Às portas de completarmos cinco anos da calamidade de 2008, uma das etapas importantes do processo de reconstrução da cidade ganha mais um desdobramento. A construção da nova Escola Angélica de Souza Costa, no Sertão Verde, tem início previsto para antes do final do ano, em um terreno do loteamento às margens da BR-470. A localização, no entanto, não agrada parte dos moradores da localidade, que pressionam para que o educandário seja erguido em um local mais próximo de onde ficava a instituição de ensino antes do deslizamento que comprometeu toda a estrutura.
Os líderes da comunidade prometem dar sequência à reivindicação e já até elencaram alguns terrenos como possibilidades para o município construir a nova escola. Prefeitura e Fundação Bunge, no entanto, corresponsáveis pela reconstrução da escola, reafirmam que a escolha do local da nova escola foi feita após muitas análises e laudos técnicos e asseguram que o loteamento é muito mais seguro do que as aéreas do Sertão Verde, mais expostas a calamidades naturais, segundo eles.
A reconstrução da escola é importantíssima para aquela comunidade. São quase 300 crianças que poderão estudar em um espaço mais adequado, equipado e perto de casa e da comunidade em que vivem. No entanto, ao que parece à luz das primeiras análises sobre o caso, o processo de escolha do terreno poderia ter sido aberto a uma participação maior dos moradores, com mais esclarecimentos dos motivos que levaram à escolha do terreno no loteamento e as possíveis compensações que possam ser feitas para a localidade. Afinal de contas, além da escola, equipamentos públicos como posto de saúde, creche e área de lazer são apenas algumas das carências da comunidade do Sertão Verde.
Edição 1540
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