As raízes do problema - Jornal Cruzeiro do Vale

As raízes do problema

06/06/2014 05:49

O drama do sequestro do filho de um empresário de Ilhota, que durou longos cinco dias, chegou ao fim na terça-feira, dia 3, com um final feliz. Após um processo extenso de investigação, uma ação bem-sucedida da Polícia Civil terminou com o resgate do menino de apenas 9 anos, com a prisão dos dois supostos mentores do sequestro e a morte de outros dois envolvidos com o crime.

Os dias em que o pequeno esteve na mão dos bandidos foram de pura apreensão e sofrimento para amigos, familiares e para toda a comunidade de Ilhota, que se comoveu e concentrou energias para que a história terminasse com um final feliz. Graças à maneira com que a família conseguiu lidar com a quadrilha, às informações prestadas por pessoas que testemunharam fatos ligados ao sequestro e, sobretudo, à investigação e à ação policial desta terça é que o menino voltou a salvo para as mãos da família. Esses foram, é bom que se diga, os únicos responsáveis pelo sucesso no desfecho do caso.

Por trás de cortinas de fumaça que pouco ou nada contribuem para melhorar a segurança da população local estão problemáticas muito mais urgentes que poderiam ser trazidas à tona após o sequestro do menino de Ilhota. Por exemplo, até quando as comunidades de Gaspar e Ilhota, cidades em franco crescimento, terão que conviver com índices de efetivo abaixo do aceitável para garantir a proteção dos moradores? Ou por que a ampliação dos sistemas de videomonitoramento para cidades como Ilhota encontra tanta resistência e demora nos órgãos de segurança pública? Isso para não falar da legislação. São debates honestos, pertinentes e que poderiam render resultados muito mais proveitosos para a população.

Edição 1594
 

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