O diálogo deve avançar - Jornal Cruzeiro do Vale

A semana começou com a greve dos servidores públicos, prometida pela categoria desde a última manifestação, ainda na semana passada. Desde as primeiras horas da manhã lideranças sindicais da cidade e da região tomaram lugar na Praça Getúlio Vargas, acompanhadas de professores, agentes de saúde e demais funcionários públicos que defendem maiores reajustes aos vencimentos dos servidores municipais. A categoria permaneceu em frente à Prefeitura durante todo o dia.

À tarde, uma comissão da Câmara de Vereadores se reuniu com representantes do Executivo para discutir possíveis saídas para o impasse entre servidores e Prefeitura. O encontro serviu para ambas as partes apresentarem seus argumentos, mas não trouxe nenhum avanço imediato para a negociação, o que deve fazer com que os servidores permaneçam em mobilizações na Praça Getúlio Vargas e na Câmara de Vereadores nos próximos dias.

A indefinição retrata as dificuldades que servidores e Prefeitura encontram na hora de estabelecer um diálogo franco sobre negociação salarial. O Executivo diz esbarrar em limitações legais e financeiras, mas evita o agendamento de rodadas de negociação com os representantes do funcionalismo. Por outro lado, os servidores demonstram perseverança ao batalhar para obter as conquistas apresentadas na pauta de reivindicações, mas ainda não conseguiram articular qualquer avanço entre as partes.

A esperança é a de que novas reuniões como as realizadas na tarde desta segunda consigam jogar luz a essa questão, mostrando onde será possível atender aos pedidos dos servidores e onde a categoria terá que ceder. Se não houver bom senso ao estabelecer esse diálogo, a tendência é de que o prejuízo à população com a suspensão dos serviços públicos se torne maior, algo que nenhuma das partes envolvidas deseja.