12/08/2011
MARILUCI I
A prefeita em exercício, Mariluci Deschamps Rosa, PT, foi a Brasília. Você sabe o que ela foi fazer lá? Segundo a própria prefeitura foi buscar dinheiro para a estabilização do morro da Igreja e da reforma da ponte Hercílio Deecke. Você sabe o que a prefeitura publicou quando o titular Pedro Celso Zuchi foi a Brasília no final de Junho? A mesma coisa. Sabe o que ele afirmou quando voltou segundo o documento da própria assessoria de imprensa da prefeitura? Que ele voltava otimista. Cantou loas. Ora, se ele já foi lá fazer o que Mariluci disse ter feito agora e se Pedro voltou de lá, otimista, por que a Mariluci teve que ir para lá com a mesma pauta? É falta de assunto? Ou a assessoria amaciou e fez propaganda para o que o prefeito não fez na época?
MARILUCI II
No meu longo artigo sobre estas incoerências que escrevi no portal do Cruzeiro do Vale, eu chamei a atenção para o que eu qualifiquei de macarronada cheia de molho e que lambuza todo mundo. Olha só essa pérola que arremata o "press release" da prefeitura para a ida de Mariluci a Brasília e que faz pensar que somos todos imbecis. "A prefeita em exercício deverá visitar também o Ministério da Agricultura onde deve protocolar pedidos de novos equipamentos para agilizar os trabalhos junto à secretaria municipal".
MARILUCI III
Espera ai. Deverá ou vai? Visitar? Ela está a trabalho ou em viagem de visitas? Protocolar? Gastar dinheiro do povo para protocolar documentos em Brasília? Isto não podia ser feito pela equipe do deputado Décio Neri de Lima, PT? Pela equipe da gasparense honorária, a ministra Ideli Salvatti? A não, isto não é da conta deles? Certo. Dou a minha mão à palmatória. Então o que faz a empresa de companheiros de Itajaí, a Logos, que ganhou a licitação aqui e foi contratada exatamente para fazer este serviço em Brasília? Não é dela o trabalho de protocolos, projetos, visitas a ministérios e buscar dinheiro para Gaspar? Gasto em dobro. Pois foi a Mariluci escalada para fazer o que se paga a um especialista, segundo o release da prefeitura da Quarta-Feira e que confirmou todos os meus questionamentos. Acorda, Gaspar!
TEATRO I
A campanha do ?Diga não? ao aumento do número de vereadores caiu numa armadilha. Os políticos, os principais interessados no aumento, deram um nó nas entidades. Foi como amarrar cachorro com linguiça. Quem quer o aumento do número de vereadores em Gaspar? Os candidatos que nunca ganham, servem sempre de bois-de-piranhas, puxadores para os mesmos políticos matreiros de sempre e que agora, foram usados para ir com os seus grupos na Câmara. Quem quer o aumento de vereadores em Gaspar? O PT. Isto foi o que ficou claro para quem foi à audiência pública. Trouxeram a claque, armaram o teatro e os que se diziam contra a este aumento, ficaram calados, encurralados e quietinhos, bateram em retirada. Hilário. Cômico. Triste.
TEATRO II
Quem paga o que os políticos e o PT querem? O povo. E mais. Como foi contraditório disso tudo? Zero. E o respeito as regras do jogo? Para que se eles, ospolíticos e neste caso, o PT fazem as regras? Para que serve os veículos de comunicação? Para serem mansos, se não, tomem pau neles, no que eles opinam ou noticiam. Para que servem as entidades organizadas da sociedade civil? Para aplaudi-los, para dar status aos do aparelho partidário no poder, e se não fizer assim, são desqualificadas, questionadas, enfraquecidas... Assim é Gaspar.
TEATRO III
Foi isso que aconteceu com a ACIG e o CDL. Se não fosse a imprensa e outras entidades, elas ficariam sozinhas com a pecha. O que o PT de Gaspar está querendo dizer? Que estas entidades são patronais, ilegítimas e não possuem a representação do povo. Pois bem. Quem sabe então fazer o teste de verdade com os nossos políticos espertos seja uma necessidade. E para saber se é isso que o povo de Gaspar quer e testar os atuais vereadores nas convicções ou cara-de-pau, quem se atreve a buscar as assinaturas para uma Ação Popular contra o aumento do número de vereadores? Será que eles terão coragem para desqualificá-la também. Pode ser. Restará Outubro, quando verdadeira e silenciosamente os eleitores poderão desqualificar os atuais vereadores. Acorda, Gaspar!
TEATRO IV
A internet da Câmara, não transmitiu o debate da audiência pública. Não sei se fez bem ou mal. Penso que deveria transmitir, pois além de ser um meio e uma ferramenta de comunicação pagas com o nosso dinheiro, daria mais transparência. Deveria transmitir para mostrar à população com neurônios (a maioria da internet) como são os jogos, os dissimulados e os jogadores. O PT que montou o circo, caiu de pau no presidente da Câmara, Claudionor da Cruz Souza, PSDB, como se ele fosse o culpado pela não transmissão. O PT e os que defendiam a ampliação do número de vereadores queriam ampliar a audiência do espetáculo.
TEATRO V
O que tem em comum as cidades progressistas como Blumenau, Jaraguá do Sul, Rio do Sul entre outras. Lá diferente de Gaspar, que se atrasa, a sociedade organizada (incluindo as entidades patronais e de trabalhadores)e a população, primeiro querem que os vereadores trabalhem verdadeiramente para o povo, fiscalizando o Executivo, para só depois eles venham pensar em aumentar o número deles, ou não. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Coisas estranhas. Concursada como coordenadora pedagógica, ainda no período probatório foi nomeada para diretora Adjunta da Escola Ervino Ventura. O decreto 4.273, de 04 de Abril, de nomeação de Josiane Bernz Siqueira foi publicado na página 28, da edição 718, do dia 13 de Abril do Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet.
Para que serve uma Câmara de Vereadores? Para fazer valer as leis que ela aprova. Há três anos a Rua Cecilia Joanna Schneider Krauss, ali no início do Bairro Sete, foi fechada com autorização da prefeitura ao povo ? num acordo espúrio - para o benefício de um grupo de privilegiados moradores de lá. Para isso, foi falsificada uma lei aprovada na Câmara em anos anteriores. Quem atestou isso foi à própria Câmara, não eu. Um acordo entre o Executivo, representado pelo procurador Mário Wilson da Cruz Mesquita e o Legislativo, representado pelo presidente da época, vereador José Hilário Melato, PP, prometia um projeto de lei restabelecendo a Lei original. Uma enganação para diminuir a pressão na mídia. Até hoje nada. Nem a prefeitura cumpriu a parte dela, nem a Câmara e os vereadores, se estabeleceram na independência, autonomia, autoridade e dignidade deles. Então, por que a cidade precisa de mais vereadores frouxos e que não se fazem respeitar na outorga que receberam da população? Acorda, Gaspar!
Edição 1317
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