Papai Noel do Beco: uma tradição de mais de uma década - Jornal Cruzeiro do Vale

No espírito solidário que permeia a temporada natalina, o trabalho voluntário emerge como um elemento fundamental na promoção da generosidade e compaixão. Há uma década, o Papai Noel do Beco é uma das atrações mais aguardadas em Gaspar.

Tudo começou com a união da comunidade que desejava a presença do bom velhinho na região do Beco, no bairro Gasparinho. Inicialmente, usavam um caminhão pequeno, cedido pela serralheria de João Silva, e que passava por poucas ruas. Depois, o grupo começou a utilizar o caminhão de Daniel Brockveld. E, desde 2016, a atração é feita com um caminhão emprestado por Edevaldo Rocha, que passa pelas principais ruas de Gaspar.

São dez pessoas na organização. O grupo distribuiu, somente neste ano, meia tonelada de bala. As maiores personalidades dessa importante ação são Ciro André Quintino e Roger Cordeiro, que assumem o papel de Papai Noel e o desempenham com muito amor.

O trabalho voluntário durante a época mais mágica do ano cumpre função crucial na construção de um espírito coletivo de empatia e gratidão. Ao dedicar tempo e esforço, essa organização contribui para uma sociedade mais justa e compassiva. São nessas pequenas atitudes que surge inspiração e compromisso duradouro com o bem-estar dos outros, em uma tentativa de alcançar um mundo mais inclusivo e solidário.

Há oito anos como papai Noel, Ciro Quintino garante que é um grande prazer fazer o bem ao próximo. “É uma realização poder me vestir de Papai Noel. Uma gratidão... Nunca pensei que iria me apegar tanto. Na primeira vez, participei para substituir alguém e, desde então, me sinto realizado”. Ciro tem a própria roupa e sempre participa das ações totalmente caracterizado, com maquiagem feita com a ajuda da sua esposa, Joelma.

Ciro relembra dois momentos marcantes nesses oito anos. “Em 2018, uma menina pediu de presente uma bicicleta e um emprego para a mãe. Com a união de forças, adquirimos a bicicleta e também conseguimos um trabalho para a mãe dela”, conta. A outra memória é quanto aos desfiles pela cidade. “Eles despertam muitos sentimentos. E não são somente as crianças que ficam alegres. Os adultos voltam aos tempos de infância, choram... Muitos idosos também esperam o caminhão e adoram acenar e receber balas”.

Tudo acontece graças a união de forças. Nesse sentido, a comunidade agradece quem está por trás dessa grande ação: Ciro Quintino, André Daros, Bernardo Daros, Marcelo Souza, João Silva, Jhonatan Patrício, Roger Cordeiro, Welington Vilvert, Danilo Brockveld, Marcelo Rocha, Klaiton Souza, Edevaldo Rocha e o grupo musical, que se apresenta ao vivo, no gogó e sem som mecânico.

Edição 2134