14/10/2011
RENOVAÇÃO VI
Hoje vou escrever sobre o efeito Rodrigo Boeing Althoff, PV, na propalada e esperada renovação política de Gaspar. Rodrigo é jovem, 39 anos. É líder e vem de uma região que sempre foi vista como periférica em Gaspar, a Margem Esquerda. Foi funcionário público municipal. Começou como topógrafo no governo de Adilson Luiz Schmitt, PPS, quando ainda no PMDB.
RENOVAÇÃO VII
Althoff desentendeu-se com o secretário forte de Adilson, o irmão, Maurílio Schmitt. Demitido, ganhou um tumultuado processo administrativo. Ativo, despachado e solucionador das coisas a seu modo, Althoff virou mártir e adversário de Adilson. Althoff, por isso, coligou o seu PV e cabalou votos para si (elegendo-se vereador) e o PT. Foi reintegrado como funcionário, houve comemoração, e como paga de campanha, no governo do PT de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, estava na foto da posse como secretário de Planejamento.
RENOVAÇÃO VIII
Usado, Althoff foi o primeiro a ser fritado pela atual administração, literalmente, tão logo mostrou que podia voar sozinho, ter ideias, atitudes e resultados fora do cabresto de Doraci Vans, Rodrigo Fontes Schramm, Mário Wilson da Cruz Mesquita e Lovídio Carlos Bertoldi. O PV ficou órfão, foi humilhado e mais do que isso, o PT de Gaspar patrocinou a desintegração do PV, com os famosos ?melancias? (verdes por fora e vermelhos por dentro).
RENOVAÇÃO IX
Althoff e seu PV, ligados ao grupo do suplente de deputado estadual Ivan Naatz, de Blumenau, ficaram sem chão, orientação e ação. E penso que ai, que começou o erro do político com potencial e renovação Althoff. Primeiro ele pensou na família e na carreira profissional estabilizada, preferindo os concursos públicos. Hoje é funcionário público federal do IFC, em Blumenau; abandonou o emprego público de topógrafo na prefeitura de Gaspar, não esperou ser chamado para ser engenheiro aqui, preferiu a vaga engenheiro concursado em Ilhota e de onde já saiu também. Um direito. Um acerto. Não se discute isso. Depois de tudo isso, nas eleições passadas, escolheu ser cabo eleitoral de Dagomar Carneiro, PDT, de Brusque e João Pizzolatti Júnior, PP, de Pomerode. Um erro estratégico. Tomou o certo ao invés do risco. Pagará caro, provavelmente, penso, pela escolha equivocada que fez. Entrou no fim da fila, quando poderia estar entre os primeiros, liderando o jogo.
RENOVAÇÃO X
Althoff e seu PV deveriam ter ido às urnas para o teste e a espuma. Ele deveria ser candidato a deputado Federal ou Estadual. Provavelmente não se elegeria. Entretanto, estaria exposto, estaria construindo redes de apoios, compromissos e se firmando como uma opção viável para as eleições do ano que vem. Quem troca o duvidoso pelo certo, também renega o discurso de forma sublimar da renovação, da mudança, da inovação. Ainda mais num jovem. Isto é explicável. É freudiano.
RENOVAÇÃO XI
A atitude de Althoff de não se arriscar no momento incerto, mas oportuno e impar, tem muito a ver com a letra de Geraldo Vandré, em ?Para não dizer que não falei de flores?, nos primeiros versos e refrão. ?Caminhando e cantando e seguindo a canção/Somos todos iguais braços dados ou não/Nas escolas, nas ruas, campos, construções/Caminhando e cantando e seguindo a canção/ V em, vamos embora, que esperar não é saber/Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.? Está mais do que na hora de Althoff se decidir e fazer acontecer. A hora está passando. E em política, ela não volta. Ser candidato a vereador com uma eleição garantida ou desafiar o incerto e se arriscar a ficar pelo caminho? É o novo dilema de Althoff.
RENOVAÇÃO XII
Althoff e seu grupo, que não é feito de poucos e fracos, precisa se inserirem num projeto que tenha pé e cabeça. Ele precisa deixar o clientelismo de lado, coisa de político antigo e velho. Não combina com um jovem, com mudança, com resultados planejados, com cidadania. O PT que já o anulou uma vez, torce para que ele continue nulo, morto ou fraco. E o estimula a um projeto solo. Pode ser suicida, sem que tenha sido testado no verdadeiro poder de fogo das urnas. É queimá-lo. É anulá-lo mais uma vez. Os outros partidos, todavia, o querem como um cabo eleitoral diante da liderança que possui. É pouco também. São escolhas. Então está na hora de tomar uma decisão e colocar um preço nisso tudo: a liberdade para executar um projeto compartilhado com quem não lhe de um chute posteriormente, como fez o PT em Althoff e no PV. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
O Diretório Regional mandou o PMDB fazer as convenções municipais no dias 26 ou 27 de novembro. Em Gaspar, não será diferente. As escolhas se darão entre sem a interferência dos que apóiam o ex-prefeito Adilson Schmitt. Elas estão no PPS. O PMDB ficou mais puro, inclusive para apoiar o PT.
O que estava na sessão da Câmara de terça-feira? O ofício subscrito pelo presidente do Conselho do Hospital de Gaspar, Celso de Oliveira. O que ele pedia? A atenção necessária dos vereadores ao hospital no que diz respeito ao repasse para custeio e manutenção. Solicitou ?empenho ao Executivo para aumentar o repasse no próximo ano, ao valor mensal de R$ 300 mil.? Pediu ainda aos vereadores ?o saldo do orçamento anual da Câmara para o hospital.?
Excelente a atitude do Celso Oliveira. Parabéns. Mas tardia e incoerente. Primeiro: Celso é suplente do PMDB. Assumiu a Câmara e não teve o mesmo ?empenho? em favor do hospital. Segundo, o hospital está na pindaíba, porque o Celso Oliveira não seguiu as orientações técnicas de quem lhe ajudou a reconstruir o hospital; faltava-lhe para abri-lo unicamente à propaganda política do PT que pedia faixa para o Lula e das fotos e discursos, do prefeito Pedro Celso Zuchi. Ele precisa ser aberto, forte, saudável financeiramente, para atender os doentes e a comunidade.
Quarto por que até agora o Celso Oliveira não cobrou publicamente os R$200 mil por mês que o prefeito em campanha, há quatro anos, prometia pelos quatro cantos da cidade colocar lá no hospital? Por que o Celso Oliveira aceitou a prefeitura e a turma do PT aumentarem na Câmara, como se favor fosse, de R$160 mil para R$165 mil por mês, o repasse mensal para o hospital, há três anos sem reajustes? Foi propaganda enganosa, dinheiro que foi para pagar para o companheiro Aldo Avosani, que saiu do Gabinete do deputado Décio Neri de Lima. Empregou-se no hospital para fazer o quê? Não conhece nada. Um abuso e absurdo.
Quinto. Agora com a contratação de um gestor especializado, a Maria Bernadete Tomazini, Celso de Oliveira reconhece outro erro seu: a demissão apressada de Hatem Grassmann. O hospital ficou quase três anos sem um administrador especializado. Preferiu os curiosos. Deu no que deu. Admitiu até que é preciso reaproximar a comunidade do hospital. É preciso recuperara a credibilidade perdida com politicagens, amadorismo e concessões. Finalmente, Celso Oliveira, anunciou a troca do diretor técnico, que é o médico da administração do hospital perante o corpo clínico. E o diretor clínico do hospital quem é? Silêncio. Continua o mesmo? O diretor clínico é quem representa os médicos perante o hospital. E os médicos, são o grande problema do hospital. Nunca vi um hospital sem médicos, sem gente especializada administrando-o, sem o apoio da comunidade... Daí...Acorda, Gaspar!
Diferente do que pensa e faz o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, com o hospital de Gaspar, faz o prefeito Edson Periquito, PMDB, de Balneário Camboriú. ?Não acho justo o modelo híbrido. Por teimosia minha vamos entregar um hospital com atendimento 100% gratuito,? no hospital Ruth Cardoso. O modelo híbrido a que se refere o prefeito é 70% SUS e 30% particular. Ele garante que sustentará a unidade com recursos da prefeitura chegando a R$ 1,2 milhão mensal e R$ 650 mil pelo SUS.
A Auto Escola Paraíso de Gaspar, mas que funciona com o nome de Bela Vista, teve a sua liminar de funcionamento cassada pelo DETRAN, mais uma vez. Ela é uma das 83 fechadas.
Esse nosso pessoal da prefeitura gosta de turismo. Veja mais esta. O secretário de turismo de Gaspar, Dayro Bornhausen e a diretora Izabel Soppa, vão ao Rio de Janeiro entre os dias 19 a 21 de outubro, na ABAV. Vão mostrar aos agentes viagens os nossos roteiros turísticos. Hum! Acorda, Gaspar!
Gaspar é reconhecido por seus renomados corais de vozes. Pois é, o presidente do Samae, Lovídio Carlos Bertoldi, acaba de contatar por R$6.640,00 o coral infantil Criança Feliz, de Criciúma. Eles vão cantar os 40 anos do Samae de Gaspar. Nós temos a ?Professora Beatrice Zimmermann Koerich?. Vão apenas assistir. Mais uma vez. Acorda, Gaspar!
Uma ação publicada primeira Vara da Comarca de Gaspar foi anexada ao Projeto de Lei 78/2011. A prefeitura se enrolava na compra ou construção da Casa das Meninas Desabrigadas de 12 a 21 anos. A ação vai dar ritmo de urgência e de concretização. Acorda, Gaspar!
Edição 1334
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