Os primeiros meses da obra da Ponte do Vale apresentam uma agilidade de fazer inveja a determinados projetos de administrações públicas que afetam diretamente o interesse da população. A ampla movimentação de caminhões e operários retrata uma impressão de eficiência que deveria ser estendida a todos os projetos de Prefeituras país afora.
Como nem tudo é perfeito, na mesma cidade a população convive com uma recuperação de ponte que caminha a passos lentos. Os trabalhos ocorrem em horário comercial e em dias como o último feriado de Finados, a estrutura da ponte fica desocupada, à espera do retorno dos operários. O Viaduto da Avenida das Comunidades, que também motivou elogios no período inicial da obra, concluído com rapidez para facilitar o trânsito de veículos, agora se arrasta justamente na última e menos complexa etapa, a conclusão dos canteiros nas laterais das pistas.
A responsabilidade pela execução de projetos deste porte é do poder público, mas não só dele. Empresas que prestam serviços para administrações públicas precisam ter em mente que os trabalhos afetam a vida da população muito mais do que outras obras privadas de construção civil. Devem largar na frente e oferecer uma estrutura satisfatória, que atenda à necessidade e à pressa da população. Neste ponto, a Ponte do Vale deve servir de parâmetro para estabelecer a relação entre administração pública e empresas contratadas. Quando a relação entre iniciativa privada e poder público funcionar em harmonia, a população não vai hesitar em reconhecer. E quando todos esses elementos da sociedade fizerem sua parte, o progresso estará muito mais acessível.
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