13/09/2011
JÚNIOR I
A coluna foi refeita devido à enchente que a Mari Inez Testoni Theiss, da Defesa Civil, censurou ao meteorologista Ronaldo Coutinho. Com o desastre, o advogado e secretário da Saúde, Francisco Hostins Júnior, PP, continuava oficiosamente no cargo, pois o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi a ontem a Brasília participar de uma manifestação de prefeitos. Júnior deveria (ou não) ter saído de lá na sexta-feira. Ele e o prefeito acertaram a tomada de decisão há dez dias quando Júnior foi, no gabinete dar o ultimato. E qual o pedido de Júnior? Ou o prefeito mandava para Câmara dois projetos de lei de interesse do Júnior, ou ele sairia da Secretaria. Júnior ?escondeu? quais seriam esses projetos. Eu dei as dicas. Todos quietos, inclusive a imprensa. Pelo sim; pelo não, Júnior já limpou todas as suas gavetas na Secretaria (e não foi por causa da enchente).
JÚNIOR II
Para entender este assunto, vou falar da reunião mensal do PT e que aconteceu no sábado, dia três de Setembro. O prefeito Pedro Celso Zuchi evitou o tema o quanto pode. Pressionado, descascou. Foi arrogante e claro aos militantes presentes na reunião. Disse para todos ali de que o Júnior estava fora do governo dele. ?Ele pediu para sair?, argumentou. Depois Zuchi saiu da reunião alegando que tinha compromissos ?estratégicos?. Hum!
JÚNIOR III
Mal estar geral no convescote do diretório. Aliás, o clima entre eles não anda bem e faz tempo. Com o prefeito ausente, ficou o procurador geral do Município, Mário Wilson da Cruz Mesquita, enrolando os curiosos e desqualificando o Júnior. Para Mesquita, o secretário da Saúde estaria fazendo exigências além da conta; afirmou que realmente o Júnior vai sair do governo; e vai fazer isso porque quer sair bonito na foto e não quer encarar a realidade. Ai, ai, ai. Vem traição, preconceito e ingratidão por aí. Esse pessoal não se emenda mesmo.
JÚNIOR IV
A história não é bem essa, como quer contar agora e mais uma vez o doutor Mesquita aos seus próximos e distantes, além do povo ignorante que ele manobra. Tanto não é, que o ex-presidente do partido, coordenador de campanha de Zuchi e agora presidente do Samae, Lovídio Carlos Bertoldi, na mesma reunião, trocou duras farpas com o doutor Mesquita e saiu em defesa de Júnior. Julita Schramm, presidente do partido em Gaspar, interferiu na discussão dos dois, feia por sinal, para que os podres de ambos os lados não se ampliassem. Ao fim, os militantes que não têm medo de Zuchi, Doraci e Mesquita se posicionaram a favor do Júnior. Estranho, não é tudo isso?
JÚNIOR V
Todos em Gaspar, no PT e na administração de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, sabem que esse esquema de empréstimos ?cobertos? com horas extras; horas extras fictícias para médicos e outros agentes de saúde; ou gente que possui uma carga horária no papel e apenas cumpre a metade de verdade, quando cumpre, aconteceu com conhecimento da chefia de Gabinete e da procuradoria. Júnior, todavia, não está isento, não. Ele é advogado. É crescidinho. Mas, estava no jogo e aceitava as cartas. A possível ilegalidade foi operacionalizada por sua diretora geral, Elisabete Cecília de Souza, muito amiga dos médicos, ex-enfermeira chefe do velho Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na época em que a coisa desandou de vez por lá. Falta o Ministério Público se interessar por isso tudo.
JÚNIOR VI
Mas que o Júnior está pedindo ao prefeito? Projetos de lei para a equiparação do vencimento dos médicos e enfermeiros que são contratados para os programas da Saúde da Família (ESF). Por quê? Porque, segundo ele, os vencimentos deles são menores aos que foram contratados por concurso público. E quem não quer isso? Doraci Vans e Mário Mesquita. Por quê? Porque alegam serem esses projetos inconstitucionais. É? E logo eles que fizeram tanta coisa inconstitucional passar na Câmara querem barrar algo que vai ?legalizar? o irregular? Será que aprenderam sobre o que é constitucional ou apenas trata-se de uma birra interna e contra alguém que não é do PT? Um esquema para enfraquecer o Júnior, que é do PP, frente à sua secretaria e os erros que fez, por indução da assessoria do prefeito.
JÚNIOR VII
Nessa briga de poder, perde Gaspar, o Júnior (que ameaça retaliar para se proteger); o PT( que já estava dividido em dois, parece que é três); o prefeito (que vê a militância e os jovens, a cada dia, mais longe dele ) e a saúde pública (universal para todos e mais fracos). O prefeito esnobou e disse que para ele tanto faz a secretaria com Júnior ou sem o Júnior. Lovídio, entretanto, luta pela permanência de Júnior na secretaria. E por um simples motivo: não quer na reta de campanha o Júnior, jovem, com a imagem de competente (dependendo como vai se sair dessa e apesar das dúvidas no caso das vacinas) e bom moço, contra, espalhando areia no ventilador do PT , de Zuchi e Mariluci, com as coisas mal explicadas da secretaria. E para completar: saudades muitos têm é da Teresa da Trindade, ex-PT, ex-PP e agora no PSD. Teresa foi secretária da Saúde do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido. Quando ela viu que médico não cumpria horário, demitiu o profissional de branco metido a esperto, enfrentou a situação e ao sair da secretaria, não teve qualquer contestação. Acorda, Gaspar!
A DITRAN E O CAOS I
O nosso trânsito é um caos. Fecham-se ruas ao invés de abri-las. Gasta-se dinheiro com propaganda enganosa. Quer exemplos? Na semana passada, para ajudar o prefeito a produzir uma irregularidade e uma mentira, a Ditran de Gaspar se desviou da sua função. Ela fez em tempo recorde algumas placas anunciando lombadas, e sob olhares, aplausos da militância petista, puxa-sacos e para registro imprensa mansa daqui e Blumenau, plantou as placas ali no trevo da BR-470. O que foi feito não é da competência da Ditran e do município fazer. Gastou-se tempo de quem se diz governante e dinheiro dos gasparenses. Não se resolveu nada. Escondeu-se apenas o verdadeiro culpado, o companheiro Dnit. E o que se anunciou nas placas, uma lombada física, não se implantou até agora. Primeiro porque não pode, segundo porque não há coragem. Só fotos. Bravata. Propaganda. Mentiras. Bonito, heim!
A DITRAN E O CAOS II
Outro exemplo. A Ditran se tornou agora especialista em placas de propaganda enganosa ao invés de arrumar o nosso caótico trânsito. Uma delas é esta placa plantada ali no inicio da Rua Nereu Ramos. Se o objetivo da Ditran é organizar o trânsito e o tráfego, mas continuamos metidos em congestionamentos, a Ditran não tem o que comemorar e propagandear. Certo? Faltam guardas, faltam planos e ruas (que a Ditran ajudou a fechar como a Cecília Joanna Schneider Krauss); falta gente para apontar a Zona Azul, a qual preferiram o projeto do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, aos parquímetros como alertei (nisto os vereadores, mais uma vez são culpados); faltam resultados.
A DITRAN E O CAOS III
Então, todo o resto é desvio de função, inclusive esta placa que informa ?mais uma obra da Ditran?. Obra da Ditran? A sinalização? A ciclovia? Ah, os tachões, talvez. Pois a obra não é da secretaria de Planejamento e o asfalto novo não foi o governo do estado que pôs lá? O que exatamente isto contribuiu para fluir melhor o trânsito da cidade? O caos no nosso trânsito continua caótico, parado, congestionado, inclusive a poucos metros dali, na travessia das Linhas Círculo, numa vergonha sem tamanho. É isso que dá uma Diretoria aparelhada, a serviço da propaganda e enganosa. Qual a competência da Ditran? Engenharia, sinalização, estatística, fiscalização e educação para o Trânsito. A Ditran tem 20 vagas. Destas, 10 são agentes e somente oito estão nas Ruas. Um concurso de 2008 tem em torno de 20 esperando para serem chamados. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Mais uma da Defesa Civil de Gaspar. A titular depois de dizer aos gasparenses na rádio, de que não haveria enchente, a professora de educação física, deu um pito no meteorologista Ronaldo Coutinho, de São Joaquim. Ele com antecedência nos alertou, com precisão, para a intensidade das chuvas e a possibilidade de enchente. Como? Não entendi? Censura? Ciúmes? Ou falta de responsabilidade com a função? Vexame para Gaspar na tevê onde Coutinho cobrou Mari Inez e logo após a entrevista do nosso prefeito. Mal estar na própria tevê que quer fazer de Pedro Celso Zuchi, um herói.
Resultado: o povo foi surpreendido e quase se afogou. Pior. Patético foi ouvir as rádios e saber que a Defesa Civil não possui uma relação atualizada das ruas e suas cotas de enchente. E quando ela informava alguma coisa nesse sentido, era desmentida pelo próprio povo nos telefonemas, ao vivo, nas rádios. Para relembrar. Mari Inez já foi pega num passeio familiar em Brasília e que era para ser técnico; escondeu do povo, o laudo que dava como doente a ponte Hercílio Deecke; administrou enxurradas daqui lá no conforto da praia de Gravatá; agora quer dar lições e calar os reconhecidamente especialistas e que podem ajudá-la e o povo daqui. Acorda, Gaspar!
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