A casa da gente é sempre um lugar de aconchego. Por mais simples que seja, estar em casa é sempre sinal de segurança e bem estar, porém, nem sempre uma casa pode ser tão segura assim e nestes casos é preciso deixar a comodidade e o conforto de lado para se preservar o que há de mais importante: a vida.
As famílias retiradas de suas casas na última sexta-feira e sábado, que residiam às margens da rodovia Jorge Lacerda, na barranca do rio ali no bairro Figueira, sabiam que suas casas estavam em risco desde 2008, porém, apesar de pagarem aluguel, insistiram em continuar morando no local. Foi preciso uma intervenção da Defesa Civil para que aqueles que ali moravam, incluindo crianças, deixassem os imóveis interditados. E tudo foi feito às pressas, pois um novo deslizamento de terra está ameaçando, ainda mais, aquelas sete moradias.
As casas estão sendo demolidas e as famílias foram relocadas para quitinetes no bairro Bela Vista, onde também pagarão aluguel, porém, estarão seguras. As novas casas podem não ser tão aconchegantes como as primeiras, podem não trazer à memória as histórias já vividas por cada família, porém, vão ajudar a preservar a segurança e evitar riscos de que mais pessoas sejam vítimas de tragédias naturais. Gaspar já perdeu muitos cidadãos e cidadãs de bem em 2008 e é preciso evitar que mais vidas sejam ceifadas por tragédias já premeditadas.
Edição 1329
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