20/09/2011
VAIADO I
O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi à manifestação apartidária por um trevo decente e menos perigoso, acidentes e mortes na rodovia BR 470 com a Rua Hercílio Fides Zimmermann. Falou. Enrolou. E foi vaiado. É bom ele e sua turma acordarem. O povo já está acordado. ?Não posso interferir na rodovia federal, mas a um pedido do povo iria colocar hoje. Não tenho medo de colocar lombadas e tachões e ser processado por isto. Prefiro descumprir a lei e salvar vidas?.
VAIADO II
Eu escrevi aqui que ele não podia fazer o que dizia que iria fazer. Ele sabia. Foi teimoso ou foi mal assessorado (outra vez) pelo chefe de Gabinete, Doraci Vanz e pelo procurador geral, Mário Wilson da Cruz Mesquita. O prefeito preferiu movimentar a imprensa, criar factóides, fazer mais uma vez promessas do que cumpri-las. Preferiu o espetáculo. Foi desmascarado aqui e pelos fatos. Plantou irregularmente (num lugar que não é de sua competência e com o nosso dinheiro) placas anunciando uma mentira: lombadas físicas que não existem (e que não pode colocá-las). Pior, com a jogada pensada, protegeu o companheiro do PT, João José dos Santos, superintendente do Dnit há nove anos, apadrinhado da gasparense honorária, a ministra Ideli Salvatti. João José é quem verdadeiramente impede Gaspar de ter um trevo decente para salvar vidas.
VAIADO III
Zuchi disse que não tem medo de fazer o que jurou que faria. Se não tem, por que não fez até este momento? Quando fará? Disse que a chuvinha impedia de colocar as lombadas, tachões e tachinhas. Ótimo. Finjo que acredito (mais uma vez). E se o sol voltar como ontem, ele as colocará? (a imprensa se ?esqueceu? de fazer esta pergunta básica para os ouvintes, telespectadores e leitores). Está desafiado, prefeito. Por que Indaial, Timbó e Rio do Sul possuem rótulas na BR-470, a qual o Dnit tecnicamente a nega aqui? Por que autorizou lá? Respondo: por que politicamente o povo de lá é mais forte e os políticos menos coniventes entre as irresponsabilidades.
VAIADO IV
Espera-se que a rodovia seja fechada todas as sextas-feiras, das 17h às 19h, para que isto vire um inferno aos políticos, as pessoas, ao Dnit e se construa a solução, urgente. O prefeito prometeu isso no discurso de sábado para amenizar as vaias. Está gravado, mais uma vez. Agora, quero ver ele e sua turma do PT cumprir. O presidente do Fórum Parlamentar para a Duplicação da BR 470, o deputado Jean Kuhlmann, PSD, que por enquanto só fez moções, estava lá na manifestação. Bem quietinho. Por isso não foi vaiado. Ausentes, Décio e Ana Paula Lima, Ismael de Souza, Aldo Schneider, Ciro Roza, Rogério Peninha Mendonça, Mauro Mariani... Os nomes deles (e outros) devem ser lidos em todas as manifestações para que não haja dúvidas da sua ausência na solução por Gaspar e pelas nossas vidas. Acorda, Gaspar!
DEZ OU 13 COMO QUER O PT?
É hoje. Alguns vereadores preferiam o silêncio. Como esta coluna não deu refresco, amaldiçoaram-na, mais uma vez. É hoje a votação das mudanças na Lei Orgânica municipal que pode aumentar ou deixar o número de vereadores como está. Grata surpresa. E é dos vereadores mais jovens que vêm o exemplo e a resposta ao que a maioria da sociedade pede: dez vereadores. Começou com Kleber Edson Wan-Dall, PMDB e a ele seguiu-se Rodrigo Boeing Althoff, PV. Agora, o presidente Claudionor da Cruz Souza, PSDB (que tem o voto minerva) e o Luiz Carlos Spengler Filho, o Lú, PP, declararam-se contra o aumento. Para aprovar precisa de sete votos. Se ninguém blefou, só há seis. Vamos conferir hoje à noite o jogo, as manobras, as pressões (de todo o final de semana quando correu a notícia) e quem tem palavra. O pessoal do PT promete recorrer a Justiça, se perder. Outra vez? Democracia só é boa quando eles levam vantagem. Acorda, Gaspar!
ADILSON E CLARINDO LIVRES I
O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, e o seu vice, Clarindo Fantoni, PP, acabam de ficar livres de qualquer irregularidade no caso da concessão de incentivos fiscais com isenção total de ISSQN à Prockwork (hoje Capgemini, a qual está deixando Gaspar). O Tribunal de Contas mandou arquivar o caso. A denúncia tinha sido do e- vereador, Luiz Carlos Reinert, PDT, adversário da ex-administração. Na sessão do dia 28 de fevereiro deste ano, o Tribunal deu prazo de seis meses para a prefeitura do PT, apurar o caso, levantar a concessão indevida e cobrar o incentivo do ex-prefeito. Foi o maior auê. Fogos. O PT se preparou para instruir o processo e comemorar.
ADILSON E CLARINDO LIVRES II
No decorrer da apuração, entretanto, ficou provado que a Procwork nunca usou deste benefício enquanto esteve em Gaspar e por isso, não causou nenhum prejuízo ao município. Adilson e Clarindo admitem que houve um cochilo jurídico. Todavia, pensam que a Câmara, devido a uma disputa política na época, fechou o olho técnico, propositadamente, para deixá-los em situação constrangedora e inelegíveis no futuro. Agora, neste mês, foi provado de que não houve qualquer uso desse incentivo irregular. Por isso, o Tribunal mandou arquivar o processo. A administração de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, que era vereadora na época, ficou quieta. No Tribunal de Justiça, um acórdão já tinha declarado como inconstitucional a lei municipal que deu o incentivo. Ele nunca poderia ser total, mas apenas parcial. E poderia ter sido corrigido quando passou pela Câmara. Ninguém fez nada. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Quem estava na manifestação a favor de um trevo mais seguro e da vida? O médico ortopedista gasparense, Fernando César Buchen. Excelente. Ausente, a vice-prefeita Mariluci Deschamps Rosa. Presente, todavia, os representantes dela: Doraci e o Mesquita, este amigo do inimigo de Gaspar pelo trevo decente: João José dos Santos, do Dnit. Mesquita fez questão de sair na foto com João José e mandá-la o registro para a imprensa.
Aliás. Se não fosse aquela lei contra o nepotismo (parentes no governo), que Adilson Luiz Schmitt (que também esteve na manifestação), sem partido, criou quando prefeito, o médico Fernando Buchen, a julgar pelos critérios de escolha do primeiro escalão do atual governo até agora, seria um bom nome para substituir Francisco Hostins Júnior, PP, na secretaria da Saúde. Ou não?
Por falar em secretaria da Saúde de Gaspar, perguntar não ofende: quem e por que se protege tanto a diretora geral, a enfermeira Elizabete Cecília de Souza? Funcionários que a cercam, são unânimes: ela foi a operacional do que se diz de irregular.
E por falar no agora só advogado Francisco Hostins Júnior. Ele afirma duas coisas que não batem: que está de bem com o PT e a turma do prefeito Pedro Celso Zuchi que o fritou; e que nunca foi filiado do PP. Consultei mais uma vez o TSE este final de semana. Está lá. Júnior Hostins é filiado regular no PP desde 30.09.1999.
E por falar em Francisco Hostins Júnior e Honorina da Silva, que o substitui, uma coisa está clara. O ex-presidente do PT, ex-coordenador da campanha de Pedro Celso Zuchi e hoje presidente do Samae, Lovídio Carlos Bertoldi, perdeu a queda de braço. Ganhou Julita Schramm, Doraci Vans e Mário Wilson da Cruz Mesquita.
Coisas da propaganda enganosa. O Bairro Santa Terezinha recebe obras de drenagem com recursos do governo Federal. Ótimo. Veio a enchente e nada pegou por lá. Excelente. E teve gente que por conta disso já está fazendo e divulgando os benefícios da tal obra, confundindo o povo. A obra é contra enxurrada e não contra a enchente que no Santa Terezinha nunca foi. Em 1983 e 1984 aquilo era basicamente pasto e desabitado. Acorda, Gaspar!
O PMDB de Gaspar pela primeira vez analisa como ?terríveis? a debandada de filiados tradicionais. Neste final de semana assinaram ficha no PPS os peemedebistas históricos do Belchior, Charles (e Silvette) Schmitz, Severino, Fabiano e Dinho Waldrich. Vitório Marquetti está trabalhando.
A prefeitura não respeita mesmo os vereadores. Rodrigo Boeing Althoff, PV, pede explicações desde o dia 23 de agosto da razão para a revogação de uma lei de 2001. Nela, terrenos foram doados ao município. José Amarildo Rampelotti, PT, alega que a dificuldade está na morte de um dos doadores. Meia verdade. Há documentos no cartório provando esta vontade em vida da morta. Um erro processual, aparentemente intencional da prefeitura, é que cria a dificuldade. Eu tenho todos os documentos. Por falta de espaço, volto ao assunto na próxima coluna. Vereador: vá ao cartório e peça a escritura. É ai que se começa a desatar este nó. Ela está prontinha lá. E faz tempo. Acorda, Gaspar!
Edição 1327
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