Neste domingo, às 16h, no Maracanã, no Rio de Janeiro, Argentina e Alemanha repetirão a final mais comum de todas as Copas. As seleções se enfrentaram nos mundiais de 1986 e 1990. No México, o título foi da Argentina. Na Itália, quatro anos depois, a Alemanha venceu.
Em 1986, Maradona garantiu o bi para os hermanos. Quatro anos depois, o futebol coletivo do time germânico comandado por Beckenbauer no banco e Matthäus no campo foi responsável pelo tri.
Para a final deste domingo, os alemães estão com moral alto pelos 7 a 1 no Brasil, mas os argentinos têm conseguido superar diversos obstáculos, com vitórias suadas, sempre sob sofrimentos, como na vitória contra a Holanda, quando o goleiro Sergio Romero defendeu duas cobranças de pênaltis. Nos confrontos das seleções, será o 20° na história. No histórico geral, de 20 jogos, a Alemanha venceu seis, enquanto a Argentina venceu nove. Foram cinco empates na história.
Na Copa de 2014, segundo as estatísticas da Fifa, os argentinos chutaram mais, enquanto almães se destacam nos passes. Invictas, as duas seleções chegam às finais se destacando em diferentes fundamentos. Os argentinos, apesar dos poucos gols, são os que mais chutam, com média de 15,8 chutes por jogo, contra 14,7 dos alemães. Apesar disso, a Alemanha tem o melhor ataque da Copa, com 17 gols. Nos passes, os alemães lideram com vantagem. Foram 3421 passes concluídos nessa Copa, contra 2928 dos argentinos, que jogaram uma prorrogação a mais que os rivais da final.
Bola da final
A fornecedora oficial de material esportivo da Fifa gravou na bola da Copa do Mundo, a Brazuca, na noite desta quarta-feira os nomes das duas seleções que disputarão a final no próximo domingo, às 16h no Maracanã: Alemanha (Germany, em inglês) e Argentina.
A Brazuca, fabricada pela Adidas, substituiu a Jabulani, que ficou famosa nos gramados da África do Sul em 2010. As cores e o design dos seis painéis da bola foram inspirados nas fitas da sorte do Senhor do Bonfim da Bahia e simbolizam a paixão e alegria associadas ao futebol no Brasil. Para a final, a Brazuca ganhou uma edição especial com as cores verde e dourada.
Segurança
Sem a presença do Brasil em campo e com torcedores argentinos prometendo invadir o Rio, a preocupação é com hostilidades entre as torcidas antes e depois da final. Policiais militares do Rio devem aumentar sua presença não só no entorno do estádio, mas também nos pontos de concentração de torcedores, como a orla da Zona Sul, os pontos turísticos e a rodoviária. Copacabana também terá esquema especial.
Estradas federais e estaduais terão policiamento reforçado, com a chegada de patrulheiros federais de outros estados. Com os argentinos já em grande quantidade no Rio, as autoridades estimam que o número de torcedores hermanos possa superar os 50 mil. E muitos estarão sem ingressos.
Os militares, em conjunto com a Polícia Federal, serão os responsáveis pela proteção da presidente Dilma Rousseff e dos chefes de Estado presentes no Rio. Cerca de dez são esperados. Haverá reforço ainda dentro do estádio, com até 1.500 homens. A Força Nacional anunciou que está deslocando para o estado cerca de 450 homens.
Depois de anunciar que 25 chefes de Estado e de governo estariam no Maracanã, no próximo domingo, o Itamaraty informou, nesta quarta-feira, que trabalha para receber na final, o presidente da Rússia, Wladimir Puttin, e mais seis chefes. Outros cinco ou seis ainda estão pendentes de confirmação, entre eles os de Holanda e Alemanha. A presidente Cristina Kirchner deverá vir.
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