28/02/2012
CIDADANIA EM XEQUE I
No domingo o jornal Folha de S. Paulo, como parte do projeto ?Folha Transparência?, publicou um caderno com o título ?A engrenagem da impunidade?. Neste excelente trabalho jornalístico e disponível no ?folha.com?, mostra-se que as investigações feitas sobre políticos demoram mais que o normal e se arrastam por anos sem definição e em arquivamentos estranhos. Na semana passada, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, de Gaspar, sob o manto da reparação de possíveis danos morais e de imagem pessoal e política, ousou e deu um passo a mais nesta engrenagem.
CIDADANIA EM XEQUE II
Livre da acusação da compra de votos; depois de três anos e muitas idas do inquérito à Polícia Federal; cercado providencialmente por ?segredo de justiça?, Zuchi resolveu agora processar quem o denunciou e testemunhou a favor do esclarecimento na Ação Civil Pública do Ministério Público e aceita pela Justiça. O fato apurado, julgado e arquivado aconteceu nas eleições de 2008. A decisão saiu só no final do ano passado. A irregularidade que se julgou improcedente aconteceu na área de invasão popular, onde há graves problemas urbanos, sociais e de segurança. Ela é conhecida como Marinha, a qual foi rebatizada de Jardim Primavera, no bairro Bela Vista.
CIDADANIA EM XEQUE III
A representação criminal por denunciação caluniosa (comunicação falsa de crime ou de contravenção) de Zuchi deu entrada na quinta-feira, dia 16, e na quarta, dia 22 estava na Terceira Vara da Comarca. Quem são os representados? Gente humilde; há quem nem more aqui (e nem se sabe onde) e o advogado Aurélio Marcos de Souza. Aurélio pensa que esta representação, além de ser uma vingança, pode trazer constrangimentos e intimidação de testemunhas. Por que? Se o prefeito, a vice Mariluci Deschamps Rosa e o vereador do Bela Vista, Jorge Luiz Wiltuschining, coincidentemente todos do PT, ficaram livres da acusação na decisão do Tribunal, entretanto, o atual secretário de Agricultura e suplente de vereador , pivô do caso, Afonso Bernardo Hostert, hoje no PRB, bem como o vereador Raul Schiller, PMDB, continuam se defendendo da mesma denúncia, feita e testemunhada pelos que agora serão processados por Zuchi.
CIDADANIA EM XEQUE IV
Quem Pedro Celso Zuchi quer processar além do advogado Aurélio Marcos? Luiz Jorge Pereira, Robson Weiss, José Carvalho, Samoel Emilio dos Santos, Vanderli Barbosa, Odete Ribeiro da Cruz, Rose Weiss, Arianes de Lima, Rosângela Carvalho, Gomercindo Busa, Rodrigo Rosa, Elizeu Alexandre, Valdete Carvalho dos Santos, Joélcio Soares, Mireli Cristina Salvador Vieira, Ediane Teresa de Souza, Jéssica Mattos Coutinho, Irma Ramos Carvalho, Izabel dos Santos, Márcio Sabel, Ivan Carlos Schmitt, Valdeci Rodrigues Castro, Carlos Roberto dos Santos, Luis Martins, Mário Roque de Oliveira, Israel França e Altair Moraes Farias.
CIDADANIA EM XEQUE V
Aurélio Marcos foi procurador do município no governo de Adilson Luiz Schmitt, PPS. Devido ao conhecimento técnico e à falta de fiscalização da Câmara, onde o PT é minoria, mas praticamente ganha todas, Aurélio Marcos, sucessivamente, sozinho, vem provocando revezes no governo petista no Tribunal de Contas e em várias instâncias do Judiciário. Aurélio Marcos pensa que esta representação do cidadão Pedro Celso Zuchi, é orientada, partidária e se trata de uma vingança e uma perigosa ameaça à cidadania, principalmente com os mais humildes, com os sem condições de defesa e os desinformados nos seus direitos. Trata-se de uma penalização, uma intimidação, um exemplo, um corretivo para não apenas não se ir a Justiça contra os políticos no futuro, mas com o intuito de constrangê-los ou manipulá-los em algo que ainda não foi finalizado na Jurisdição. ?Tenta-se processar quem fez a denúncia. Se o Ministério Público a transformou em Ação, é porque viu indícios claros. E se o Juiz mandou prosseguir, é certo que estes elementos existiam, tanto que foram apurados e serviram para a decisão judicial. Por que o prefeito não entra também contra o Ministério Público? Ele prefere os mais fracos?, conclui o advogado Aurélio.
CONSULTORIA I
Eu preciso de uma ajuda especializada para entender. A prefeitura de Blumenau anunciou que aquele viaduto da Via Expressa, custou R$5 milhões, tomados no Badesc. E ai veio logo à minha mente o nosso muro concreto e capim em meio a telas para a contenção da encosta do morro do Samae. Ele custou R$2.556.090,50, dinheiro que ainda não veio do governo Federal e foi feito pela Preserva Engenharia. E olha que poderia ter custado muito mais. No edital 74/2011, de 21 de junho, a prefeitura estimou em R$3.651.548,55.
CONSULTORIA II
Vi a as duas obras. Eu não sou engenheiro, projetista e nem calculista, por isso preciso de ajuda técnica. Mas, a de Blumenau, aparentemente é bem mais complexa do que o nosso muro. É bem maior. Ela parece ter muito mais concreto, inclusive fundações; terraplanagem, movimentação de terras e desapropriação, além de duas alças com base, sub-base, imprimação e outras preparações, além do asfalto. Será que a prefeitura de Blumenau errou ao divulgar o valor daquela obra? Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
A prefeitura de Gaspar está ?asfaltando? ruas a rodo. Excelente. Parabéns. Mas, deve ter contratado um bruxo para espantar as chuvas de outono e inverno. É arriscado que estas ruas, do jeito que foram feitas, durem até as eleições de outubro. Quem acompanha e que diz entender do assunto, afirma que está faltando drenagem, base, sub-base, imprimação e máquinas adequadas para que tal serviço dure por longo tempo. Agora é esperar que os técnicos queimem a língua. Caso contrário haverá queima de votos. Acorda, Gaspar!
O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, pediu as chaves do Hospital para entregar à Furb. Tudo são jogos de cena. O reitor e médico, João Natel Pollonio Machado, confirmou a intenção sobre o Hospital. Todavia, se ele recebesse as chaves hoje, não saberia o que fazer com o Hospital. Precisaria estudar o caso e levar ao Conselho Universitário, assunto que poderia levar meses para ser decidido. Aliás, há anos a Furb está para abrir o seu Hospital Universitário em Blumenau e ainda não conseguiu. Acorda, Gaspar!
Estava demorando. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, está em Brasília, na sua viagem mensal. Fazendo o que? Participando de uma?mobilização?, vejam só, mobilização de prefeitos de municípios de pequeno por ?redistribuição dos royalties de petróleo, financiamento da saúde, piso dos professores do magistério, finanças municipais e encerramento do mandato?. Coisas concretas? Nada. Não tem jeito, e depois reclamam da imprensa. Acorda,Gaspar!
O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi à Justiça pela desapropriação de um imóvel da massa falida da Oli Malhas, ali perto do Ginásio Prefeito João dos Santos. É para as alças de acesso a futura ponte do Vale. O síndico da massa falida, o advogado Olavio Pereira entrou cautelarmente com a produção antecipada de provas para se precaver e proteger o patrimônio em favor dos credores.
Olha o que apareceu na terceira vara de Gaspar. Um inquérito policial do Ministério Público para apurar ?exercício de atividade com infração de decisão administrativa na secretaria da Saúde. O PT pretende colocar exposto aos leões o seu ex-secretário de Saúde, o advogado Francisco Hostins Júnior, PDT. Nada que não tenha acerto político no jogo de outubro.
A Singular, de Indaial, é a nova agência de publicidade da prefeitura de Gaspar. Ela substitui a Escala Metra depois de quatro anos atuando aqui. A licitação foi feita no setembro do ano passado. A decisão saiu só neste fevereiro.
Agora é definitivo. A prefeitura de Gaspar não recorreu da sentença. Por isto ela está obrigada a limpeza da extensão das ruas; limpeza e desentupimento das ?bocas de lobo?; patrolagens; retirada de entulhos e demarcação da área que compreende a pista de rolamento no loteamento Santa Isabel, no Barracão. A sentença é da Juíza da primeira vara, Ana Paula Amaro da Silveira. Esta ação foi ajuizada em abril de 2008, no ?fervo?da campanha política.
Do concurso de 2008, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, resolveu chamar agora o médico cardiologista, Silvio Cleffi. Outra que resulta do fechamento do Pronto Atendimento do Hospital: é a edição do decreto 4.846. Ele regulamenta o atendimento por excepcional interesse público, em regime de caráter temporário, com atendimento dos serviços de emergência em saúde pública em Gaspar junto à unidade de Saúde Central.
Edição 1365
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