, que já disse que não aceita. Não é filiado a nenhum partido; a família não quer; não possui dinheiro e estômago para uma campanha; e quer ser mais no âmbito profissional, inclusive no governo do Estado. O fato também tenta anular e colocar a reboque, com pouco espaço, o PSDB. Ele, recentemente, também colocou o nome do amigo de Paulo e delegado, Ademir Serafim, na berlinda. Finalmente, a manobra anula ainda, ou complica muito, o vôo pretendido pelo ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido. Paulo, antes de ser policial, foi um jovem competente chefe de gabinete do prefeito Francisco Hostins, PDC e no governo de Raimundo Colombo, estava cotado para ser o delegado chefe da Polícia Civil de Santa Catarina. A saúde, na época, foi madrasta.
PIRÃO SEM FARINHA I
O proprietário e editor do Jornal Cruzeiro do Vale, Gilberto Schmitt, observou com uma precisão cirúrgica, o detalhe que salta aos olhos dos gasparenses. Na sua coluna ?Chumbo?, de Terça-Feira, ele escreveu: ?Só uma observação: apenas dois médicos se fizeram presentes no Pirão com Linguiça. Será que não gostaram do cardápio ou não gostam de se misturar com o povo. Ui, ui, ui?.
PIRÃO SEM FARINHA II
É enfadonho repisar neste assunto. O problema do hospital era a sua precariedade física? Era. Não é mais. Foi resolvido graças a um punhado de gente que deu a cara para bater e principalmente enterrou lá muito dinheiro. Ficou moderno. O problema deste hospital é dinheiro para mantê-lo? É. O problema deste hospital é gerenciamento técnico? É. Mas, o problema do hospital de Gaspar continua sendo os médicos. Sem médicos não há hospital. Não é viável economicamente. E decididamente, por todas as experiências que passei lá, os médicos não estão nem ai com esse hospital. Não o adotaram. Não o querem autônomo e referência. Ao contrário, já pediram na Justiça para fechá-lo uma vez. E fechou. Agora, os médicos estão aguardando o mendigo desfalecer. Estão, há muito, querendo fazer pirão sem farinha. Por isso não há liga e não alimento que sustente o moribundo. Afinal, quem é o diretor clínico do Hospital de Gaspar? Acorda, Gaspar!
CINCO MILHÕES E MEIO
Você sabe quanto está estimado pela prefeitura o custo do prédio da Policlínica de Gaspar? Exatos R$ 5.550.919,47. Pelo menos é isso que está no edital 007/2011 do Fundo Municipal de Saúde para a concorrência no dia 23 de Agosto. Para quem duvidava ou achava um exagero o que se gastou pela iniciativa privada e promoções naquele, várias vezes maior, prédio do Hospital de Gaspar para a reforma dele, está ai uma bela comparação e um cala boca. A policlínica vai ser construída no Bairro Sete e com recursos federais, repassados pelo estado. No ano passado em Junho (mais de um ano?), o ex-governador Leonel Pavan, PSDB, veio aqui, trazer R$3.465.000,00. Será que rendeu juros e correção, ou não veio? Acorda, Gaspar!
PTB E PMDB
O PTB ressurgiu em Gaspar. Ernesto Hostin foi eleito o novo presidente da Comissão Provisória. Ernesto é assessor do vereador Kleber Edson Wan Dall, PMDB, na Câmara . E Wan Dall, que já admitiu que andou flertando com o futuro PSD, estava lá prestigiando o seu assessor, mas não saiu na foto oficial. Ernesto foi convidado, segundo ele anunciou no evento, pelo presidente do PTB estadual, o deputado estadual e pastor, Narciso Parizotto. Tudo a ver. Wan Dall também é evangélico. E Ernesto que já tem na manga um vereador de Gaspar para o ?novo? PTB. Será que é o seu chefe? O que ninguém respondeu até agora é como ficarão as dívidas do PTB herdadas da campanha de 2000, quando Dario Beduschi foi candidato a prefeito.
SOBRE O TRAPICHE
Sugestão de um leitor. Fazer por aqui, o que se faz em Blumenau. Um abaixo assinado eletrônico contra o aumento do número de vereadores em Gaspar.
Insistente. O advogado Aurélio Marcos de Souza levou à tal apelação Cível no Tribunal de Justiça, no caso do Caminhão Pipa, e que envolve o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, a sentença sobre caso análogo em Birigui, em São Paulo. Ela foi aceita pelo relator do caso, desembargador substituto Paulo Henrique Moritz Martins da Silva.
Desde o dia 20 de Julho a prestação de contas da candidata Mariluci Deschamps Rosa, PT, e que foi desaprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral, depois de transitado e julgado, está arquivada definitivamente na caixa 364 daquele tribunal. Não houve apelação do Tribunal Superior Eleitoral como se anunciou.
O empresário Walter Morello, ex-presidente do PMDB de Gaspar, está dizendo a amigos que é candidato a prefeito. Das duas uma: ou ele está desafiando o atual presidente Osvaldo Schneider, o Paca, ou o Paca desistiu de ser candidato e não avisou ao partido, seus fãs e que não são poucos.
Como diz um leitor contumaz da coluna, o bicho vai pegar para as administrações públicas. Veja esta que está no site da Confederação Nacional dos Municípios: Órgão que contrata temporário deve ceder vaga para concursado. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o candidato aprovado em concurso tem direito a ser nomeado caso o órgão contrate servidores temporários comprovando a necessidade de preencher vagas existentes. A quinta turma do STJ confirmou a decisão do ministro Napoleão Nunes Maia Filho e garantiu a nomeação de uma candidata ao cargo efetivo de médica oftalmologista na Universidade Federal Fluminense (UFF). Ai, ai, ai.
Viraram rotina as comemorações sociais quando alguém sai da cadeia, mesmo sem ser inocentado. E o alarde disso é público. Mudaram-se os valores. Para que lei, Justiça...
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