Em se tratando de saneamento básico, o Brasil está muito aquém do ideal para garantir a qualidade de vida da população. E se a realidade do país é ruim, a de Santa Catarina é ainda mais assustadora. O estado é o segundo pior em índices de saneamento básico, perdendo apenas para o Piauí. E é neste cenário que Gaspar está inserida.
Em pesquisa realizada no ano passado e apresentada para a imprensa nesta semana, o Samae revelou um raio-x do saneamento básico em Gaspar. No quesito tratamento de água e coleta de lixo a cidade está com bons índices, porém, quando o assunto é esgoto, Gaspar segue os índices nacionais e estaduais. Apenas 1% do município possui rede coletora de esgoto separada da rede de águas pluviais e este 1%, apesar de separado, não é tratado pois a cidade não possui Estação de Tratamento de Efluentes, ETE.
Para mudar esta realidade, o Samae conseguiu recursos federais, que deverão ser enviados no próximo ano, para a elaboração de um projeto que vai mapear como é possível instalar redes coletoras de esgoto em toda a cidade. O objetivo do Samae é de que pelo menos 30% da cidade tenha o esgoto coletado e tratado nos próximos cinco anos. O projeto é audacioso e precisa de atenção das autoridades. Este é o tipo de projeto que precisa ser apartidário e ter continuidade garantida em 2013, independente de quem venha a ganhar as eleições municipais. Afinal, é a saúde da população que está em jogo e é preciso pensar no bem da comunidade para garantir uma vida de qualidade para todos.
Edição 1336
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