23/08/2011
NÃO ESTÃO NEM AI I
A maioria dos vereadores de Gaspar deu provas de que não está nem ai para a população gasparense. Ela queria continuar apenas com dez vereadores. A maior parte dos vereadores, num jogo entre quatro paredes e disfarces, numa ?comissão? de amigos e interesses corporativos, decidiu aumentar para 13, como se isso fosse uma ?punição? aos que pretendiam serem 15. Jogaram. Pediram truco. Ganharam. Blefaram com o povo. Zombaram das entidades organizadas da cidade. E na votação escreve ai: vai haver gente que vai alegar que tentou, mas não conseguiu atender a vontade do povo para ainda assim se sair bem na foto. Tudo igual. No íntimo, era o que quase todos os atuais vereadores queriam, mas muitos não tinham coragem de se expressar em público. Jogou-se apenas para a galera. E se não fosse a imprensa (não apenas o Cruzeiro, é claro), seriam 15 ou mais. Vem ai, agora, a farra dos assessores.
NÃO ESTÃO NEM AI II
Tiro dado como diziam os antigos, bugio deitado. No ano que vem, os gasparenses terão a chance de eliminar este tipo de vereador fingido ou que não consegue ouvir a voz da população ou gosta de desclassificar as entidades organizadas que ousam questioná-los. É só anotar os que defenderam maior mamata, ou votaram por convicção, ou por conveniência. Risque-os do mapa da farra política. Leitores e leitoras, eu os ajudarei a lembrá-los disso. Vereador que numa Câmara onde três valem mais que sete vereadores; onde o errado e o ilegal passam pela Casa por cochilo ou propositadamente, e depois precisa ser corrigido no Judiciário se alguém assim se dispor a isso, precisa também e urgentemente de novos representantes do povo.
PALAVRAS DO LEITOR
Do suplente de vereador Laércio (Pelé) José Krauss, PSB (que quando assumiu por dois meses fez mais do que muitos que estão no cargo há três anos). ?Herculano. Quero cumprimentá-lo pela reportagem ?ruas amarelas viram azuis?. Também gostaria de complementar: em meu período parlamentar, encaminhei à Justiça para Assuntos Jurídicos e Institucionais (GEAP/MPSC), processo nr.102311 contra Projetos de Leis Inconstitucionais; Projetos de Leis nominando ruas com pareceres jurídicos contrários ao princípio constitucional (Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal), bem como da eficiência de obras dos Poderes do nosso município. Assim, como tais irregularidades estão sendo abonadas pelos Poderes Municipais, não se tem alternativa senão apelar ao Ministério Público e Judiciário?. Enfim, alguém acordado. Pena que é suplente. Acorda, Gaspar!
OS NÓS DE ADILSON I
O tempo corre contra. Há mais 40 dias apenas para as decisões. O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, faz consultas para tomar rumos importantes sobre e no futuro da sua vida política, a qual complicou com um mandato cheio de boas intenções, mas que se revelou incoerente, devido ao mau assessoramento e a forma de administrar. O primeiro nó a ser resolvido será à volta, ou não, a ativa vida política? A segunda, qual o partido se inscrever para isso? E a terceira se vai ou não ser candidato a prefeito em 2012? Ator decisivo da dita oposição (ainda sem cara e consistência em Gaspar), certamente ele será uma peça importante, mesmo se omitindo de todo o processo.
OS NÓS DE ADILSON II
O primeiro nó, segundo ele, está decidido: voltará a ser um ator político em Gaspar. O segundo nó: qual o partido. Está difícil. Ele gostaria de voltar ao PMDB, de onde saiu, dividindo o partido por aqui e aportando no PSB por conveniência, de onde saiu também. Voltar ao PMDB parece improvável e mesmo assim, ele teme que lá possa cair na armadilha de ficar de castigo, na geladeira, sem voz, e sem chances de articular a sua disposição de disputar um mandato. O PSB pareceu-lhe uma alternativa possível depois que o partido se arriscou numa dobradinha com o novo PSD. Mas, em Santa Catarina, o PSB é comandado por Djalma Berger, lulista de primeira hora e em Gaspar, o PT é lulista via Ideli e a família Lima (Décio e Ana Paula). Por isso, Adilson corre o sério risco de ser afogado providencial e indiretamente pelo pessoal do PT de Gaspar na hora decisiva.
OS NÓS DE ADILSON III
A opção mais segura no estado e no município parece ser o PPS, de Aurélio Marcos de Souza, seu ex-procurador geral e que faz estragos, exatamente na administração petista de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa. Todavia, ao fazer esta opção, Adilson contraria outra premissa que quer passar ao eleitorado gasparense: a de que mudou. Se ele mudou, teria que mudar de companhias, de assessoramento; terá que mostrar ideias, planos e ter um comportamento bem diferente ao que teve no passado. Ele já se afastou providencialmente do seu irmão, o engenheiro Maurílio Schmitt, um dos motivos da corajosa lei anti-nepotismo em Gaspar.
OS NÓS DE ADILSON IV
Entretanto, falta muito para assegurar que no político Adilson houve mudanças e assim reconquistar importante terrenos perdidos e principalmente, transmitir confiança em novas parcerias. Adilson já saiu da fase de articulação e está aparecendo mais. A rejeição acontece nos ?empresários? e nos donos da política. No Zé povinho, a percepção é outra, segundo as pesquisas. E lá é que está o voto. Diz e prova que não gerou dúvidas no dinheiro de público. Nesta onda contra a corrupção, pode ser que isso pegue. Uma coisa é certa, todavia. Adilson é hoje o único, e até agora, e em condições segundo as pesquisas, capaz de enfrentar com chances a máquina de votos, conchavos, de desmoralização e perseguição dos candidatos do PT de Gaspar. Isto graças a sua teimosia, por ser um bicho político e não ter nada a perder neste jogo brutal que se avizinha. Se estes nós forem desatados, restará o econômico-financeiro. E é ai que o PT pensa em derrotá-lo ou qualquer outro que ousar a disputar tal contenda com os que são poder. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Quando a manchete do jornal será: juiz de Blumenau recebe promoção e vem para Gaspar?
Cheguei exatos três minutos atrasados na audiência para a conciliação no processo que o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, move contra mim, com auxilio do escritório do procurador geral, Mário Wilson da Cruz Mesquita. Perdi na Quinta-Feira, 30 minutos para atravessar o Centro de Gaspar e chegar ao Fórum. Para piorar, confiei na informação espalhada na rádio pela prefeita em exercício, Mariluci Deschamps Rosa, PT, de que os gasparenses deveriam usar a ligação do Gaspar Grande com o Gasparinho para se livrar de parte do congestionamento. Dei de cara nas placas interditando aquela ligação. Como se vê, a cidade está desorganizada e um canteiro de propaganda oficial enganosa via as rádios. Acorda, Gaspar!
Corre entre os do poder em Gaspar um criminoso bochicho de que a ?promoção? do juiz Sérgio Agenor de Aragão, da Vara Criminal, para Blumenau, deveu-se à força desse grupo no poder e que se viu contrariado nas decisões do magistrado. Só em Gaspar se é capaz de prosperar tais mentiras deslavadas como esta. E depois se reclama da sorte. Acorda, Gaspar!
O deputado Federal João Pizzolatti Júnior, PP, parceiro do vereador Hilário José Melato, PP, está mais uma vez enrolado. A revista Veja desnudou um ?mensalinho?, do PP e ele está no meio disso. Este assunto deve render esta semana. Homem de sorte é o delegado Paulo Norberto Koerich. Pego de surpresa numa armação de um ?café da manhã?, ele pulou fora do convite que Pizzolatti e Melato fizeram para ele ser candidato a prefeito de Gaspar pelo PP.
Registro. O ex-prefeito (1966/70) e ainda clarinetista atuante da Banda São Pedro, Evaristo Francisco Spengler, fez 82 anos no Domingo. Arquivo vivo, udenista e bom papo. Foi ele quem começou o Samae e que se completou no sucessor Paulo Wehmuth (1970/73), PSD e Arena, o que facilitou a instalação da Ceval AgroIndustrial, em Gaspar. Bons tempos aqueles. Acorda, Gaspar!
Uma pergunta que não quer calar. Por que o Ministério Público do Trabalho não se interessa pelos rotineiros e graves acidentes de trabalho nas obras do Samae, de Gaspar? Um acidente foi documentado na semana passada pela imprensa. E outro muito mais grave, como revelei na coluna de Terça-Feira da outra semana, foi providencialmente escondido dos noticiários. Será porquê? Acorda, Gaspar!
A gasparense honorária, a ministra Ideli Salvatti, PT, poderá ter uma semana daquelas. Ela foi pega num grampo pela polícia negociando a superintendência do Dnit de Santa Catarina, para o seu protegido João José dos Santos. A conversa foi com o ex-deputado e ex-presidente do PR, Nelson Goetten, preso por assédio sexual a menores. A revelação foi da revista ?Isto é?. João José dos Santos que já estava preste a cair na limpeza do ministério dos Transportes, está lá a quase nove anos. Adita contrato e enrola na entrega de obras como a BR-101 e o começo das BR-470 e 282.
As entidades Ampe, Acig e CDL não passaram no crivo popular da enquete do portal do jornal Cruzeiro do Vale. Está na hora de uma revisão de todas, além mais comunicação (profissional e inteligente) e interferência nas decisões comunitárias em favor da sociedade gasparense. Acorda, Gaspar!
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