Polícia Civil conclui inquérito sobre atentados no Estado - Jornal Cruzeiro do Vale

Polícia Civil conclui inquérito sobre atentados no Estado

15/04/2013

O procedimento com mais de 4 mil páginas e dividido em 13 volumes foi concluído pela Polícia Civil, através da Diretoria Estadual de Investigações Criminais- DEIC- e deverá ser aforado ainda na tarde de hoje (12), em Blumenau. Além dos indiciados,  relacionados ao tráfico de drogas e a facções criminosas, as investigações também apontam o envolvimento, seja direto ou indireto, dos suspeitos nas duas ondas de ataques contra bases policiais ou veículos do transporte coletivo, que ocorreram no Estado em novembro do ano passado e março deste ano.

Durante todo este tempo, as investigações da Polícia Judiciária Catarinense foram focadas, especialmente, na obtenção de provas e indícios para incriminar e, posteriormente, prender os mandantes dos ataques e os líderes de facções criminosas. ?O crime organizado somente pode ser desarticulado com um trabalho de inteligência e realizado de forma integrada, tanto pela Polícia Civil, como por outras instituições da segurança pública, seja pelo poder Judiciário ou Ministério Público,? disse o Diretor da DEIC, Delegado Laurito Akira Sato.

Além dos indiciados no inquérito policial, as investigações também culminaram com a prisão, seja em cumprimento a mandado ou em flagrante, de mais de 150 envolvidos. Em 70% dos casos, as prisões foram executadas por Policiais Civis.
 
Combate ao crime organizado começou antes mesmo dos ataques
Para o Delegado Procópio Batista da Silveira Neto, que participou ativamente das investigações e um dos que presidiu o inquérito policial, a atuação da Polícia Civil contra as facções criminosas começou antes mesmo da série de ataques contra a segurança pública do Estado. Isso porque sempre que houve qualquer informação sobre tentativas de articulações criminosas, emanadas de dentro dos presídios catarinenses para criminosos que estão fora das cadeias, a ação policial repressiva já iniciava, seja pela abertura de procedimento investigativo ou em operações policiais específicas. Mas, o que fez toda a diferença nas investigações com o surgimento dos ataques em série, foi a força-tarefa criada pela DEIC.
 
?Com a centralização das investigações numa única equipe ficou mais fácil amarrar as participações de criminosos em várias cidades do Estado, tanto buscando provas que os incriminassem isoladamente, pela participação no tráfico de drogas e associação para o tráfico, por exemplo, como de forma coletiva, pela formação de quadrilha, por integrarem facções criminosas e por participarem diretamente dos atos de violência urbana?.

Polícia Civil deverá ter divisão especializada no combate ao crime organizado
Atualmente, a DEIC já trabalha no combate ao crime organizado, com a apuração de crimes complexos e de grande impacto social. Mas, a força-tarefa montada pela Polícia Civil para combater a onda de ataques no Estado deu tão certo que a tendência é que todos estes crimes passem a ser apurados por uma divisão especializada, que seria criada dentro da DEIC.
 
A intenção é estabelecer um trabalho contínuo e integrado com outras unidades policiais e segmentos da segurança pública, envolvendo as Diretorias de Inteligência da própria Polícia Civil (DIPC) e da Secretaria de Segurança Pública (DINI), como os Núcleos de Inteligência das Delegacias Regionais (NINTs) e Divisões de Investigações das Delegacias do Estado (DICs). ?Assim, um inquérito aberto em Itajaí, para apurar o envolvimento de presos com criminosos da capital ou de outras cidades do Estado, por exemplo, poderia ser confrontado com outros procedimentos já instaurados, o que tornaria mais fácil a obtenção de provas e a comprovação da ligação entre os criminosos?, explica o delegado Procópio.

Texto: Assessoria de Imprensa

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