Os servidores e o diálogo - Jornal Cruzeiro do Vale

Os servidores e o diálogo

25/02/2014 11:13

Duas semanas após receber as reivindicações dos servidores para a campanha de reajuste salarial de 2014, a Prefeitura de Gaspar enviou ao sindicato que representa os servidores, o Sitraspug, a contraproposta de aumento salarial. Ao invés dos quase 10% solicitados pela categoria em assembleia no início do mês, o município acenou com um acréscimo de apenas 5,26%, que seria referente à inflação do período segundo o INPC.

A bola agora está com os servidores, que definirão em assembleia extraordinária nesta quinta-feira se aceitam a oferta da Prefeitura, quase metade do que havia sido proposto na pauta inicial de reivindicações, ou se seguem na luta por um aumento mais relevante para os profissionais. Cláusulas como aumento na regência de classe e criação de prêmio por assiduidade também passaram em branco nesta primeira resposta da Prefeitura, ainda que esteja prevista para essa semana uma reunião entre as partes interessadas.

É certo que na maioria das cidades brasileiras, e Gaspar não é exceção, as contas públicas exigem o dom de malabarista para conseguir manter a máquina pública funcionando e em dia. No entanto, a classe dos servidores públicos é a responsável direta pela manutenção dos serviços públicos, fazendo a estrutura funcionar e levando os serviços mais necessários até o contribuinte. Diante disso, faz-se necessário um ambiente de maior diálogo na hora do reajuste salarial destes profissionais. Não é possível deixá-los em segundo plano no momento em que estão reivindicando seus próprios direitos. A negociação não pode ser feita com o viés do levar vantagem, mas sim ser conduzida com seriedade, equilibrando o reconhecimento desejado com a responsabilidade necessária.

Edição 1565

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