Quando você vai à praia, presta atenção nas bandeiras e sinais de alerta? Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) dão conta de que 15 brasileiros morrem afogados diariamente, sendo que homens morrem em média 6 vezes mais e a maioria dos afogamentos acontecem com pessoas entre 10 e 59 anos de idade.
Em Santa Catarina, segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), no último verão, as vítimas de afogamentos seguidos de morte foram principalmente homens, de em média 28 anos. A maior parte dos acidentes ocorrem com pessoas que ignoram os riscos, não respeitam limites pessoais ou desconhecem como agir.
No último verão, cerca de 93% dos afogamentos aconteceram foram do local ou horário de cobertura dos guarda-vidas. O dado demonstra a eficiência do serviço prestado e comprova que o melhor para a sua segurança é banhar-se próximo a um posto guarda-vidas, num raio de até 200 metros de distância do posto.
Conforme destacado no site oficial do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, é muito importante entender o que são as chamadas ‘correntes de retorno’. Essas são responsáveis por mais de 90% dos afogamentos em água salgada. Elas podem ser definidas como um refluxo de água que retorna da costa para o mar, formando um corredor com uma correnteza que pode carregar uma pessoa para longe da praia em poucos segundos.
Mas como reconhece-las? Quando a praia é vigiada por guarda-vidas, eles demarcam os limites da corrente com duas bandeiras vermelhas na faixa de areia. Ou seja, isso significa que o local é perigoso, sendo desaconselhável o banho naquele local. Caso você esteja em praias não vigiadas, fique atento (a) a algumas características: as ondas não quebram nesses locais e a coloração da água costuma se diferenciar do resto da praia, sendo mais escura.
Se você sabe nadar, procure nadar para o lado e, após sair da corrente, volte a nadar em direção à praia. As autoridades explicam que nadar contra a corrente é um erro comum que pode levar à extrema fadiga rapidamente. É extremamente importante não se desesperar. Caso você não saiba nadar, tente fazer sinal para os guarda-vidas ou banhistas próximos. Uma sugestão é tentar boiar na água até a chegada da ajuda.
Conforme o site oficial do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, é importante não tentar salvar pessoas vítimas de afogamento sem estar habilitado. Nesse caso, lance algum objeto que a ajude a vítima a flutuar e acione guarda-vidas ou a emergência pelo telefone 193. Crianças exigem cuidado redobrado. Não perca elas de vista. Se você ingeriu bebida alcoólica ou fez uma refeição recentemente, NÃO entre na água, aproveite a faixa de areia.
Não ande nos costões, você pode escorregar e cair no mar. Se você foi queimado por água-viva, procure os postos de guarda-vidas. Respeite os guarda-vidas, eles estão atuando voluntariamente para te ajudar com orientações de prevenção e podem salvar a sua vida em casos de emergência. Ficou alguma dúvida? Quer mais orientação? Pergunte aos guarda-vidas, eles podem te ajudar.
Um aliado! O aplicativo CBMSC Cidadão foi desenvolvido para que todas as informações do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina estejam em um só lugar, de fácil acesso. Portanto, se você tem dúvidas sobre a segurança e acessibilidade nas praias catarinenses, essa é uma dica de ouro.
Por meio dessa ferramenta, é possível visualizar as condições do mar (através das cores das bandeiras de cada posto de guarda-vidas ativo), a incidência de águas-vivas, a balneabilidade da água, presença de ressaca, a disponibilidade de cadeiras anfíbias do projeto Praia Acessível, além de oferecer os endereços dos postos de guarda-vidas.
Bandeira verde - baixo risco de afogamento
Bandeira amarela - médio risco de afogamento
Bandeira vermelha - alto risco de afogamento
Bandeira preta - posto de guarda-vidas desativado
Bandeira roxa - presença de água viva
Bandeira triangular vermelha - local perigoso
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).