20/12/2011
VERBAS DO HOSPITAL I
O tema é repetitivo e não é de Natal? Infelizmente. Entretanto, atual e crucial. É a última coluna do ano e a variação do assunto mostra duas coisas. A primeira delas é a preocupação social da coluna com um bem comum para e dos gasparenses. A segunda, o uso político e o descaso das autoridades em algo tão essencial aos mais pobres, aos fracos, aos necessitados, doentes e desinformados da nossa cidade.
VERBAS DO HOSPITAL II
O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi à rádio. Lá ele não é questionado nas suas incoerências. Disse com todas as letras que não vai repassar verbas municipais para o Hospital, inclusive as sobras do duodécimo de 2011 da Câmara. Por que? Porque o Hospital não possui a negativa de impostos. Segundo, porque que o Hospital não é da prefeitura. A má gestão é um problema do Celso Oliveira que é o presidente do Conselho. Terceiro, se o Hospital fechar, ele reabrirá o CAR 24 horas por sete dias por semana aqui no Centro como tinha e funcionava bem tocada pela Teresa da Trindade,PSD, antes do Zuchi assumir.
VERBAS DO HOSPITAL III
Vamos por partes. Celso Oliveira, suplente de vereador do PMDB, é vítima da sua própria política errática de conciliação política. Gerenciou bem o Hospital quando ele tinha um time profissional voluntário do lado dele liderado pela Acig, do ex-presidente Samir Buhatem. Com o Hospital quase pronto Celso Oliveira fechou os ouvidos aos conselhos administrativos dos que fizeram o mutirão para refazer, reerguer e inclusive obter todas as negativas de impostos do Hospital. Foi alertado por todos. Esta coluna prognosticou este final em diversas oportunidades com dados e fatos. E foi duramente contestada por ele, correligionários, familiares...
VERBAS DO HOSPITAL IV
Na verdade, Celso Oliveira como presidente do Conselho, não deveria ter permitido àquela reinauguração para o PT e a atual administração municipal comemorarem num feito que eles onde mais boicotaram do que participaram. E para reabrir operacionalmente, Celso Oliveira deveria ter pactuado serviços e preços com o município para o Pronto Atendimento, especialidades e enfermarias. Não deveria ter feito concessões como o emprego de Aldo Avosani, além de ter o genro do prefeito, Fernando César Buchen como diretor clínico. Agora, com os dois fora, o PT e a prefeitura fingem que este assunto verbas não é com eles.
VERBAS DO HOSPITAL V
O que está em jogo? Uma queda de braço política entre o PT e o PMDB às vésperas de mais uma eleição. E quem paga? O povo. A prefeitura minou, usou, usufruiu. Deixou o Hospital mendigo e na lona. A prefeitura economizou dinheiro com o CAR o qual fechou parcialmente. O Hospital que tinha as suas certidões dos impostos em dia esperou pelas verbas prometidas e elas não vieram. Mais uma vez, o Hospital para não fechar, tirou dinheiro dos impostos para deixá-lo aberto e atender a comunidade. Fez uma escolha errada. Deveria ter fechado e colocado na lona os políticos e bravateiros. Faltou peito e coragem. Celso Oliveira, político, achou que perderia na imagem e ficaria fraco. Só adiou o dia da derrota que agora o PT quer impor nos discursos que se espalha por ai ao seu parceiro de partido, o Osvaldo Schneider, o Paca. Nada mais. Foi assim com Adilson.
VERBAS PARA O HOSPITAL VI
O prefeito Pedro Celso Zuchi que um dia em campanha disse que o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS foi quem fechou o Hospital, experimenta do mesmo veneno que espalhou. E sabedor que a praga mentirosa que pega, corre agora para rádio para antecipar desculpas e dizer que prefeito nenhum fecha o Hospital mas quem o administra (bem ou mal). Ao inocentar a si próprio, Zuchi diz que mentiu no passado e que Adilson também não fez o que ele dizia ter feito. O prefeito fala agora que não pode repassar recursos por falta de negativa. Todavia, ele não diz que o próprio município sufocou o Hospital, forçou a abertura dele quando não se tinha condições financeiras e que ele, Zuchi, não cumpriu até hoje a promessa de campanha de por lá, no mínimo R$200 mil por mês. Outra, que negativa que o Zuchi está exigindo se a verba é municipal? A do ISS?
VERBAS PARA O HOSPITAL VII
Pedro Celso Zuchi contou, na mesma entrevista, que a verba da Câmara, ou seja, o duodécimo que não foi usado em 2011, pertence ao orçamento do município. Ele está certo. Todavia, a ?sobra? ao ser ?devolvida? vai ganhar outra ou nova destinação. E quem pode fazer isto? O prefeito, dono do orçamento. Tanto que em 2009, para sair bem na foto política e agradar a quem lhe manobrou como um az de ouro na Câmara, o ex-presidente José Hilário Melato, PP, a sobra daquele ano de R$400 mil foi destinada ao Hospital. Foi aprovada uma lei específica, a 3187/2010. Ou seja, quando se tem interesse político e eleitoral, pode. Em outras, dana-se os doentes. Acorda, Gaspar!
A GRANA DO LIXO
É o quarto aditivo do Samae ao contrato 13/2010 e que vai render mais outros R$1.340.123,40 para a Say Muller recolher e transportar o lixo de Gaspar. Já a Arnaldo Muller ME ganhou mais R$311.730,72 no terceiro aditivo do contrato 56/2008 para recolher o lixo reciclável da nossa cidade. Está no Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet - desta segunda-feira. Tudo isso se soma ao terceiro aditivo do contrato 22/2010 assinado com Recicle Catarinense de Resíduos no valor de R$1.557.574,92 para recebe o nosso lixo, conforme a publicação no mesmo Diário, mas na quinta, oito de dezembro. Nesta conta, ainda não está o lixo hospitalar dos postos de saúde.
Edição 1353
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