Capoeira em Ilhota: luto, mas não brigo - Jornal Cruzeiro do Vale

Capoeira em Ilhota: luto, mas não brigo

14/07/2015

fotopg23abre1colordivulgaoGG.jpg
A prática da capoeira não delimita espaço. Seja na quadra, no campo, na areia, ao ar livre ou na praça, exercitar-se é a ordem.

Expressão cultural que mistura arte marcial e música, a capoeira tem oportunizado a mais de 90 aficionados de Ilhota e Gaspar uma chance de se socializar com outras pessoas, além do aprendizado em uma luta que não tem por objetivo o choque entre os praticantes.

Iniciado em 2012, o grupo Liberdade em Movimento, coordenado pelo professor Sydney Machado, tem despertado a curiosidade nos participantes em saber mais sobre o esporte. ?Há três anos, crianças, adolescentes, jovens e adultos têm aprendido uma disciplina que não faz parte da grade curricular convencional: a capoeira! Isso é gratificante, pois a capoeira traz embutida lições de vida que só quem pratica sabe; A capoeira é luta, mas é arte ao mesmo tempo, é uma fusão de arte em luta em movimento?, garante Sydney.

Trabalho e títulos

E se alguém tem conhecimento sobre a teoria e a prática da capoeira é Sydney, morador do bairro Minas, em Ilhota. Com um talento fulminante na arte de ensinar a luta e com 18 anos de capoeira, Sydney e seu grupo de adeptos têm conseguido obter resultados expressivos em campeonatos disputados. Lucas e Bruna, filhos de Sydney, têm se sobressaído. ?Temos títulos que vão desde torneios regionais no Vale do Itajaí à Liga Catarinense. Conquistamos o Sul Brasileiro com o capoeirista Lucas Malcon, de 12 anos, e Bruna Letícia, 14 anos, terminou em terceiro lugar. Ambos já ficaram nas primeiras colocações em diversos torneios. Temos ainda a categoria livre, disponível a interessados com mais de 17 anos?, expõe. As aulas ocorrem em Gaspar na Escola Mariana Vieira Leal, no Barracão, e em Ilhota, no Centro, na Escola Marcos Konder. 

Segundo Sydney, a média de tempo para um praticante engrenar na parte teórica e prática da capoeira é de três anos. No entanto, em seis meses já dá para transmitir os conceitos básicos dos movimentos e das técnicas dos golpes, segundo o professor.

fotopg23abre3colordivulgaoGG.jpg

?Já vi jovens se livrarem das drogas?

Comandando a entidade Liberdade em Movimento, que não tem fins lucrativos, Sydney percebe nesses anos de trabalho a potência da capoeira como contribuinte para a socialização, em especial dos jovens, junto à comunidade e ao ciclo familiar e profissional. ?Já vi jovens ficando libertos das drogas pelo trabalho desenvolvido pela capoeira, onde os praticantes respeitam a si mesmos, cuidando de sua saúde, e zelam pelo convívio com o seu próximo, em harmonia. Muitos jovens me chamam de pai pelo vínculo cultivado. É importante ressaltar que se o aluno de capoeira não alcançar média boa no colégio, ele automaticamente deixa de praticar a capoeira em nosso projeto?, observa Sydney. 


No dia 25, às 15h, um evento na Escola Marcos Konder, no Centro de Ilhota, promete divulgar ainda mais a arte da capoeira. ?Pedimos a ajuda da comunidade e do empresariado de Ilhota e Gaspar. Toda ajuda será bem-vinda. Nossa luta é para que os poderes públicos deem valor à capoeira, pois é um excelente caminho na parte educacional. Há um vínculo diário com o pessoal que pratica?, enaltece.

Treinos em Ilhota

Segunda-feira: 19h30 às 21h30 na Escola Marina Vieira Leal
Quarta-feira: 20h às 22h Escola Marcos Konder
Sexta-feira: 19h30 às 21h30 Escola Marina Vieira Leal
Sábado: 16h às 18h Escola Marcos Konder

Informações pelo telefone (47) 9966-3417

Edição: 1704

Comentários

sydney malcon machado
14/07/2015 16:13
otima reportagem amo capoeira e adoro trabalhar com essa arte

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.