O Comitê de Ética da Fifa anunciou nesta semana a suspensão de Joseph Blatter, presidente da Fifa, Michel Platini, presidente da Uefa, e Jérôme Valcke, ex-secretário-geral da entidade mundial. Os homens-fortes do futebol no planeta terão que ficar afastados de suas funções por 90 dias, que pode ser estendido por mais 45.
O comitê possui independência dentro da Fifa e a decisão foi tomada por conta das investigações que vêm conduzindo pelas acusações de corrupção envolvendo Blatter, Platini e Valcke. Além do trio, o ex-vice-presidente da entidade e pré-candidato à presidência Chung Mong-Joon foi banido por seis anos e multado em 100 mil francos suíços (R$ 400 mil) por má conduta no processo de escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022.
A decisão do Comitê de Ética atinge diretamente o atual mandatário do futebol mundial e o favorito a ser seu sucessor. Enquanto Blatter já se via envolvido em suspeitas desde que a crise na Fifa estourou em maio, com a prisão de sete dirigentes, Platini vinha se dizendo o homem certo para conduzir a entidade a uma nova fase, longe da corrupção, trabalhando de olho na eleição marcada para 26 de fevereiro.
Recentemente veio à tona uma investigação criminal aberta pela Procuradoria-Geral da Suíça contra Blatter. Apesar disso, o presidente afirmou que não deixaria o cargo na Fifa antes da eleição de fevereiro. Jérôme Valcke, por sua vez, está afastado de seu cargo desde o mês passado, quando foi acusado de participação de um esquema de venda ilegal de ingressos na Copa do Mundo do ano passado.
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