
O setor da construção civil vive um forte ciclo de expansão em Santa Catarina, impulsionado pelo aumento do empreendedorismo. Nos últimos cinco anos, o número de empresas ativas na área cresceu 83,8%, saltando de 69 mil em 2020 para 126,1 mil em 2025, um acréscimo de cerca de 57 mil novos CNPJs. O crescimento é puxado principalmente pela abertura de micro e pequenos negócios e acompanha o aquecimento do mercado imobiliário, com destaque para as regiões da Grande Florianópolis, Norte e Foz do Rio Itajaí.
O avanço da construção civil supera o desempenho de setores tradicionais da economia catarinense no mesmo período. Enquanto a indústria registrou crescimento de 54,6% e o comércio de 37,4%, a construção passou a representar 9,9% de todas as empresas do estado, segundo levantamento do Sebrae SC. O cenário reforça a consolidação do setor como um dos principais motores da atividade econômica em Santa Catarina.
Para o governador Jorginho Mello, os dados refletem a força do empreendedorismo local e o ambiente favorável ao desenvolvimento econômico. Segundo ele, fatores como segurança pública, atrativos turísticos e oportunidades de negócios tornam o estado um polo de atração para novos moradores e investidores, estimulando o crescimento do setor imobiliário e da construção civil acima da média nacional.
O crescimento também colocou Santa Catarina em posição de destaque no cenário brasileiro. O estado ocupa o sexto lugar em número de empresas da construção civil, concentrando cerca de 7,2% dos 1,75 milhão de CNPJs do setor no país. As atividades mais comuns envolvem obras de alvenaria, instalação e manutenção elétrica, pintura, construção de edifícios e incorporação imobiliária, com forte presença regional na Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis e Norte do estado.
Além da abertura de empresas, o setor apresentou avanço expressivo na geração de empregos. O número de trabalhadores formais na construção civil cresceu 47% em cinco anos, passando de 101,6 mil em 2020 para 149,4 mil em 2025, conforme dados do Caged. Somente entre janeiro e outubro deste ano, foram abertas 12,5 mil novas vagas. A maioria dos profissionais é formada por homens com ensino médio completo, atuando principalmente como serventes, pedreiros, carpinteiros, mestres de obras e pintores.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).