Segundo a TV Globo, a Confederação Brasileira de Futebol oficializará nesta segunda-feira a saída do treinador e de toda a comissão técnica.
De acordo com o staff do técnico, a posição de Scolari segue a mesma da relatada na entrevista coletiva pós-derrota para a Holanda: cargo entregue à direção da CBF e futuro decidido após a entrega dos relatórios sobre a participação brasileira na Copa. Futuro que não será mais na seleção.
Depois de atuações irregulares na Copa do Mundo, Felipão sucumbiu nos dois jogos finais. Na semi, sem Neymar e Thiago Silva, apostou em um inexperiente Bernard e comandou a pior derrota da história da seleção pentacampeã mundial. O 7 a 1 para a Alemanha, em pleno Mineirão, já tornou a situação de Scolari praticamente insustentável.
O vexame para o campeão mundial, entretanto, não foi o único. No melancólico jogo pelo terceiro lugar, a seleção brasileira viu-se novamente dominada por um grande adversário. Com tranquilidade, a Holanda fez 3 a 0 em Brasília e findou a Copa do Mundo de uma maneira extremamente negativa para o Brasil.
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Brasil é derrotado em disputa de terceiro lugar: 3 a 0 para Holanda
O Brasil entrou em campo contra a Holanda, neste sábado, no estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para fazer a sua última partida nesta Copa do Mundo muito pressionado após o vexame contra a Alemanha. E a equipe de Felipão e perdeu por 3 a 0 para a Holanda, mostrando as mesmas falhas que teve na semifinal. O resultado valeu para o time holandês o terceiro lugar no Mundial de 2014.
Com o resultado, o Brasil voltou a perder duas partidas seguidas em Copa do Mundo, o que só aconteceu em 1966 e 1974. E a seleção de Felipão termina a Copa do Mundo com 10 gols tomados nas duas partidas finais, com o 7 a 1 contra a Alemanha e os 3 a 0 contra os holandeses.
Felipão
Luiz Felipe Scolari diz que pode continuar comandando a seleção brasileira. Após a derrota para a Holanda, que deixou o time em quarto lugar da Copa de 2014, ele afirmou que coloca essa possibilidade nas mãos de José Maria Marin, o presidente da CBF.
A segunda passagem de Felipão pela seleção começou em fevereiro do ano passado, com uma derrota diante da Inglaterra, em Londres. Ao todo, foram 29 partidas, com 20 vitórias, seis empates e quatro derrotas. O melhor momento foi o título da Copa das Confederações no ano passado. O pior a goleada de 7 a 1 sofrida diante da Alemanha, quando acabou o sonho de ganhar sua segunda Copa do Mundo (foi campeão em 2002).
Se ficar no emprego até a próxima Copa, em 2018, na Rússia, ele irá se transformar no treinador mais veolho a comandar a seleção em um Mundial: terá 69 anos, três a mais do que Zagallo tinha na edição de 1998, na França.
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Fotos: Getty Images |
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Brasil busca vitória simbólica contra Holanda neste sábado
Ainda juntando os cacos da derrota humilhante para a Alemanha por acachapantes 7 a 1, a Seleção Brasileira fez suas atividades nesta semana se preparando para a partida contra a Holanda neste sábado, dia 12, às 17h, em Brasília. Entre trabalhos regenerativos e táticos no Centro de Treinamento, na Granja Comary, em Teresópolis, ainda não se sabe e não foi divulgado pela comissão técnica qual será a equipe que irá enfrentar os holandeses. A expectativa é se o treinador Luiz Felipe Scolari irá permanecer com os jogadores que atuaram na semifinal ou mudará algumas peças. Certo mesmo será a volta do zagueiro Thiago Silva, que retorna de suspensão automática.
Coletiva polêmica
A maior repercussão após a goleada contra os alemães ficou por conta de uma atividade extracampo, a entrevista coletiva no Centro de Imprensa dada por todos os integrantes da comissão técnica da Seleção Brasileira.
Luiz Felipe Scolari deu entrevista coletiva nesta quarta-feira, dia 9, na Granja Comary. Só ele e o coordenador Carlos Alberto Parreira falaram, além de pitacos do auxiliar Murtosa e da presença na bancada do preparador de goleiros Carlos Pracidelli, do preparador físico Paulo Paixão, do médico José Luiz Runco e do chefe de delegação Vilson Ribeiro de Andrade.
Munido de papéis com diversos dados que deixou à disposição, como número de treinos e análises do fisiologista, Felipão repetiu por diversas vezes que a derrota por 7 a 1 foi horrível, mas que a vida dele e nem dos jogadores vão acabar.
Para Felipão e Parreira, foram apenas seis minutos ruins em um ano e meio. Seis minutos em que a Alemanha fez quatro gols e construiu o massacre de 7 a 1 sobre o Brasil na semifinal da Copa do Mundo. Na visão da comissão técnica, todo o resto foi perfeito: o título da Copa das Confederações, o desempenho nos amistosos, o comportamento dos jogadores, o número de treinos, o trabalho da CBF nas categorias de base e a classificação final na Copa do Mundo em que, segundo Felipão, ?os adversários estavam melhores do que eles imaginavam?. ?Depois da Copa das Confederações, tivemos uma derrota e nove vitórias. Tínhamos uma equipe preparada, um sistema de jogo. Foi a primeira vez, desde 2002, que chegamos à semifinal. Foi uma derrota ruim, seis minutos de pane geral. Se eu pudesse te responder o que aconteceu naqueles seis minutos, eu responderia, mas eu não sei?, disse Felipão.
O coordenador técnico Carlos Alberto Parreira insistiu em dizer que não mudaria a postura adotada antes do Mundial, quando falou em amplo favoritismo da Seleção ao título na competição em casa. ?A visão é a mesma de anteriormente. Positiva, otimista, de quem está jogando em casa. O trabalho foi muito bem conduzido em um ano e meio. Se me perguntassem de novo qual era a expectativa para a Copa, respondo que era de ganhar. Agora é vida que segue, e é olhar para frente?, relativizou Parreira.
Tite pode assumir
Felipão deve ficar só até este sábado, quando o Brasil disputa o terceiro lugar na Copa. Um dos nomes mais fortes para entrar em seu lugar é o de Tite. Quem vai definir a sucessão de Felipão é Marco Polo Del Nero, eleito presidente da CBF em abril passado e com a promessa de assumir a entidade em 2015. Tite está sem clube desde novembro do ano passado e tem em seu currículo três campeonatos gaúchos, com o Caxias em 2000, com o Grêmio em 2001 e com o Internacional em 2009. No Grêmio, também foi campeão da Copa do Brasil, enquanto no Inter venceu a Copa Sul-Americana de 2009. Mas se destacou mesmo no Corinthians, onde ganhou o Campeonato Brasileiro de 2011, Copa Libertadores da América e Mundial de Clubes da FIFA em 2012, Recopa Sul-Americana e Campeonato Paulista em 2013.
Edição 1604
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