Passados quatro meses desde a tragédia de novembro, os moradores das localidades mais atingidas de Gaspar ainda sofrem as consequências do desastre.
Entre os mais afetados estão os moradores do Belchior, que ainda convivem com a falta de água, como mostra a matéria da página cinco desta edição, e os moradores do Sertão Verde, que pouco viram ser feito nas estradas completamentes destruídas do bairro.
A Administração Municipal alega que está trabalhando e que as máquinas estão "por toda a parte", fazendo a reconstrução. Porém, a realidade que se observa ao trafegar por estes bairros não condiz com a afirmação.
Basta fazer um passeio pelas ruas do Arraial, Sertão Verde e Belchior, para observar a falta de ações e de investimentos do poder público. Os moradores destas localidades estão cansados de esperar e clamam por uma solução.
Que há falta de recursos, todos sabem. Que há muito o que ser feito, todos também sabem. Porém, o que muitos não sabem é porque os administradores públicos não vão em busca de mais recursos, para poder agir mais.
Se os Governos Estadual e Federal não estão repassando os recursos prometidos é preciso ir em busca de outras alternativas. O que não pode acontecer é a Prefeitura deixar de trabalhar, ou trabalhar pouco, por falta de repasses.
Está em tempo de olhar com mais atenção à população de Gaspar como um todo. A tragédia de novembro destruiu muitos sonhos e esperanças, que podem não ser reavivados devido à falta de apoio e devido a falta de ações do poder público em prol das familias atingidas.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).