O pedestre pede passagem - Jornal Cruzeiro do Vale

Não basta a legislação de trânsito determinar que o pedestre, por ser a parte mais vulnerável do trânsito, precisa ter a preferência. Muitas vezes, não basta nem mesmo a implantação de faixas de segurança no asfalto para garantir um espaço de travessia segura aos caminhantes. Tampouco as campanhas de conscientização surtem efeito em uma pequena parcela de motoristas que insiste em não respeitar a vez dos pedestres, colocando em risco diariamente a vida de estudantes e trabalhadores que percorrem as ruas do município.

Em um teste nas faixas de pedestres das ruas centrais de Gaspar, pôde se ressaltar a postura sensata de diversos motoristas, que mesmo em meio à correria das avenidas é capaz de parar por alguns segundos para dar a vez aos pedestres. No entanto, em alguns pontos em que a disputa por espaço é maior, onde há pouca visibilidade ou confusão entre preferência de sentidos, o pedestre acaba deslocado e mais exposto aos riscos de atropelamentos ou mesmo pequenos acidentes.

Mesmo com as inúmeras campanhas já realizadas, é preciso reforçar cada vez mais que, por ter o mesmo direito de qualquer motorista, motociclista, ciclista ou frotista, o pedestre precisa ter sua segurança respeitada e garantida. Da mesma forma, por estar muito mais exposto aos danos de um atropelamento do que os motoristas, deve ter a preferência, sobretudo nos espaços delimitados para a travessia. Se não for assim, corremos o risco de caminhar em uma direção em que o que vale é a lei do mais forte, o que certamente só trará ainda mais prejuízos sociais e coletivos.

Edição 1638