Vivemos em uma sociedade que, mesmo ameaçada de multa ou prisão, não cumpre com a lei. Provas simples (e bem tristes) dessa afirmação são os descarados abandonos e recorrentes maus-tratos de animais. Em Gaspar, problemas do gênero são noticiados com bastante frequência, talvez bem menos do que de fato acontecem na cidade Coração do Vale. Aparentemente, a preocupação do Executivo não abrange a vida da população de cães e gatos que vivem nas ruas.
É de conhecimento de todos, mas, diante do enforcamento de uma cadela no bairro Coloninha, a edição desta sexta-feira, dia 22 de fevereiro de 2019, precisa relembrar alguns pontos importantes: os órgãos públicos são oficialmente responsáveis por animais em situação de rua, conforme os termos da Lei nº 1154, de 10 de novembro de 1988, que institui o código de posturas de Gaspar.
Apesar disso, a atual administração municipal segue o ritmo da anterior e não cumpre com sua responsabilidade de averiguar denúncias, nem mesmo possui convênios com clínicas para poder encaminhar os animais feridos recolhidos diariamente das vias. Assim, a Agapa acaba prestando esses serviços que, na verdade, não são somente de sua competência. Chocada com a morte de mais um cão vulnerável e contente com a reabertura da ONG, a comunidade pede o Executivo, o Legislativo e Judiciário se unam para uma causa tão nobre.
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