Novo debate na ponte - Jornal Cruzeiro do Vale

Novo debate na ponte

22/01/2013 04:32

Bastou os moradores da Margem Esquerda decidirem protestar fechando a Ponte Hercílio Deeke no primeiro dia de fevereiro para a população começar a se posicionar entre contrários e favoráveis à manifestação. A liberação das verbas, o número de funcionários e a qualidade da obra ficaram em segundo plano para o debate sobre a manifestação prevista.

É preciso lembrar que uma manifestação deste porte numa ponte de localização tão estratégica vai provocar dores de cabeça a quem depender do trânsito de Gaspar. Não são apenas minutos ou horas perdidos na fila, mas serviços de urgência que demoram a chegar ao destino, prejuízos financeiros com carros que não resistem à maratona das filas e até aumento de risco de acidentes em rodovias tumultuadas pela movimentação acima do normal.

Na contramão destes efeitos, porém, está uma comunidade que tenta se articular para tornar público o descontentamento com a lentidão nas obras da ponte e com os sucessivos prazos expirados. De fato, para que o novo prazo de abril seja cumprido, é necessário que o repasse financeiro saia logo e que os trabalhos engatem a segunda marcha, coisa que quem passa diariamente pela ponte custou a ver.

Diante deste quadro, esperar pelo agendamento de reuniões e audiências sem saber sequer as reais contribuições desses encontros é consumir tempo e paciência já esgotados na comunidade. Mais diálogo, com moradores de outras regiões, poderia trazer soluções mais sensatas, como um protesto que não interrompesse o trânsito ou que fizesse paralisações pontuais. Mas em tempos de escassez de mobilização popular, é preciso reconhecer a virtude de lutar de forma ativa por algo em que a comunidade considera prioridade.

 

Edição 1455

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